Por José Carlos Francisco
Segundo rezam as crónicas, Roy Bean foi um excêntrico jurista norte-americano que se auto-proclamou de juiz. Personagem de filmes e de literatura, foi também fonte de inspiração para G.L. Bonelli que acabou por cruzar Roy Bean com Tex e Carson na aventura “La Legge do Roy Bean” desenhada por Letteri e publicada nos números 117 – 120 da colecção italiana. Robusto, barbudo e irrequieto, Roy Bean reapareceu no caminho dos Rangers numa nova aventura, agora assinada por Boselli, e que marcou o regresso de Pasquale Frisenda, desta vez na série regular, depois da sua estreia na magnífica aventura “Patagónia”, sobejamente elogiada por leitores e críticos.
Nesta aventura do juiz Bean desenhada por Frisenda, Tex e Carson estão no encalço de Lonnie Moon, um foragido que se aliou ao mexicano Pablo Morientes, com o intuito de se apoderar de vinte mil dólares, dinheiro roubado pelo irmão de Lonnie durante um assalto ocorrido anos atrás, tendo nessa altura sido acusado e condenado pelo juiz Bean. Acreditando que foi o próprio juiz que ficou com o dinheiro, Lonnie Moon fará tudo para obrigar Roy Bean a revelar a verdade, não hesitando em tentar matar Lily Langtry, uma actriz inglesa de visita ao Oeste americano e que é adorada e amada pelo juiz.
Mas o que nos leva hoje a falar desta história, é a particularidade da mesma ter originado CINCO CAPAS DIFERENTES: duas da autoria de Claudio Villa, capas essas usadas nos números 635 e 636 da série principal italiana de Tex, em 2013 e três do próprio Pasquale Frisenda. Dessas três, a grande particularidade de duas elas terem sido realizadas propositadamente para a edição portuguesa com o selo da Polvo Editora em 2016, já que o editor Rui Brito brindou os texianos portugueses com duas capas exclusivas.
A terceira capa de Pasquale Frisenda para esta aventura do juiz Bean, foi feita este ano a pedido da Sergio Bonelli Editore, para uma publicação de luxo que será lançada durante o próximo mês de Outubro no mercado livreiro italiano, mas que também poderá ser adquirida no próprio site Internet da editora milanesa!
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História fantástica! Adoro essa coisa de revisitações, adoro saber como os personagens, aqueles históricos, que marcaram de alguma forma a saga Texiana, estão. O Boselli é bom nisso e ele não revisita apenas os medalhões, o que para mim é maravilhoso. Esse cartonado colorido só não será melhor porque não foi o próprio Frisenda que o coloriu 🙂
Sílvio Introvabili
Gosto muito dos “cartonati a colori” mas este não compro. Não gosto dos desenhos e a história não é nada de especial.
Olá! Essa história sairá pela Panini este ano, além de outro belo encadernado. Vocês sabem se é preto e branco? E ela publica histórias clássicas?
Tenho muita vontade de colecionar TEX, mas sou fissurado em coleções desde nº 1 e isso é impossível aqui, hoje. Essa coleção deluxe da Panini pode ser um start para mim, mas gosto em P&B, TEX colorido me incomoda.
Um abraço e parabéns pelo blog magistral!
Prezado pard Allan Creed,
Antes de mais nada, muito obrigado pelos seus parabéns e pelas palavras elogiosas em relação ao blogue do Tex. São um estímulo grande para fazer ainda mais e melhor em prol do Tex.
Quanto às histórias publicadas na novíssima colecção da Panini, serão sempre a cores.
Tratam-se de histórias seleccionadas entre as melhores aventuras de Tex publicadas na série principal do Ranger.
Mas se você gosta de Tex a preto e branco e quer começar desde o número 1, há algumas colecções de Tex que são ainda relativamente recentes e pode conseguir todos os exemplares com relativa facilidade, como por exemplo a colecção Maxi Tex…
Muito obrigado pela resposta muito ágil e objetiva.
Continue com o ótimo trabalho, meu caro ranger!