Entrevista com o fã e coleccionador: Jônatas Lorenz

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Jônatas Lorenz: Bom, vamos lá. Chamo-me Jônatas Lorenz. Nasci em Gramado, Estado brasileiro do Rio Grande do Sul, e onde eu ainda moro, tendo nascido no dia 8 de Abril de 1999, sendo actualmente estudante.

Quando nasceu o seu interesse pela Banda Desenhada?
Jônatas Lorenz: Passei a minha infância lendo Turma da Mônica, digamos que aprendi a ler com a Turma da Mônica, e lia ás vezes as revistas da Disney. Eu ficava horas lendo o Cebolinha que na época era a minha personagem preferida. Até aos meus 9 anos, toda a vez que eu ia na banca eu comprava directo os exemplares da Turma da Mônica.

Quando descobriu Tex?
Jônatas Lorenz: Como eu disse antes, quando eu ia na banca nem percebia que existia Tex, até que ,quando eu estava vendo as revistas do Cebolinha, vi o meu pai pegando uns exemplares que eu nunca tinha visto e que se chamavam Tex. Perguntei-lhe que tipo de história era, e ele disse-me que era baseado no velho Oeste. Ao perceber que era em preto e branco desinteressei-me.Quando eu tinha uns 10 anos fui ao sótão da minha casa e achei uma caixa com as revistas  do Tex, o mesmo nome que algum tempo atrás eu tinha visto o meu pai lendo, e o primeiro exemplar que vi quando abri era um Tex maior que os outros, era o Tex Gigante “O Vale do Terror“, estava muito curioso, peguei a caixa e fui folhar todas as revistas e quando li “O Vale do Terror“, achei aquilo fantástico, eu nem percebera que estava à horas lendo o Tex Gigante. Quando eu entrei no mundo de Tex, não saí mais e não parei mais de ler, e não pretendo parar nunca.

Porquê esta paixão por Tex?
Jônatas Lorenz: Por que é uma personagem fantástica, as histórias e cenários parecem filmes, um filme aos quadradinhos, a personagem mais realística que eu já vi na banda desenhada. Tex mostra que não há raças e cores diferentes entre os humanos, sempre sendo justo e leal com quem deve ser.

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
Jônatas Lorenz: Que nem eu disse antes, Tex é diferente de muitos outros, não tem super poderes, o que faz ele ser o meu herói preferido, basta um cavalo e um revólver que ele já acaba com os inimigos, ele é humano, se ele leva um tiro ele aleija-se. As histórias são reais e muitas coisas que aparecem realmente aconteceram que nem em Tex 406-407-408 na Conspiração contra Custer, e muitas outras coisas que é muito para eu explicar… rsrsrs

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Jônatas Lorenz: Na última vez que contei eram um pouco mais de 170, pouco comparando com outros coleccionadores, mas eu e o meu pai sempre demos um jeito para comprar. Pretendo completar a colecção mensal, mas ainda está um pouco de longe acontecer, pois eu iria levar anos para conseguir. Mas desistir nunca.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
Jônatas Lorenz: Por enquanto só as revistas, mas queria muito possuir o filme de Tex, o álbum de cromos e os bonecos de resina dos 4 pards.

Qual o objecto Tex que mais gosta de possuir?
Jônatas Lorenz: O Tex Gigante “O Vale do Terror“, mas todas os revistas são importantes e especiais para mim.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Jônatas Lorenz: É difícil de escolher a melhor, pois para mim todas são óptimas, então vou dizer as que mais gostei: Tex 396 a 399 “As Colinas dos Sioux“, Tex 406 a 408 “Conspiração Contra Custer” , Tex Gigante “O Vale do Terror“, “Seminoles“, “Patagônia“, “O Homem sem Passado“, “Forte Apache“, “A Mão Vermelha” e o último Tex Gigante lançado: “Os Pioneiros“. O desenhador que mais gosto são do eterno Galep, mas também aprecio imenso os desenhos de Villa, Marcello, Ticci, Monti, De La Fuente e Civitelli. No quesito argumentista gosto muito de G. L. Bonelli, Boselli e Nizzi.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Jônatas Lorenz: O que mais me agrada é Tex fazendo justiça, ajudando os mais fracos, sendo leal e honesto, e claro as “briguinhas” com o camelho velho que trazem o gostinho de comédia nas histórias. E não há nada em Tex que me desagrade 🙂

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Jônatas Lorenz: Tex tem todo esse sucesso por estar nas bancas brasileiras há mais de 40 anos e por toda a equipa italiana que faz histórias e cenários fantásticos, reais, que parecem ser filmes aos quadradinhos, Tex é simplesmente fantástico!

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Jônatas Lorenz: Sim, principalmente nos grupos: Tex Willer-Águia da Noite e Fã Clube Tex Brasil, mas pretendo ir algum dia em um evento também.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Jônatas Lorenz: Na minha opinião a venda de Tex está cada vez mais decaindo, mas acredito que ele dure bastante anos nas bancas, sei que já passou por situações piores mas sempre foram superadas. Peço que Manitu deixe Tex vivo nas bancas ainda por um bom e longo tempo!

Prezado pard Jônatas Lorenz, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

5 Comentários

  1. É isso ai mesmo Jônatas… TODOS nós começamos assim e levamos muitos anos para para ter a coleção, mas não se esqueça o negócio é não desistir… e daqui alguns anos você estará dando o mesmo incentivo aos novos Pards que vais conhecer e, você vai ver que valeu a pena. Parabéns!

  2. Parabéns pela entrevista, pard! E você falou algo que me fez voltar no tempo quando conheci Tex… pois eu também, de início, não quis ler porque era em p&b… mas um belo dia peguei uma revista… e nunca mais parei!! E pode ter certeza que Tex continuará por muitos e muitos anos ainda nos satisfazendo imensamente com suas maravilhosas e fantásticas aventuras!! Afinal, Tex é Tex…

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