Por Saverio Ceri [1]
A história contada na trigésima quinta capa do Tex Classic – os dois Willers que são espiados durante um acampamento nocturno por uma misteriosa figura armada vestida com pele de felino – vem de longe: apareceu pela primeira vez em Setembro de 1952, como capa do décimo segundo volume da quinta série de tiras do Tex. O álbum intitulado Le terre maledette, na verdade não aparece neste Tex Classic, mas foi o último episódio reunido na edição anterior, onde na última vinheta tanto um felino quanto um arco com flecha espreitam por trás das pedras.
Curiosamente, esta nova republicação (Tex Classic) saiu exactamente sessenta anos antes do clássico publicado em Julho de 1958. Anteriormente, em Abril de 1955, Galep teve a oportunidade de redesenhar o cenário por ocasião do décimo terceiro Albo d’Oro da segunda série.
A capa do Albo d’Oro em questão é reimpressa nesta edição do Tex Classic. Abaixo vemos a capa actual, que como acontece muitas vezes não consegue replicar o fascínio da imagem dos Anos Cinquenta.
Para conhecer e apreciar a versão de Claudio Villa, os leitores italianos tiveram que esperar até Setembro de 1996, por ocasião da oitava edição do Tex Nuova Ristampa, onde o desenho feito para a edição carioca do Ranger foi publicado como um mini-póster. A imagem foi recolorida editorialmente seguindo as cores indicadas pelo próprio Claudio Villa na capa da Editora Globo.
Uma última curiosidade relacionada a este Tex Classic, antes de encerrar: as duas tiras que são vistas abaixo, reimpressas neste volume, serviram ambas de inspiração para uma capa Texiana.
A primeira vinheta foi assumida por Claudio Villa para a oitava capa da Collezione storica a colori do La Repubblica, a segunda, invertida, foi utilizada por Galep para a capa do décimo quarto Albo d’Oro da segunda série. Ambas podem ser vistas de seguida, lado a lado para formar a sequência original.
Esta última imagem foi também utilizada como capa do número nove da primeira série gigante de Tex, em 1956. Pode admirá-la abaixo, com Kit Willer, graças à nova coloração, “disfarçado” com as cores do pai.
Saverio Ceri
Encontre todas as outras origens das capas de Tex Classic na rubrica Secret Origins: Tex Classic
[1] Material apresentado no blogue Dime Web em 21/06/2018; Tradução e adaptação (com a devida autorização): José Carlos Francisco.
Copyright: © 2018 Saverio Ceri
Finalmente! Com muito sacrifício, terminei de ler as mensais de Tex nº 638 a 644, que comprei-as para não desfalcar a coleção e me obriguei a ler. Desde 1976, nunca gostei das aventuras sobrenaturais de meu herói favorito, a menos que, ao final, se revele “homens disfarçados de monstros” e perfeitamente explicáveis, tal qual os finais do desenho Scooby-Doo ou, prá ficar somente no personagem, “O homem-serpente” e o requentado com novo nome “O cortador de cabeças” (título horrível na Edição Especial em cores), cujo original é o Tex mensal da Vecchi nº 6 ” O vale do terror”, me corrijam, por favor, se estiver errado, pois não estou com minha coleção aqui.
Essa história de Tex, contada ao longo de 7 meses, é, prá mim, de longe e respeitando opiniões contrárias, a pior de todos os tempos do herói. (E olha que gosto do roteirista Boselli!). História cansativa, enfadonha, enrolada, muuuuuito fora do normal, mesmo para os padrões de histórias sobrenaturais de Tex, e, ao final, frustrante. Matem de vez essa família Dickart e parem de enrolar os leitores com esse personagem Mefisto que, parece, está ganhando status de herói, com direito a logomarca nas capas. Podem até atrair alguns novos leitores, mas perderão muito dos antigos, que, ao menos eu, sinto que Tex está perdendo sua essência. Talvez seja sintoma da overdose de Dickarts, que recebi nestes últimos sete meses.