Marco Bianchini, consagrado desenhador italiano nascido a 19 de Junho de 1958 na cidade de Arezzo e que inclusive foi um dos desenhadores presentes na exposição dedicada aos 60 anos de Tex (acompanhando Fabio Civitelli), ocorrida no Festival da Amadora no nosso país em 2008, estreou-se na Sergio Bonelli Editore em 1983 quando Tiziano Sclavi projectou “Kerry, o Trapper”, que saía nas páginas finais das revistas do Comandante Mark e pensou em Bianchini para criador gráfico e desenhador dos episódios da série. Quando o Comandante Mark deixou de ser publicado, Bianchini passou a desenhar Mister No, o que fez por exactos 20 anos, de 1985 a 2005, tornando-se um dos desenhadores principais do piloto criado por Sergio Bonelli com o pseudónimo Guido Nolitta. Com o encerramento da série “amazónica” Bianchini é convidado por Sergio Bonelli para se estrear na saga de Tex, o que acontece (com a colaboração de Marco Santucci na arte-final) na história intitulada “Omicidio in Bourbon Street” escrita por Mauro Boselli e publicada em 2008 nas edições 576, 577 e 578. Em 2011 cimenta-se com Dylan Dog desenhando a história “La sala della tortura“, publicada no vigésimo Gigante com textos de Giovanni Gualdoni e em 2015 publica novamente com textos de Giovanni Gualdoni a história “Fattore Z” para o número 27 da série Le Storie.
Entretanto em 2013 inicia uma segunda vida profissional passando a trabalhar para o mercado francês, publicando dois álbuns cartonados a cores para a editora Quadrant com o título Francois Sans Non volumes 1 e 2 com textos da dupla Runberg/Ricard. Bianchini não sendo só um desenhador, na qualidade de argumentista criou a série colorida Termite Bianca desenhada por Patrizio Evangelisti, mas o que muitos fãs e coleccionadores de Tex não sabem é que Marco Bianchini nesse meio tempo começou a desenhar há alguns anos uma história de Tex, história essa que não foi finalizada já que ficou parada na página nº 42. Tratava-se da história recentemente publicada em Itália com o título “Partita pericolosa“, mais precisamente na edição número 664 e que foi então desenhada por Alessandro Nespolino que assim se estreou na saga de Tex.
Pois bem, hoje o blogue do Tex dá a conhecer seis dessas quarenta e duas páginas realizadas por Marco Bianchini, páginas essas verdadeiramente belas, dinâmicas e expressivas e que nos causam uma certa tristeza por não terem sido publicadas, mas felizmente temos a oportunidade de as dar a conhecer aos nossos leitores, comparando inclusive com as mesmas páginas do roteiro desenhadas por Nespolino, para se poder visualizar que uma mesma situação pode ter interpretações diferentes por desenhadores diferentes…
Por fim, informamos que as páginas ORIGINAIS de Tex desenhadas por Marco Bianchini e que nunca chegaram a ser publicadas podem ser compradas por quem se interessar. Para tal é só contactar o próprio desenhador italiano no seu Facebook.
(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)
Sinceramente, uma pena. Pelo pouco que vi, os desenhos de Marco Bianchini são melhores.