Por Ezequiel Guimarães
Há algumas semanas atrás tive uma tripla honra: recebi as duas versões do mais recente lançamento texiano (devidamente autografados – muito obrigado grande amigo Zeca) com o selo da editora portuguesa POLVO, Tempestade sobre Galveston, e das mãos do grande Capitão da Nau Texiana nos mares editorias turbulentos, desse lado do Atlântico: sim, ele, Dorival Vitor Lopes, o mais texiano de todos os editores que Tex já conheceu no Brasil.

Ezequiel Guimarães e Dorival Vitor Lopes com as duas versões portuguesas de Texpestade sobre Galveston
A nova, ou melhor, “as novas” edições portuguesas, mantém o alto padrão de qualidade editorial (em todos os sentidos) encontrado no début da série, Patagónia. Série que recebe o apropriado nome de Romance Gráfico, a partir deste 2o. volume. Dessa vez, Mauro Boselli e Pasquale Frisenda que abrilhantaram o primeiro volume da série, dão passagem aos também Mestres Pasquale Ruju (texto) e Massimo Rotundo (arte).
A POLVO, desta vez, inovou mais ainda: se em Patagónia lançou 2 versões, com abas internas diferentes, em Tempestade sobre Galveston tratou de lançar logo DUAS CAPAS DIFERENTES, e não só isso: ao contrário de muitas editoras que lançam capas alternativas, mas apenas as capas, a POLVO lançou também de maneira diferente a contra-capa e as abas internas; pois sabe que isso atrai muitos coleccionadores e admiradores de materiais diferenciados dentro da BD (e caprichou nas abas internas – parabéns!!!).
Bem, falando em “materiais inusitados”, algo curioso aconteceu, e que me leva à “3a.” honra (sim, não havia somado a quantidade de volumes para dar três honras): um dos volumes (o da capa à direita), veio faltando as páginas 113 a 120!!!
Lógico que o próprio Editor Rui Brito, prontamente se colocou à disposição para trocá-lo, e citou: “Até agora é o primeiro caso. Pela descrição, trata-se de um caderno de 8 páginas. De vez em quando, na montagem dos diversos cadernos na tipografia, acontece isto. É um processo mecânico, sem (quase) intervenção humana, mas até as máquinas não estão isentas de cometer erros!”
E acrescentou: “…Mas, pelo inusitado da situação, a edição do Ezequiel até se torna mais rara!“
Bem, não vou trocar, vou manter assim mesmo, já que tenho as páginas faltantes na outra versão, e quem pensaria em trocar algo com uma dedicatória e autógrafo do Mestre Rotundo? (Além da curiosidade da edição com erro, única até aqui – e mesmo que houverem outras, creio que não serão muitas).
Além do que esse tipo de edição com “erro” acaba sendo valorizado no mercado do coleccionismo de BDs.
E acabei descobrindo esse “erro” por acaso, pois fui ler a aventura (ou melhor “reler” pois havia lido a edição brasileira), no belo escrever de além-mar como sempre cita nosso amigo Júlio Schneider quando aborda sobre textos no português da pátria-mãe.
Enfim, parabéns à POLVO e ao seu Editor Rui Brito, por ter investido e transformado o primeiro volume em uma série; e que venham outros!!!! Mas que mantenha, ou amplie, os “diferenciais”, caso opte por manter em novos lançamentos, o chamariz de “capa alternativa” (por exemplo, poderia diferenciar a lombada, como feito em Patagónia… não é só questão de capricho. Facilita a visualização na estante e para quem procura em livrarias onde por excesso de livros uma boa parte fica apenas com a lombada exposta…).
(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)