Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.
Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Carlos Eduardo Caldeira: Eu nasci em São Bernardo do Campo em 1992, mas sempre morei em uma cidade do interior chamada São Roque! Desde pequeno gostava muito de ler e mexer no computador, comecei com 3 anos! Daí em diante a minha paixão pelo que chamamos de cultura Geek só aumentou! Seja por filmes, desenhos, animes (vivi a febre Pokemon), jogos e é claro nossos amados quadrinhos (BD)! Apesar de ser brasileiro tenho um carinho muito grande por Portugal, tendo em vista que quase toda minha família nasceu lá! Minha bisavó e meu avô em Cinfães e minha mãe em Lisboa!
Profissionalmente eu sou formado em direito com especialização em direito civil (sucessões) e trabalhista!
Quando nasceu o seu interesse pela banda desenhada?
Carlos Eduardo Caldeira: A minha paixão por banda desenhada começou logo após aprender a ler, aos 3 anos! Na minha infância gostava muito de ler Turma da Mônica, na minha adolescência passei para os gibis de super heróis e no começo da fase adulta me apaixonei pelo que há de melhor no mundo dos quadrinhos (pelo menos na minha humilde opinião) quadrinhos europeus, mas principalmente fumetti (não há nada melhor que as Hqs da Bonelli)!
Quando descobriu Tex?
Carlos Eduardo Caldeira: É com certa vergonha que admito que descobri Tex tardiamente, apenas em abril de 2017! Com o lançamento da coleção Tex Gold pela saudosa editora Salvat!
Porquê esta paixão por Tex?
Carlos Eduardo Caldeira: São muitos motivos que me fazem um leitor apaixonado pelo universo do Tex:
– Roteiros muito bem escritos, de tudo que li até hoje de Tex só teve uma história que não gostei, mas isso fica para outra pergunta 😂
– Artes que dão um bom ritmo para história, seja na fase clássica de Tex ou na fase mais moderna que é mais dinâmica, a arte é sempre um espetáculo!
– Uma caracterização muito cativante dos personagens principais (nosso amado quarteto de Pards) e dos demais coadjuvantes que compõem os roteiros!
– Um roteiro que é muito verosímil, facto que permite um maior entrosamento com as histórias!
– O senso único de Justiça do Tex e seus Pards, para eles não existem regras específicas que geram preconceitos como muitas vezes os roteiros americanos faziam, colocando por exemplo sempre os índios como vilões ou personagens bobos! Nas histórias de Tex não! Os patifes podem ser índios, brancos, ricos, pobres, cidadãos respeitáveis que muitas vezes estão acima da lei convencional, americanos, mexicanos, homens da lei! Para Tex não importa, ele está lá para proteger quem precisa e perseguir os canalhas até prendê-los ou mandá-los para o cemitério!
O que nos dá a sensação de que nesse universo a justiça sempre vence, claro que em algumas histórias essa vitória tem gosto amargo, mas não por culpa do protagonista e sim por situações geradas que ele não tinha como evitar!
Talvez o motivo que mais deva importar, ler as aventuras de Tex é sempre muito divertido e gera momentos agradáveis!
Amar Tex tem alguns motivos racionais como os listados acima, mas por outro lado é um sentimento único que suas aventuras criam em cada fã 🤩
O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
Carlos Eduardo Caldeira: Tex é um herói muito versátil, com muitas experiências de vida e um senso de justiça muito forte! Esse é o seu diferencial!
Ele não enxerga o mundo preto e branco, ele procura sempre analisar cada situação de forma individual antes de se posicionar e por isso quase sempre alcançar a justiça para todos!
E como diria o bom e velho Carson, ele é um tição do inferno com uma sorte 🍀 danada também 🤣,além de ser o melhor atirador de todos!
Outro facto muito interessante de Tex que o difere dos demais heróis é que ele é tanto um representante da lei (um Ranger) como o chefe branco dos Navajos devido ao seu casamento com Lilyth!
Então ele tem muita experiência nos dois mundos!
Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Carlos Eduardo Caldeira: Eu tenho 256 edições de Tex!
Hum… essa não sei responder! Todas são especiais para mim 🤩.
Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
Carlos Eduardo Caldeira: A grande maioria da minha coleção são livros, mas possuo duas miniaturas, que busco completar essa coleção e tenho uma estátua de Tex que saiu pela Infinite!
Qual o objecto Tex que mais gostaria de possuir?
Carlos Eduardo Caldeira: O item de Tex que eu mais queria era a estátua na versão ultra limitada da linha Infinite, a base é sensacional! Depois completar a coleção das 40 miniaturas e por fim um álbum completo que saiu aqui no Brasil pela editora Vecchi!
Qual a sua história favorita? E qual o argumentista de Tex que mais aprecia?
Carlos Eduardo Caldeira: No mundo de Tex é impossível escolher uma história preferida devido a qualidade excepcional de todas as histórias, mas devo a minha paixão por Tex à história ‘O cavaleiro solitário’ que foi publicado na Tex Gold da Salvat número 2, pois foi a partir dessa edição que fui fisgado para esse universo e nunca mais quis sair 🤠
Acho que desenhista um dos meus favoritos é o Aurelio Galleppini e o outro é Giovanni Ticci!
Roteirista os meus prediletos são: Sergio Bonelli (Guido Nolitta), Claudio Nizzi e Mauro Boselli!
O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Carlos Eduardo Caldeira: O que me agrada mais em Tex e a imersão que suas histórias tem devido a roteiros muito bem elaborados,verosimilhança ou seja seus roteiros são críveis, personagens carismáticos e cativantes!
Na verdade não tem nada que não me agrade em Tex, talvez só uma história que achei muito fantasiosa para o personagem que foi o Vale dos dinossauros!
Mas fora isso as histórias de Tex são perfeitas!
Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Carlos Eduardo Caldeira: Seu forte senso de justiça, vontade de ajudar a todos, suas habilidades com os revólveres e sua incrível capacidade de sempre prender os bandidos ou mandá-los para o cemitério! Tornando o mundo um lugar melhor!
Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Carlos Eduardo Caldeira: Tenho dois amigos que também são colecionadores, mas como na minha cidade não tem muitos apreciadores de BD, com frequência não! Só em eventos que às vezes encontramos mais colecionadores!
Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Carlos Eduardo Caldeira: Ah eu gostaria que no futuro o Ranger continuasse sempre assim! Com novas histórias preenchendo o dia a dia! Ou seja para mim já está perfeito do jeito que está! Apenas desejo que continuem fazendo novas aventuras e vida longa ao grande Chefe Branco dos Navajos, ao nosso Ranger a lenda Tex Willer!
Prezado pard Carlos Eduardo Caldeira, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.
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