Por Fernanda Martins*
Segunda-feira de manhã recebi a notícia que meu amigo Sergio Bonelli faleceu. Falo amigo porque assim me sinto em relação a ele. Eu vi-o apenas algumas vezes mas nesse pouco tempo muitas histórias foram trocadas, muitas risadas foram dadas e muitas lembranças vieram à tona. Lembranças minhas de infância quando cavalgava junto com Tex Willer nas pradarias do oeste americano – coisa que ainda faço até hoje – e lembranças de Sergio nas suas aventuras pelo Brasil – e no Maranhão.

Sergio Bonelli e Fernanda Martins com a companhia de Gianni Petino no dia em que Sergio Bonelli interrompeu uma reunião para receber a sua admiradora brasileira
Lembro-me muito bem da primeira vez que o conheci, quando ele deixou uma reunião apenas porque soube que uma fã de Tex do Brasil estava na antessala da editora para conhecê-lo. Foi emocionante apertar a sua mão, vê-lo pessoalmente e descobrir que ele ainda falava português. Que pessoa tão grande e tão simples, que conseguiu transformar o Tex criado pelo seu pai em um mito mundial, com a força editorial que possui hoje em dia, principalmente na Itália.
Que descanse em paz, grande amigo, porque com certeza um grande trabalho deixaste aqui na Terra.

Fernanda Martins jantando com os editores Sergio Bonelli e Dorival Vitor Lopes num restaurante em Milão
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* Texto de Fernanda Martins apresentado no blogue Daquiprai em 26 de Setembro de 2011.
Copyright: © 2011, Fernanda Martins
Um luto de todos os texianos, mas mais forte para os que, como você, tiveram a oportunidade de conhecer o grande editor. Deus te abençoe Fernanda.
É Fernanda, perdemos um homem, mas teremos sempre em nossos corações o seu legado, o exemplo de sua vida e sua história. E o nosso Tex viverá cada vez mais firme para que a obra que começou com o pai Bonelli, nunca se perca.
Abraços, amiga.
João Batista da Cunha.