A fuga de Cochise em “Blueberry” e em “Tex Willer”

Por Afrânio Braga, criador do blogue Blueberry, Uma Lenda do Oeste:
https://blueberrybr.blogspot.com

“Cochise – Great American Indian Chief”
“Cochise – Grande Chefe Índio Americano”
Pintura de Hodges Soileau

Cochise (1810 – 08/06/1874)

Guia indiscutível de todas as tribos Apache Chiricahua. Em 1872, Cochise aceitou estipular um tratado com os brancos e retirou-se para a reserva designada à sua tribo. Morre dois anos mais tarde.

Apache
Na sua língua, de origem Athapaskan, como os Navajos, se definem Tin-Ne-Ah (O Povo; assim como os Navajos que se chamam Di-Neh). O nome Apache deriva, provavelmente, de um termo Zuni que significa “inimigo”. Parece que se fixaram por volta do século XV no território entre os actuais Estados do Novo México e do Arizona, mas com hábitos nómadas. Os grupos eram formados por famílias matriarcais que se organizavam em bandos: a tribo era uma organização praticamente desconhecida. Eram, e são, substancialmente divididos em dois grupos: os Apaches ocidentais: formados pelos White Mountains, San Carlos, Pinal, Fort Apache, Carrizo, Arapaiva, Tonto, Chibecua; e os orientais: Jicarilla, Mescaleros, Lipan e Chiricahua. Outros textos fazem invés essa distinção: ocidentais: Chiricahua, Mescalero, Jicarilla, Arapaiva; orientais: Apache-Kiowa, Mimbreno, Tonto, Coyotero. Viviam comunitariamente da caça e da colheita e moravam nos teepee como os índios das planícies, todavia vivendo também em zonas montanhosas do sudeste do Arizona e do norte do México. Actualmente, vivem em reservas no Arizona e no Novo México, Estados Unidos da América.
Fonte: Aurelio Sangiorgio, “Atlanta di Tex”, Il Minotauro, Roma, Italia, 2001.

A capa da primeira edição do álbum
“Blueberry” n° 1 “Fort Navajo” (“Forte Navajo”).
La Collection Pilote présente une Aventure du Lieutenant Blueberry
A Coleção Pilote apresenta uma Aventura do Tenente Blueberry

“Fort Navajo”
Roteiro: Jean-Michel Charlier
Desenhos: Jean Giraud
Capa: Jijé
Cores: Claude Poppé
Volume: 1
Ano de publicação da primeira edição: 1965
Coleção: La Collection Pilote
Número de pranchas: 46
Género: Western
Formato: 22,5X29,8 cm
Público: Todos os públicos – Família

N.C.: Recolorização: Claudine Blanc-Dumont.

Blueberry é designado a Forte Navajo. No curso do caminho ele encontra o Tenente Graig e eles chegam ao rancho dos Stanton, completamente queimado e coberto pelos cadáveres de seus habitantes. Tudo levar a crer que aquilo se trata de uma acção dos índios e o Tenente Graig decide seguir sua pista para libertar o filho de Stanton que está nas mãos deles.

Blueberry vai ter que manobrar entre a inconsciência de Graig e o ódio dos índios que anima o comandante Bascom, braço direito do Coronel Dickson em Forte Navajo. Quando uma cascavel entra no jogo, tudo se complica…

Ciclo Forte Navajo
As Primeiras Guerras Indígenas

Álbuns 1 a 5: “Forte Navajo”, “Tempestade no Oeste”, “Águia Solitária”, “O Cavaleiro Perdido” e “A Pista dos Navajos”
Arizona, Novo México e Texas. Junho de 1867 a Maio de 1868.

Caso Bascom, as Guerras Indígenas
Junho de 1867 a Maio de 1868. Data real: Inverno 1860/61 para o Caso Bascom. De 1861 até 1872 para as Guerras Indígenas.

Outubro de 1860, os Apaches efectuam um ataque em um rancho no sudeste do Arizona e raptam o filho do proprietário. O Tenente Bascom é encarregado de reencontrar a criança. Ele acusa Cochise, e sua tribo, e então não hesita em fazer uma armadilha quando os índios chegam em uma visita de cortesia. Cochise consegue fugir, mas o restante dos índios presentes é mantido prisioneiro. Esse incidente desencadeará uma guerra que durará até 1872.
Fonte: Dargaud Éditeur, Paris, França.

A capa de “Tex Willer” n° 50 “Il passato di Cochise.

“Tex Willer” n° 50 “Il passato di Cochise
Argumento e roteiro: Mauro Boselli

Desenhos: Roberto De Angelis
Capa: Maurizio Dotti
Formato: 16,0X21,0 cm
Número de páginas: 64 – em preto e branco
Data de publicação: 17 de Dezembro de 2022

Como conta ao jovem filho Tahzay, Cochise cresceu entre guerras e massacres, a demonstrar o seu valor, mas a adquirir sabedoria. Agora, deseja só a paz e o seu único lamento é aquele de nunca ter podido vingar o seu pai, vilmente assassinado por um traidor. Nesse ínterim, às ocultas de Cochise, um jogo zombeteiro do destino está para arrastar os Chiricahuas na sua primeira grande guerra contra os Estados Unidos da América, Tex se encontra na pista de um misterioso assassino…  
Fonte: Sergio Bonelli Editore S.p.A., Milano, Italia.

A capa de “Tex Willer” n° 48 “O Passado de Cochise”.

“Tex Willer” n° 48 “O Passado de Cochise”
Roteiro: Mauro Boselli

Desenhos: Roberto De Angelis
Capa: Maurizio Dotti
Formato: 15,0X21,0 cm
Número de páginas: 196 – em preto e branco
Data de publicação: 23 de Junho de 2023

Cochise conta, ao filho Tahzay, como cresceu em meio a guerras e massacres. Agora ele só quer paz e seu único arrependimento é nunca ter conseguido vingar seu pai, Reyes, covardemente assassinado por um traidor. Enquanto, sem o conhecimento de Cochise, uma armação zombeteira do destino está prestes a arrastar os chiricahuas para a sua primeira grande guerra contra os Estados Unidos, Tex encontra uma pista de Dom Santiago Querquer, o homem que traiu os apaches em Galeana e matou o pai de Cochise. Enquanto isso, uma coluna de soldados, liderada pelo tenente Bascom, recém-nomeado e tão cabeça-dura quanto inexperiente, entra nas terras dos chiricahuas a exigir a devolução de um jovem raptado. Esse erro trágico de percepção e a traição dos soldados empurram Cochise e os apaches para a guerra, enquanto Tex, em busca do homem que matou Reyes, se junta aos caçadores de escalpos, e esses pedem que ele dê provas de lealdade matando a sangue-frio alguns rurales inocentes.
Fonte: Mythos Editora, São Paulo, São Paulo, Brasil.

A fuga de Cochise em “Blueberry” e em “Tex Willer”

A capa de “Pilote” n° 230, de 19 de Março de 1964.

“Forte Navajo” foi pré-publicado em “Pilote Hebdo”, do nº 210, de 31 de Outubro de 1963, ao nº 232, de 2 de Abril de 1964. Primeira edição em álbum, em 1965, na editora Dargaud.
Fonte: Dargaud Éditeur.

A página 59 de “Pilote” n° 230.
A fuga de Cochise por Jean Giraud, 1963.

A página 139 de “Tex Willer” n° 48.
A fuga de Cochise por Roberto De Angelis, 2022.

Fontes das imagens: Invaluable: o retrato de Cochise por Hodges Soileau; Bedeteque: a capa da primeira edição de “Blueberry” n° 1 “Fort Navajo”; Sergio Bonelli Editora: a capa de “Tex Willer” n° 50 “Il passato di Cochise”; Mythos Editora: a capa de “Tex Willer” n° 48 “O Passado de Cochise”; LJM: a capa e a página 59 de “Pilote” n° 230; José Carlos Pereira Francisco: a página 139 de “Tex Willer” n° 48 “O Passado de Cochise”.

A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.
“Blueberry” © Jean-Michel Charlier / Jean Giraud – Dargaud Éditeur

A personagem Tex foi criada por Giovanni Luigi Bonelli e realizada graficamente por Aurelio Galleppini.
“Tex Willer” © Sergio Bonelli Editore

Agradecimento a LJM, blueberryano de Paris, França, e a José Carlos Pereira Francisco, texiano de Anadia, Portugal.

Afrânio Braga
Manaus, Amazonas, Brasil

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

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