BONELLI 2023: SEGUNDA ESTRELA PARA BOSELLI!
Aqui estamos com a segunda parte dos números bonellianos de 2023, onde descobriremos quem escreveu, página por página, as 18.494 páginas inéditas de banda desenhada produzidas pela Bonelli nestes últimos doze meses.

Ilustração de Massimo Gamberi dedicada, há algum tempo, ao argumentista mais publicado em 2023 nos volumes Bonelli. Adivinham quem ele é?
Os escritores envolvidos nos volumes bonellianos em 2023, foram, tal como o ano passado, 73. Foram seis os argumentistas que tiveram este ano a sua primeira experiência bonelliana, um a mais que em 2022. Na tabela abaixo eles aparecem listados como estreantes, mas alguns deles já têm uma carreira relevante na área da banda desenhada. No ranking abaixo encontrámos todos os 73 escritores de 2023, alinhados por número de páginas inéditas publicadas; descobrirão com quais personagens eles colaboraram e se o resultado dos últimos doze meses é o seu recorde pessoal (PB verde se superado, PB amarelo se igualado) ou se, como dissemos anteriormente, eles se estrearam na editora (E).
O pódio
Actualizamos, como todos os anos desde a criação desta rubrica, a contabilidade recorde de Mauro Boselli: também este ano é dele a medalha de ouro dos mais prolíficos escritores bonellianos. É a vigésima vitória na carreira do argumentista milanês, a décima terceira consecutiva. Se Mauro fosse uma equipa de futebol, poderia costurar na sua camisa, não só o campeonato do ano que vem, mas também a segunda estrela… para sempre. Precisamente neste ano, curiosamente, o único outro argumentista da história da editora que pode ostentar um par de estrelas, G.L. Bonelli regressa para “nos oferecer” uma aventura inédita redescoberta, aparecendo pela primeira vez no nosso ranking, já que sua última aventura tinha sido publicada em 1991 e Diamo i Numeri estreou-se em Janeiro de 1993. Para Mauro este é o 20º pódio consecutivo, 26º no geral. Além das vinte medalhas de ouro virtuais, Boselli também pode ostentar cinco medalhas de prata e uma de bronze conquistadas em 37 anos de carreira como escritor.
A “apenas” 950 páginas encontramos Luca Enoch no seu melhor resultado anual de sempre. O argumentista de Dragonero, quarto no ano passado, sobe ao pódio batendo o seu recorde de 1.062 páginas, que lhe rendeu o único outro pódio de sua carreira, o terceiro lugar em 2014.
Apesar de ter descido um degrau, Pasquale Ruju mantém o seu lugar no pódio pelo quarto ano consecutivo; muito longe das 1604 páginas, que constituem o seu recorde, e que lhe permitiram em 2010, o último a conseguir superar Boselli em páginas publicadas. Para Pasquale é o nono pódio da sua carreira: o seu palmarés bonelliano é compostos por uma medalha de ouro, 5 de prata e 3 de bronze, de 1995, ano de sua estreia, até hoje.
Apesar do ano recorde, Jacopo Rauch não conseguiu alcançar o segundo pódio da sua carreira por apenas 4 páginas.
Nos andares superiores, os dez primeiros lugares do ranking, encontramos três novas entradas face a 2022: Michele Medda, que consegue conquistar o Top Ten pela décima vez na carreira, a última vez tinha sido em 2021; Por sua vez Barbara Baraldi e Alessandro Russo têm a sua primeira aparição. Baraldi traz o sexo feminino de volta ao Top Ten após o pódio de Paola Barbato em 2016. Vigna, Rigamonti e Eccher deixam por sua vez o Top Ten.
Ainda falando sobre o Top Ten, Boselli está presente pela 31ª vez, e ininterruptamente há 30 anos; Berardi faz a sua 29ª participação, sendo as últimas 9 consecutivas; Burattini chega aos andares superiores pela 28ª vez, sendo quatro consecutivas; Ruju é presença regular do Top Ten há 10 anos e atinge este patamar pela 19ª vez na sua carreira; uma presença a menos, 18 no total, 2 consecutivas, para Vietti, o seu parceiro Enoch está posicionado entre os dez primeiros pela 9ª vez (7 consecutivas) e Rauch pela 5ª vez (a terceira consecutiva).
Excluindo Giovanni Luigi Bonelli, que para todos os efeitos aparece com uma história inédita 83 anos depois da publicação da sua primeira história para a editora que fundou com a sua esposa, entre os escritores publicados este ano o veterano continua a ser Alfredo Castelli, com a sua 52ª presença bonelliana; Depois dele, a militância mais longa na casa Bonelli é a de Giancarlo Berardi, que publica edições na SBE há 46 anos; seguido por Maurizio Mantero, que se estreou na editora alguns anos depois, já que o lemos há 44 anos; Seguem Claudio Nizzi, com 42 anos, e Luigi Mignacco que em 2023 comemorou quadragésimo ano de carreira bonelliana.
Divulgamos de seguida uma tabela classificativa, com o número de páginas publicadas do escritor mais presente em 2023, e o número de vitórias anuais relativamente à série em questão.
Todos os esforços bonellianos de Luca Enoch foram dedicados a Dragonero, nestes últimos doze meses, levando-o a ser o escritor do personagem mais publicado pela oitava vez.
Entre os dois veteranos, na tabela, encontramos o nome de Alex Dante, estreando como argumentista na editora Bonelli e em particular de Martin Mystère: graças à história em três partes publicada imediatamente após o número quatrocentos, Alex acaba por ser o o escritor mais prolífico do ano na revista mensal do Detective do Impossível; ele é o quinto escritor diferente em cinco anos a aparecer no quadro de honra dos escritores mais publicados do personagem.
Apesar de ser um dos criadores de Nathan Never, Michele Medda, este ano o principal autor das aventuras do Agente Alfa, conquista apenas o seu terceiro campeonato na série, o anterior data de 1994!
Terceira vitória anual também para Jacopo Rauch nas publicações dedicadas a Zagor, depois dos sucessos de 2018 e 2021.
As duas primeiras posições estão praticamente consolidadas; Enoch ganha o terceiro lugar, graças à façanha de 2023, em detrimento de Vigna que desce um degrau em relação a 2022, perdendo também algum terreno para o co-criador de Dragonero. Burattini mantém-se estável na sequência, com o colega zagoriano Rauch a aproximar-se perigosamente, graças ao bom ano que acabou de passar e que permite continuar a subir posições: este ano foi Berardi quem pagou o preço, que caiu do sexto para o sétimo lugar. Chiaverotti continua estável; perseguem-no, não muito longe, o outro criador de Ian Aranill, Vietti e Mignacco que trocaram de posição nos últimos doze meses.
All-Time
Na classificação histórica (ou seja de Janeiro de 1941 até hoje), destacamos que graças às páginas publicadas este ano Ruju entra no Top Ten dos escritores mais publicados de sempre na editora Bonelli. Ruju, hoje décimo, ganha a posição às custas de Chiaverotti. Por sua vez Enoch ultrapassou nos últimos doze meses tanto Faraci como D’Antonio, e ocupa a 17ª posição entre os escritores mais publicados pela Bonelli desde a sua fundação até aos nossos dias.
Recordamos também que durante 2023 Mauro Boselli superou, em primeiro lugar, a fasquia das 50.000 páginas escritas para a editora milanesa. Michele Medda, sempre no decurso dos últimos doze meses, superou, por sua vez, a marca das 15.000 páginas: é o 15º escritor a superar esta barreira.
Saverio Ceri
Material apresentado no blogue Dime Web em 23/12/2023; Tradução e adaptação (com a devida autorização): José Carlos Francisco.
Copyright: © 20232, Saverio Ceri
Qual é a história inédita do G.L. Bonelli, onde vai ser publicada?
E a do Nizzi?
Pard António Matias, a história inédita do G. L. Bonelli saiu em Itália numa edição especial de luxo, pelo que ainda não se sabe como a Mythos a publicará no Brasil… teremos de aguardar.
Quanto à história do Nizzi, já foi publicada este ano pela Mythos no Maxi Tex n° 6.