Entrevista com o fã e coleccionador: Sérgio Streiechen

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu?
O que faz profissionalmente?

Sérgio Streiechen: Nasci em Campo Mourão, Paraná – Brasil. Sou Cirurgião Dentista, Odontólogo há quase 30 anos.

Quando descobriu Tex?
Sérgio Streiechen: Comecei a ler TEX em 1977. Um amigo meu coleccionador comprava os exemplares na banca e depois emprestava-me. Eu emprestava as minhas outras revistas, principalmente as do Tarzan.
Virei coleccionador anos depois quando a revista estava perto do número 130. Fiz amizade com um senhor que era dono de uma banca de revistas usadas. Ele separava os números que eu não tinha e guardava para mim. Lembro-me até hoje que ele me cobrou o “olho da cara” pelo TEX número 1.

Porquê esta paixão por Tex?
Sérgio Streiechen: Apaixonei-me pelo enredo das histórias, pelos desenhos e pelo clima sombrio e selvagem do faroeste.
Eu não tinha dinheiro para comprar, o meu pai censurava-me e não queria que eu gastasse dinheiro com gibis, então tinha que economizar em outras coisas para sobrar dinheiro para comprar as revistas. Foi um período difícil. Isso fez-me valorizar ainda mais tudo o que conquistei.

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
Sérgio Streiechen: Histórias bem elaboradas e desenhos muito bem feitos. A quadrinização em preto e branco cria um clima nostálgico que me remete aos tempos de infância.

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Sérgio Streiechen: Tenho a colecção completa de TEX brasileira, edição normal. Possuo os exemplares de TEX Coleção até ao número 252; TEX Edição Histórica até ao número 74. Vários exemplares de TEX Ouro. Edições especiais de TEX e várias colecções de Zagor e Dylan Dog num total que ultrapassam 1500 revistas.
Quando mudei para uma cidade onde não existia banca de revistas, perdi muitos exemplares novos e acabei desistindo de coleccionar. Mas de um tempo para cá a paixão voltou e estou repondo as lacunas novamente.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
Sérgio Streiechen: Colecciono apenas as revistas.

Qual o objecto Tex que mais gosta de possuir?
Sérgio Streiechen: Tenho dois pósters de TEX que vieram como encartes nos exemplares 78 e 160 e são os que mais estimo pela raridade dos mesmos.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Sérgio Streiechen: De todos os TEX que li os mais importantes para mim foram EL MUERTO (Tex 112) e CINCO FUGITIVOS DO INFERNO (Tex 29). O melhor argumentista para mim sempre foi o criador G. L. Bonelli e o melhor desenhador Galep.

O que lhe agrada mais em Tex?
Sérgio Streiechen: O clima nostálgico e selvagem do faroeste é o que sempre me atraiu.

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Sérgio Streiechen: O tratamento artístico que os desenhadores e argumentistas dão ao personagem é o que diferencia TEX.

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Sérgio Streiechen: Somente mantenho contacto pela Internet.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Sérgio Streiechen: Temo pelo futuro do personagem pela falta de conquista de leitores mais novos. A Internet eliminou aquela magia que existia em comprar um exemplar na banca e saborear a leitura física em casa, de colocar mais um exemplar na colecção. Aquele cheirinho de revista nova fascina-me até hoje…


Prezado pard Ângelo Sérgio Streiechen agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

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