Entrevista exclusiva: PASQUALE FRISENDA

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco, com a colaboração de Angelo Palumbo, Giampiero Belardinelli e Mario Latino na formulação das perguntas, de Júlio Schneider (tradutor de Tex e Mágico Vento para o Brasil) e de Gianni Petino na tradução e revisão e de Bira Dantas na caricatura.

Pasquale Frisenda caricaturado por Bira DantasCaro Pasquale, bem-vindo ao blogue português de Tex. Onde você nasceu e em que cidade mora?
Pasquale Frisenda: Eu nasci no dia 8 de Janeiro de 1970 em Milão, na Itália, cidade onde moro e trabalho.

Que lugar tiveram os quadradinhos, sobretudo os Bonellis, na sua infância?
Pasquale Frisenda: Um lugar importante, com certeza. Tex, Zagor e, depois de alguns anos, Mister No, Ken Parker e Martin Mystère foram personagens a quem fiquei muito ligado, e que me acompanham constantemente no decorrer do tempo, junto à BD Marvel, principalmente no período dos anos 70 e 80, até a descoberta das revistas que foram chamadas de “BD de autor” e muito além, porque os leio ainda hoje.

Pin-up noir copiaComo você chegou a se tornar desenhador de quadradinhos? Vocação ou acaso?
Pasquale Frisenda: Os dois. O desejo de seguir esta carreira sempre esteve presente em mim, bem ou mal, mas os passos feitos para concretizar este desejo foram realmente incertos e, muitas vezes, casuais.

Você teve uma formação artística? De que tipo?
Pasquale Frisenda: Eu frequentei o curso de quadradinhos do Castelo Sforzesco de Milão. Uma experiência útil sobretudo para entrar em contacto com outras pessoas interessadas no canal de comunicação representado pela BD e poder fazer comparações com elas. Quanto ao resto, eu considero-me autodidacta. De forma concreta, o papel mais importante na minha formação inicial foi representado pelos componentes do Estúdio Comix e, obviamente, Berardi e Milazzo.

PinocchioQuais foram os desenhadores italianos e estrangeiros aos quais você se inspirou durante a sua carreira? Há algum que, mais que os outros, você considera seu mestre ideal?
Pasquale Frisenda: Bem, os desenhadores são muitos, e continuam a aumentar ou a ser “substituídos” com o passar do tempo. Apenas para citar alguns nomes, na Itália minhas referências constantes foram (e ainda são) autores como Gino D’Antonio (que tive a sorte de conhecer), Dino Battaglia, Renzo Calegari, Sergio Toppi, Gianni DeLuca, Attilio Micheluzzi, Giorgio Trevisan, Roberto Diso, Magnus, Ferdinando Tacconi… e obviamente Ivo Milazzo que, com o início da colaboração com a Ken Parker Magazine, certamente representou o momento da virada na minha carreira. Mas é impossível citar todos. Do exterior, eu gostaria de citar Moebius e Breccia (tanto Alberto quanto Enrique), Hermann e Juan Jimenez, Juillard e Font, Muñoz e Bernet, Mandrafina, Altuna, ou os autores norte-americanos tipo Toth, Caniff, Eisner, Richard Corben, David Mazzucchelli, até Bill Sienkiewicz. Aqui também a lista tem lacunas. Em todo caso, a influência que tive de cada um deles, por vários motivos, foi essencial para a formação de uma “minha” visão das coisas e de um eventual “estilo” pessoal.

Cyberpunk 1Cyberpunk 2

Cyberwestern incompleto.
Você começou sua carreira profissional a colaborar com a revista “Cyborg”, da editora Star Comics. O que se recorda dessa experiência?
Pasquale Frisenda: Foi uma experiência importante. Muito difícil, por várias razões, sobretudo pela minha inexperiência, mas sem dúvida importante para ao menos começar a deparar com o mundo dos quadradinhos em nível profissional.

Quanto foi importante ter tido mestres como Carlo Ambrosini e Giampiero Casertano?
Pasquale Frisenda: Para mim, com pouco mais de dezassete anos, o contacto – na verdade muito ocasional com Carlo Ambrosini, Giampiero Casertano e Enea Riboldi no Estúdio Comix (contacto que tive graças a Pasquale Del Vecchio que há pouco frequentava o estúdio), foi uma ocasião valiosa. Acho que nunca disse isto, mas para mim todos eles foram um forte impulso para continuar neste caminho.

Ken ParkerPassemos ao período da “Ken Parker Magazine”. Como você entrou em contacto com Berardi e Milazzo?
Pasquale Frisenda: Depois do encerramento da revista Cyborg, eu soube do projecto de Berardi e Milazzo de realizar uma revista dedicada a Ken Parker, e simplesmente mandei a eles umas páginas de teste.
Hoje, ao olhar para aquelas páginas, acho que foi uma loucura, mas na época pareceu-me uma coisa óbvia a fazer.
A inconsciência dos vinte anos, que às vezes ajuda.

Ter trabalhado ao lado de um mestre como Milazzo sem dúvida influenciou o seu desenho. Depois disso, como e quando você chegou ao estilo invejável mostrado nas páginas de Mágico Vento?
Ken ParkerPasquale Frisenda: Eu agradeço pelo juízo sobre o meu desenho, mas de volta à pergunta, a influência de Milazzo foi naturalmente muito forte, e não só de um ponto de vista gráfico, mas talvez ainda mais de um ponto de vista narrativo.
Quanto ao estilo, creio seja filho das infinitas influências que me chegaram dos vários autores que citei antes, a quem acrescento os nomes de ilustradores e pintores de quem me aproximei justamente no período em que eu frequentava Berardi e Milazzo e trabalhava com Ken Parker.
A tudo isso também deve-se acrescentar a grande sugestão que tem sobre mim o cinema e a fotografia.

Colore cop. 001Os episódios de Mágico Vento com a sua assinatura são – também graças à direcção habilidosa de Gianfranco Manfredi – um exemplo perfeito de como se pode fazer quadradinhos de autor nas páginas de um produto em série. Você não acha escandaloso que certos trabalhos – seus e de outros colegas – sejam ignorados pela crítica não ligada à BD?
Pasquale Frisenda: Sim, mas a arrogância de muitos críticos ou jornalistas de opereta não é nova, e os quadradinhos não são sua única vítima. Nos últimos anos, com o florescer dos “filmes de quadradinhos”, nós lemos coisas delirantes sobre os quadradinhos de onde se originaram esses filmes, e muitas vezes escritas por “respeitáveis” jornalistas. Às vezes a coisa irrita-me por demais, às vezes passo por cima. Também é verdade que hoje a situação melhorou bastante em relação a alguns anos passados, e isso é significativo.

Cover 64No ápice da experiência com Mágico Vento você também cuidou das capas (do n° 32 ao 75), ao substituir Venturi. Que técnicas você usou e por que depois deixou esse trabalho?
Pasquale Frisenda: As técnicas de colorização utilizadas eram várias, entre as quais aguarela, pastel (crayon), guache e ecoline. Eu deixei de fazer esse trabalho motivado, principalmente, pelo facto que eu não conseguia mais conjugar uma qualidade constante nas páginas ao produzir também as capas.
Em todo caso, lamentei deixar de fazê-las.
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Cover 67Segundo Gianfranco Manfredi, uma das causas da eliminação de Mágico Vento em 2010 é a dificuldade que os desenhadores mais jovens sentem com o faroeste em geral, o que obviamente não é o seu caso. Como consegue desenhar tão bem cavalos, diligências, cidades, aldeias, ou seja, o faroeste no seu todo?
Pasquale Frisenda: O curioso é que não me considero um desenhador de faroeste! Autores como D’Antonio, Ticci, Milazzo, Serpieri ou Giraud, só para citar alguns, souberam representar o Oeste com uma capacidade mais única que rara. O porque talvez seja ligado a uma questão de geração. Em todo caso, cada um deles conhece muito bem o que está a desenhar, um conhecimento do género que vai muito além de um simples discurso sobre documentação.
Cover 65Eu creio que consigo representar o género sob um ponto de vista apenas “emotivo”, eu gosto muito do género faroeste e das características e atmosferas que lhe são próprias. Mas sob um ponto de vista de gerações, meu imaginário foi “colonizado” sobretudo pela ficção científica. Um certo tipo de ficção científica, aquela mais ligada a um filão “humanístico” da literatura e ao cinema desse género, surgida lá pelos anos setenta/oitenta, ou seja, mais próximo de “Blade Runner” que de “Guerra nas Estrelas” (filmes que aprecio demais). Em cada história de Mágico Vento, depois de trinta páginas inevitavelmente eu começava a desenhar alguma astronave a aproximar-se de algum estranho planeta ou ameaçadores ciborgues. Mas eu sei que, assim que tiver a chance de desenhar uma história de ficção científica, depois de trinta páginas começarei a esboçar um homem a cavalo numa pradaria sem fim!

Cover 71Na sua óptica, existe alguma ligação, no mínimo em nível conceitual, entre as histórias de Ken Parker e Mágico Vento?
Pasquale Frisenda: Mais de uma, eu diria.
Mágico Vento não poderia existir sem a visão do Oeste narrada anteriormente em Ken Parker, ou no enorme trabalho feito por Gino D’Antonio na História do Oeste.
E hoje eu creio que a personagem de Manfredi pode vir a ser um novo ponto de partida para quem desejar enfrentar o género no futuro.

Passemos ao Ranger que dá nome a este blogue: como você chegou a Tex? E quais foram os seus objectivos nesta série?
Tex FrisendaPasquale Frisenda: Eu cheguei a ele por desejo de Bonelli e Canzio. Eu havia expressado a Sergio Bonelli a vontade de mudar de personagem e de género, eu queria trabalhar com outras coisas e atmosferas, mas como resposta veio a proposta de fazer uma história de Tex e, sobretudo, de ser inserida na série dos Tex Gigantes, algo para mim impensável e, por isso, uma chance imperdível. De objectivos, por ora só tenho um: conseguir fazer bem.

Quais foram as suas dificuldades para entender o mito e dar a ele seu toque pessoal?
Pasquale Frisenda: As maiores dificuldades foram as de aprender os “tempos” narrativos de que Tex necessita. A proximidade de Mauro Boselli (o roteirista da história) foi um suporte enorme.
Texone Patagonia 1Com muita atenção e pronta disponibilidade ele permitiu-me corrigir a mira onde era preciso, eu lhe sou muito grato por isso, mesmo porque o trabalho ganhou muito. As primeiras páginas, a abordagem da personagem em geral, foram muito difíceis, mas alguns conselhos de Sergio Bonelli ajudaram-me muito a poder desenhá-lo como “eu o via”, a começar a soltar a mão e adquirir familiaridade página após página.

Pasquale FrisendaDesenhar Tex comporta alguma diferença em relação a Ken Parker e Mágico Vento?
Pasquale Frisenda: Sim, cada uma dessas personagens tem uma dimensão bem definida e exigências narrativas bem precisas e muito diferentes entre si. Deve-se aprender a administrá-las correctamente para não desnaturar as várias personagens, mas também para poder encontrar um modo de realizá-los “e fazê-los seus” na medida do possível.

Texone Patagonia 2Pode nos antecipar alguma coisa sobre a sua história do Tex Gigante, quem é o roteirista, a ambientação, etc.?
Pasquale Frisenda: O roteirista, como eu disse antes, é Mauro Boselli, que não precisa de muitas apresentações. Para mim foi uma experiência extremamente importante e trabalhosa.
A história será bastante incomum, seja no aspecto dos “tons” narrativos, seja como ambientação, e desenvolve-se nos pampas argentinos.
Quanto ao resultado final, espero realmente que possa satisfazer todos os texianos que nos “ouvem”.

Você ficou satisfeito com seu trabalho em Tex?
Texone Patagonia 3Pasquale Frisenda: Agora sim, depois de ter revisto algumas sequências das quais eu não estava muito convencido.
Mas sei que, assim que o vir publicado, eu me darei conta de muitas coisas que poderia ter feito melhor. Sempre me acontece!

Se pudesse expressar preferências entre as várias tipologias de histórias texianas, preferiria desenhar aquelas mais típicas de faroeste, com espaços amplos, índios, etc., faroeste urbano ou histórias de magia e mistério?
Pasquale Frisenda: Não, eu não tenho preferências particulares, sou atraído tanto pelas histórias de faroeste mais clássicas como por aquelas mais oníricas e misteriosas.
Um dia eu gostaria de desenhar a personagem de El Morisco, esse sim.

Texone Patagonia 4Pelo que sabemos, você está a desenhar uma nova história de Tex: pode nos antecipar alguma coisa sobre a sua segunda história?
Pasquale Frisenda: Não, ainda não comecei a minha segunda história de Tex, e ainda antes farei uma história curta de Dylan Dog.

Em 2007 tivemos em Portugal uma antecipação mundial de quinze novos desenhadores de Tex, como é o seu caso, por exemplo. Como você vê essa entrada de tantos novos elementos na equipa de Tex? Isso poderia ser um novo rumo na vida da série?
Pasquale Frisenda: Sim, creio que é muito provável.
Tex tem tudo a seu favor, e é provável que as novas gerações de autores possam ligar-se a novas gerações de leitores.

Texone Patagonia 5Também houve um reforço em nível de roteiristas. Acha que isso era algo inevitável? E com tantos roteiristas, você não acha que há o risco de se ver Tex desnaturado?
Pasquale Frisenda: Desnaturado eu acho difícil, e creio que ninguém está a desejar algo assim. Tex tem características bem definidas e que são essenciais para o sucesso da personagem e da série. Faço votos para que os novos roteiristas consigam contar as suas histórias de diversos ângulos, isso sim, que espera-se sejam novos e inéditos.

Você sente falta de fazer capas? Como faria uma capa de Tex?
Pasquale Frisenda: Nunca pensei nisso. O empenho de capista de Tex está coberto pelo nome que mais merece esse papel. Às vezes sinto falta das capas, sim, mas quiçá no futuro haverá outra chance.

Cover 73Na sua carreira na Bonelli você trabalhou com vários roteiristas, entre os quais Berardi, Manfredi e Boselli. Como vê os vários modos de trabalhar? Com quem se sente melhor?
Pasquale Frisenda: Não gosto muito de fazer classificações desse tipo. Digamos que me considero extremamente sortudo! Cada um deles tem exigências bem definidas, cujos motivos são fazer a melhor história possível, exigências que sempre busquei respeitar, às vezes a conseguir mais e outras menos. Mas na medida do possível sempre tento colocar algo meu.

Quando Sergio Bonelli o apresentou aos leitores texianos (Tex italiano Nuova Ristampa n° 176) você disse que depois de Mágico Vento tinha a intenção de mudar de género e passar talvez a Dylan Dog ou Dampyr. Ainda nutre esse desejo?
Pasquale Frisenda: Sim. Como eu disse, para Dylan Dog logo farei uma história, mas se houver a possibilidade, colaborar com outras personagens é uma coisa que eu gostaria mesmo de fazer.
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Como é trabalhar para Sergio Bonelli?
Pasquale Frisenda: Para mim foi uma verdadeira surpresa, à qual acho que ainda devo me habituar. Passar de um cumprimento ocasional na redacção a ter um contacto directo com ele foi muito importante para mim, a descobrir também e sobretudo a pessoa por trás do editor. A ele e a Decio Canzio, por várias razões que levaria tempo para resumir, eu devo muitíssimo.

Lontano dalla pioggia AA BD da SBE sempre foi seu objectivo ou você preferia fazer a chamada “BD de autor” como Pratt, Battaglia, Toppi, Manara?
Pasquale Frisenda: Posso entender que nas várias produções haja intenções e motivações variadas, mas essa distinção tão clara eu nunca aceitei. Realizar essas personagens (Ken Parker, Mágico Vento, Tex e Dylan Dog) sempre foi meu objectivo profissional. Se chegarei a desenhar algo mais ligado a mim aos meus (outros) interesses, veremos, mas isso em nada diminui o valor desse tipo de personagens, de quadradinhos e de produções.

Já pensou em fazer algum tipo de trabalho independente no género faroeste? Em caso positivo, você escreveria o roteiro ou se apoiaria em alguém? Quem e por qual razão?
Pasquale Frisenda: Eu tenho algumas ideias, mas tudo ainda está em alto mar para poder falar com exactidão.

Lontano dalla pioggia BNas suas páginas prefere deixar espaço apenas à sua fantasia ou também usa material de suporte como fotografias, livros ou outra coisa? Você usa Internet para documentar-se?
Pasquale Frisenda: O suporte da documentação é absolutamente prioritário. Livros de ilustração, cinema, fotografia, pintura e outras coisas constantemente ocupam a minha mesa de trabalho, e a Internet há alguns anos também tornou-se uma ajuda valiosa. Mas isso tudo, na minha opinião, sempre deve ser filtrado através da própria visão das coisas e, desse modo, o elemento ligado à fantasia do desenhador ou do roteirista é prioritário.

Como é o seu processo de criação? Você faz uma página completa e depois passa para outra? E quais instrumentos de trabalho utiliza?
Milano comiconventionPasquale Frisenda: Eu sempre parto da primeira página e sigo em ordem cronológica. Os instrumentos são os mais clássicos: lápis, caneta hidrocor e pincéis.

Quanto tempo leva para desenhar uma página? Segue horários? Como é uma jornada padrão entre trabalho, leituras, manter-se informado, ócio, vida familiar?
Pasquale Frisenda: Cada página é um caso, obviamente depende do que se deve desenhar, mas em média faço uma página a cada dois dias. Eu busco fazer de tudo um pouco em cada dia, além de trabalho, interesses pessoais e culturais, mas quase nunca consigo!

Quais são seus projectos futuros? Pode nos antecipar alguma coisa?
Pasquale Frisenda: Por ora os projectos mais imediatos são ligados às personagens de Tex e Dylan Dog. Há outras coisas, mas eu falarei quando houver o espaço adequado.

Napoli 2004Que quadradinhos você lê actualmente? Com quais mais se identifica?
Pasquale Frisenda: Eu leio vários, de personagens Bonelli a algumas BD Marvel ou DC, e evidentemente tudo o que acho interessante nas várias lojas de quadradinhos, produções ligadas aos tantos autores que aprecio até novas descobertas que enriquecem a minha biblioteca, como por exemplo os incríveis trabalhos de Thomas Ott, conhecido há pouco tempo.

Além dos quadradinhos, que livros você lê? E quais são as suas preferências no campo do cinema e da música?
Pasquale Frisenda: Também aqui os meus interesses são variados, busco não me “fossilizar” e não rejeito qualquer tipo de leitura. Às vezes os interesses até se sobrepõem e começo a ler vários livros ao mesmo tempo ou vejo mais de um filme no mesmo dia. A música, também de vários géneros, está sempre presente no dia a dia, de Bach a Pearl Jam, por exemplo.

Pasquale FrisendaCaro Pasquale Frisenda, em nome do blogue português de Tex, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.
Pasquale Frisenda: Eu é que agradeço, sinceramente, pela atenção!.
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5 Comentários

  1. Adorei a entrevista!!!
    O Frisenda mandou muito bem!!!
    Observando as pranchas do Texone que aparecem ao longo da entrevista, não pude deixar de notar o amplo emprego de boleadeiras pelos índios pampeanos, que entre outras coisas, eram muito úteis na caça à ema (ave ratita nativa da América do Sul e hábil corredora).
    Muito obrigado ao blog do Tex por nos passar esses prewius!!!!!

  2. Faço coro ao Adriano. Também adorei a entrevista e as magníficas pranchas do Frisenda. Estão arquivadas!

    Abraços!!!

    Fred Macêdo

  3. Grande entrevista, mais um grande acerto do mestre e amigo Zeca. Obrigado, amigo, por nos presentear com essa matéria que nos fez conhecer mais da vida e obra desse genial autor dos quadrinhos italianos.

  4. Também gostei muito da entrevista. Lá tive de mudar outra vez o meu “screensaver” com a tremenda imagem do descarrilamento do comboio.

    Um abraço.

    Orlando Santos Silva

  5. Os trabalhos de Frisenda são mais uma prova da renovação da BD italiana nos últimos anos, e em particular da grande equipa Bonelli, que parece deter o segredo da adequação de todos estes novos talentos às suas fórmulas, aos seus estilos e aos seus temas peculiares, com destaque naturalmente para Tex e o “western”.

    Para mim, que leio BD desde finais dos anos 40, tem sido uma constante surpresa descobrir e extasiar-me com as produções de alguns dos novos desenhadores da Bonelli, seja em “Tex” ou em “Magico Vento”, ou mesmo em “Julia” (que infelizmente é muito difícil, agora, encontrar nas bancas).

    E considero-me um felizardo por ainda poder contemplar, tantos anos decorridos, para gozo dos meus olhos e do meu espírito, trabalhos artisticamente tão sugestivos como os de Pasquale Frisenda, que apesar das óbvias, como ele próprio reconhece, influências de Ivo Milazzo, soube criar um estilo original, que alia o vigor e a sensibilidade de Milazzo a uma atmosfera nitidamente expressionista.

    A “tremenda imagem do descarrilamento” – citada pelo Orlando S. Silva – é, de facto, um bom exemplo do extraordinário poder de sugestão (carregado de força anímica) que se desprende dos seus trabalhos. E é de louvar que um desenhador como ele, com menos de 40 anos, se tenha inserido tão bem no universo típico do “faroeste” e num imaginário que hoje, efectivamente, parece exercer muito menos atracção sobre os amantes da BD, da literatura e do cinema… ao contrário do que acontecia nos meus tempos de juventude!

    Jorge Magalhães

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