Argumento de Claudio Nizzi, desenhos de Fernando Fusco e capas de Claudio Villa. Com o título original La pietra di Akbar, a história foi publicada em Itália nos nº 461 e 462 e no Brasil pela Mythos Editora nos nº 376 a 378.
Durante a sua estadia na Índia britânica, o Major Granger furtou um diamante denominado a pedra de Akbar. Perseguido pelo marajá de Akbar o militar inglês conseguiu embarcar no primeiro navio que rumava para a Europa. Durante a viagem, atacado pela febre amarela e sentindo que pouco tempo lhe resta de vida, o major vai entregar o diamante ao comandante da embarcação, pedindo-lhe que o faça chegar até à sua filha que está necessitada de fundos. No entanto, parece que afinal as paredes sempre têm ouvidos, e alguém acaba por ter conhecimento da história, roubando o diamante ao próprio comandante.
Devido aos seus poderes ocultos ou não, a verdade é que a pedra vai ser alvo da cobiça de alguns, mas também vai deixar atrás de si um rasto de morte. Tex e Carson, que se preparam para deixar Nova Orleães, depois de ajudarem o xerife Pat McKennet a resolver mais um caso, acabam por se ver envolvidos no meio da cobiça de gente sem escrúpulos.
De quando em vez, deparamo-nos com este tipo de aventura, uma história que se lê bem, certamente, mas que acaba por não deixar marcas. A aventura é correcta e honesta, mas falta-lhe alcance, falta-lhe uma certa espessura, falta um fio dramático.
As primeiras páginas prometem algo que a aventura acaba por nunca proporcionar. Porque quando o diamante anda de mão em mão, Nizzi consegue construir um conjunto de situações que se interligam e encadeiam-se bem entre si, prometendo uma aventura feita de coincidências. Mas no fundo, girando tudo em volta de um diamante que motiva a cobiça cega dos homens, a aventura acaba por nunca sair dessa armadilha. Bem vistas as coisas, parece que o próprio Nizzi acaba por ficar confundido com todas as coincidências, nunca mais conseguindo sair desse registo.
O desenho de Fusco, que muitas vezes conseguiu estar à altura e ultrapassar mesmo a qualidade dos argumentos, patenteia aqui o mesmo nível mediano desta aventura. Parece que a marca do tempo começa inexoravelmente a deixar marcas no autor, uma vez que o seu desenho surge pouco vigoroso e com um traço algo descuidado. A figura texiana é um perfeito exemplo, denotando uma certa ausência de rigor em várias passagens. Um trabalho discreto de um desenhador que já nos habituou a bem melhor.
Texto de Mário João Marques
Uma das mais fracas de que tenho memória…
Concordo, a história começa bem, com uma série de coincidências, mas rapidamente dá ideia de que Nizzi ficou sem saída. Mesmo o desenho de Fusco já teve melhores aventuras.
Um abraço