Entrevista com o fã e coleccionador: Gabriel Baltazar Souza

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Gabriel Baltazar Souza: Meu nome é Gabriel Baltazar Souza 22 anos, nasci em 7 de Dezembro de 1991 em Curitiba, estado do  Paraná e actualmente trabalho com ilustração, desenhos de tatuagens, fanzines e de vez em quando monto móveis.

Quando nasceu o seu interesse pela Banda Desenhada?
Gabriel Baltazar Souza: O mundo dos quadradinhos faz parte da minha vida desde o berço, comecei a ler banda desenhada por influência de meu pai, um grande amante da Nona Arte, que nos seus bons tempos já teve mais ou menos 3000 exemplares dos mais variados títulos. O meu preferido antes de Tex era Astérix, logo que aprendi a ler já devorava dezenas de quadradinhos infantis.

Quando descobriu Tex?
Gabriel Baltazar Souza: Meu pai lia bastante Tex, comecei a ler Tex por volta dos nove ou dez anos. O meu primeiro Tex foi a Edição Histórica nº7 aquela em que Tex conhece Jim Brandon e Gros-Jean, com os traços do mestre Galep, daí para a frente não parei mais.

Porquê esta paixão por Tex?
Gabriel Baltazar Souza: As histórias de Tex são cheias de dinamismo e suspense de tirar o fôlego, sem dar tempo  ao leitor de respirar a cada página, com desenhos magníficos que inspiram realidade, que dão sensação de estar ali sentado vendo um filme ou melhor ainda de estar cavalgando ao lado das personagens, em tramas envolventes em que nada se repete, há sempre algo novo a descobrir, com profissionais de alto nível, que se entregam por completo à personagem, simplesmente Tex não tem comparação.

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
Gabriel Baltazar Souza: Tex não tem super poderes, não vive em uma crise de identidade, não vacila diante das dificuldades. É um ser decidido de carácter e honra, que luta pelo o que é justo e certo, não vê o valor da pessoa por sua cor de pele ou status social, suas histórias têm começo, meio e fim, não ficam se enrolando em dezenas de revistas ou em sagas mirabolantes sem fim, que confundem o leitor que fica perdido nesse meio tempo. Já com Tex é diferente as histórias duram no máximo cinco revistas ,ou então quando há as edições colossais como Edição histórica, Tex Anual ou Tex Gigante, que nos trazem histórias completas, um prato cheio para qualquer amante de banda desenhada.

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Gabriel Baltazar Souza: Em comparação a outros coleccionadores a minha colecção é modesta e pequena. No total de Tex eu tenho 456 exemplares, com outros títulos eu tenho uma coleção de 797, e são três as edições que eu mais gosto, pois foi com elas que conheci Tex. São as Edições Históricas números 7 e 8, e a edição normal número 300.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
Gabriel Baltazar Souza: Por enquanto apenas as revistas, mas tenho o livro da biografia do Tex, o filme do Tex e o livro “O Oeste Segundo Civitelli“.

Qual o objecto Tex que mais gosta de possuir?
Gabriel Baltazar Souza: Os autógrafos de Lucio Filippucci e do Fabio Civitelli.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Gabriel Baltazar Souza: Pergunta difícil…! São tantas as minhas histórias preferidas, mas para começar: “A cruz trágica” de G. L. Bonelli e G. Ticci, “Caçadores de lobos” de G. Nolitta com A. Giolitti e G. Ticci, “O vale da morte” de G. Nolitta e F. Fusco, “Intriga em Santa Fé” de C. Nizzi e F. Civitelli, e por aí vão tantas…
E desenhadores preferidos, da “velha-guarda” são A. Galleppini, G. Ticci, F. Fusco e F. Civitelli, já da “nova-guarda” prefiro L. Filippucci, P. Frisenda, A. Piccinelli e C. Mastantuono. E como argumentista sem dúvida nenhuma G.L. Bonelli e após ele G. Nolitta, M. Boselli e G. Manfredi.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Gabriel Baltazar Souza: O que me agrada mais em Tex é o seu perfil explosivo e durão, já o que me agrada menos às vezes é não ter uma história completa do Ranger ( por exemplo comprar um número, perder o próximo e comprar o seguinte).

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Gabriel Baltazar Souza: Tex é bem estruturado, uma personagem que não muda sua essência, mas que está sempre em transformação às novas gerações.

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Gabriel Baltazar Souza: Infelizmente não tive oportunidade ainda, mas futuramente espero muito.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Gabriel Baltazar Souza: “Longo e próspero”!!! Tex é uma personagem sólida, que conquista cada vez mais fãs todos os dias, e que agrada a todas as faixas etárias.

Página de homenagem de Gabriel Baltazar Souza a Tex

Prezado pard Gabriel Baltazar Souza, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

2 Comentários

  1. Parabéns pelo bom gosto, e por não ter perdido a essência de criança e as mensagens de seu pai. Tex e Zagor também são minhas paixões.

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