Antevisão Albo Speciale nº 24 (Tex Gigante 2010), escrito por Mauro Boselli e desenhado por Orestes Suarez

I ribelli di Cuba, a capaO blogue português do Tex, divulga em mais uma antestreia mundial, 2 páginas da história de Tex, intitulada “I ribelli di Cuba“ (“Os rebeldes de Cuba“), integrada no Speciale Tex (Tex Gigante) nº 24, a ser lançado pela Sergio Bonelli Editore no próximo mês de Junho.

Argumento de Guido Nolitta (Sergio Bonelli) e  roteiro de Mauro Boselli com desenhos de Orestes Suarez, que se estreia no mundo de Tex Willer.

Uma ilha em revolta contra o Império Espanhol… uma nova e épica “viagem” para o mais audaz dos rangers

O jovem Matt Picard, filho de um amigo de Montales que trabalha no Ministério da Guerra dos Estados Unidos, foi raptado pelos seguidores de uma seita misteriosa que pratica o culto do candomblé.
Montales pede a Tex para segui-lo a Cuba numa missão delicada e difícil, oficialmente não autorizada: eles devem pedir ajuda à resistência cubana, que combate uma guerra desesperada contra o cruel exército espanhol, para chegar à região selvagem, onde o ambicioso e louco Rayado, que crê ser a encarnação do deus Shangò, tem prisioneiro o rapaz. Mas Tex e Montales, confundidos com espiões, vão ser envolvido na guerra da libertação…

I ribelli di Cuba, página AI ribelli di Cuba, página B
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Seguem-se mais duas páginas deste Tex Gigante de 2010, estas divulgadas pela própria Sergio Bonelli Editore, no seu site:

I ribelli di Cuba, página 1I ribelli di Cuba, página 2
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(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

Orestes SuarezApesar da nova vaga de desenhadores de Tex Willer, pelo que sabemos, Sergio Bonelli não tem a ambição de passar à história como “descobridor de talentos” mas no campo da banda desenhada, de facto, a intuição da capacidade gráfica de um jovem desenhador e o metódico e paciente treino de quem deseja submeter-se ao potencial artista, fazem parte do quotidiano de cada editor de banda desenhada. No caso, afinal, de Orestes Suarez, os méritos de Sergio Bonelli são ainda menores.

O novo desenhador já estava habilitado há vários anos, com todas as qualidades necessárias para cuidar das páginas de qualquer publicação, mas impossibilitado de demonstrar a sua capacidade gráfica porque na ilha em que vivia não era fácil encontrar um editor, nem uma prancha de desenho, nem um pincel e muito menos tinta da china!

Naquela ilha, Cuba, Sergio Bonelli esteve no longínquo ano de 1994, para visitar um “festival” internacional de banda desenhada sem igual no mundo, já que o festival decorria num bar, cujas paredes, entre uma propaganda de rum e uma outra de cigarros, acolhiam algumas fotocópias de bandas desenhadas mexicanas, italianas e francesas.

Apesar da absoluta pobreza da organização, o festival cubano, segundo exprimiu Sergio Bonelli, demonstrou ser uma extraordinária ocasião para conhecer uma porção de pessoas cordiais, ricas de orgulho e vontade de viver. Foi aí também, que Sergio Bonelli conheceu Orestes Suarez Lemus, nascido em Pinar del Rio (Cuba), em 14 de Março de 1950.

A sua estreia no mundo da banda desenhada aconteceu em 1977 com as personagens Inés, Aldo e Beto, criadas por uma publicação da Organização Nacional de Pioneros José Marti, em cujas páginas publicou também inúmeras ilustrações. Diplomado pela Escuela Nacional de Diseño Gráfico, em 1983, colabora com a revista da Editora Abril, Zunzún e com outras séries da mesma editora argentina, como, Pionero e El Guia.

Tex por Orestes SuarezOs seus trabalhos mais importantes foram publicados pela editora Pablo de la Torriente: Vitralitos, Camila e alguns episódios da série histórico-geográfica intitulada precisamente de Pablo de la Torriente, jornalista cubano/porto-riquenho morto durante a Guerra Civil espanhola. Ainda o tema da guerra (mas desta vez tratou-se do conflito hispano-cubano para a independência da ilha das Caraíbas) retorna na produção de Suárez que colaborou graficamente também em algumas curtas-metragens de desenhos animados inspirados nesse argumento.

O seu ingresso oficial no mundo bonelliano aconteceu em 1994, quando o próprio Sergio Bonelli o recruta para a esquadra de artistas que realizava as aventuras de Mister No. A propósito do seu actual empenho na equipa Texiana, Orestes disse ao blogue do Tex: “Aqueles anos passados nas páginas de Mister No foram anos de duro labor e ao mesmo tempo de grande desenvolvimento profissional e pessoal. Jerry Drake deu-me muito trabalho, fosse pelo ambiente em que decorriam as suas histórias, fosse pelo meu estilo de trabalho. Faltando-me a documentação, era de enlouquecer quando devia representá-lo nas ruas de Nova York ou entre as tribos índias da Amazónia. Tex Willer mudou a minha perspectiva: de um homem jovem e com o espírito de um aventureiro, passei a um profissional da justiça no duro e hostil Oeste norte-americano. Neste sentido, Tex tem um carácter muito mais forte, persuasivo, reflexivo e é uma personagem muito mais carismática, mais madura…”.

Agradecemos à organização do XVI Salão Internacional de Moura, o MouraBD2007, por ter permitido a obtenção das fotografias, durante a exposição dedicada à nova vaga dos desenhadores de Tex Willer.

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