Tex, um Gigante na Editora Globo

Por José Rivaldo Ribeiro[1]

Em Junho de 1988, por ocasião dos 40 anos do seu mais ilustre personagem, a Sergio Bonelli Editore lançou o mítico Albo Speciale per i 40 Anni di Tex, Il Grande!.

Texone 1

No Brasil, simultaneamente, a Editora Globo lançava a Edição Especial – 40 Anos de Tex, O Grande!, milagrosamente com o mesmo conteúdo do original. Um facto relevante, já que a editora costumava talhar as histórias do ranger para também encaixar as suas propagandas nas 116 páginas da revista. Enfim, os texmaníacos tinham uma extensa matéria com informações e curiosidades sobre Águia da Noite e seus criadores, sem contar a surpreendente e fascinante história de Nizzi e Buzzelli, que prende o leitor do primeiro ao último quadradinho.

A edição passou a ser referida pelos coleccionadores como ‘o especial da Globo’, já que em 1980 a Editora Vecchi também lançara o seu, o imbatível e mega-raro Tex EspecialO Ídolo de Cristal, sonho de consumo de muitos coleccionadores de Tex.

Na Itália, o formato de Texone é um pouco maior que o adoptado no Brasil. Em cada número a SBE convidava um novo artista para ilustrar o ranger e seus pards, dando-lhes traços bem diferentes do habitual.

Em Março de 1999, a Mythos relançou a série rebaptizando-a de Tex Gigante, dessa vez com numeração sequencial. Diferentemente da editora actual, a série da Globo é marcada por curiosidades que alguns coleccionadores desconhecem. Muitos afirmam que foram lançados cinco álbuns. Outros dizem que seis é a conta exacta. Blogues, sites, fanzines e livros nunca mencionaram todos (até agora). Seja como for, a colecção completa é formada por sete edições.

Talvez a confusão exista por causa de duas histórias que foram reeditadas ainda naquela editora. Mas o que ajuda de facto a deixar a colecção confusa é a ausência de numeração em capa. Tex, O Grande! então foi reeditado em Julho de 1998 para as comemorações dos 50 anos do ranger, com a mesma capa, texto actualizado e notáveis diferenças. Para muitos leitores essa edição é uma daquelas revistas lendárias, inventadas por alguns aficionados. O mesmo acontece com a também misteriosa e intrigante A Marca da Serpente, reeditada em seguida.

Relação completa:

1 – Tex, O Grande! – 40 Anos (Set/88)
2 – A Marca da Serpente (Ago/93)
3 – O Grande Roubo (Jul/94)
4 – Arizona em Chamas (Jul/95)
5 – O Vale do Terror (Out/96)
6 – Tex, O Grande! – 50 Anos (Jul/98)
7 – A Marca da Serpente (Set/98)

Eis de seguida, as sete capas dos especiais da Globo.

Tex, o Grande - 40 anosTex, o Grande - 50 anos
.
TEX - A Marca da Serpente1TEX - A Marca da Serpente 2

O Grande RouboArizona em Chamas
.
.
O Vale do Terror

Desde 1999, quando adquiriu os direitos da Bonelli no Brasil, a Mythos Editora vem fazendo um trabalho primoroso com as publicações da revista Tex. Todas as edições mencionadas acima foram também relançadas na série Tex Gigante.

(Texto publicado originalmente no Planeta Gibi Blog, em 15  de Setembro de 2009)


[1] José Rivaldo Ribeiro é um grande coleccionador brasileiro de banda desenhada, tendo participado activamente de pesquisas para edições, blogues e sites referentes a BD de diversos géneros!
Considera-se um crítico de banda desenhada e é também leitor e coleccionador de Tex.

4 Comentários

  1. Fantástica a capa de Tex, o grande. Guido Buzzeli dá um verdadeiro show. Sinto-me a alguns metros do tiroteio… essa sensação fica ainda mais forte observando a edição italiana. Já a história, não suporto aquele irlandês com QI de samambaia de plástico.

  2. Até hoje, na minha opinião, o melhor de todos os álbums foi O Grande Roubo, num roteiro espetacular de Nizzi.

  3. Eu tenho 17 anos e tenho a edição de Tex A Marca da Serpente , a edição de 1993, paguei baratinho por ela 5 reais.

  4. A Mythos não deixa nada a desejar, nos tempos em que Tex era da Editora Globo ou outras eu ainda não o conhecia. Para mim o melhor Tex é o da Mythos.

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