O Editorial da Revista nº 12 do Clube Tex Portugal

Caros texianos, qualquer número da revista tem sempre uma história e uma conjuntura na sua elaboração. No entanto, este número que vocês se preparam para ler, guarda em si recordações marcantes, algumas bem tristes e dramáticas. Para começar toda a conjuntura durante a qual foi preparada e elaborada a revista, com todos nós, com maior ou menor amplitude, confinados aos nossos lares em virtude de uma situação provocada por um vírus de efeitos dramáticos, não se vislumbrando, nos próximos meses, uma solução eficaz que possa fazer-nos regressar à “normalidade” que estávamos habituados.

Recordaremos este número também porque foi durante a sua preparação que recebemos a notícia do falecimentode um dos nossos mais queridos amigos, o Jorge Machado-Dias.Responsável pela edição dos primeiros dez números da revista, o Jorge foi também seu colaborador sempre que os seus afazeres o permitiam, tendo escrito diversos artigos, cuja publicação estava reservada nas últimas páginas, espaço esse que lhe dedicamos neste número. Fecha-se, assim e em definitivo, um capítulo da Revista do Clube Tex Portugal, abrindo-se um outro, esperamos longo e duradouro, pois o João Marin passará a assumir em pleno a sua preparação e edição. No número anterior já tínhamos tido o orgulho de poder contar com a sua arte e o seu engenho, mas este 12º número representa a passagem definitiva de testemunho.

Este número também será recordado pelo facto de ter sido o primeiro a publicar na capa uma cena de uma aventura de Tex, concretamente a capa variante, inspirada na história “Um Mundo Perdido”, cuja sequela encontra-se atualmente em preparação por Alessandro Bocci e Mauro Boselli. Não foi necessário muito tempo para Bocci se afirmar como um dos expoentes atuais de Tex, tendo brindado a revista do Clube Tex Portugal com dois desenhos originais, ambos feitos expressamente para as capas deste número, a principal com um magnífico e pujante Tex, e a variante publicada a preto e branco por pedido expresso do desenhador.

A acompanhar as capas de Bocci, não faltam nomes tão consagrados como os de Roberto De Angelis, que enriquece a contracapa da revista com uma verdadeira pintura, Alfonso Font, com alguns estudos da personagem Calamity Jane, bem como Corrado Mastantuono, com o esboço de uma prancha de uma aventura ainda envolta em mistério, tal foi a dificuldade em obtermos informações sobre a mesma.

Não faltam as habituais matérias sobre Tex e o western, com artigos escritos por Mário João Marques, José Carlos Francisco, Jesus Nabor Ferreira, Sandro Palmas, Júlio Schneider, Pedro Pereira, Rui Cunha, João Marin e ainda uma curta entrevista ao autor Giorgio Giusfredi.

Assim como não faltam os nossos habituais agradecimentos à Sergio Bonelli Editore e a todos os que intervieram na preparação de mais este número, que esperamos seja do vosso agrado.

Nestes tempos difíceis, protejam-se.


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