YAMA CONTRA TEX, VINGANÇA SEM FIM

Por Rui Cunha*

Há algum tempo atrás escrevi para a revista nº 3 (dezembro de 2015) do Clube Tex Portugal um pequeno artigo sobre Mefisto, intitulado “Mefisto – O meu Inimigo preferido”, que considero o meu vilão preferido, onde também fiz alguma referência a Yama, o filho do terrível bruxo e, tal como o seu pai, inimigo juramentado de Tex e dos seus pards.
Na altura ficou no ar a vontade de voltar a esse artigo por sentir que ainda não estava completo e que sobre o filho de Mefisto ainda havia coisas para dizer e escrever.
Aproveitando a recente edição de uma aventura do ranger na qual volta a enfrentar Yama, dessa vontade fez-se realidade que agora tentarei passar a papel para meu (e vosso) prazer.
O texto que se segue pode ser entendido como uma continuação desse artigo, mas também pode ser lido separadamente.
Nota: Salvo qualquer excepção pontual, a relação das aventuras em que surge Yama, segue a ordem da sua publicação original, ou seja a da edição Italiana. Quaisquer erros que aconteçam, são da responsabilidade do autor.

Antes de assumir definitivamente o nome de Mefisto, Steve Dickart era um vilão que utilizava aquele nome para, em sessões teatrais nas cidades do oeste por onde passava, fazer números de ilusionismo e magia acompanhado de sua irmã, Lily.
Inicialmente, quando Giovanni Luigi Bonelli e Aurelio Galleppini criaram a série em 1948, Dickart estava destinado a ser uma figura secundária no universo texiano, um simples vilão como muitos outros que se iriam cruzar com o Ranger e os seus “pards” ao longo das décadas seguintes, mas, tal não iria acontecer, o seu fado iria ser outro, muito mais radioso.

Quando surge, em 1949, na história intitulada “Fuorilegge” (Tex Italiano nº3), que em português recebeu o título de “Mefisto, O Espião”, Dickart ainda é um artista saltimbanco que se exibe em diversas cidades, com números de ilusionismo e para os quais se transfigura com a ajuda de uma roupa teatral (vermelho vivo e uma máscara com bigode e cornos) e o nome artístico de Mefisto, a roçar o demoníaco. Para ganhar ainda mais alguns trocos, enquanto se exibe em El Paso, envolve-se numa disputa sobre o destino do Texas e na qual assume um papel de espião a favor dos mexicanos e acaba por se confrontar pela primeira vez com Tex, que, depois de inúmeras peripécias, durante as quais o Ranger chega a ser perseguido pela lei, o prende e entrega à justiça. Nessa altura, Steve Dickart assume o seu nome artístico de Mefisto. Desaparece o ilusionista e no seu lugar surge uma criatura demoníaca com poderes transcendentais, que jura vingar-se de Tex e dos seus “pards”. Estava apresentado aquele que viria a ser a maior némesis de Tex, Carson, Kit e Jack Tigre, o inimigo por excelência dos heróis de Bonelli e Galleppini.

Dez anos será o tempo que decorrerá até que Tex se volte a encontrar com Mefisto, durante os quais pouco se sabe do que foi a sua vida (os autores/criadores nunca nos quiseram dizer o que se tinha passado, talvez até assim seja melhor para manter a aúrea de mistério que envolve a personagem de Mefisto que, nesta altura, começa a ganhar algum destaque no universo texiano), sabemos que em todos os confrontos que ocorreram entre o vilão e o ranger, e foram várias as histórias onde isso aconteceu, o primeiro saiu sempre derrotado e que, aparentemente, terá morrido ao cair de um abismo atingido por Jack Tigre no último confronto. Mais tarde, numa aventura posterior fica-se a saber que afinal Mefisto não morreu, o seu corpo foi recuperado e o seu espírito curado por um monge tibetano de nome Padma, que o acolheu na sua organização e o iniciou nas artes negras. Esta situação leva a novo confronto entre Tex e o seu inimigo que resulta numa nova derrota do feiticeiro, que enlouquece totalmente e acaba internado num manicómio de onde virá a escapar, anos depois, para criar o seu reinado de terror e preparar a vingança contra Tex e seus companheiros. O seu ódio pelo ranger é tão grande que o leva a aliar-se a Jean Lafayette, que se intitula si próprio “Black Baron” ou “Barão Samedi”, o “Rei dos Mortos” e aos índios Hualpai, adeptos do Voodoo e será também esse ódio a causa principal da morte de Mefisto, do seu aliado e a aniquilação quase total da tribo índia. Os corpos de Jean Lafayette e de Mefisto ficam soterrados debaixo dos escombros do castelo onde ambos se encontravam e, como tal, impossíveis de recuperar. Tex preferia ver o corpo de Mefisto com os seus próprios olhos mas dada a impossibilidade de tal acontecer, terá que acreditar que o seu arqui-inimigo morreu definitivamente.

O Fim de Mefisto (Tex #125, Março/1971 – Il Figlio di Mefisto)

Mas o mal nunca tem fim, se associado a uma sede de vingança enorme e se se apelar para forças obscuras que estão para além do conhecimento humano, então esse mal ganha forma e se for devidamente orientado e instruído nas artes negras, então será um poder a temer e um grande instrumento de vingança. Parece ter sido essa a ideia de Gianluigi Bonelli e Aurelio Galleppini quando surpreendem os seus leitores ao criar aquele que seria o instrumento perfeito para enfrentar Tex e os seus companheiros e vingar, de uma vez por todas, Mefisto: o seu filho, Blacky Dickart.

Afinal o diabólico Mefisto tinha um filho! Terão dito muitos dos seus leitores, tivera um caso com uma mulher e dessa união nascera um filho! Uma situação nunca antes referida, nem sequer sugerida, em nenhuma história onde Tex e Mefisto se tenham enfrentado ao longo dos anos. Estava dado o mote para a introdução desta nova personagem. Faltava apresentá-la aos leitores.

Blacky Dickart é filho de Mefisto e de Myriam, uma cartomante. O filho, tal como o pai e a tia o faziam inicialmente, deambula pelo oeste, de cidade em cidade, com a mãe, numa carroça, a fazer exibições como atirador de facas. Mal sabe que a sua vida está prestes a mudar radicalmente.

A personagem é introduzida no universo Texiano em 1971, numa história intitulado “Il Figlio di Mefisto”, editada em Itália no Tex nº125 lançado em março desse ano e que no Brasil se chamou “O Filho de Mefisto”, foi editada em junho de 1979 pela Editora Vecchi, com o nº 101 da coleção principal. A história, escrita por G.L. Bonelli e desenhada por Aurelio “Galep” Galleppini, começa algumas horas depois da derrocada do castelo onde estavam Jean Lafayette e Mefisto (“Black Baron”, Tex nº84 da edição brasileira) quando o feiticeiro, ferido e impossibilitado de andar, percebe que nunca mais poderá sair daquele local e que está às portas da morte. Resolve então apelar para as forças do mal para que o ponham em contacto com “o sangue do seu sangue”, como ele próprio diz, para que o seu filho cumpra o seu Desígnio, ou seja, vingar a sua morte. Myriam e Blacky são contactados por Mefisto e este pede ao seu filho que seja o seu instrumento de vingança contra Tex Willer e os seus companheiros. Dá as necessárias indicações ao filho para que este encontre Loa, uma belíssima negra que estava prisioneira de Yampas, o chefe dos índios Seminoles e também lhe dá pistas para que ele encontre os seus livros secretos e diabólicos e se inicie nas artes da magia negra e, acima de tudo, que lhe prometa que cumprirá a sua promessa. Blacky aceita e vê o pai ser devorado por ratos. Apesar da oposição da mãe, ele parte em busca do conhecimento que lhe permita cumprir a sua promessa.

Yama e Tex – desenho de Fabio Civitelli

Já na Florida, Blacky consegue encontrar Loa e libertá-la da sua prisão e, em troca de ajuda na vingança que a negra prepara contra o seu captor, é conduzido aos subterrâneos do castelo em ruínas onde encontra os livros do pai e estuda-os profundamente para se iniciar, tal como Mefisto, nas artes negras e vingar o pai, que se torna a sua verdadeira obsessão e essa é tão profunda que leva o próprio Blacky a assumir o nome de Yama, o Deus da Morte.

Quando Loa tenta matar Yampas e não consegue, os Seminoles percebem que estão perante algo que ultrapassa o senso comum e o chefe índio manda chamar Tex e os seus companheiros para que o ajudem a perceber o que se passa. Ocorrem as primeiras manifestações sobrenaturais e os quatro companheiros ficam com as suas suspeitas confirmadas: afinal Mefisto não morrera e voltara para os atormentar.

A história continua em “I quattro amuleti”, editada no Tex Italiano nº126, lançado em abril de 1971 e “Magia Nera”, Tex Italiano nº127, lançado em maio do mesmo ano. No Brasil, os dois números seriam editados numa só revista, o nº102 da coleção principal, com o título de “Magia Negra”, em agosto de 1979 ainda na editora Vecchi.

Loa consegue finalmente matar Yampas e vingar Otami, o seu pai. Yama, que ainda não se quer mostrar a Tex e seus pards, compra um veleiro para servir de quartel-general da sua vingança e modifica-o de acordo com os seus planos. O filho de Mefisto continua a tentar assustar o ranger e os seus companheiros que continuam convencidos que estão a lidar com o diabólico feiticeiro e numa das tentativas de atacar Tex, o ataque é repelido pelo poder conjunto dos quatro companheiros e dos amuletos mágicos que usam no pulso. Yama “mergulha”, em pessoa, no reino da morte para tentar descobrir o que é que o impediu de atacar Tex e quase morre. Mas em vez de sair enfraquecido da experiência, renasce ainda mais forte e com maior sede de vingança.

Com a ajuda da magia negra, nomeadamente, o voodoo, Yama ressuscita um morto, transformando-o num “Zombie” e utiliza-o para tentar matar Tex, mas falha novamente. O ranger fica a saber, através de um interrogatório feito a Joss, um negro que trabalha no Forte Meade onde os quatro companheiros estão alojados, que Mefisto tem ligações aos negros e ao voodoo e à Ordem da Grande Serpente e resolvem investigar essa ligação. Dirigem-se então para Forte Myers onde esperam encontrar algumas respostas.

Enquanto isso, em Tampa, na Florida, a irmandade dos negros adeptos do voodoo, reúne-se e seguindo as instruções de Thomas, um dos lugar-tenente de Yama e Loa, armam-se e vão em perseguição de Tex que depois de Forte Myers se dirigiu para o grande pântano onde Yampas morreu e que fica perto das ruínas do castelo onde Tex espera encontrar o seu arqui-inimigo.

A aventura escrita por Gian Luigi Bonelli e desenhada por Aurelio Galleppini conclui-se, de um modo aberto, em “Il Veliero Maledetto”, editada em Itália no Tex nº 128, lançado em junho de 71 e no Brasil, com o título “O Veleiro Maldito”, no Tex nº103 da coleção principal, em setembro de 1979 e ainda sob o selo da editora Vecchi.

Tex nº 128, Junho 1971 – “Il Veliero Maledetto”. Desenho de Galep

Kit Willer e Jack Tigre, sem dizerem nada a Tex e Carson, montam uma embosca à horda de negros que vai no seu encalço enquanto se dirigem para o pântano onde esperam encontrar e ajudar a tribo dos Seminoles. A emboscada parece resultar e o avanço dos negros é refreado, mas os quatro companheiros continuam a ser perseguidos e são quase cercados pelos adversários enquanto avançam pelo meio do pântano onde outro perigo os espreita: os crocodilos, habitantes naturais daquele local, também resolvem entrar na ação e ajudar os perseguidores atacando sem piedade os cavalos do ranger e dos companheiros tornando a sua posição de defesa insustentável. Entretanto chegam os índios Seminoles e ajudam na derrota final da horda negra. No veleiro, Yama e Loa sem terem notícias dos negros, tentam contactá-los através dos tambores mas sem qualquer resultado. Thomas oferece-se para ir ao pântano ver o que se passou, Yama aceita e tem a ideia de o utilizar como isco para a armadilha que prepara para Tex. Este depois de consultar o feiticeiro dos Seminoles, resolve ir até ás ruínas do castelo em busca de Mefisto.

Com ajuda de Yama, Thomas consegue que os rangers entrem nos subterrâneos das ruínas e a armadilha que o feiticeiro preparara resulta na perfeição: uma explosão de dinamite bloqueia completamente a saída e os cinco ficam fechados no subterrâneo. É ali que Yama se revela a Tex e quais os seus planos para eles, incluindo Thomas que percebe que foi utilizado pelo mágico. Mas, num acesso de fúria, Carson destrói o espelho onde Yama falava com eles, privando o feiticeiro do prazer de os ver morrer.

Thomas, agora aliado dos rangers, ajuda-os a sair daquela situação sem nenhum ferimento (ou não  estivéssemos perante uma história de Tex!) e oferece-se como voluntário para capturar Yama e a sua conselheira e entregá-los ao ranger que os entregará á justiça. O negro dirige-se então ao veleiro onde reúne alguns dos seus companheiros mais destemidos que capturam Loa e Yama durante a noite. Mas quando pega na bola de cristal de Yama e a atira para o mar, este torna-se tempestuoso e arrasta o veleiro negro para o mar alto. Os quatro companheiros assistem a este acontecimento na praia e sentem-se completamente impotentes para fazer o que quer que seja. De Yama, Loa ou Thomas nem um sinal.

Aquele acontecimento faz nascer na costa da Florida a história que os marinheiros nas tabernas contam em voz baixa, a lenda que diz que em noites de tempestade, um veleiro negro com os seus mastros despedaçados e as velas rasgadas, se encostava aos navios e deixava ver uma sinistra figura presa ao leme e que depois se afastava velozmente e desaparecia na noite escura e tempestuosa. Uma espécie de “Holandês Voador” (O Navio-Fantasma, Ópera de Richard Wagner) do Oeste.

“Il Segno di Yama” – prancha de Fabio Civitelli

Mas o mal dificilmente morre, pode ficar adormecido, mas nunca morre. Yama, como candidato a representante do mal na terra, encontra-se nesta situação e, anos depois da sua criação, volta a aparecer. Em 1974, numa história intitulada “Il ritorno di Yama” Tex Italiano nº 162, novamente escrito por G.L. Bonelli edesenhado por Aurelio Galleppini, editado no Brasil com o título de “A Volta de Yama” no Tex Coleção nº 113, em julho de 1980 pela Editora Vecchi e onde se fica a saber o que realmente aconteceu ao feiticeiro e aos seus companheiros.

Depois de terem capturado Yama e Loa e provocado a tempestade no mar, os negros perdem o controle do navio e começam a ser arrastados para o mar pelas ondas gigantes que assolam o barco desgovernado. Como não conseguem controlar o navio, os captores optam por libertar os seus prisioneiros que imediatamente se livram deles. Yama e Loa estão sós no navio e nenhum deles sabe navegar um barco. Discutem e Loa acaba por ser arrastada por uma onda para fora do barco não sem antes jurar vingança sobre um Yama que nada fez para a salvar. Sozinho, o feiticeiro invoca o submundo do mal para vir em seu auxilio, no que é ajudado pelo fantasma de Mefisto e salva-se.

Como náufrago, vai dar à península de Yucatan, no México onde é salvo por uma tribo de índios descendentes dos antigos Mayas, liderados por Matias que imediatamente ficam subjugados aos seus poderes mágicos e Yama, com os seus novos aliados, continua a preparar a sua vingança contra Tex e os seus companheiros. Em “Nel Regno dei Maya”, editado em Itália no Tex nº 163 (mas que no Brasil foi dividido entre “A Volta de Yama” e a revista seguinte), Yama conhece a bela Manuela Romero sacerdotiza dos Mayas e sobrinha do general corrupto, Emiliano Zamora, governador da província do Yucatan, que quer, a todo o custo, livrar-se da sobrinha e assim controlar o México. Fingindo ser a encarnação de Kukulkán um Deus Maya, Yama consegue que os índios lhe cedam um templo e alguns servos para que ele prepare o renascimento do império Maya. Para isso, o feiticeiro utiliza os seus poderes mágicos, toma conhecimento do tráfego de armas e suprimentos que existe entre os índios e os mexicanos em troca de diamantes que aqueles extraem das minas por baixo da pirâmide e consegue assustar Zamora que contrata Ortega, um dos seus homens de armas que usou na conquista do Yucatan, para matar Yama e acabar de uma vez por todas com os rumores de bruxaria e feitiçaria naquela região. Ortega e seus homens, vítimas da feitiçaria de Yama e dos índios Mayas, são massacrados.

Entretanto Tex e os seus pards, depois de uma tentativa de assassinato ao feiticeiro dos Navajos, ficam a saber que afinal Yama ainda está vivo, partem para o México para tentar apanhar o feiticeiro. Encontram-se com Montales, amigo de longa data de Tex, que os põe ao corrente dos últimos acontecimentos e fornecelhes um guia para os ajudar no Yucatan.

La danza del Fuoco”, editado com o nº 164 do Tex Italiano e que no Brasil foi editado com o título “A Dança do Fogo” no nº 114 da coleção Tex da Editora Vecchi em agosto de 1980, além de conter a segunda parte de “Nel Regno dei Maya”, conclui os acontecimentos. Yama prepara um plano para apanhar os rangers e concluir a sua vingança. Começa por capturar Jack Tigre habimente, enquanto Matias e os índios preparam uma armadilha para Tex, Carson e Kit. Quando são apanhados, Matias encontra uma carta escrita pela mão do Ministro de Guerra do México que prova que Zamora foi expulso do exército e autoproclamou-se governador do Yucatan graças a um grupo de fora-da-lei, liderados pelo falecido Ortega e que Manuela Romero é a legítima governadora do território. Matias, convencido da veracidade desta informação, aceita ajudar Tex a impedir o sacrifício de Jack Tigre e a tentar derrotar Yama mais uma vez. Quando tudo parece correr bem, os servos de Yama já estão mortos e Jack Tigre já se encontra fora de perigo, Yama tenta atingir Tex com uma seta envenenada, mas acaba por matar Manuela que se interpõe entre ele e o ranger. Yama foge para dentro do templo perseguido por Tex, Matias e os companheiros. Quando o feiticeiro tenta abrir uma passagem secreta para fugir para a selva, engana-se na alavanca e acaba por ficar pendurado sob um rio subterrâneo. A alavanca parte-se e Yama cai na água sendo imediatamente arrastado pela forte corrente. Matias diz-lhes que sobreviver à corrente daquele rio é impossível e os rangers ficam convencidos que o filho de Mefisto desapareceu de vez.

Mas, uma vez mais, Tex e os seus companheiros estavam enganados. Yama iria voltar pela mão de G.L. Bonelli e Aurelio Galleppini, depois de alguns anos de ausência das aventuras do ranger. Em tempo narrativo passam-se apenas algumas semanas, mas em tempo real passaram-se oito anos até o imprevisível feiticeiro regressar ao convívio dos leitores.

La Strega

Yama faz a sua terceira aparição em 1982, naquela que é, até agora, a mais longa história dos confrontos entre Yama e Tex: dividida em quatro números, “L’ombra di Mefisto”, viu a luz do dia em setembro de 1982, no Tex italiano nº 265. No Brasil, “A Sombra de Mefisto” viria a ser editada no nº 171 do Tex Coleção em março de 1984.

No rio subterrâneo, Yama tenta manter-se á tona da água, mas está difícil e a sua morte parece inevitável, quando surge Aryman, um morcego que tinha sido enviado por Mefisto para o salvar. No último instante uma horda de morcegos sobrevoa o feiticeiro e tira-o das águas traiçoeiras levando-o à presença de um Mefisto muito pouco agradado com a actuação do filho nos últimos acontecimentos.

O poderoso feiticeiro diz ao filho que não pode entrar no reino dos poderosos do inferno enquanto Tex e os seus companheiros continuarem vivos e a derrotá-lo em sucessivos confrontos. Mefisto diz a Yama que Aryman passará a ser o seu braço direito e uma espécie de ligação entre este mundo e o mundo do inferno e entrega um capacete ao filho que este terá de usar constantemente na cabeça pois dele irão derivar os poderes com que Yama irá defrontar o quarteto de amigos.

Yama começa por fazer uma demonstração dos seus novos poderes a Tex e aos companheiros que se encontravam a viajar de veleiro para Tampa, na Florida. Pouco impressionados com a demonstração e nem sequer se mostram preocupados quando Yama os ameaça dizendo que o irão voltar a ver, os quatro companheiros prosseguem a viagem até ao seu destino. Yama, por seu lado começa a reunir os seguidores da Grande Serpente (sempre apoiado pela alma negra de Mefisto).

Mal chegam a Tampa, os rangers confrontam-se com os negros seguidores da Grande Serpente e, com a ajuda do xerife, da cidade interrogam um deles sobre onde é que se reúnem os seguidores da seita do Voodoo. Ficam a saber que eles se reúnem numa taberna chamada “Black Baron”.

A história continua em “La Strega”, na revista nº 266 da coleção italiana, lançada em outubro de 1982 e que no Brasil seria lançada em abril de 1984, no nº 172 do Tex Colecção, com o titulo de “A Bruxa do Vodu”. O ranger prepara um plano de ataque para acabar, de uma vez por todas, com os seguidores da Grande Serpente. Enquanto isso, Yama também se prepara para atacar Tex e os seus companheiros e para isso alia-se a Louise, uma velha mestre em Vodu que vive nos arredores de Tampa.

Antes disso os negros da Grande Serpente, sob as orientações de Yama, preparam uma armadilha aos rangers destinada a auxiliar a bruxa a preparar um ataque de Vodu contra Tex usando para isso um poderoso narcótico que põe Tex e Carson a dormir enquanto os negros lhes retiram algo pessoal (neste caso, um tufo de cabelo de Tex) para prepararem o ataque Vodu. Kit e Jack conseguem-se aperceber do que se está a passar e rapidamente estragam os planos dos negros, mas, porém, já será um pouco tarde para impedir algo de acontecer. Ao princípio, o ataque parece resultar, mas depois o feitiço acaba por se voltar contra a feiticeira que será apanhada pelos rangers e posteriormente acabará por morrer.

Tex regressa a Tampa e reúne um grupo de homens no gabinete do xerife e, com autorização deste, preparam um ataque ao “Black Baron” para acabar com a organização dos negros e capturar Tahami, o seu líder e também destruir o “Black Queen”, um barco-casino que é propriedade de Tom Gold, um negro rico e principal financiador dos seguidores da Grande Serpente.

Capa de “I Figli del Sole”

Em “Tex contro Yama”, nº 267 da edição italiana editada em novembro de 1982 e que no Brasil surgiria com o nome “Cara a Cara” na revista nº 173 lançada em maio de 1984, Yama assiste, impotente, à derrota dos seguidores da Grande Serpente e as suas instalações (a taberna “Black Baron” e o navio “Black Queen”) serem destruídas com a ajuda de dinamite. Resolve adiar novamente o confronto com Tex e parte para a Serra Hermosa onde conta com os descendentes dos antigos Astecas como seus aliados e, através de poderosas demonstrações de magia, consegue convencer os Astecas que está ali para fazer renascer o seu império.

Entretanto Tex e os seus companheiros, livres temporariamente de Yama, cavalgam até ao México para ir visitar “El Morisco”, o amigo de Tex que em inúmeras ocasiões ajudou o ranger e os seus pards a sair de situações mais ou menos complicadas. “El Morisco” e o seu ajudante, Eusébio, ficam contentes de ver o ranger e convidam-no a aceitar a sua hospitalidade.

Yama descobre para onde Tex foi e no mesmo dia faz uma demonstração do seu poder aos quatro pards e seus amigos, lançando-lhes também o desafio para irem ao seu encontro na Serra Hermosa, no castelo que foi destruído por um tremor de terra que ocorrera no Vale dos Gigantes onde, anos antes, Tex havia enfrentado um grande perigo. Os quatro companheiros não ficam nada intimidados com essa demonstração. Convencido que se prepara alguma coisa contra si, Yama materializa-se junto da casa de Morisco para tentar saber ao certo o que se passa. Mas é repelido pelo mouro que o apanha de surpresa impedindo-o de fazer qualquer coisa. Tex vai a Pilares à procura de alguma informação que os conduza até ao local onde Yama os aguarda. “El Morisco” arranja-lhes uns novos amuletos que os protegerão de ataques de magia por parte do incansável vilão e aconselha-lhes muita prudência pois já sabe que Yama, apoiado pelo pai, é um feiticeiro poderoso e capaz de causar muitos estragos.

No dia seguinte Tex e os seus companheiros partem para o vale da Serra Hermosa onde contam  encontrar o filho de Mefisto. Morisco, no entanto, não os acompanha preferindo ficar a trabalhar nos seus rituais mágicos. Ao fim de alguns dias de viagem, chegam ao seu destino, a cidade de Encinillas, perto da Serra Hermosa.

Aryman, o morcego, descobre-os durante a viagem e alerta Yama da sua chegada e este resolve ir encontrá-los ao deserto, depois de alertar os Astecas de que o seu verdadeiro inimigo estava a caminho. Yama confronta os quatro companheiros quando estes param, no deserto, para descansar. O feiticeiro, aproveitando a cobertura da noite, faz diversas demonstrações do seu poder sem ser descoberto e sem se poder manifestar aos seus olhos porque algo o impediu de o fazer, à semelhança do que acontecera há algum tempo atrás quando Yama tentou atacar Tex mas a força conjugada das pulseiras que os companheiros usavam no pulso impedia Yama de atacar. Rapidamente Aryman e Yama percebem que “El Morisco” está a trabalhar contra a sua magia e a proteger Tex e os seus companheiros. Yama recua para preparar a batalha que se aproxima.

A história tem a sua conclusão na revista nº 268 da edição italiana, intitulada “I Figli del Sole”, publicada em dezembro de 1982 e no Brasil, com o título de “Tex contra os Astecas”, foi publicada em junho de 1984 na revista nº 174 da coleção.

Yama reaparece perante os Astecas e alerta-os de que os quatro companheiros chegarão nos próximos dias e que podem e devem ser atacados mas não devem ser mortos. Deverão sim ser encaminhados para Yama que tratará de os torturar e fazê-los sofrer até lhe ser implorada a sua morte que lhes será dada sob a forma de sacrifício para aplacar a ira do deus Asteca Xiuhtecutli e assim será restaurado o grande império Asteca.

“L’Inferno che Urla” – ilustração de Villa

Tex e os seus companheiros continuam a sua viagem no deserto em direcção ao castelo em ruínas onde esperam encontrar Yama e os Astecas. Pelo caminho são atacados durante a noite por um dos grupos dos índios Astecas que são quase todos massacrados graças aos tiros certeiros dos quatro amigos.

No dia seguinte chegam ao castelo em ruínas e penetram nos seus subterrâneos destruindo com dinamite todas as passagens por onde passam para impedir que estas se voltem a fechar deixando-os sepultados lá dentro. Sem qualquer vestígio do feiticeiro ou dos índios Astecas, os quatro companheiros emergem dos subterrâneos. Yama reaparece aos quatro durante a noite a ataca-os com as forças da natureza obrigando-os a permanecerem juntos. O ataque é repelido graças ao poder conjugado dos quatro anéis que “Morisco” lhes deu, obrigando o feiticeiro a regressar ao seu local.

Tex aproveita esta pausa e ataca um dos grupos dos Astecas que os perseguira anteriormente pelos subterrâneos e aprisiona-os. Yama, entretanto, manda Aryman localizar e perseguir os rangers enquanto ele, depois de se comunicar com Mefisto que, nada satisfeito com os resultados obtidos até então, lhe diz que a sua aventura com os Astecas está para terminar brevemente, mas não lhe diz como, tenta um feitiço com o anel dos seus poderes e quando o resultado lhe aparece, Yama decide ignorá-lo e reaparecer uma última vez aos Astecas a quem ordena que matem os estrangeiros que estão a chegar.

Nessa noite, Tex e os companheiros resolvem atacar o acampamento dos Astecas a tiro e dinamite. Quando Yama, alertado por Aryman, se apercebe disso, tenta ajudar os seus guerreiros mas os seus poderes não lhe obedecem. Percebe então que, ao ignorar o resultado da magia do anel que fez, perdeu uma parte significativa dos seus poderes e percebe que perdeu mais esta batalha. Mefisto aparece-lhe novamente e irritado com o filho, confirma-lhe a dura realidade e diz-lhe também que nada poderá fazer para o ajudar nos próximos tempos. Concede-lhe, no entanto, uma última oportunidade para reaparecer perante Tex, apesar de nada poder fazer contra ele. Yama reaparece uma última vez a Tex e dizlhe que, apesar de ter perdido algumas batalhas, a guerra ainda não acabou e que voltará ainda mais poderoso. Tex tenta afastá-lo com a espingarda quando a mão do feiticeiro toca o anel do ranger e é imediatamente envolvido numa bola de fogo que se afasta deserto fora.

Os Astecas, ao ver o feiticeiro ser derrotado, rendem-se aos rangers e prometem nunca mais levantar armas contra os rangers. Em troca, Tex acede a ajudá-los a tratar dos feridos antes de partir novamente para Pilares para contar o desfecho desta aventura ao seu amigo “El Morisco”.

Yama aparece brevemente num “flashback” na aventura “Una Trappola per Carson”, revista nº 502, da edição italiana e que no Brasil seria editada com o título “Uma Armadilha para Carson”, na qual Mefisto conta à sua irmã, Lilianne Leonov, mais conhecida como Lily Dickart, que, apesar das inúmeras tentativas de contactar com Yama, este parecia ter perdido todos os seus poderes e regressara ao oeste com a mãe, Myriam.

Serão precisos mais de 30 anos (em tempo real) para que Yama volte a protagonizar uma história. Voltará pela mão de dois dos maiores nomes associados à criação de Tex e à “Sergio Bonelli Editore”: Mauro Boselli escreveu e Fabio Civitelli desenhou. Melhor seria impossível!

Il Segno di Yama”, apareceu em novembro de 2016, na revista nº 673 da edição italiana e no Brasil seria editada no nº 573 da colecção Tex, com o título de “O Sinal de Yama”, em julho de 2017 e dividir-se-ia pelos dois números seguintes em ambas as coleções.

Capa ilustrada por Fabio Civitelli

A história começa em Dunlap, uma cidade perdida no estado americano do Nebraska, num dia normal, que uma tempestade vai transformar numa cidade fantasma: é que a tempestade que se abate sobre Dunlap não é uma tempestade normal, mas sim comandada por altos poderes sobrenaturais que visam encontrar uma pessoa especial: Blacky Dickart, ex-Yama e filho de Mefisto, um poderosíssimo feiticeiro que do Além clama vingança sobre quem o destruiu. Blacky, depois do seu último confronto com Tex, o seu némesis e do seu pai, perdeu completamente os poderes mágicos que tinha e voltou para junto da sua mãe, Myriam. Tocado por poderes sobrenaturais, durante a tempestade, Blacky apercebe-se que os seus poderes estão a voltar ainda mais fortes que antes. Myriam percebe o que está a acontecer e tenta persuadir o filho a não aceitar aqueles poderes, mas Blacky está obcecadopela nova oportunidade que lhe foi dada e discute com a mãe. Myriam acaba por morrer esmagada equeimada debaixo de uma árvore. Blacky, transforma-se em Yama novamente e parte em busca da sua vingança há tanto tempo adiada.

Entretanto Tex e os seus companheiros, longe de saberem que o seu inimigo jurado está prestes a voltar ao activo, encontram-se a cumprir missões distintas: Kit Willer e Jack Tigre estão no México a perseguir osassassinos de frades mexicanos; enquanto Tex e Carson estão empenhadosem capturar alguns ladrões
que se refugiaram na cidade-fantasma de Cienaga, no meio do deserto mexicano. São emboscados por um número superior de pistoleiros do  que aquele que pensavam estar aenfrentar e por pouco escapam com vida refugiando-se numa montanha onde voltam a ser atacados poraqueles que perseguiam. Jack Tigree Kit acabam por salvá-los “in extremis”.Um indiano, que estava com os pistoleiros, é capturado, diz que será vingado pelo senhor da morte e antes que Tex tenha tempo de o interrogar, morre nos seus braços. Carson encontra um medalhão no chão com a imagem de uma divindade Hindu estampada numa das faces. Ao mesmo tempo do céu vem um relâmpago que atinge uma árvore ali próxima formando um “Y” maiúsculo.

Com “Os Cavaleiros do Mal” (Tex brasileiro nº 574) Tex e os seus companheiros rapidamente se apercebemque estão novamente a lidarcom Yama, mas com um Yama muito mais poderoso do que das outras vezes que se tinham enfrentado, que por pouco não causa a morte de Carson e Kit Willer e que os desafia a irem ao seu encontro. Yama está de volta e desta vez está refugiado em Naraka, uma fortaleza no meio das montanhas e praticamente impenetrável. Rodeado de diversos colaboradores, o feiticeiro prepara a sua vingança. Começa por ordenar a Shakti, uma bela indiana que se prepare para ir ao encontro de Tex e seus companheiros que ele fará com que a encontrem e depois deverá trazê-los até Yama. Shakti aceita e parte.

Entretanto os rangers, depois da demonstração dos novos poderes de Yama, vão ao encontro de “El Morisco”, o bruxo mouro, amigo de Tex, aconselhar-se com ele sobre o que deverão fazer para o enfrentar, mas aquele pouco ou nada pode fazer a não ser analisar o estranho medalhão que lhe trouxeram. Yama, rodeado pelos seus colaboradores mais próximos, prepara nova demonstração mágica e para isso faz um ritual mágico que o põe em contacto com os Deuses do Inferno e deles obtém ainda mais poderes do que aqueles que tinha, mediante a promessa de entregar uma vítima ao Deus do Inferno, e que lhe vão permitir atacar quase presencialmente Tex e os companheiros, esse ataque fere gravemente Jack Tigre e Eusébio, o criado de “Morisco”. Este ataque só é possível graças ao medalhão que Carson encontrara e que fora do Hindu morto no deserto. Destruído o medalhão, Yama desaparece.

“Os Cavaleiros do Mal” – ilustração de Fabio Civitelli

Sem Tigre, os rangers partem para San Pedro, na Califórnia, onde desembarcam mais indianos. Depois de falarem com as autoridades portuárias, Tex e os companheiros são encaminhados para “O Ramaraja” um restaurante indiano onde esperam colher informações. Shakti que se encontra lá, de acordo com o plano de Yama, consegue contactá-los, mas antes de o fazer, é atacada por um Hindu que a tenta matar, mas acaba por ser dominado por Kit e quando está para ser interrogado por Tex, engole um veneno e tem morte imediata. Encaminham-se para a casa do dono do restaurante indiano para tentar obter informações. Yama, antecipando, a jogada do ranger, mata o dono do “Ramaraja” e incendeia-lhe a casa.

Em “Alma Diabólica” (Tex brasileiro nº 575), Shakti conta a Tex que tenta encontrar o seu irmão, Kalam, um dos “Cavaleiros do Mal” de Yama, e que mal chegou a San Pedro arranjou trabalho naquele restaurante e que lhe tinham prometido ajuda na sua busca mas que acabou por ser feita prisioneira do dono do restaurante. Mas Tex já percebeu que a história de Shakti pode não ser verdadeira, portanto alerta os seus companheiros de que todo o cuidado é pouco naquela missão. A bela indiana conduz os rangers até ao “Vale da Morte”, onde se encontra Yama. Tex pára na aldeia dos índios Timbishas onde fica a saber que um dos membros da tribo, ameaçado pelo “homem dos sonhos”, que era nem mais, nem menos Yama, o conduziu pelo meio das montanhas. Pakena, para se tentar redimir do que fez, aceita levar o grupo até ao local. A meio da viagem são atacados novamente pelo feiticeiro. Pakena, morre vítima de vodu, levado a cabo por Lefeuvre, outro dos “Cavaleiros do Mal” e o resto do grupo é separado por uma tempestade. Kit e Shakti ficam juntos, Tex e Carson são aprisionados pelos homens de Yama, liderados pelo negro homem do vodu que tenta matar os dois pards usando bonecos vodu, mas acaba por ser morto por Kit enquanto Tex e Carson matam todos os homens de Yama que se encontravam no local. A viagem até Naraka prossegue e Tex vai ficando cada vez mais convencido que a história de Shakti não bate certo. Entretanto, algumas milhas atrás, Jack Tigre, recuperado dos ferimentos, segue o rasto dos seus companheiros à frente de uma patrulha Timbisha.

Tex e o seu grupo chegam ao desfiladeiro que conduz a Naraka. Enquanto Carson descansa na companhia de Shakti, Tex e Kit, vão explorar o local e são atacados pelas forças sobrenaturais de Rinchen, outro acólito de Yama. Quase a sucumbir à alucinação criada pelo tibetano, os dois pards conseguem sobreviver e é Rinchen que acaba por ser vítima da sua própria alucinação. Yama percebe então que vai ter que ser ele a matar os rangers. Carson, entretanto, é também ele atacado pela defesa do templo de Yama. Jack Tigre e os Timbisha aparecem a tempo de o salvar. Shakti consegue fugir e chegar ao templo e junta-se ao seu irmão e a Yama, enquanto os quatro companheiros, novamente reunidos, atacam Naraka.

Mefisto aparece ao filho e diz-lhe que o facto de ele estar a usar poderes superiores aos seus, pode ter consequências. Yama ignora a advertência do pai e prossegue a sua vingança. Ao perceber o monstruoso plano de Yama para a sua irmã, Kalam sacrifica-se para facilitar a sua fuga e a de Hayden, outro dos “Cavaleiros do Mal”. Este, ignora o pedido de ajuda da jovem e tenta fugir deixando-a à sua sorte nas mãos dos “Ruros”, espíritos malignos que reduzem uma pessoa à total impotência e completa loucura. Mas uma explosão, destrói uma parede e fere quase mortalmente Hayden.

Os “Ruros” atacam Tex e o seu grupo, mas uma distracção levado a cabo por Hayden, que está quase a morrer, permite que uma carga de dinamite destrua uma parede e que o grupo se salve.

A Yama, que não cumpriu a sua vingança nem o que tinha prometido aos senhores dos abismos negros, são-lhe retirados todos os poderes e ele acaba por enlouquecer, tal como o pai. Mas quando está prestes a morrer, o espírito paterno de Mefisto aparece e ajuda-o a sair quando o templo colapsa por completo.

Os confrontos com Yama ainda estão longe de terminar. Tex e os seus companheiros que se cuidem pois para breve está prevista uma nova aventura com Mefisto… e, quem sabe, Yama?

Mefisto e Yama

* Texto de Rui Cunha publicado originalmente na Revista nº 8 do Clube Tex Portugal, de Junho de 2018.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima clique nas mesmas)

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