Entrevista com o fã e coleccionador: Alex Nascimento

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Alex Nascimento: Bom, eu nasci na cidade do ouro, a cidade histórica de Ouro Preto, no dia 17 de Setembro de 1985. A minha profissão é a de pizzaiolo, mas também trabalho no ramo da construção civil. Gosto de música, de esportes e também possuo o dom de desenhar.

Quando nasceu o seu interesse pela banda desenhada?
Alex Nascimento: Sempre fui apaixonado pela arte do desenho, quando jovem ganhava a vida com desenho artesanal, já que a região onde moro também sobrevive do turismo. Era fã, tanto dos quadrinhos coloridos, mas também dos a preto e branco.

Quando descobriu Tex?
Alex Nascimento: Descobri Tex por volta de 2001/2002 por influência do meu irmão, que por sinal é mais novo do que eu.

Porquê esta paixão por Tex?
Alex Nascimento: Minha paixão por Tex existe por vários motivos, existem várias situações diferentes nas histórias do Tex, assim como muito humor. É um personagem de cinema, pois possui drama, suspense, terror, assombro, etc., mas o que mais me chama a atenção em Tex é o sentimento de justiça, o que nos leva a crer que o crime não compensa.

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
Alex Nascimento: Bom, não precisamos mencionar o que há de diferente (…risos…), tudo!

Os desenhos, os diálogos, os cenários, a forma em que é retratada todas as formas de injustiça. O castigo que todo o patife merece. O respeito com todas as tribos indígenas é a forma clara de como deveriam ser tratados os políticos corruptos e todos os fora da lei.

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Alex Nascimento: Olha, já tive muitas revistas, já tive a oportunidade de apreciar inúmeras edições do personagem, mas hoje o que me resta é um total de 31 edições que guardo com carinho e a mais importante para mim é a Tex nº 552 “Caçada Sinistra”, me identifiquei muito com essa história. Também há outra edição de muita importância para mim: Tex nº 57 “O Destino de um Bravo”, minha primeira leitura do Tex…

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
Alex Nascimento: No momento coleciono apenas alguns livros do Tex, mas em breve colecionarei tudo que tiver ao meu alcance, livros, camisas, objetos, etc.

Qual o objecto Tex que mais gostaria de possuir?
Alex Nascimento: Gostaria de possuir aquilo que em minha opinião é o mais emblemático, o par de botas.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Alex Nascimento: A minha história favorita é a publicada no Tex nº 57 “O Destino de um Bravo”, a trágica história do Apache Kid. Admiro os desenhos de Aurelio Galleppini e também a arte do Corrado Mastantuono. Quanto aos melhores textos, são os de G. L. Bonelli.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Alex Nascimento: Sabemos que Tex já foi um fora da lei que se redimiu e passou a combater todo o tipo de patifaria. E o que me agrada é isso, a redenção de um fora da lei que passou a lutar e a desejar a justiça. O que me agrada menos é saber que ele é apenas um personagem, que representa a justiça que deveria ser surda, cega e muda, mas sabemos também que ele é um personagem e sendo assim não pode fazer nada por nós aqui no Brasil.

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Alex Nascimento: O que faz de Tex o ícone que é, é a sua longevidade. As suas várias formas de ser retratado por artistas e argumentistas diferentes faz dele, um personagem que foi criado há décadas, um sobrevivente entre vários outros que já foram criados e hoje não são mais lembrados.

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Alex Nascimento: Não costumo mais conversar ou me encontrar com colecionadores, pois moro no interior e aqui são muito poucos. Apenas aquele colecionador que influenciou o meu irmão e indiretamente me influenciou e se encontra hoje atrás das grades, pois resolveu ser um fora da lei, infelizmente.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Alex Nascimento: Olha, peço para aqueles que possuem pequenas ou grandes coleções, que as guardem com carinho, e que passem para os seus filhos, seus filhos passem aos seus netos e assim o bem hereditário prevalecerá e Tex não morrerá nunca.

Prezado pard Alex Nascimento, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

Um comentário

  1. Belíssima entrevista!

    E quem diria que um “fora da lei” apresentaria o universo de Tex para o Alex?

    Ironias do destino…

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