Por Saverio Ceri [1]
Esta ilustração, nitidamente embelezada, também foi usada para lançar a terceira colecção das “raccoltine” de Tex, a denominada série rossa (vermelha), em 1956.
Em 1953, por ocasião da publicação do 27° Albo d’oro Tex, Aurelio Galleppini, tinha redesenhado aquela situação com algumas variações, entre as quais a presença de um segundo adversário, desta vez um homem branco, o que torna a circunstância ainda mais inusitada:ser surpreendido por um índio, talvez perito em mover-se facilmente entre as rochas sem fazer barulho, ainda vá que não vá, mas ser surpreendido também por um qualquer rosto pálido… parece um pouco demais (ainda para mais com um chapéu fora de moda; os chapéus azuis ainda se aceitavam em 1950; até o Tex inicialmente com um chapéu azul, já tinha mudado a cor do chapéu).
Na versão dos nossos dias, o caucasiano (apenas para usar um termo “politicamente correcto” de vez em quando), desapareceu novamente, mas por requisitos gráficos; tendo havido um “zoom” enquadrar no formato das capas desta colecção, do pobre homem apenas seria visível o chapéu azul.
Que o chapéu azul foi uma moda passageira, também é claramente perceptível na comparação entre as capas de uma striscia e de outro albo d’oro, contidas neste Tex Classic, que narram a mesma situação. Pode ser visto de seguida. Azul em 1950, castanho em 1953.
Saverio Ceri
Encontre todas as outras origens das capas de Tex Classic na rubrica Secret Origins: Tex Classic
[1] Material apresentado no blogue Dime Web em 03/10/2017; Tradução e adaptação (com a devida autorização): José Carlos Francisco.
Copyright: © 2017 Saverio Ceri