Argumento de Gianluigi Bonelli e desenhos de Aurelio Galleppini.
Com o título original Tra due bandiere , a história foi publicada originalmente na Itália nos números 113 a 115, em 1970 e no Brasil, pela Editora Vecchi nos números 53 a 55, sendo agora republicada em Itália, pela Sergio Bonelli, em 4 volumes com novas capas, da autoria de Maurizio Dotti, estando anunciado o primeiro volume para o dia 5 de Julho.
Em quase todas as consultas efectuadas aos leitores, esta aventura destaca-se sempre por ser uma das mais apreciadas da série. Convenhamos que os leitores têm toda a razão. Não só pela qualidade do enredo, que revela um Gianluigi Bonelli no pleno da sua capacidade narrativa, como também nas qualidades gráficas de um Aurelio Galleppini que assina aqui um dos mais notáveis trabalhos da sua longa carreira.
Tudo começa em Abilene, quando Tex, na companhia de Carson e seu filho Kit, ao chegar ao saloon encontra Dick Dayton, um seu velho amigo do tempo da Guerra da Secessão. E é na companhia de outro velho amigo, o xerife Ben Trevor, que Tex e Dick vão narrar alguns episódios que viveram juntos em pleno conflito que opôs norte e sul, mas que sobretudo colocou em lados opostos da barricada velhos amigos…
A Guerra da Secessão constitui um dos episódios mais marcantes da história dos Estados Unidos. O rápido desenvolvimento e expansão do país marcaram grandes e crescentes diferenças entre o Norte e o Sul. Enquanto o Norte se industrializava cada vez mais mercê das vagas de imigrantes, no sul expandiam-se as plantações que recorriam à mão-de-obra escrava. Quando em 1860 Abraham Lincoln (inimigo da escravatura) foi eleito presidente, o Estado da Carolina do Sul declarou a sua saída da União e até meados de 1861 outros dez Estados seguiram esse exemplo, formando em Montgomery e Richmond uma nova federação. Lincoln negou o reconhecimento e todas as negociações fracassaram, iniciando-se a Guerra da Secessão em Abril de 1861.
Bonelli aproveita este infeliz episódio histórico para fazer em toda a aventura uma marcação cerrada à guerra, aos seus malefícios, a toda a realidade inerente aos conflitos. Através do relato de Tex e Dick, o leitor toma conhecimento da realidade de um país dividido entre um norte industrial, que de certa forma representava o ideal americano e um sul agrícola, fundamentado em ideias conservadoras. O autor parte para uma aventura épica protagonizada por dois homens de princípios e valores tão distantes naqueles anos. Tex e Dick são por assim dizer o instrumento ético de Bonelli, funcionando como um baluarte contra a barbárie dos homens, contra o ódio que opôs amigos e familiares, contra os actos sem regras e sem limites de uma guerra fratricida. E repare-se que Tex e Dick sendo sulistas vão estar nas fileiras do norte, o que não espanta, porque um dos valores texianos é estar do lado dos oprimidos e dos direitos. Assim sendo, Tex nunca poderia lutar ao lado de ideais sessionistas que defendiam a escravatura e a diferença entre os homens.
(Para aproveitar a extensão completa das imagens, clique nas mesmas)
Pard Zeca, o Boselli já está com quase 70 anos, ele já comentou se pretende aposentar? Se sim, quem será o substituto dele?
Ainda recentemente, a propósito de ter sido o primeiro escritor na Bonelli a atingir a mítica marca de 50 mil páginas escritas, Mauro Boselli confidenciou que ainda tem grande determinação e inspiração para escrever por mais alguns anos e que nem sequer pensa em se aposentar.
Maravilha. O Boselli para mim só fica atrás do Bonelli pai. Já superou o Nolitta e o Nizzi.
Sou um fã inveterado de Tex! Que bom que vem esta novidade maravilhosa!
FÃ DO TEX SEMPRE…