Tex Série Normal: A Cidade do Medo

Tex Série Normal - A Cidade do MedoArgumento de Claudio Nizzi, desenhos de Jesús Blasco e capas de Aurelio Galleppini.
Com o título original La città della paura, a história foi publicada em Itália nos nº 397 a 399 e no Brasil, pela Editora Globo nos nº 308 a 310.

Em perseguição a uma quadrilha, Tex e Carson chegam a Topeka, uma pequena cidade em pleno desenvolvimento. Mas aqui reina a lei e a palavra de Jack Torrey, dono de um saloon e que domina tudo e todos a seu bel prazer.

Os dois rangers vão ajudar o xerife na sua luta contra Torrey, mas este vai preparar sucessivos golpes e emboscadas.
O fio condutor desta aventura parece ser déjà vu, é mais do mesmo. Nizzi já construiu outros argumentos que se inspiraram nesta mesma ideia da exploração do mais forte pelos mais fracos e de uma justiça que os rangers vão tentar defender.

Arte de Jesus BlascoEm “Chumbo Ardente”, por exemplo, Nizzi também apresentou um Tex e os outros pards que chegam a uma cidade dominada por um senhor poderoso e contra ele vão lutar. Também o saudoso J. M. Charlier o fez com Blueberry em “O Homem da Estrela de Prata”.

Os pards por Jesus BlascoMuitas vezes nem sequer é o tema que faz uma boa história, já que, não raramente, assistimos a grandes aventuras que partiram até de uma base pouco original.

O importante mesmo é o modo e a maneira como se explora e desenvolve toda a trama. Nizzi limitou-se aqui à pura acção, a uma luta entre duas facções, e afinal onde os rangers acabam por levar sempre a melhor nas sucessivas investidas em que intervêm.

O Tex de Jesus BlascoO desenho do espanhol Jesus Blasco teve o seu tempo e marcou mesmo uma época. Mas não se adapta bem ao espírito texiano. O seu estilo é assente num traço grosso, pouco limpo e que explora muito os contrates entre claro e escuro. O seu Tex até é bem construído, a sua expressão adequa-se bem, mas todas as outras personagens (Carson incluído) surgem-nos muito à semelhança de um certo passado. Blasco nunca passa de uma certa mediania, parecendo apenas servir um trabalho com prazo de entrega expirado.

Texto de Mário João Marques

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