Entrevista com o fã e coleccionador: Williame Mota

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Williame Mota: Bem, sou natural de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil e trabalho como auxiliar de regulação médica no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência da minha cidade. Sou formado em Marketing e estudante de Direito actualmente. Adoro ler, assistir filmes e praticar desportos como futebol e musculação.

Quando nasceu o seu interesse pela Banda Desenhada?
Williame Mota: Sempre gostei de faroeste desde pequeno, pois assistia os filmes com o meu pai. Logo então comecei a procurar por uma revista que fosse do género.

Quando descobriu Tex?
Williame Mota: Estava na casa de um amigo que gosta muito de ler e perguntei se ele tinha alguma coisa sobre faroeste. Aí então ele levou-me ao seu quarto e mostrou-me uma colecção imensa de Tex que ele havia herdado do seu pai.

Porquê esta paixão por Tex?
Williame Mota: Simplesmente porque ele pensa como eu e lembra o meu pai bem à moda antiga: de um jeito valentão de ser.

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
Williame Mota: Pela realidade das imagens que são mostradas, como o sangue e até os tiros posso escutá-los daqui (…risos…). Os traços dos rostos são perfeitos, as histórias magníficas, ou seja, diferente desses outros quadradinhos mal feitos que por aí se encontram.

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Williame Mota: 63 revistas. Não são muitas pois a maioria pego emprestada do meu amigo, mas se Deus quiser ainda vou realizar meu sonho de ter todas as revistas de Tex. E a que eu considero mais importante foi a primeira que li, que foi o Almanaque do Faroeste número 1.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
Williame Mota: De Tex somente livros, mas possuo alguns outros livros de colecção, como por exemplo Sidney Sheldon e Victor Hugo que já li.

Qual o objecto Tex que mais gostava de possuir?
Williame Mota: Bem, gostaria de possuir toda a colecção de TEX; isso para mim seria um sonho realizado.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Williame Mota: Bem amigão, você me pegou agora. São tantas histórias excelentes que fica quase impossível de escolher apenas uma. Mas vamos lá, vou escolher uma que vem à minha memória “O Bando dos Irlandeses”.
Quanto a desenhadores é mais complicados ainda, pois há tantos bons mas em especial destaco Fabio Civitelli onde Tex tem um queixo quadrado igual ao do Super-Homem, Andrea Venturi, Carlo Marcello, G. Letteri e o sensacional Claudio Villa que eu gostaria que ele não ficasse na maioria das vezes só nas capas.
Já os argumentistas, tenho Boselli, G.L.Bonelli e Nizzi como os eleitos.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Williame Mota: O jeito dele de ser macho, valentão e justo, sempre em defesa dos mais fracos e necessitados, demonstrando assim que a justiça realmente existiu em algum tempo. E o que menos me agrada não sei dizer, acho que ele deveria namorar mais (…risos…).

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Williame Mota: O perfil que ele tem, que é o que falta hoje nas pessoas, onde não se tem mais respeito e ninguém ajuda mais o próximo pois falta coragem e humanidade.

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Williame Mota: Não. Somente com o meu amigo já mencionado anteriormente. Pois acho que as pessoas não lêem mais quadradinhos como antigamente devido à facilidade que a Internet disponibiliza. Aliás, deve ser por isso que o mundo está assim virado de cabeça para baixo…

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Williame Mota: Bem gostaria de vê-lo muito ainda, pois ainda sou novo e não quero perdê-lo de vista, devido ao facto de se tratar de uma referência da banda desenhada. Talvez ele esteja um pouco mais velho, mas sempre melhor!

Prezado pard Williame Mota, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

2 Comentários

  1. Caramba!!!! Para quem tem tão poucas revistas de Tex… você é um grande conhecedor desta maravilhosa revista, amigo. Meus parabéns pela entrevista, digna de um verdadeiro “pard” colecionador e amante de Hqs de Tex.

  2. É isso ai caro MOTA, hoje a Internet se faz necessária, mas não podemos deixar de frisar a importância e o prazer que tem a leitura. Muito boa a sua entrevista.

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