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E sabendo que estar em Lisboa e não comer Pastéis de Belém pode ser considerado um crime, rumámos até à Pastelaria de Belém, onde nos deliciamos com os pastéis de Belém, polvilhados com canela e açúcar. Os Pastéis de Belém são uma espécie famosa de pastéis de nata, em que a base é de massa folhada e o recheio de leite, nata, baunilha e… não se sabe que mais, pois apenas duas pessoas (de cada vez) tem conhecimento da fórmula secreta. Os empregados preparam a matéria prima e os dois mestres pasteleiros, num quarto chamado “Oficina do Segredo”, elaboram a mistura. É isso mesmo: a receita destes famosos pastéis é a história mais bem guardada da doçaria portuguesa. Ninguém sabe ao certo como são feitos, apenas dentro da fábrica, um café em Belém, perto do Mosteiro dos Jerónimos, e que se tornou um ponto de romaria todos os dias. Não há nada a fazer, não há voltas a dar: o problema é comer um só pastel, porque eles são tão bons que apetece comer muitos… como sempre acontece com Dorival cada vez que visita Portugal…
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De seguida rumámos ao Padrão dos Descobrimentos, inaugurado em 1960, aquando das celebrações dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique (Henrique O Navegador) e que evoca claramente a expansão marítima e que foi desenhado na forma de uma caravela, liderada pelo Infante D. Henrique – que segura numa mão uma pequena caravela -, seguido de muitos outros heróis da história portuguesa (Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral – que descobriu o Brasil – Fernão Magalhães – que atravessou o Pacífico em 1520 -, o escritor Camões e muitos outros). Visto da gigantesca Rosa-dos-Ventos, este monumento fascina pela sua majestosidade e pelos seus 50 metros de altura, sendo visitado por milhares de pessoas todos os anos.
Mas devido ao vento que soprava fortíssimo e frio, com chuva grossa a acompanhar, como se fosse um dia invernal de Dezembro, alterámos os planos e dirigimo-nos para casa do pard Mário Marques, onde a sua esposa Lurdes (acompanhada dos seus filhos encantadores, João e Sofia) nos serviu um fausto pequeno-almoço para retemperarmos as forças, pois todos nós tínhamos acordado bem cedo. Obviamente que com tantos amantes da 9ª Arte juntos, o tema de conversa foram as BDs, mais concretamente os “fumetti” e as “bande dessiné“, pois o Mário além de ser um dos maiores Texianos de Portugal, é decerto um dos maiores coleccionadores portugueses da Banda desenhada franco-belga, como todos constataram.
É verdadeiramente impressionante os milhares de álbuns sobretudo franceses que o Mário possui… praticamente de todos os géneros e dos mais variados autores, muito deles fantásticos, não falando na imponente parte dedicada ao Tex na sua BiblioTEX!
Logo depois, rumámos à cidade do Cacém para almoçar, já sem a presença do Orlando, mas com a agradável companhia das esposas do Paulo Silva e do Carlos Moreira (e do seu filho Hugo) que se uniram ao grupo. A ementa como não podia deixar de ser foi composta por uns suculentos bifes, sepultados por enormes montanhas de batatas fritas… quanto à sobremesa foi a inevitável e famosa tarte de maçã que o Kit Carson tanto aprecia. Após a refeição, fomos para casa do pard Carlos Moreira, para visitar a sua imponente BiblioTEX e fazer tempo, para nova visita ao aeroporto da Portela, já que ao cair da noite, chegava ao nosso país para passar também a Páscoa, o pard italiano Giampiero Belardinelli, acompanhado da sua esposa e filho.
Devido ao longo atraso ocorrido devido a problemas técnicos no avião, já era noite escura quando José Carlos, Dorival e Giampiero e respectivas famílias, partiram em direcção à Malaposta, localidade onde todos iriam se acomodar durante os dias passados em Portugal. Dias de muitas conversas, mas também de muitos passeios e onde Tex voltou a estar presente, como por exemplo em Braga, onde tivemos o privilégio de receber a visita do Texiano Álvaro Machado, mais precisamente no Santuário do Bom Jesus do Monte…
E assim se prova uma vez mais que só uma personagem como Tex poderia proporcionar momentos maravilhosos e inesquecíveis nos quais pessoas e famílias que não se conhecem, são capazes de vencer centenas de quilómetros somente pelo prazer de estarem juntas e conviverem umas com as outras espontaneamente, vivendo a alegria da confraternização proporcionada por um herói de papel, criado no distante Setembro de 1948, fruto da mente criativa de G.L.Bonelli e da pena de Aurelio Galleppini…
E se não fosse Tex, e seus criadores nunca conheceríamos estas pessoas encantadoras… São factos fabulosos, e que devem ser lembrados e falados com muito carinho, principalmente quando nos encontramos face a face com estes Amigos, que esperamos rever em próximas oportunidades!
(Para aproveitar a extensão completa das fotografias acima, clique nas mesmas)
Dia maravilhoso meu bom amigo Zeca, que espero poder repetir muito mais vezes.
Um abraço,
Carlos Moreira
Muito legal!!!
Qualquer dia eu irei a Portugal!
Wagner Macedo
Acordar às 6h00 da manhã de um feriado valeu bem a pena! Um abraço. Orlando Santos Silva
Foram com certeza umas horas bem passadas pois a selecção era das boas. Não posso negar uma certa “inveja” na parte dos pastéis de Belém 😉 e também da penúltima fotografia, onde o nosso amigo Zeca está a exibir o livro “O Mocinho do Brasil”…
Ainda estou á espera que a editora responda ao email que enviei para ver a possibilidade de adquirir o referido livro aqui em Portugal. Por acaso não haverá algum exemplar, que tenha vindo a mais, e que se encontre triste e solitário à espera de encontrar um admirador que o queira adquirir ?
Alguém sabe como está esse tema da venda do “Mocinho do Brasil” aqui em Portugal? Agradeço qualquer informação.
Abraços para todos os pards e em especial para o fantástico trio Zeca, Mário e Carlos.
Rui Rolo
Olá grande pard e Amigo Rui Rolo,
Antes de mais, saiba que lhe enviei um e-mail a avisar da vinda do Dorival, pois pensava que você gostaria de se juntar ao grupo, só que ele acabou retornando… assim como lhe enviei um outro e-mail a dar-lhe conta da alternativa para conseguir o livro do Gonçalo Junior, mas também ele retornou… mas adiante… o meu exemplar foi trazido pelo Dorival e foi exemplar único, mas o melhor (e mais barato) meio para conseguir o livro (que recomendo) é pedí-lo através do pard Sérgio Sousa (ele já tem 6 a caminho do nosso país e já tem mais encomendas) cujo e-mail é sergiosousa1367@hotmail.com
É que vindo um exemplar só, segundo o autor do livro “O Mocinho do Brasil”, fica mais caro só os portes que o valor do livro e depois havia ainda a complicação do pagamento e com o Sérgio Sousa não há esse problema e vindo os livros em maiores quantidades o preço dos portes diluem-se…
Um grande abraço e disponha sempre, dilecto Amigo Rui!