Um dia inesquecível (em Lisboa) com Stefano Biglia e Valeria Lantermino

Por Mário João Marques

Há dias assim, agradáveis, inesquecíveis e que nos marcam. Tive a oportunidade de passar todo o dia 11 de Maio de 2015 com Stefano Biglia e Valeria Lantermino, depois do convite por mim endereçado para que pudessem visitar Lisboa e arredores, aproveitando a sua vinda à 2ª Mostra da Anadia, o que foi prontamente aceite pelo simpatiquíssimo casal.

Stefano Biglia e Valeria Lantermino no exterior do Café A Brasileira, sentados ao lado da estátua de Fernando Pessoa

De manhã o destino foi Cascais e Sintra, com passagem obrigatória pelo Cabo da Roca. Percorremos toda a Estrada Marginal, via rodoviária inaugurada no já longínquo ano de 1940, cuja rara beleza a mantém como uma das mais bonitas do país. Desde Lisboa até Cascais, observamos a beleza das praias, o rio Tejo a confluir para o Atlântico, os barcos, os corredores, os ciclistas, os surfistas ou ainda as inúmeras esplanadas onde muitos se sentam, quanto mais não seja para apreciar e desfrutar de todo este ambiente e dinâmica.

Mário João Marques e Stefano Biglia

Passamos por Cascais e paramos na zona da praia do Guincho, a qual, por ser muito ventosa, dispõe de condições privilegiadas para a prática do surf, kitesurf e windsurf, ao mesmo tempo que permanece como local de eleição para testemunhar a imensidão e a força do mar. Subindo pela serra em direcção a Sintra, um pequeno desvio para visitarmos o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental de toda a Europa continental e que Luis Vaz de Camões tão bem descreveu nos Lusíadas como o local “onde a terra se acaba e o mar começa”.

Stefano Biglia e Valeria Lantermino no cabo da Roca

Antes do almoço, tempo ainda para dar uma saltada, mesmo que muita ligeira, à vila de Sintra, considerada Património da Humanidade pela Unesco e onde podemos encontrar testemunhos de quase todas as épocas da História Portuguesa: palácios, palacetes, parques, casas senhoriais, bosques, exuberante vegetação, troços amuralhados, conventos, igrejas, capelas, ermidas ou mesmo vestígios arqueológicos com origens muitas vezes milenárias. Não se estranha que a Vila de Sintra tenha cativado todos os que já tiveram a oportunidade de a visitar pelo seu charme e romantismo e seja um local de visita obrigatória.

Mário João Marques e Valeria Lantermino, com o estuário do Tejo por cenário

Antes de Lisboa e porque a fome apertava, encontro marcado no Cacém, onde o Carlos Moreira e a Teresa Moreira nos aguardavam para um belo repasto, decorrido em ambiente calmo e com conversa sempre muito agradável.

Stefano Biglia e Mário João Marques junto do Padrão dos Descobrimentos

Após o almoço e já em Lisboa, Stefano e Valeria tiveram oportunidade de visitar a zona de Belém, um dos locais mais turísticos e carismáticos da cidade, que reúne monumentos como a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos (que o casal teve oportunidade de subir), o Mosteiro dos Jerónimos ou o moderno Centro Cultural de Belém. Para além disso, Belém tem outra paragem obrigatória: a famosa casa dos Pastéis de Belém, local de eleição para saborear uma das mais conhecidas e apreciadas especialidades da doçaria portuguesa, o famoso pastel de nata. Embora se possa saborear e seja presença obrigatória em qualquer café ou pastelaria, a receita original é um segredo exclusivo da Fábrica dos Pastéis de Belém, o que aguça ainda mais o apetite.

Pastéis de Belém, paragem obrigatória para Stefano e Valeria

Refeitos da iguaria, rumámos em direcção à Baixa Pombalina, verdadeiro centro histórico da cidade de Lisboa e que foi edificado pelo Marquês de Pombal após o terrível terramoto de 1755. Aqui podem-se encontrar inúmeros testemunhos históricos, mas o tempo não permitiu mais do que rápidas passagens pelo Convento do Carmo, toda a zona do Chiado (um dos locais mais emblemáticos e tradicionais), a Rua Augusta e o seu arco (conhecido também como Arco do Triunfo da Rua Augusta), a Praça do Comércio, mais conhecida por Terreiro do Paço, uma das maiores praças da Europa, até chegarmos ao Cais das Colunas, outrora a entrada nobre da cidade e onde desembarcaram chefes de estado e outras figuras importantes.

Mário João Marques e Valeria Lantermino conversando com o rio Tejo ao fundo

O final deste maravilhoso dia decorreu na zona mais moderna da cidade de Lisboa, o Parque das Nações, na zona oriental da cidade e onde em 1998 foi organizada a Exposição Mundial. Desta vez já acompanhado pela minha família e com o cenário de fundo de uma magnífica ponte sobre o rio Tejo iluminada, oportunidade para degustar uns belos bifes com molho de ostras, regados com umas saborosas cervejas de malte, fabrico próprio de um conhecido restaurante da zona.

Stefano Biglia e Valeria Lantermino junto à costa portuguesa

Apesar do natural cansaço dos dois dias anteriores, intensos de actividade e convívio em Anadia, sobretudo o Stefano que nunca renegou os texianos com excelentes desenhos e dedicatórias, a verdade é que o prazer das horas vividas nesta segunda-feira estava estampado no rosto de cada um. E tudo porque existe uma personagem chamada Tex Willer, capaz de criar laços de amizade em cada um de nós.

Obrigado Stefano e Valeria!

Mário João Marques, Stefano Biglia e o rio Tejo!

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

3 Comentários

  1. Maravilha de relato, Mário, tivestes de fato um dia agradabilíssimo e, pelo que se pode crer, o início de uma firme Amizade Texiana!

    Abraços desde cá do Brasil!

    Sílvio Introvabili

  2. Em função do tempo, foi pena não termos podido visitar tantos outros locais maravilhosos. No entanto, cada instante foi vivido com um enorme prazer, com a promessa de um regresso em breve do Stefano e da Valeria.
    Grazie!

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