Fabio Civitelli e Dorival Vitor Lopes na Ribeira do Porto

Por José Carlos Francisco (texto e fotos), Carlos Moreira (fotos)  e Orlando Santos Silva (fotos)

Com o encanto característico das cidades ribeirinhas, o Porto possui mil e um recantos, alguns dos quais Fabio Civitelli e Dorival Vitor Lopes tiveram o prazer de descobrir devido à presença de ambos no MAB Invicta 2012.
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Na companhia de alguns pards portugueses e respectivas famílias, ambos percorreram as ruas a pé e sentiram o pulsar de uma das cidades mais antigas e típicas do país, descobrindo a zona ribeirinha, junto à foz, onde o velho Rio Douro beija o Oceano Atlântico, obtendo a melhor e mais completa vista sobre esta cidade de ruas estreitas e descobrindo também algumas das antigas e imponentes pontes que ligam um passado nobre a um futuro que passará sempre pelo Porto, com destaque para a Ponte D. Luís, ponte projectada sobre o Rio Douro por um discípulo e colaborador de Eiffel, o engenheiro Teófilo Seyrig, em finais do século XIX.

É um exemplo representativo da arquitectura e técnicas do ferro. A ponte D. Luís, que liga o Porto a Vila Nova de Gaia, é composta por dois tabuleiros metálicos sustentados por um grande arco de ferro e cinco pilares e foi inclusive atravessada a pé por Fabio Civitelli, Dorival Vitor Lopes e restantes pards portugueses.


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Falando da Ribeira em si, ela está situada bem no centro histórico do Porto, a Praça da Ribeira, junto ao Cais com o mesmo nome, é das praças mais antigas da cidade, já mencionada em cartas régias em 1389, embora com uma traça diferente da de hoje em dia.


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Foi nesta zona da Ribeira e na sua ligação comercial com o Rio Douro que a cidade começou o seu franco desenvolvimento e se voltou para o rio.
Daqui se tinha acesso à famigerada Ponte das Barcas, onde em 1809 mais de 4 mil pessoas morreram, aquando uma investida das tropas francesas. Hoje, um baixo-relevo em bronze atesta este momento.


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No Cais é possível observar-se a existência de uma porta denominada de Postigo do Carvão. Das 18 portas ou postigos da Muralha Fernandina construída no século XIV, este é o único que se manteve até aos nossos dias. As ruas estreitas e sinuosas, com vista para Gaia, as arcadas sombrias, casas típicas com fachadas coloridas de outros tempos, a sua arquitectura urbano-ribeirinha, rodeada de cafés e lojas fazem desta uma das principais zonas turísticas da cidade.


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Animação diurna e nocturna, e um cosmopolita movimento conferem ao Cais da Ribeira e a toda a zona envolvente um ambiente único de história, tradição, animação e beleza como bem constataram os ilustres convidados Texianos conforme se pode observar nas variadíssimas fotografias que ilustram este texto, onde nem uma pequena e inesperada chuva estragou o passeio turístico à zona ribeirinha do Porto.


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Mas nem só a zona ribeirinha do Porto foi dada a conhecer aos ilustres convidados, pois uma visita também “obrigatória” foi à Estação Ferroviária de São Bento, considerada uma das 14 mais belas do mundo pela revista norte-americana Travel+Leisure. Os painéis de azulejos azuis e brancos de Jorge Colaço, que enchem as paredes desta estação do Porto, colocaram o edifício na mesma lista de outras paragens ferroviárias como a neoclássica Gare du Nord, em Paris, ou Atocha, em Madrid.

Na lista das 14 estações de comboio mais belas, a de São Bento é destacada pela sua fachada em pedra e telhados de mansarda, bem como pelos “20 mil esplêndidos azulejos” criados por Jorge Colaço e produzidos pela Fábrica Cerâmica Lusitana, um trabalho que, segundo a Travel+Leisure, fará qualquer visitante “suspirar”, tal como efectivamente “suspiraram” Fabio Civitelli e Dorival Vitor Lopes ao verem-na decorada com os mais belos painéis do género existentes em Portugal.

Cada painel representa uma cena da história nacional. Neles podemos encontrar: a entrada triunfal de D. João I e o seu casamento com Dª Filipa da Lencastre no Porto, em 1386, a conquista de Ceuta, 1415 e o Torneio de Arcos de Valdevez,1140.

Noutros porém encontramos cenas campestres e aspectos etnográficos como são exemplo a procissão da Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego, a romaria de S. Torcato, em Guimarães, uma Vindima, a Feira do Gado, uma Azenha, o Transporte do vinho num barco rabelo, no Douro…

(Para aproveitar a extensão completa das fotos acima, clique nas mesmas)

3 Comentários

  1. Mais uma excelente reportagem que se deve ao Zé Carlos, das melhores que tenho lido no blogue do Tex. Sem dúvida que foram momentos maravilhosos para toda a turma texiana, especialmente para o Fabio Civitelli e para o Dorival, como convidados de honra.
    Quem infelizmente não pôde lá estar, como eu, sentirá ainda mais pena por não ter tomado parte nesse prazenteiro convívio. Que saudades do Porto e da Ribeira, e até da estação de S. Bento, me despertam estas fotografias!

  2. … e para além dos fatos em si, e dos convivas, o Zeca vai se tornando, ou se revelando, um ótimo escriba, com a pesquisa e as palavras na ponta dos dedos.
    Parabéns,
    Abraço.
    G.G.Carsan

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