CARLO AMBROSINI, consagrado desenhador italiano pertencente aos quadros da Sergio Bonelli Editore, onde desenhou, entre outros, Ken Parker, Dylan Dog (O Imenso Adeus foi publicado em Portugal pel’A Seita), Napoleone, Jan Dix, Le Storie e Tex, será um dos autores presentes (e com uma exposição pessoal) no XVI Festival de BD de Beja, que se vai realizar entre 3 e 19 de Setembro, na Casa da Cultura daquela cidade alentejana, tornando-se assim o vigésimo terceiro autor de Tex a prestigiar Portugal com a sua presença, depois de Fabio Civitelli (2007, 2008, 2010, 2011, 2012 e 2019), Marco Bianchini (2008), Ivo Milazzo (2011), Andrea Venturi (2013 e 2017), Pasquale Del Vecchio (2014), Pasquale Frisenda (2015), Stefano Biglia (2015), Horacio Altuna (2015), Luca Vannini (2015), Maurizio Dotti (2016), Massimo Rotundo (2016), Leomacs (2017), Alessandro Bocci (2018), Alessandro Nespolino (2018), Walter Venturi (2018), R. M. Guéra (2018), Rossano Rossi (2018), Moreno Burattini (2018), Bruno Ramella (2018), Bruno Brindisi (2019), Roberto De Angelis (2019) e Alfonso Font (2019).
No que a Tex diz respeito, Carlo Ambrosini desenhou o Tex Albo Speciale nº 19 (Tex Gigante italiano nº 19), datado de Junho de 2005, aventura escrita por Claudio Nizzi e com o título “Il prezzo della vendetta” (“O preço da vingança“; Mythos Editora- Brasil; 2005).
Uma história onde Tex, Carson, Kit e Tigre testemunham a perseguição que um grupo de índios Cheyennes move a um branco. Este acaba por ser atingido, morrendo nos braços de Tex, não sem antes dizer poucas palavras, permitindo que os pards consigam saber que se dirigia a um rancho de colonos. Ao entregar o corpo do infeliz, Tex e os seus companheiros aceitam a hospitalidade dos colonos e veem a saber que estes adoptaram em tempos um garoto índio, sobrevivente de um massacre efectuado à sua aldeia. Perdido no vale, o rancho dos colonos tem sido vítima de ataques dos índios, que reclamam o garoto, mas também alvo da cobiça de brancos sem escrúpulos que almejam o ouro que por ali se encontra.

Carlo Ambrosini, desenhador de um Tex Gigante, virá em Setembro a Portugal para participar no XVI Festival de BD de Beja
Nesta sua participação em Tex, o desenho de Ambrosini vai-se afirmando ao longo das páginas da aventura. Um traço grosso, porco como já lhe chamaram, mas seguramente eficaz. Pleno de bons planos e rigoroso nas cenas de acção (veja-se a do comboio).
Voltando atrás, ao XVI Festival de BD de Beja, teremos então a presença de Carlo Ambrosini no primeiro fim-de-semana do festival, de 3 a 5 de Setembro, na companhia de, segundo o Jornal de Notícias “outros nomes bem apelativos, tais como o português Luís Louro (criador de “O Corvo”, “Jim Del Monaco” ou “Alice”), Nicolas Barral (autor de “Ao som do fado”, um romance gráfico que se passa em Portugal nos últimos tempos da ditadura) e o espanhol Bartolomé Seguí (desenhador de “Histórias do Bairro” e das adaptações gráficas de “Tatuagem ” e “A Solidão do Executivo”, romances de Manuel Vazquez Montálban, protagonizados pelo detective Pepe Carvalho), bem como outros nomes dedicados à criação e à divulgação da BD, como Catherine Labey, Maria José Magalhães, Jean-Marc Chaussy, Fabio Moraes, Francisco Ucha, José Ruy e Nicolas Gravel.”
“Para além dos autores citados, a lista de exposições inclui mostras individuais de António Jorge Gonçalves, Bárbara Lopes, Jorge Magalhães, Lele Vianello e Vincent Vanoli. Em termos colectivos, estão anunciadas três maioritariamente em português, “Ditirambos”, “Toupeira” e “Umbra”, com obras dos criadores incluídos nas edições homónimas e a curiosidade da descoberta de banda desenhada egípcia através de “Shennawy, Tok Tok & Companhia”.”
E para quando o regresso da Mostra Tex em Anadia?
Se a pandemia não nos voltar a trocar as voltas teremos o regresso da Mostra Tex em Anadia, em Abril do próximo ano.