Por Mário João Marques
Napolitano de nascimento (16 Dezembro 1959), salerlitano de adopção, Roberto De Angelis inicia a sua carreira em 1983, quando se junta a um grupo de jovens autores que vão criar o fanzine Trumoon. Nas suas páginas será publicado L’Uomo di Lisa, o que lhe vai valer um contrato com o estúdio de Dino Leonetti que comissiona algumas histórias para as Edizioni Cioè. Na segunda metade dos anos 1980, De Angelis, Brindisi, Coppola e Siniscalchi dividem um apartamento, onde vão criar o Trumoon Studio.
Em 1987, De Angelis encontra Ade Capone, com quem realizará Kor One, quase um prelúdio de Nathan Never. Ao mesmo tempo, colabora com o Studio Leonetti e realiza histórias para Tilt e Boy Comics. Entretanto, as Edizioni ACME procuram novos talentos e o Trumoon Studio é contratado em bloco. São tempos de fervor criativo que vão acabar por levar De Angelis a ser admitido na Sergio Bonelli Editore, onde vai trabalhar em Nathan Never e revelar-se como um dos desenhadores de ponta da série de Serra, Medda e Vigna, cabendo-lhe a honra de ser o autor do número promocional (zero) e dos primeiros Speciale Nathan Never, Almanacco della Fatascienza e Nathan Never Gigante, assim como se torna capista da série a partir do #60 até ao #249.
Na SBE desenha também Legs Weaver, Caravan e uma história para o Dylan Dog Color Fest. Estreia-se em Tex em 2004, desenhando o álbum gigante Ombre nella notte, um registo em tudo diferente de Nathan Never, e que acabará por ficar atravessado na garganta do autor, que o considera mesmo um fracasso, nunca escondendo o desejo de poder redimir-se. A ocasião surge em 2015, durante o Festival de Lucca, quando se encontra com Mauro Boselli e lhe pede para desenhar uma história curta de Tex, o que acabará por se concretizar em 2016, quando vai receber um argumento de 248 páginas para a nova colecção Tex Willer, centrada na juventude do herói.
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