Por Saverio Ceri
BONELLI 2022: SUPER BOSELLI
Aqui estamos com a segunda parte dos números bonellianos de 2022, onde descobriremos quem escreveu, página por página, as 19.378 páginas inéditas de banda desenhada produzidas pela Bonelli nestes últimos doze meses.

Mauro Boselli representado por Maurizio Dotti enquanto produzia inúmeras páginas de roteiro. Em poucos meses chegará a 50.000 páginas na casa Bonelli
Na tabela abaixo, eles aparecem como estreantes, mas alguns deles já têm uma considerável carreira na banda desenhada. No ranking abaixo encontrámos todos os 73 escritores de 2022, alinhados por número de páginas inéditas publicadas; descobrirão com quais personagens eles colaboraram e se o resultado dos últimos doze meses é o seu recorde pessoal (PB verde se superado, PB amarelo se igualado) ou se, como dissemos anteriormente, eles se estrearam na editora (E). Os números periódicos que disponibilizamos são filhos de histórias escritas por muitas mãos.
Mais uma vez, atribuímos a Mauro Boselli a medalha de ouro do “concurso” anual dos escritores mais prolíficos, pelo décimo segundo ano consecutivo, o décimo nono da sua carreira. É também o seu 19º pódio consecutivo, 25º geral. Além das dezanove medalhas de ouro virtuais, Mauro também pode se orgulhar de cinco pratas e uma de bronze conquistadas nos seus 36 anos de carreira bonelliana como escritor.
A diferença para o segundo classificado é notável, 1.222 páginas, mas não é um recorde, na verdade não está nem entre as três maiores distâncias infligidas pelo vencedor da medalha de ouro ao colega merecedor da prata. O recorde pertence ao próprio Boselli, que em 2013 precedeu Enna por 1.646 páginas, batendo o recorde histórico de 1976 de Guido Nolitta, que havia superado Canzio por 1.497 páginas. Enquanto isso, Nizzi no seu melhor ano, 1989, distanciou-se Toninelli por 1.273 páginas. A vantagem de Boselli sobre Ruju este ano é apenas a quarta na história da editora Bonelli.
Pasquale Ruju, dizíamos, pelo terceiro ano consecutivo no pódio, sendo este ano segundo lugar. Este é o oitavo pódio na sua carreira: Seus palmarés bonelliano é composto por uma medalha de ouro conquistada em 2010, 5 de prata e 2 de bronze, de 1995, ano da sua estreia, até hoje.

O herói com um dos seus biógrafos. Este ano quase todas as histórias de Nathan Never foram assinadas por Bepi Vigna.
Continuando a falar de Top Ten, Boselli está presente pela 30ª vez, e ininterruptamente há 29 anos; Berardi atinge a 28ª presença, das quais as últimas 8 consecutivas; Burattini está no Top Ten pela 27ª vez, sendo quatro consecutivas; Ruju é presença assídua há 9 anos e está presente pela 18ª vez na sua carreira; Enoch alcança o Top Ten pela 8ª vez (6 consecutivas), Vigna pela 7ª vez (as últimas 3 consecutivas) e Rauch pela 4ª vez (a segunda consecutiva).

Stefano Vietti retorna ao Top Ten dos escritores mais prolíficos da Bonelli após uma ausência de três anos
Depois do criador de Martin Mystère, a militância mais longa na casa Bonelli é a de Giancarlo Berardi que comparece nos volumes da SBE há 45 anos; seguido de Maurizio Mantero, que estreou na editora dois anos depois, pelo que o lemos há 43 anos; Tiziano Sclavi, por sua vez está presente há 42, e precede Claudio Nizzi que comparece nesta classificação há 41.
O já citado Castelli há já algum tempo que detém o recorde absoluto em termos de anos consecutivos de publicação; há precisos 46 anos, de 1977 até hoje, que lemos pelo menos uma história sua nos volumes bonellianos. Bonelli pai ficou-se pelos 42 anos consecutivos.
Entre os autores publicados neste 2022, destacamos Luigi Mignacco que publica continuamente há 36 anos, seguido de Vigna (35 anos), Chiaverotti (34), Boselli (31), Burattini (30), Berardi (29), Ruju (28), Vietti (27), Enoch (26), Barbato e Mantero (25), Calza, Cajelli e Recagno (21).
Ressaltamos que nada de inédito de Tito Faraci foi publicado este ano, depois de 21 anos de publicação ininterrupta.

Castelli perde apenas para Sergio Bonelli como carreira bonelliana, mas é o primeiro por anos consecutivos de publicação.
Divulgamos de seguida uma tabela classificativa, com o número de páginas publicadas, e o número de vitórias anuais relativamente à série em questão.
Em contraste com Dampyr, não há dúvidas sobre quem é o escritor principal. Mauro Boselli é o argumentista com mais publicações pelo 22º ano de 23 de vida editorial do personagem. No ano da estreia no cinema, entre outras coisas, a presença de Boselli foi massiva: ele não produzia tantas páginas Dampyrianas desde 2008.
Silvia Mericone e Rita Porretto são as argumentistas mais publicadas nas edições de Dylan Dog no ano que acaba de terminar. Elas conquistam o seu primeiro “scudetto” graças à estreia na série regular com duas aventuras, um bis de Verão e um episódio para Old Boy.
Como sempre, Giancarlo Berardi, que assina a quatro mãos todas as histórias de Julia, é o autor mais prolífico pelo 25º ano consecutivo. O seu ‘score’ no final de 2022 é de 19.900 páginas. Com o volume de Fevereiro, chegará presumivelmente à vigésima milésima página publicada com o seu nome na série da criminóloga bonelliana.
Nova entrada no álbum de ouro dos escritores mais publicados de Martin Mystère. Com 316 páginas Giovanni Eccher vence o seu primeiro título.
Claudio Chiaverotti, único escritor de Morgan Lost, é obviamente o escritor mais produtivo também este ano, e pela oitava vez consecutiva.
Bepi Vigna com 1.150 páginas é o escritor mais publicado em Nathan Never neste 2022. Com este título, o nono, alcança Stefano Vietti no número de “campeonatos” neverianos. Não obstante o seu recorde pessoalem termos de páginas publicadas, Vigna não alcança o recorde de páginas neverianas num só ano, que continua a pertencer a Vietti, escritor em 2006, de 1.228 páginas do personagem.
Giovanni Eccher escreve pela segunda vez o seu nome na lista de ouro deste 2022, graças às 423 páginas publicadas em Nick Raider; as mesmas atribuídas a Rigamonti visto que assinaram 4 volumes cada um mais um a quatro mãos; a este último porém foram subtraídas as 15 páginas publicadas antecipadamenteno Free Comics Book Day de 2020, portanto já contabilizadas há dois anos.
Dupla aparição também para Boselli que com 1.524 páginas, é também o mais publicado em Tex, pelo quarto ano consecutivo e pela décima quarta vez na carreira.
Moreno Burattini volta a destacar-se entre os escritores de Zagor, após um ano de ausência. Para ele trata-se do 28º título.
All-Time
Na classificação histórica (ou seja de Janeiro de 1941 até hoje), destacamos que graças às páginas publicadas este ano Berardi alcança o 8° posto ultrapassando Manfredi; Vigna supera o amico Medda no 14º posto; e Enoch ultrapassa Lavezzolo e atinge a 19ª posição.
Um ano para ser recordado também por Vigna, por ter superado a marca das 15.000 páginas publicadas nos volumes bonellianos: é o 14º autor a superar esse patamar.
Saverio Ceri
Material apresentado no blogue Dime Web em 26/12/2022; Tradução e adaptação (com a devida autorização): José Carlos Francisco.
Copyright: © 2022, Saverio Ceri