Patrizia Mandanici está a desenhar uma nova história de Tex, cujo argumento foi escrito por Fabio Civitelli

Patrizia Mandanici

Durante o confinamento a consagrada desenhadora Patrizia Mandanici parou circunstancialmente a sua produção profissional, já que tentou aproveitar o tempo para desenhar ilustrações no papel, tendo em conta que vinha de um longo período a desenhar digitalmente e tinha intenções de voltar a desenhar banda desenhada de forma “analógica”.

Isto porque há poucos meses Patrizia Mandanici voltou a trabalhar numa história de Tex, mas contrariamente à sua primeira experiência (una história breve para o Color Tex desenhada e depois colorida integralmente em digital) desta vez está a desenhar em papel, ilustrando uma aventura mais longa (deverá vir a ser publicada num futuro Almanacco), uma história desafiadora que a fez regressar ao preto e branco, aos lápis e aos pincéis.

Attenti al lupo, arte de Patrizia Mandanici publicada em Color Tex

É inútil dizer o quão feliz está a Patrizia Mandanici no presente, não só porque o western e em particular o Tex foram as coisas que inicialmente desenhou quando era criança (Tex foi a sua grande paixão até aos 12/13 anos como a própria desenhadora confidenciou aqui no Blogue do Tex), mas também porque este compromisso foi o que manteve a desenhadora à tona nestes últimos meses muito complicados, como informa a própria Patrizia Mandanici no seu blogue!

Entre os primeiros desenhos de Patrizia Mandanici estava o western (não foram feitos em 1965, a agenda era antiga, a desenhadora devia ter uns 9 anos)

A desenhadora está a esforçar-se ao máximo, não é suficiente saber ver bem os mestres que desenharam o Tex ou as fotos de documentação, desenhar o personagem Tex e os cavalos são coisas bem mais difíceis do que parecem; basta apenas uma pequena marca fora do lugar e já nada funciona bem, ou pelo menos não muito bem. A solução é desenhar muito, mas muito mesmo, e redesenhar; voltar a observar após uma semana e corrigir – e assim por diante.

Tex de espingarda nas mãos, desenhado por Patrizia Mandanici

Enquanto a história não for publicada a desenhadora não poderá mostrar nada deste seu regresso a Tex, excepto ocasionalmente as ilustrações que fizer nos seus tempos livres, como é o caso deste magnífico Tex mostrado aqui ao lado.

Patrizia Mandanici está a desenhar em folhas que são praticamente no formato A3, da marca Fabiano4 lisos (a desenhadora confidenciou que preferiria papel semi-áspero, mas para os detalhes mais minuciosos temia não conseguir controlar bem o seu estilo). Usa principalmente pincéis descartáveis da marca Pentel, os mais finos que conseguiu encontrar (Brush Sign Pen Artist), e marcadores da Koh-I-Noor Fiber Professional.

Além da inúmeroa documentação fornecida por Antonio Serra (é o roteirista da história, cujo argumento foi escrito por Fabio Civitelli) utiliza há já algum tempo as fotografias que encontra na Internet, sobretudo via Pinterest, já que são muito úteis porque estão cheias de cavalos, cowboys, cidades antigas, paisagens rochosas, etc.

Uma MISSIVA urgente de Tex para José Carlos Francisco na ARTE de Patrizia Mandanici, desenhadora de Tex

Mandanici não abandonou de todo o desenho digital: os esboços realiza-os sempre com Clip Studio Paint, imprimindo-os depois em folhas A3 e através de uma mesa de luz copia-os para as pranchas, definindo o lápis.

Tex e Kit Willer no magnífico lápis de Patrizia Mandanici

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

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