“Tex Grandes Mestres” #3 dedicado a Fabio Civitelli, em Agosto, conterá duas histórias de Tex

Como informamos anteriormente, em Janeiro do próximo ano a Mythos Editora estreará uma nova colecção, intitulada “Tex Grandes Mestres”, cujo número de estreia será dedicado ao criador gráfico de Tex, Aurelio Galleppini, popularmente chamado de GALEP. Em Abril de 2024 a Mythos Editora publicará o segundo número desta colecção que será dedicado a  Giovanni Ticci. O número 3 será dedicado ao Mestre Fabio Civitelli e terá publicação em Agosto, uma edição de 344 páginas e que conterá duas histórias de Tex a cores!

Fabio Civitelli

Por Mário João Marques

Nascido em 9 de Abril de 1955 em Lucignano, província de Arezzo, Civitelli desde cedo conviveu com os lápis e os cadernos que a sua mãe lhe comprava, para o entreter a desenhar enquanto ela se ocupava das lides domésticas. Sem nunca ter tido formação artística, o grande desejo do jovem Civitelli sempre foi tornar-se desenhador profissional, o que o levou a devorar revistas de BD e a assimilar tendências e estilos.

Começou a trabalhar em 1974 no Studio Graziano Origa em Milão onde ilustrou a série Lady Lust. Passou por editoras como Dardo, Ediperiodici, Universo e Mondadori, onde desenhou várias séries (incluindo alguns super-heróis da Marvel como o Quarteto Fantástico e Homem Aranha, escritas por Alfredo Castelli), tendo inclusive chegado a assumir um pseudónimo, Pablo de Almaviva, chamando a atenção de Sergio Bonelli. O editor só vai saber de quem se trata mais tarde, quando lhe colocam na sua secretária umas pranchas de um jovem vindo de Arezzo, que tinha passado na editora para apresentar os cumprimentos de Ferdinando Fusco, um dos desenhadores históricos de Tex, reconhecendo nas mesmas o traço de Pablo de Almaviva, aliás Fabio Civitelli.

Fabio Civitelli no seu estúdio, em Arezzo

Recrutado de imediato pela Sergio Bonelli Editore, Civitelli começa a trabalhar em Mister No em 1979, onde vai colaborar com Guido Nolitta, Alfredo Castelli, Claudio Nizzi e Tiziano Sclavi. Desenha ainda Pomeriggio Cubano e L’Avana – Serenata Cubana, duas aventuras escritas por Giuseppe Ferrandino em 1983, publicadas respectivamente nas revistas Orient Express e Giungla!. O seu sonho em desenhar Tex cumpre-se em 1984, com a aventura I Due Killers, escrita por Claudio Nizzi, iniciando assim uma brilhante carreira ao serviço do ranger, ao qual se vai dedicar quase em exclusivo, se tivermos em conta que, pelo meio, terá oportunidade de desenhar um Almanacco dell’Aventura em 1994, e uma breve aventura de Dylan Dog.

Em constante busca de novos territórios gráficos, a sua permanente evolução leva-o a adoptar ao longo dos anos determinadas características técnicas, sem nunca renegar o evidente classicismo do seu traço realista, apurado, preciso e limpo, sublinhado por um hábil uso do preto e branco. A característica técnica que mais facilmente transparece do desenho de Civitelli é o denominado pontilhismo, que o autor vai utilizar como forma determinante e concreta para conferir dinamismo, contraste e luminosidade, não se reduzindo a uma mera técnica decorativa. Pela inovação e evolução que emprestou ao grafismo da série, Civitelli foi capaz de alcançar de modo notável um equilíbrio perfeito entre estética e narração visual, sem comprometer os fundamentos da série.

Com relação à programação deste número dedicado a Fabio Civitelli, a publicação com 344 páginas trará as seguintes duas histórias de Tex:

Missão em Boston – 230 pg

Tex – Missão em Boston

A Cidade Corrompida – 110 pg

Tex – A Cidade Corrompida

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima clique nas mesmas)

11 Comentários

  1. Só acho que, cancelar “As grandes aventuras de Tex”, pra lançar essas histórias, é realmente inexplicável.

  2. Dessas 03 edições a serem lançadas, a única que vale a pena é essa do Fabio Civitelli.

  3. Fiz muitos elogios à Mythos em tempos passados, Dorival postou muitas cartas minhas na época do saudoso correio do Tex, sempre elogiando o trabalho feito, hoje não consigo mais fazer isso, realmente é inexplicável o que fazem, republicando várias vezes as mesmas histórias, qual o sentido nisso, tenho essas histórias publicadas várias vezes aqui, sempre comprei pra dar força à Editora, hoje não dá mais, explica o porque disso Dorival.
    Seria um modo de lucrar mais gastando menos?
    Esse também é um dos motivos que as vendas ficam encalhadas (repetição de histórias).

    • Bom dia amigo, concordo plenamente com o seu comentário, eu acho que essa estratégia de revistas repetecos, já deram o que tinham que dar, quem quer ler aventuras antigas é só um nos sebos e lojas virtuais e adquirir, já passou da hora a Mythos focar em histórias atuais, personagens novos, lançamentos enfim….

  4. Eu esperava uma TERCEIRA EDIÇÃO DE TEX, em formato italiano com capa e papel de melhor qualidade.

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