Fanzine “A Conquista do Oeste” – Maio/Novembro 2001 – Página 33 – Autores de Banda Desenhada: Arturo del Castillo

AUTORES DE BANDA DESENHADA

ARTURO DEL CASTILLO

Arturo Del CastilloArturo Del Castillo nasceu em 1925, em Concepciòn, no Chile.
Quando tinha 20 anos, dedicou-se à publicidade, na letragem. Em 1948 parte para Buenos Aires, na Argentina, onde o seu irmão, Jorge Perez Del Castillo, trabalhava para a revista “Pastoruzito” e outras. Depois de colaborar com a revista “Aventuras“, Arturo volta a legendar alguns trabalhos.
Depois de escrever argumentos, desenha algumas adaptações com interesse. Mas o seu maior sucesso inicia-se com “Randall“, uma personagem ligada ao “western“, construída de uma forma subtil e criada numa atmosfera dramática, a exemplo dos bons filmes de “western“.
Concebida em 1957 até 1960, com textos de Hector Oesterheld, para a revista “Frontera“, “Randall” é mais um “anti-herói” que ao contrário e se não fossem as ligações que às vezes tem com mulheres e crianças e que servem de suporte humano à solução de cada caso em que se mete, até duvidaríamos das suas verdadeiras emoções e da sua sensibilidade, acusando-o de pragmático, calculista, frio, insensível e até sanguinário.

Fanzine A Conquista do Oeste – Página 33Taciturno e possuidor de um mutismo, quase agressivo, só as mulheres e as crianças, o levam a abandonar a sua posição na vida e a actuar com justiça. “Randall” faz parte de um “western” clássico, onde o estilo muito pessoal de Arturo, consegue imprimir momentos de acção e de “suspense“, com um grande grau de perfeição. O seu sombreado é na verdade fabuloso. O seu traço excepcional peca unicamente por alguns limites, principalmente no que respeita às personagens que vivem as suas histórias com o nosso “herói“: são todas iguais, têm todas as mesmas feições, de aventura para aventura… Os vilões, as raparigas, as crianças, os velhos, etc..

E este mal repete-se quando ele cria três novas personagens “El Cobra“, “Pat Garrett” (1962/1965 com textos de Ray Colïins) e “Kendall“, com as mesmíssimas feições.
Uma vinheta de Ralph KendallDe tal modo as situações se repetem, que em alguns países, incluindo Portugal, indistintamente, as quatro figuras aparecem, desempenhando o lugar uns dos outros. Quando cria “Kendall“, ele aproxima-se da personalidade de um xerife, que vive numa pequena cidade, mantendo a lei e a ordem, eliminando os que as não respeitam. É também uma personagem só, percorrendo lugares de um lado para o outro.

De 1974/1979 cria “El Cobra“, que balança entre um “herói” bom e mau, possuidor de um passado misterioso. Os textos são de Ray Collins também.
“O Falcão” pequeno publicou as aventuras de “Randall” no seu início e outras revistas da Agência Portuguesa de Revistas fizeram o mesmo. Inclusive existe um fascículo (número único), em formato A5, onde esta personagem aparece com o nome de “Sheridan“.

(Para aproveitar a extensão completa da imagens acima, e/ou imprimí-la, clique na mesma)

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