2ª. Expo-Tex de João Pessoa – Brasil

O blogue do Tex publica hoje o relatório da II Expo-Tex de João Pessoa, da autoria de G. G. Carson, ilustrado por excelentes fotos e um fantástico vídeo (com uma imagem de alta qualidade), realizado aquando desse evento ocorrido no Brasil. Evento que aconteceu entre 21 e 25 de Novembro de 2006, no Gabinete Cultural dessa linda cidade brasileira, numa organização conjunta de G. G. Carsan e Gilson Galvão.
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Por G. G. Carsan
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Cartaz da 2ª. Expo-Tex de João Pessoa - BrasilTítulo: 2ª. Expo-Tex de Jampa

Local: Gabinete Cultural
Data: 21 a 25 de Novembro de 2006.
Horário: das 14 às 20 horas
Organizadores: G. G. Carsan e Gilson Galvão

Oferecimento: ao Dorival Lopes (Mythos) e Sergio Bonelli (SBE), a todos os texianos da Terra.

Objectivos: Divulgação do Personagem; Mostrar que revista de banda desenhada é cultura; Motivar outras exposições; Conhecer novos texianos; Fazer novas amizades.

Apoio: Gabinete Cultural, ICA, Bessa Vivo, Gerafoto, Câmera Shop, ACBJ-PB, TexBr, Mythos e SBE.

Agradecimentos: Fuba (espaço), Fátima Farias (divulgação), David (cinegrafista), Clóvis Júnior (tela e transporte do Precioso), Mauro Kyotoko (datashow), Linda e Edilma (fotografias), Kaká e Geruza (mesas e cadeiras).

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 1A exposição do personagem Tex, ocorrida de 21 a 25 de Novembro de 2006, no Gabinete Cultural, uma criação do Vereador Fuba, músico e compositor, situado no Centro Histórico de João Pessoa, foi coroada de êxito. A realização foi dos texianos G. G. Carsan e G. G. Souza.

Essa exposição, oferecemos ao Sr. Sergio Bonelli, que tanto fez e faz pelo Tex. Pode parecer pouco para muita gente que não sabe da sua vida carregando a editora, criando personagens e desenvolvendo roteiros. Na verdade, somente nos últimos 10 anos que vim a saber que o Sergio Bonelli existia e agia de verdade. A gente sabia que o G. L. Bonelli tinha um filho, mas não participava, não chegavam as notícias. Havia o temor de que o ocaso do criador representasse o fim do Tex. Acreditamos que para a maioria dos leitores, ele ainda é uma incógnita. Não dava para suspeitar que Guido Nolitta era o Sergio Bonelli.
Sr. Bonelli, o nosso eterno agradecimento.

A proposta principal da exposição do Tex é divulgar o personagem e servir de modelo para que outros fãs promovam eventos para engrandecer o nosso herói. Mas existem outros objectivos correlatos e que foram amplamente trabalhados durante os cinco dias do evento.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 2A parte de divulgação aconteceu de forma maciça, durante vários dias. Conseguimos espaço nos quatro principais jornais da cidade/estado (Correio da Paraíba, Jornal da Paraíba, O Norte, A União), com matérias bem apelativas. Através do orkut (comunidades do Tex) e de e-mail (pessoal e de grupos), muita gente foi avisada e convidada. Tivemos a divulgação em diversos sites, como o Portal Texbr, o Universo HQ, o WSCOM, O Norte Online. Foram confeccionados cartazes e distribuídos em pontos estratégicos da cidade, como no Espaço Cultural e na UFPB, colocados panfletos dentro das revistas novas, nas principais bancas. E ainda tivemos visitantes que ouviram a informação nas ondas do Rádio CBN. Além disso, foram gravadas duas matérias para a TV (Cabo Branco – Globo) e (Tambaú – SBT).

A apresentação do personagem foi realizada de forma constante, chamando a atenção para a mensagem que ele transmite: justiça, ética, amizade, carácter, solidariedade, persistência, inteligência, etc…, e para a importância do personagem que conseguiu sobreviver ao fim do faroeste no cinema e continua nas bancas, perto de fazer 60 anos, comparando com outros personagens como o Super-Homem, o Fantasma, o Tarzan, e tantos outros que não se sustentaram por tanto tempo, de forma ininterrupta, ou desapareceram.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 3A arte de coleccionar, de resgatar o passado através das revistas foi outra preocupação durante as palestras aos visitantes. O acto de registar os momentos, como na foto do expositor feita em 1975, vestido como Tex. Cuidamos de chamar a atenção para a persistência, para o zelo com as coisas que gostamos, para a coragem de mostrar para as pessoas o que fazemos e o que nos dá prazer. E insistimos que BD não é coisa de criança, que BD não é coisa de vagabundo. Creditamos às leituras do Tex muitos conhecimentos pedagógicos que adquirimos ao longo do tempo e continuamos adquirindo, além das qualidades de cidadão. Afirmamos que BD é cultura e lançamos paralelos com as culturas dos países desenvolvidos, onde é levada a sério, estudada e divulgada.

As amizades que se abrem para aqueles que não tem vergonha de dizer que coleccionam BD, pois não é errado, não é proibido, mas certamente é prazeroso, é divertido e ao mesmo tempo passa muitos ensinamentos que serão usados durante toda nossa vida. Exemplificamos a aquisição de tantas revistas estrangeiras, em vários idiomas, conseguidas através de amizades, doadas ou na base de troca, com pessoas que conhecemos através da Internet. Logicamente, chamamos a atenção para se cercar de alguns cuidados, como investigar a idoneidade, principalmente agir com a indicação de amigos que já detêm conhecimento com o individuo do outro lado.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 4Adentramos no campo económico, mostrando que o mercado de BD’s gera renda, pois temos o envolvimento de Empresas e de muita gente trabalhando para que as revistas cheguem nas mãos dos leitores. Esta renda segue para os mercados, lojas e afins, representando mais uma forma de trabalho honesto para muitos cidadãos.

As visitas ocorreram de modo cordial e respeitoso, com a resposta a todas as perguntas da forma mais clara possível, principalmente para aqueles visitantes que já abandonaram o Tex há muito tempo e ficaram surpresos com a notícia de uma exposição, perguntando se ainda é publicado. Tiramos as dúvidas sobre editoras, sobre o personagem. Alguns pais que levaram os filhos queriam saber o porquê de tantas colecções, etc. Procuramos a cordialidade, anotamos e-mails e/ou telefones, oferecemos ajuda para a aquisição de revistas para completar as colecções, divulgamos os sites, disponibilizamos o filme para cópia (num segundo momento) e fizemos fotografias de quem permitiu.

A voz do povo é a voz de Deus, diz o ditado. E se assim é, Deus adorou a exposição. Ouvimos elogios do início ao fim. Até o pessoal do Gabinete Cultural, acostumado com exposições permanentemente, ficaram entusiasmados com o poder do personagem em atrair tanta gente, de todas as idades. Em verdade, tivemos visitantes de 5 a 68 anos.

Agora é hora de contar o que aconteceu de verdade durante a exposição e farei o relato por partes, para que seja melhor entendido por todos que acessarem este texto.

Dia 21 – Abertura

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 5A exposição foi montada (quadros e pósters e revistas especiais na vitrina) na tarde do dia 20. Caderno de assinaturas providenciado de última hora pelo Gilson. As revistas número 1 de cada colecção ficaram juntas na parte direita da vitrina, bem como os álbuns franceses do Tex desenhados pelo Joe Kubert. Os álbuns italianos e livros sobre Tex, o Tex português e alguns objectos ficaram na vitrina da esquerda – vide fotos.

A manhã da terça-feira, 21, entrou para a história, pois os quatro maiores jornais do Estado da Paraíba divulgaram matérias sobre a exposição do Tex que teria início naquela tarde, falando do Ranger mais temido do Oeste. O “Jornal da Paraíba” esgotou nas primeiras horas do dia e foi difícil encontrar um exemplar nas bancas da cidade.

Às 14 horas, colocamos as revistas sobre as mesas, assim, de outro jeito, muda para lá, melhor assim, até que Gilson teve uma boa ideia (eram colocadas e retiradas todos os dias) e durante a arrumação, já surgiu o primeiro visitante, que faço questão de registrar, o Sr. Vagner Viaro, descendente de italianos, que colecciona há bastante tempo, parou, quer recomeçar.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 6A tarde correu tranquila e um pouco nervosa da nossa parte. Tivemos mais um visitante lá pelas 16 horas. Chegou então (17h) o homem do datashow (Mauro Kyotoko) e fizemos um teste. Vimos que o threiler do duelo do El Muerto estava com problemas, mas os outros passaram no teste. Aí tudo começou a acontecer. Chegaram os convidados, um a um, dois a dois, fui mostrando algumas coisas, aqui e ali. A TV Tambaú, que deveria filmar às 15 horas não apareceu e às 18 horas, liga-me o jornalista e crítico de cinema Renato Felix, da TV Cabo Branco (que escreveu um excelente texto que veiculou no Jornal da Paraíba, sem copiar do release), perguntando se poderia fazer a matéria lá pelas 19 ou 20 horas. Falei que sim, que mandasse o pessoal da reportagem.

Vesti-me com uma camisa amarela, uma calça jeans, calcei botas, pus um lenço preto, mandei o chapéu para a cabeça e por fim coloquei o item essencial do cowboy, a cartucheira com a arma (conseguida pelo Gilson, com o campeão brasileiro de tiro ao alvo).

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 7Caramba! Quando surgi, o cinegrafista (David) estava a postos, a fotógrafa (Linda) estava ali jogando flash no meu rosto. Bateram palmas! Foi emocionante, foi de enervar o mais frio dos pistoleiros. Mas não me detive, tinha uma missão a cumprir e estava seguro do que tinha que fazer: ser rápido no gatilho.

Tomei conta do palco, falando sobre o Tex e sobre a minha paixão pelo personagem, desde os tempos de criança, das histórias que escrevi, das colaborações com o Portal TexBr e com o UHQ, os pósters que faço e estavam nas paredes e enfatizei as amizades que tenho feito ao longo dos últimos anos, enfatizando que “considero todo texiano uma boa pessoa”. Mostrei as fotos, objectos, os álbuns importados, a importância de algumas peças, disse tudo que servia para engrandecer o nosso grande amigo.

Depois passei a palavra para o Vereador Fuba, idealiza do local, que falou da importância de personagens como Tex para a cultura e confessou-se um leitor ocasional e que na juventude, havia coleccionado alguns personagens, mas parou quando a grana escasseou. (risos da plateia). “(Acredito que foi quando a veia artística – a música – falou mais alto)”.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 8A seguir, apresentamos no datashow o threiler do filme Tex e o Senhor do Abismo, criação magistral do nosso amigo texiano Rodrigo Bratz, que gentilmente autorizou a exibição e na sequência, todos viram uma apresentação sobre o Tex, realizada por mim, contando a vida do herói, contendo duas músicas do personagem como plano de fundo. Ali vimos quem é Tex, seus pards, seus amigos, algumas mulheres, os inimigos, as capas das colecções brasileiras, alguns dados, algumas imagens. BANG! BANG! BANG!

Estavam presentes professores universitários, alunos, alguns artistas – entre eles Clóvis Júnior, ícone da arte Naif, com exposições em 15 países e várias capitais brasileiras, que desenhou uma tela do Tex, especialmente para a exposição e fez uma doação para o meu acervo -, funcionários públicos da área cultural, advogados, jornalistas Edilma Mota e Fátima Farias, que muito ajudaram na divulgação, etc. Ressalto a presença do renomado professor de desenho Henrique Magalhães, famoso pelo país afora, que no livro de assinaturas ressaltou: “Que maravilha a exposição! É um encantamento!”. Recebemos um convite para expor na Bienal do Desenho do Espaço Cultural e devido a falta de tempo na minha agenda profissional, disponibilizarei o póster O Precioso, para o evento e ainda encontrarei tempo para proferir uma palestra sobre o Tex.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 9Aí chegou a reportagem da TV Cabo Branco chefiada pela Rejane Medeiros, fizeram as tomadas, as perguntas, as entrevistas (comigo e algumas pessoas presentes).

Para fechar, servimos um coquetel para os convidados, regado a whisky para os cowboys e amarula (licor) para as damas, com salgadinhos de camarão empanado e coxinhas.

Ao mesmo tempo, recebemos as congratulações dos amigos, fizemos fotografias dos participantes e respondemos às perguntas que surgiam sobre as edições estrangeiras e sobre algumas questões texianas.

As revistas foram recolhidas às 22 horas, apagamos a fogueira e pudemos descansar.

Dia 22 – Visita da Escola Índio Piragibe

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 10Às 14 horas, junto com a abertura, quando ainda arrumava as revistas, chegaram quase 30 alunos da Escola Índio Piragibe (personagem famoso da História), um irmão distante do grande Chefe Apache Cochise.

Acomodaram-se nas cadeiras e entrei vestido de cowboy e quando eles notaram a semelhança com o Tex, passaram a me chamar “Seu Tex”.

Durante cerca de 40 minutos falei sobre o grande herói das BD’s mundiais, citando a influência texiana na minha vida e no meu modo de ser, contando sua história editorial e o factor positivo de sua longevidade, a importância de coleccionar revistas para a fabricação de um rico vocabulário, e como era uma turma de adolescentes avançados, fiz referências ao aprendizado que deve ser exercitado e não servir apenas de teoria para questionamentos alheios. Ao final, respondi a perguntas de alguns alunos, interessados em saber pormenores como onde encontrar as revistas, se dá para ter a colecção completa, etc.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 11Seleccionei 15 revistas e fizemos um sorteio. Doei mais algumas para a biblioteca da escola e pedi para os ganhadores lerem e emprestarem para os colegas. Um aluno resolveu pedir um autógrafo e tive que assinar para todos, com uma dedicatória: “Com carinho, do texiano G. G Carsan, Nov./2006”.

Fizemos algumas fotos e nos despedimos, quando prometi mandar-lhes as fotos e arranquei da professora a promessa de pedir uma redacção contando como foi o passeio.

Ato contínuo, chegou a reportagem da TV Tambaú, com a repórter Silvia Torres e procedemos a filmagem. Em tempo, preciso relatar que o pard Gilson fez de tudo para não aparecer, mas ainda providenciarei uma roupa de cowboy para ele usar no próximo evento.

Depois, devido compromissos pessoais, ausentei-me do local, ficando tudo a cargo do pard Gilson Galvão, também GG, que recebeu alguns visitantes, inclusive uma família inteira. Voltei só a tempo de recolher as revistas e apagar a fogueira.

Dia 23 – Apresentações

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 12Para movimentar a exposição, levei o meu computador para o Gabinete, deixando a minha loja totalmente desguarnecida (sem computador e sem máquina digital) e passamos a tarde mostrando os três vídeos para quem apareceu por lá. Desta feita, foi possível assistir ao famosíssimo duelo entre Tex e El Muerto no threiler do Bratz, o threiler do filme e a apresentação de abertura.

Estava vestido de vaqueiro nesse dia, para não forçar tanto a barra e porque não havia grupo de visitantes agendados. Portanto pude relaxar um pouco, mas o pessoal estranhou a minha chegada.

O texiano Raimundo de Freitas, o mais vivido de todos os texianos que nos visitaram, de fato uma alegria muito grande, chegou pensando em comprar revistas para completar a colecção normal, faltando apenas oito números, a maior parte, recente, quando ele esteve viajando. Ficou meio decepcionado quando lhe disse que era somente exposição. Prometi-lhe todo tipo de ajuda possível para completar a colecção e logo que resolver alguns problemas, cavalgarei para o seu rancho e ajudá-lo-ei. Ele é um desses que não usa o computador para se divertir, mesmo assim anotou o endereço do portal.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 13Outro que pintou por lá e merece destaque foi o Ranieri Barbosa, de Campina Grande – PB, pois disse que ouviu pelas ondas da rádio CBN, durante uma viagem para a capital e não teve dúvidas em visitar a exposição.

O texiano Zezinho, que sabe tudo, que consegue ligar aventura – fato – número, lá de Guarabira – PB (mas agora morando em Jampa), foi conferir a exposição e levou o filho Tiago, a quem tenta tornar texiano, mas ainda não conseguiu. Só saiu de lá quando mandei sinais de fumaça dizendo que era hora de apagar a fogueira. Foi uma conversa agradável, pois ele é muito entusiasmado com o nosso Tex, ou melhor, contagiante. A certa altura, perguntou se eu tinha o póster que saiu no Tex 78. Eu disse que o meu havia extraviado e ele correu no carro e trouxe o póster de presente para mim. Fiquei muito contente com mais este póster para o meu acervo.

Nosso obrigado aos visitantes, como Valmir e Natanoildo e respectivas famílias, jornalista Nido Lobo, e outros que não quiseram fotografar, mas assinaram o livro.

Dia 24 – Escola Bem-Me-Quer

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 14Ah quantas emoções ficaram armazenadas para este dia!

Quando o Big Ben marcou 14:15 h, entrou o texiano Genildo, vestindo uma camisa com um Tex estampado, desenho que ele disse feito por um aluno, sim, ele é professor, poeta, escritor e texiano, não necessariamente nessa ordem, muito provavelmente na ordem inversa; oriundo da distante Tabira – PE, cerca de 500 km, o que se diga de passagem “é bem ali” para um texiano acostumado a ver Tex ir de Galup a San Francisco sem pestanejar.

Fizéramos um contacto rápido no orkut, na comunidade “Tex Willer, o Ranger” e ele afirmara que viria. Então antes de conhece-lo, só vendo para crer. Mas o cara tem palavra, igual a Tex. Chegou, viu, gostou e ficou. Sim, ficou até o fim do dia, fotografou à vontade, perguntou tudo que quis, olhou as revistas, perguntou de novo, namorou cada coisa que lhe chamou a atenção.

O pard Genildo Santana presenteou-nos com livros de poesia e filosofia, de sua autoria, demonstrando muita sensibilidade e amizade, pelo que recebeu fotos, cópia do cartaz (gigante), marca-texto personalizado do Tex e um convite para voltar a João Pessoa e se hospedar no meu rancho.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 15Eu aproveitei para apresentá-lo aos visitantes que foram chegando, enfatizando o seu feito, digno de um mastim como Tex. Com isso valorizava o ‘ser texiano’ e as pessoas se admiravam de alguém cavalgar mais de 300 milhas para ver uma exposição de BD.

Às 15 horas, chegaram os 19 alunos da Escola Bem-Me-Quer, crianças recém-saídas da Alfabetização, com cerca de 10 anos, cada. Para eles também fiz uma entrada a la Tex e fui aplaudido. A palestra foi mais amena, devido a idade, mas falei durante meia-hora. Com a ajuda do Gilson, fizemos um sorteio e todos levaram revistas para casa. A cada sorteio, eles faziam um coro de gritos muito animado. Fizemos fotos com a turma, inclusive as professoras para marcar a visita e ficamos todos animados de vislumbrar novos texianos em gestação.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 16Mas era mesmo uma tarde especial, pois antes e depois da visita dos alunos, recebemos visitas de garotos já texianos. Primeiro o Victor, de não mais de 12 anos e depois o Igor, de uns 15 ou 16, levados pelos pais, senhores muito simpáticos e inteligentes por incentivarem os filhos no hábito da leitura. Os rapazes ficaram encantados com todas aquelas relíquias e após apresentar-lhes tudo, tive o cuidado de dizer que tivessem calma, pois levei mais de 30 anos para conseguir o meu acervo, mas conseguira a grande maioria nos últimos 5 anos, portanto, era uma questão de ‘querer’ com ‘oportunidade’. Então citei as colecções mais recentes, que seria um bom começo, ou a aquisição de uma colecção completa, que de vez em quando é colocada à venda na net. Nestes casos, solicitei um contacto pós-evento, para passar endereço de vendedores conhecidos e confiáveis na Internet.

E continuamos recebendo visitas até às 20 horas e mais uma que marcou foi a do Sabiniano, texiano que chegou com a esposa Giogia e depois da apresentação da exposição e fotos, tomamos algumas cervejas, batendo aquele papo legal, mais descontraído. Ele ainda ligou para um amigo vir se juntar ao grupo. É mais um que pretende adquirir dezenas de revistas para completar a colecção.

Estendi o horário até as 20:30, pois o pessoal estava animado com um conjunto tocando ‘chorinho’ diante do Gabinete, e consegui alguns visitantes dessa turma. A amiga Ednamei fez a festa, transformando-se numa cowgirl e fazendo algumas performances muito doidas para fechar este dia de grandes emoções.

Dia 25 – Última Chance

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 17A razão de estender a exposição até o sábado, foi a tentativa de receber aqueles visitantes que trabalham e não tem como comparecer no local durante os dias úteis, pois o sábado é bem parado na região e só vai quem tem negócio. Fica meio deserto.

Na primeira hora chegou um amigo pessoal, que disse ter lido Tex e tudo que aparecia pela frente há muitos anos.

E adivinhem quem chegou novamente… o Genildo, que prometera retornar se tudo desse certo. Voltou e ficou connosco até o encerramento.

E a melhor cena do dia, quando chegaram os Mendes, pais e filhos, estes de 5 e 8 anos, aproximadamente, trazendo as últimas revistas Tex e Tex Coleção. Pediram muitas informações, principalmente os pais, para saberem situar os filhos, cujo nome é Saulo para ambos.

Difícil mensurar a minha alegria e satisfação ao contar algumas historinhas para eles, mostrar a minha foto aos 10 anos e dizer-lhes que eles estão começando antes e podem fazer melhor. Mostrar-lhes as edições especiais, passar-lhes o endereço do Tex na Internet e sentir que seria a primeira coisa a fazer ao chegarem em casa. Coloquei chapéu no Saulo maior e fizemos as fotografias.

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 18E para finalizar, chegou o José Bartolomeu, que desde 1972 trabalha com venda de revistas, seja como funcionário de banca ou com vendas de revistas de forma livre no meio da rua, mais recentemente. Disse-me que vai arrumar um local fixo, com a nova administração municipal. Eu já comprei algumas revistas com ele, para repor aquelas que estavam em péssimo estado, pois quando as comprei estavam debilitadas. Ficou encantado, igual criança com as edições texianas da Mondadori italiana e da ERKO francesa.

A nível interno, eu, o Gilson e o Genildo conversamos muito sobre o Tex, trocamos muitas ideias e o nosso caro poeta saiu com a ideia fixa de montar uma exposição na sua cidade. Por motivos familiares, o Gilson, em todos os dias, saiu às 18:30 horas.

E chegou a hora de desmontar a expo-tex. Com rapidez texiana, coloquei tudo nas caixas, na ordem, para facilitar na hora de reagrupar na biblio-tex.

Pouco depois tomamos um drink no saloon que há no local para comemorar o sucesso, a despedida e cavalgamos juntos, eu e Genildo, até a bifurcação Bessa – Tabira, que nos levava cada um a sua aldeia.

A 2ª. Expo-Tex em Números

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 19Colecções completas de Tex. (Tex, Tex Coleção, Tex Ed. Histórica, Tex Almanaque, Tex Colorido, Tex Gigante, Tex Ouro, Tex e os Aventureiros, Clássicos do Tex, Tex de Férias, Minisséries, Almanaque do Faroeste)
01 Tex Gigante Capa Dura – O Ídolo de Cristal
01 Tex Gigante 40 Anos – Tex O Grande – Ed. Globo
01 Tex Mondadori Gigante
03 Tex Oscar Mondadori
01 Poster Precioso 1,56 x 1,05 m
01 Poster Niver 35 anos 80 x 60 cm
01 Poster Tex 71 60 x 40 cm
01 Poster Tex e Pards fotografados por O’Sullivan – 40 x 60 cm
03 Quadros Capas 25 x 38 cm
02 Quadros de GG Garoto 15 x 21 cm
02 Quadros Explicativos Tex e GG = 30 x 40 cm
01 Tela do Tex – Arte Naif – 25 x 30 cm
35 Revistas novas e usadas para doar.
01 Indumentária do Tex
01 Cartucheira
01 Revólver
01 Cigarro Palheiros de Piracanjuba
02 Chaveiros do Tex
01 Boneco do Tex (biscuit)
01 Mousepad
01 Puzzle
01 Caneta do Tex
01 Boné do Tex
01 Camisa do Tex
01 Livreto 400 capas
01 História escrita por GG
01 Livro Tutto di Tex
01 Livro Fumetti, o Melhor dos Quadrinhos Italianos
01 Livro Tex 50 anos no Brasil
01 Livro sobre G. L. Bonelli
01 Livro Non son degno di Tex
01 Livro Tex
01 Livro In Viaggio con Tex
01 Livro sobre Armas
01 Livro sobre o Grand Canyon
02 Livros Histórias do Faroeste
01 Livro Le Frontiere di Carta
02 Maxi Tex
01 Tex Rodeo
01 Tex Mustang
01 Tex Turquia
01 Tex Nuova Ristampa
01 Tex Almanacco del West 2002
02 Tutto Tex
18 Tex Italiano
04 Tex Francês – Joe Kubert
01 Tex Speciale
02 Chapéus
02 Álbuns de fotos 10×15
01 Calendário do Tex 2006 – G. G. Carsan
01 Calendário do Tex 2005 – Mythos
04 Páginas sequenciais ampliadas 20×30 cm de aventura
01 DVD Filme do Tex
01 Tex Colorido – Portugal
01 Tex Clássico de Republica Color Serie Ouro
01 Tex Clássico de Republica – P/B
01 Livro de visitas
02 CDs de músicas de western
04 Jornais com matérias sobre a exposição
25 Revistas de outros personagens (Blueberry, Lucky Luck, Fantasma, Akim, Jonah Hex, Velta, Asterix, Historias do Faroeste, Epopeia Tri)
20 Revistas de Personagens Bonelli (Mágico Vento, Mister No, Zagor, Nick Raider, Dilan Dog, Lazarus Ledd, Dampyr, Júlia, Martin Mystère)
20 Marca-Texto do Tex para distribuir.

Foram colhidas 125 assinaturas.
Realizadas 150 fotografias.
Apresentado 02 vídeos com datashow
Abertura da exposição gravada em DVD
Realizada duas matérias para a TV
Apresentado 03 vídeos com Computador

Balanço Final

2ª. Expo-Tex de João Pessoa - Foto 20A 2ª. Expo-Tex de Jampa ocorreu da forma planejada, sem nenhuma discrepância organizacional e nenhum problema.
Os visitantes elogiaram sem reservas o trabalho e o personagem, que fez ou faz parte da vida de todos que por lá passaram.
Sucesso de crítica.
Felizmente, existe um movimento crescente de valorização da cultura em nossa capital. Isso tem acarretado a proliferação de eventos variados em diversas casas especializadas em exposições, shows e seminários. João Pessoa está fervendo de bons eventos. Que bons augúrios continuem soprando do Atlântico sobre a nossa linda capital.
E como já disse em outras ocasiões, no Brasil, os jornais não divulgam as BD’s, mas quando se cria um evento, mostrando uma estrutura respeitável, ocorre a divulgação maciça. Portanto, quem tiver condições, pode e deve programar, que a mídia apoiará. Só não podemos esquecer de fazer tudo com a devida antecipação.Os agradecimentos foram feitos, mas queremos estender a todos que directamente ou indirectamente, participaram do evento, o nosso mais profundo Obrigado.João Pessoa, 28 de Novembro de 2006.

G. G. Carsan / Gilson Galvão

(Para aproveitar a extensão completa das fotografias acima, clique nas mesmas)

Segue-se o vídeo do evento:

4 Comentários

  1. Caríssimo pard e Amigo GG, como é seu apanágio, você com o seu brilhante e completo (daí extenso) relatório nos brindou com todas as informações do que sucedeu nos dias da 2ª Expo-Tex de Jampa e deu para ver (ou melhor, complementar os que as fotos mostram) que foi um evento deveras fantástico, uma ode ao Tex onde mais uma vez ficou provado o muito do seu amor ao Tex, pois somente quem ama (desde tenra idade) esta personagem fantástica é capaz de fazer algo em benefício da divulgação do ranger, mesmo sendo prejudicado a nível laboral e sem ter interesse algum, que não seja divulgar a personagem, por isso meu Amigo, dou os meus mais sinceros parabéns uma vez mais… muito obrigado por nos ter brindado com texto, imagens e até um vídeo, desse fabuloso evento, sirva de exemplo e de incentivo para todos os outros grandes Texianos que existem por esse Brasil fora, alguns dos quais grandes pards, grandes Amigos nossos, que inclusive frequentam este nosso blogue…
    Outro registo que deixo aqui nesta minha mensagem é constatar que este seu evento provou facilmente que a grande maioria dos leitores e aqueles que verdadeiramente sustentam a personagem, são os leitores anónimos, sejam eles mais letrados ou não… tantos foram os Texianos presentes dos mais modestos aos ilustres…
    Agora o que mais me agradou ao ler o seu relatório e ver as suas fotos, foi constatar que o Tex terá ainda futuro por muitos e muitos anos, enquanto houver leitores como você, mas sobretudo enquanto conseguir cativar jovens leitores (mesmo na era da internet e tantas outras coisas) como esses jovens que já conhecem e amam o Tex, mesmo tendo menos de 10 anos (os irmãos Saulo)…
    Finalizando, também não posso deixar de agradecer ao Texiano Gilson Galvão e dizer muito obrigado a ambos pelo grandioso gesto de carinho e amor que tiveram para com o “nosso” (também é um pouco meu) TEX!

  2. É este tipo de actividades de promoção do personagem e das diversas publicações, que permite que as revistas se mantenhm nas bancas. Infelismente têem de ser os particulares a desenvolve-las, particulares como o GG e o José Carlos Francisco, que são inexcedíveis nas suas actividades de promoção às revistas da Bonelli comics. Gostava que a Mythos seguisse o exemplo e acompanhasse a tendência, só teria a lucrar. Poderia começar por manter actualizada a sua página na NET e melhora-la com actividades de promoção e divulgação das suas revistas. Parabéns GG por mais esta iniciativa, extensivos a todos que participaram.
    Sérgio Sousa

  3. GG de Tex Willer está fantástico.
    O que seria do nosso herói, não fosse iniciativas como essa.
    AMoreira.

  4. Tenho a coleção completa do primeiro fascículo até o de número 500 à venda!

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