ESTATÍSTICAS BONELLIANAS – 2016

O final de cada ano é desde sempre o momento para fazer balanços. E, claro, Saverio Ceri não poderia deixar de nos dar os números totais relativos à produção Bonelliana ocorrida em 2016. Convidamos-vos a encontrar as edições anteriores da sua rubrica se acabou por as perder, pois estamos seguros que após estas novas estatísticas, ficarão tal como nós, à espera da próxima.

ESTATÍSTICAS BONELLIANAS – 2016

Por Saverio Ceri

Como todos os finais de ano eis o momento de fazer o habitual relatório anual contendo os números bonellianos. Reiteramos de seguida a premissa para os recém-chegados.

Aquelas que se seguem são classificações de quantidade, não de qualidade; são elaboradas considerando as páginas inéditas produzidas pela Sergio Bonelli Editore e publicadas exclusivamente pela própria editora Bonelli no decurso do ano. Não encontrarão assim todos os autores bonellianos, que dia após dia trabalham para a editora, mas apenas aqueles que nos últimos doze meses foram publicados; aparecerão assim autores que talvez já não trabalhem mais, mas cujas histórias ainda não tinham sido publicadas; não encontrarão também alguns autores que actualmente produzem material para a Sergio Bonelli Editore, mas cujas histórias não foram ainda programadas nas várias séries da editora italiana. Não encontrarão igualmente as páginas produzidas pela Bonelli, mas publicadas por outras entidades (tipo as histórias breves publicadas em revistas ou jornais), tal como não serão contabilizadas as páginas não inéditas, quer tenham sido publicadas em álbuns bonellianos ou não. Ou seja, de modo a uma melhor compreensão, não encontrarão os dados das histórias breves de Dylan Dog reeditadas como suplemento aos Superbook ou episódios como “L’occhio senza palpebre” publicado em 1992 em O Eternauta, assim como especiais de Zona X recentemente republicados a cores no Dragonero Magazine.


1 – Os números

Os onze recordes estabelecidos pela editora milanesa em 2015, como iremos descobrir, foram já em parte batidos nos últimos doze meses, a partir do número total de páginas inéditas publicadas num único ano solar; em 2016 foram exactas 23.093 as novas páginas que pudemos ler nos álbuns e volumes com o selo da SBE; 2,57% a mais em relação aos doze meses precedentes.

No fim do ano passado fomos falsos profetas ao prever que em 2016 seria superado o recorde absoluto de álbuns inéditos (ou parcialmente inéditos, tendo em conta as reimpressões que agora  fazem a sua aparição com alguma regularidade nos Almanaques e não só), e que se atingiria a quota 200!; e assim foi com efeito, duzentos exactos foram os álbuns inéditos publicados pela SBE no ano que agora termina. A estes devemos juntar 30 volumes da nova linha da editora milanesa para livrarias, que apresentam, é verdade, pouquíssimas histórias inéditas (cerca de 1% das 10.025 páginas contidas neles), mas muitas capas, 20 para sermos precisos, realizadas propositadamente para as novas edições para livraria. A média de páginas este ano foi de 115,46, 1,02% a menos comparativamente com o ano passado, continuando assim a recente tendência: cada vez mais álbuns, mas com menos páginas de banda desenhada.


2 – As personagens

Foram 25 as personagens publicadas este ano pela Sergio Bonelli Editore, incluindo Susy & Merz e o reavivado Zio Boris que não têm uma colecção própria, e Monolith, o automóvel protagonista de um volume homónimo que, embora previsto nas livrarias somente para Janeiro de 2017, já fez a sua aparição oficial em pleno 2016 durante os cinco dias do evento Lucca Comics & Games. Os vários heróis bonellianos, são listados na tabela que se segue, pela ordem de páginas e álbuns publicados; além disso encontrarão também a comparação com as posições ocupadas no ano precedente e, se for o caso, se o resultado obtido este ano, no que diz respeito ao número de páginas publicadas, representar o Recorde Histórico (RH) anual da série.

Dylan Dog com as 2628 páginas inéditas publicadas este ano estabelece o novo recorde absoluto da Sergio Bonelli Editore no que diz respeito a páginas dedicadas num só ano a uma única personagem e vence esta classificação pela décima primeira vez (a décima consecutiva). Como podem ver não houve mudanças nas quatro primeiras posições do ranking, enquanto Dampyr, graças ao Magazine, ultrapassa Julia no quinto posto e Martin Mystère com o arranque da nova série a cores reentra no top ten. Nove das primeiras 11 personagens estabelecem ou igualam o seu melhor score; Além da explosão de Dylan Dog, assinalamos em particular Nathan Never que, sobretudo graças à mini-serie Anno Zero, bate o recorde anterior, datado de 2011, que era de 2006 páginas, enquanto Tex é uma das poucas personagens que não melhora o próprio resultado porque 32 das 48 páginas da história Rio Quemado publicadas no último Tex Color não eram inéditas: será para o próximo ano.


3 – Os argumentistas

E chegamos aos autores que contribuíram para narrar as mais de vinte e três mil páginas faladas anteriormente: pelo terceiro ano consecutivo deparamo-nos com um novo recorde de escritores envolvidos nas páginas dos álbuns Bonelli, 73, sete a mais do que no ano passado, foram os escritores publicados em 2016 pela SBE, dos quais 12 estreantes, indicados na classificação com um “E”; por sua vez para quem estabeleceu nestes últimos doze meses o seu recorde pessoal, verão ao lado do resultado um “PB” (personal best). Segue-se então todos os escritores bonellianos de 2016 elencados pelo número de páginas publicadas:

ESCRITOR PÁG. SÉRIE
Boselli 1490 Tex, Dampyr
Chiaverotti 1348 Morgan Lost, Dylan Dog, Brendon PB
Barbato 1306 Ut, Le Storie, Dylan Dog, Juric PB
Manfredi 1300 Adam Wild, Tex
Vigna 1033 Asteroide Argo, Nathan Never, Agenzia Alfa PB
Burattini 1006 Zagor, Dampyr, Tex
Ruju 866 Hellnoir, Tex, Dylan Dog
Vietti 845 Dragonero, Universo Alfa
Faraci 824 Tex, Le Storie
10° Berardi 819 Julia
11° Recchioni 681 Nuovo Mondo, Juric, Dylan Dog, Monolith
12° Mignacco 678 Zagor, Dampyr, Le Storie
13° Enoch 592 Dragonero, Lilith
14° Di Gregorio 564 Dampyr, Dylan Dog
15° Russo A. 539 Agenzia Alfa, Nathan Never PB
16° Zamberletti 474 Zagor PB
17° Mantero 441 Julia
18° Accatino 440 Dylan Dog, Le Storie PB
19° Calza 378 Julia
20° Medda 376 Lukas
21° Bilotta 364 Le Storie, Dylan Dog
22° Castelli 341 Martin Mystère, Zio Boris
23° Eccher 314 Nathan Never, Dylan Dog, Dragonero
24° Badino 308 Martin Mystère PB
25° Rigamonti 300 Agenzia Alfa, Greystorm
26° Altariva 284 Zagor
27° Falco 282 Dampyr PB
27° Secchi 282 Nathan Never
27° Serra 282 Nathan Never
30° Lotti 262,3 Martin Mystère PB
31° Gualdoni 244,3 Agenzia Alfa, Martin Mystère, Dylan Dog
32° Perniola 234 Nathan Never, Dragonero, Agenzia Alfa
33° Rauch 220 Zagor, Tex
34° Uzzeo 215 Nuovo Mondo, Monolith, Dylan Dog
35° De Nardo 204 Le Storie, Dylan Dog
35° Simeoni 204 Dylan Dog, Le Storie
37° Voglino 185,3 Martin Mystère E
38° Monteleone 141 Nuovo Mondo PB
39° Capone 130 Zagor
40° Artusi 126,3 Nathan Never, Martin Mystère PB
41° Mastantuono 126 Le Storie PB
42° Cajelli 125,3 Nathan Never, Martin Mystère
43° Recagno 122 Storia da altrove
44° Ostini 118 Dylan Dog
45° Artibani 110 Le Storie PB
45° Marolla 110 Le Storie
45° Nizzi 110 Le Storie
45° Vitaliano 110 Le Storie PB
49° Massaggia 95 Nathan Never E
50° Casali 94 Dylan Dog PB
50° Cavaletto 94 Dylan Dog
50° Panini 94 Dragonero E
50° Pistoia 94 Nathan Never E
50° Porretto-Mericone 94 Dylan Dog PB
50° Sclavi 94 Dylan Dog
50° Venanzetti 94 Dampyr PB
57° Sammartino 67 Agenzia Alfa
58° Barone 47 Agenzia Alfa E
59° Masi 47 Nuovo Mondo
60° Colombo 33 Susy & Merz, Dampyr
61° Aka B (Di Benedetto) 32 Dylan Dog E
61° Ausonia (Ciampi) 32 Dylan Dog E
61° Galli (Kazzemberg) 32 Dylan Dog E
61° Pellizzon 32 Dylan Dog E
61° Rossi Edrighi 32 Dylan Dog PB
61° Testi 32 Tex
67° Lombardo 31,33 Martin Mystère
68° Cordone 19 Agenzia Alfa
69° Barbieri 16 Tex E
70° Friedl 12 Dylan Dog E
70° Nucci 12 Dylan Dog E
72° Giusfredi 9 Susy & Merz

.Mais uma vez é Mauro Boselli o escritor mais prolífico da editora Bonelli;  trata-se da sexta vitória consecutiva, a décima terceira da sua carreira, mas apesar das aparências não foi uma vitória fácil: de facto somente a 3 de Dezembro é que Mauro, após uma longa maratona, atingiu o topo da classificação, depois de ter passado o ano atrasado; é que 1114 das 1490 páginas da vitória boselliana deste 2016 foram publicadas na segunda metade do ano. Dupla surpresa nos restantes degraus do pódio: Claudio Chiaverotti retorna ao top ten após dois anos de ausência graças ao facto de ser o único escritor de Morgan Lost, mas são as histórias de Dylan Dog e Brendon que lhe permitiram superar a sua melhor marca pessoal que resistia desde o longínquo 1994; Paola Barbato por sua vez é a primeira mulher a entrar no top ten dos escritores e, depois de ter estado todo o ano em luta pela vitória, alcança in extremis, por poucas páginas, o terceiro degrau do pódio a Manfredi. Dezoito são os escritores que realizaram, ou igualaram (assinalados a azul claro) o seu melhor resultado, neste ano de 2016; entre estes Bepi Vigna, que graças à mini-série Nathan Never Anno Zero, entra nos primeiros dez pela quarta vez na sua carreira, a última presença tinha sido em 2011. Saem do top ten Recchioni, Enoch e Medda.


Entre os escritores publicados este ano o veterano é como sempre Alfredo Castelli, que atingiu o seu 45°ano bonelliano, seguindo-se Giancarlo Berardi que comparece nos álbuns da SBE desde 1977, Maurizio Mantero desde 1979, Tiziano Sclavi desde 1980 e Claudio Nizzi desde 1981. Após o já citado Castelli, que alcançou o seu 40° ano consecutivo de publicações, assinalamos que Mignacco é presença regular desde há 30 anos, seguido por Vigna (29 anos), Chiaverotti (28), Boselli (27), Burattini (26), Manfredi e Berardi (23), Ruju (22), Vietti (21) e Enoch (20).


4 – Os desenhadores

Passemos agora aos desenhadores chamados a ilustrar as mais de vinte e três mil páginas do ano: foram exactos 182 os desenhadores publicados, um a menos em relação ao ano passado, entre os quais 28 estreantes; tal como para os escritores, encontrá-los-ão evidenciados na tabela, assim como encontrarão assinalados os desenhadores que igualaram ou superaram o seu recorde de páginas publicadas em álbuns bonellianos num único ano.

DESENHADOR PÁG. SÉRIE
De Angelis 762,5 Nathan Never, Juric PB
Roi 564 Ut
Di Vitto 410 Zagor
Freghieri 408 Hellnoir, Brendon, Dylan Dog
Giardo 376 Nathan Never PB
Chiarolla 348 Zagor
Arduini 347 Agenzia Alfa, Greystorm PB
Biglia 330 Tex PB
Casalanguida 321 Nuovo Mondo, Dylan Dog, Juric
10° Esposito Bros. 308 Martin Mystère
11° Montanari & Grassani 306 Dylan Dog
12° Cassaro Bros. 286 Zagor
12° Cossu 286 Tex
12° Prisco 286 Zagor
15° Dall’Oglio 284 Agenzia Alfa PB
16° Sforza 276 Storie da Altrove, Martin Mystère PB
17° Barison 266 Tex, Zagor PB
18° Boraley 252 Julia
18° Marinetti 252 Julia PB
20° Alessandrini 250 Martin Mystère
20° Enoch 250 Lilith PB
22° Dell’Edera 246 Nuovo Mondo, le Storie PB
22° Torricelli 246 Zagor
24° Pittaluga 236 Le Storie, Julia PB
25° Breccia 224 Tex PB
26° Civitelli 220 Tex
26° Genzianella 220 Dampyr
26° Nespolino 220 Tex PB
26° Rubini 220 Dampyr, Tex
26° Seijas 220 Tex
26° Ticci 220 Tex
32° Romeo 212 Morgan Lost, Dylan Dog PB
33° Velardi 190 Nathan Never PB
34° Copello 189 Julia PB
35° Bartolini 188 Morgan Lost
35° Cipriani 188 Adam Wild PB
35° Del Campo 188 Dampyr PB
35° Della Monica 188 Zagor
35° Lozzi 188 Dampyr
35° Mauro 188 Adam Wild E
35° Olivares 188 Dragonero, Nuovo Mondo
35° Spadavecchia 188 Morgan Lost
35° Toffanetti 188 Nathan Never
44° Bacilieri 182 Susy & Merz, Dylan Dog, Dampyr
44° Lazzarini 182 Agenzia Alfa, le Storie
46° Giéz 174 Universo Alfa
47° Camagni 160 Dylan Dog
47° Longo 160 Dampyr E
47° Milano 160 Tex
50° Bormida 154 Asteroide Argo
50° Romanini 154 Martin Mystère
50° Torti Rod. 154 Martin Mystère
53° Porcaro 140 Dragonero PB
54° Mortarino 139 Nathan Never, Nuovo Mondo PB
55° Gianfelice 138 Nuovo Mondo PB
56° Bisi 130 Zagor
57° Antinori 126 Julia
57° Candita 126 Julia PB
57° Dotti 126 Tex
57° Mastantuono 126 Le Storie
57° Michelazzo 126 Julia
57° Pagliarani 126 Dragonero
57° Piccoli 126 Julia
57° Spadoni 126 Julia PB
65° Fiorelli 125 Universo Alfa PB
66° Cucina 124 Dragonero
66° Sarchione 124 Dragonero E
68° Russo F. 118 Zagor, Dylan Dog
69° Piccatto 117,5 Dylan Dog, Zagor
70° Avogadro 110 Le Storie
70° Dea Nanni 110 Le Storie E
70° Frisenda 110 Le Storie
70° Giordano A. 110 Le Storie E
70° Lorusso 110 Le Storie PB
70° Pezone 110 Le Storie E
70° Piccininno 110 Le Storie
70° Rossi L. 110 Dampyr
70° Vitrano 110 Le Storie PB
70° Wallnofer 110 Le Storie E
80° Lucchi 109 Adam Wild PB
81° Di Vincenzo 108 Dylan Dog, Juric
82° Palomba 98,5 Nathan Never
83° Saudelli 96 Dylan Dog
84° Raho 95 Agenzia Alfa PB
85° Airaghi 94 Morgan Lost
85° Benevento 94 Lukas
85° Bigliardo 94 Dylan Dog
85° Boccanfuso 94 Nathan Never
85° Bonazzi 94 Nathan Never
85° Borgioli 94 Lukas
85° Bufi 94 Morgan Lost E
85° Buscaglia 94 Dragonero
85° Calcaterra 94 Nathan Never
85° Califano 94 Dampyr PB
85° Casertano 94 Dylan Dog
85° Cavenago 94 Dylan Dog
85° Coppola G. 94 Dylan Dog
85° Cropera 94 Dampyr
85° De Luca Giu. 94 Dragonero
85° De Tommaso 94 Dylan Dog PB
85° Fattori 94 Morgan Lost
85° Furnò-Armitano 94 Dylan Dog
85° Gerasi 94 Dylan Dog
85° Laci 94 Adam Wild PB
85° Liotti 94 Morgan Lost
85° Mangiantini 94 Dampyr
85° Martinello 94 Dylan Dog PB
85° Matteoni 94 Dragonero
85° Nizzoli 94 Dylan Dog PB
85° Orlandi 94 Martin Mystère
85° Parma 94 Adam Wild E
85° Perugini 94 Morgan Lost E
85° Piacentini 94 Martin Mystère PB
85° Platano 94 Dragonero
85° Radovic 94 Adam Wild E
85° Raimondo 94 Morgan Lost
85° Rinaldi R. 94 Dylan Dog
85° Rizzato 94 Dragonero
85° Roberson 94 Adam Wild E
85° Stassi 94 Dampyr PB
85° Statella 94 Dampyr PB
85° Subic 94 Adam Wild PB
85° Tanzillo 94 Dylan Dog
85° Torti Ric. 94 Dylan Dog PB
85° Viotti 94 Dampyr E
85° Zoni 94 Nathan Never
127° LRNZ (Ceccotti) 84 Monolith E
128° Bussola 79 Adam Wild PB
129° Massaglia 70,5 Dylan Dog E
130° Riccio R. 70,5 Dylan Dog, Zagor
131° Martusciello 69,5 Agenzia Alfa, Dylan Dog PB
132° Atzori 67 Agenzia Alfa
132° Maresca 67 Nuovo Mondo
134° Bocci 64 Tex
135° Bonanno 63 Julia
135° Giurlanda 63 Julia PB
135° Massa 63 Julia
135° Piccioni 63 Dylan Dog
139° Detullio 62 Lukas
140° La Bella 57,5 Nuovo Mondo, Juric E
141° Avallone 56 Nuovo Mondo
142° Chiereghin 54 Nathan Never PB
142° Russo A. 54 Nathan Never PB
144° Cremona 50 Nuovo Mondo
145° Gizzi 47 Dragonero PB
145° Gugliotta 47 Dragonero
145° Oskar 47 Agenzia Alfa
145° Vitolo 47 Agenzia Alfa
149° Perconti 46,5 Nathan Never
150° De Vita 46 Tex E
150° Stano 46 Tex
152° Trono 40 Dragonero
153° Galliccia 39 Dragonero PB
154° Aka B (Di Benedetto) 38 Dylan Dog, Nuovo Mondo E
155° Ausonia (Ciampi) 32 Dylan Dog E
155° Brindisi 32 Dylan Dog
155° Des Dorides 32 Nuovo Mondo E
155° Galli (Kazzemberg) 32 Dylan Dog E
155° Laurenti 32 Tex
155° Maresta 32 Lukas
155° Mazzanti 32 Dylan Dog E
155° Morrone 32 Dragonero
155° Pagliaro 32 Dylan Dog E
155° Pellizzon 32 Dylan Dog E
165° Babich 31 Dragonero PB
166° Latina 30 Dragonero E
167° Accardi 28 Juric
167° Fuso 28 Nuovo Mondo E
169° Genovese 24 Dylan Dog
170° Pizzetti 23,5 Agenzia Alfa PB
170° Santaniello 23,5 Dylan Dog
172° Vercelli 19 Agenzia Alfa
173° Venturi W. 16 Tex
174° Rincione 10 Nuovo Mondo E
175° Caluri 8 Martin Mystère
176° Fagarazzi 6 Zio Boris
177° Lauria 4 Nuovo Mondo E

.Roberto De Angelis vence o seu segundo “scudetto” após aquele ganho em 2004, mas desta vez, graças a três anos sem publicar, acumulando assim tantas páginas de modo a estabelecer o melhor resultado anual deste novo milénio: nenhum desenhador de 2001 até hoje publicou tantas páginas nun único ano solar. Vindos também de um 2015 sem páginas publicadas, Corrado Roi e os irmãos Dominico e Stefano Di Vitto sobem aos degraus inferiores do pódio. Para Stefano Biglia primeira presença no top ten, enquanto Freghieri, Chiarolla e Casalanguida, três entre os autores mais velozes da editora milanesa confirmam doze meses depois a presença nos dez primeiros, faceta bastante difícil para os ilustradores. O mesmo Freghieri alarga o actual recorde de presenças consecutivas nesta classificação, com a deste ano sobe para 32; atrás dele encontram-se Montanari&Grassani publicados regularmente sem interrupções há 31 anos,  Brindisi há 27, Rodolfo Torti há 24, Michelazzo e Giardo há 22, Enoch há 21 e Dotti há 20. Interrompe por sua vez a sua série positiva depois de 23 anos de ininterrupta publicação, Siniscalchi.

O veterano entre os desenhadores publicados este ano é Giovanni Ticci que se estreou na editora Bonelli em 1958; depois dele seguem-se nesta classificação dos desenhadores com a carreira bonelliana mais longa: Alessandrini (estreou-se em 1977), Montanari & Grassani (publicados desde 1979), Civitelli (desde 1980), Casertano e os irmãos Cassaro (desde 1982). Assinalamos o reaparecimento na classificação, infelizmente a titúlo póstumo, de Gianluigi Coppola (o seu último Dylan Dog era datado de 1996) e o reaparecimento nos álbuns Bonelli apos dez anos de ausência de Mario Milano, depois de doze de Enrico Massa (desenhando na altura Nick Raider e regressando agora com Julia), e após 30 anos (!!) de Daniele Fagarazzi, a sua única precedente colaboração bonelliana aconteceu na efémera série Dottor Beruscus, que se estreou (e encerrou) na Primavera de 1986.


5 – Os capistas

Passemos aos autores das capas. No ano das históricas alternâncias entre Ferri e Piccinelli e entre Stano e Cavenago, são exactos 54 os ilustradores chamados a desenhar ao menos uma capa bonelliana; trata-se de um novo recorde anual desta categoria. Em apenas dois anos o número de capistas quase que dobrou; a razão é encontrada na proliferação das capas variantes e no primeiro ano completo dos volumes de livraria com o selo da SBE, que como mencionado na introdução deste artigo, têm na maior parte dos casos capas realizadas propositadamente para a ocasião.

São 243 as capas inéditas deste ano bonelliano: 199 nos álbuns à venda nos quiosques (não inclui a capa do Dylan Dog 362 por ter sido totalmente branca, sem ilustração alguma), 20 nos volumes para livraria, 14 nas edições variantes e 10 nas reedições destinadas aos quiosques. Todas as eventuais capas produzidas pela SBE para outros editores, assim como as páginas de banda desenhada, não são computadas, assim como as capas aparentemente inéditas, como aquela de Brindisi para o volume La dama in nero de Dylan Dog, na realidade já publicada há alguns anos como capa do número 6 de Dylan Dog Biblioteka, edição da editora croata Libellus das primeiras aventuras do Investigador de Pesadelos.


Segue-se então a classificação dos capistas em 2016:

CAPISTA CAPA SÉRIE
Villa 19 Tex, Dylan Dog, Dylan Dog SuperBook
De Tommaso 15 Morgan Lost, Ut
Ferri 14 Zagor
Riboldi 14 Dampyr
Di Gennaro 13 Le Storie
Spadoni 13 Julia
Giardo 12 Nathan Never
Matteoni 12 Dragonero
Roi 12 Ut, Dylan Dog Granderistampa
Stano 12 Dylan Dog, Tex
11° De Angelis 11 Agenzia Alfa, Nathan Never
11° Perovic 11 Adam Wild
13° Alessandrini 9 Martin Mystère
13° De Longis 9 Nuovo Mondo
15° Cavenago 7 Dylan Dog, Cassidy
16° Mari 5 Ut, Juric, Nathan Never
17° Piccinelli 4 Zagor
18° Benevento 3 Lukas
18° Bertolini 3 Asteroide Argo, Universo Alfa
18° Cozzi 3 Greystorm
18° Mammucari 3 Caravan
22° De Vita 2 Tex, Morgan Lost
22° Enoch 2 Lilith
22° Filippucci 2 Martin Mystère
22° Furnò 2 Hellnoir
22° Mastantuono 2 Ut, Tex
22° Pagliarani 2 Dragonero
28° Airaghi 1 Ut
28° Ambrosini 1 Napoleone
28° Ausonia 1 Dylan Dog
28° Bianchi 1 Dampyr
28° Bilal 1 Nathan Never E
28° Bonazzi 1 Nathan Never
28° Breccia 1 Tex
28° Brindisi 1 Dylan Dog
28° Camagni 1 Ut
28° Carnevale 1 Dylan Dog
28° Casertano 1 Dylan Dog
28° Cioffi 1 Dylan Dog E
28° Civitelli 1 Tex
28° Dall’Oglio 1 Agenzia Alfa, Nathan Never
28° Frank 1 Tex E
28° Frisenda 1 Magico Vento
28° Genzianella 1 Dampyr
28° Lauria 1 Dylan Dog
28° LRNZ (Ceccotti) 1 Monolith
28° Majo 1 Dampyr
28° Pichelli 1 Juric
28° Rossi L. 1 Dampyr
28° Sandoval 1 Ut E
28° Soldi 1 Julia
28° Talami 1 Brendon
28° Vinci 1 Ut
28° Zerocalcare 1 Dylan Dog E

Décimo nono “scudetto” para Claudio Villa, o décimo segundo consecutivo; a alguma distância Fabrizio De Tommaso conquista a medalha de prata aproveitando as passagens de testemunho em Dylan Dog e Zagor. O Mestre Gallieno Ferri apesar do seu falecimento, conquista ainda assim o terceiro lugar do pódio, após ter assinado, de 1961 a 2016, 1074 capas bonellianas, uma produção de capas inferior apenas às de Galep; Assinalamos que no decurso do ano Giancarlo Alessandrini assinou a sua capa número 500 para a SBE. Cinco dos ilustradores chamados a realizar uma capa são estreantes absolutos no que diz respeito à editora milanesa, como está indicado com a letra “E” após o seu score; com eles são 41 os autores publicados na SBE pela primeira vez, neste ano de 2016.

No total foram 273 os autores publicados nos álbuns Bonelli nestes últimos doze meses, um novo recorde. Uma curiosidade: três destes, Ausonia, Enoch e Mastantuono, aparecem em todas as classificações.

6 – Os coloristas

Desde há alguns anos, atendendo à cada vez maior presença das cores nos álbuns Bonelli, damos espaço também à categoria dos coloristas, mas notamos que, não obstante o seu trabalho importante, nem sempre vem atribuído correctamente, com precisão e pontualidade nos créditos das várias publicações; por este motivo e embora nos esforçando para identificar quem coloriu o quê, quando encontramos mais de um colorista num álbum, ou quando não vem identificado, a lista pode conter imprecisões. As páginas inéditas a cores foram 4604, ou seja 19,93% do total de páginas publicadas pela SBE, novo recorde seja como número total assim como percentual; a estes números acresce-se outras 690 páginas de várias reedições coloridas no decurso de 2016, para um total de 5294 páginas. Precisamos que não são atribuídas páginas já coloridas em precedentes ocasiões e simplesmente republicadas; faltam na contagem, por exemplo, as páginas da história de alguns volumes de Dylan Dog ou Tex (as cores foram as usadas nas respectivas Collezioni Storiche di Repubblica). Em 2016 foram 40 os profissionais ou os estúdios a colorir as páginas dos desenhadores. Eis a classificação:

COLORISTA PÁG. SÉRIE
Arancia Studio 1278 Morgan Lost, Dylan Dog, Brendon
Celestini 302 Dylan Dog, Nathan Never, Tex
GFB Comics (Nucci Guzzi) 286 Zagor, Tex
Pastorello 263 Nuovo Mondo, Juric
Lombardo 252 Julia
Niro 215 Nuovo Mondo
Rudoni 203,5 Universo Alfa, Martin Mystère
Francescutto 188 Dragonero
GFB Comics 182 Comandante Mark, Zona X
10° Acquaro 170 Nuovo Mondo, Juric
11° Mossa 164 Juric
12° Saponti 150,5 Nuovo Mondo, Juric
13° Hamilton 126 Dragonero
13° Martinelli 126 Julia
13° Mastantuono 126 Le Storie
13° Leoni 126 Nuovo Mondo, Dylan Dog
17° Denti 110 Dampyr
18° Cavenago 94 Dylan Dog
18° Piccatto F. 94 Zagor
18° Piscitelli 94 Nathan Never
21° LRNZ (Ceccotti) 84 Monolith
22° Musumeci 62,5 Universo Alfa
23° Formaggio 60 Dragonero
24° Sguanci 47 Martin Mystère
25° Stano 46 Tex
25° Vattani 46 Tex
27° Bendazzoli 38 Tex, Zona X
28° Righi 33,5 Nuovo Mondo
29° Aka B (Di Benedetto) 32 Dylan Dog
29° Algozzino 32 Dylan Dog
29° Altibrandi 32 Dylan Dog
29° Ausonia (Ciampi) 32 Dylan Dog
29° Galli (Kazzemberg) 32 Dylan Dog
29° Pagliaro 32 Dylan Dog
29° Pellizzon 32 Dylan Dog
29° Del Vecchio B. 32 Tex
37° Nocera 30 Dragonero
38° Cozzi 17 Dampyr
39° Picca 14 Nathan Never
40° Rincione 10 Nuovo Mondo

Quase inevitável o primeiro lugar para Arancia Studio, única entidade que tem o exclusivo para uma série; muito atrás encontramos Oscar Celestini e o estúdio GFB Comics sob a coordenação de Nucci Guzzi, que consegue manter um lugar no pódio.


7 – Série por série

Como todos os anos damos também uma rápida olhada ao que aconteceu personagem a personagem e, pela última vez, inauguramos o desfile por ordem alfabética  com Adam Wild. A quarta série bonelliana de Manfredi, também esta ambientada a cavalo entre Mil e oitocentos e Mil e novecentos, fechou as suas portas em Novembro com o vigésimo álbum, coroando obviamente o próprio Manfredi como escritor mais prolífico do ano (terceiro sucesso em três) e da inteira série, sendo o único escritor, enquanto entre os desenhadores “vencem” o ano pela primeira e última vez, Mauro e Cipriani com 188 páginas por cabeça.   O mesmo Cipriani, em companhia de Raffaelli e Laci são os ilustradores mais utilizados por Manfredi para o seu personagem nestes três anos de aventura editorial, cada um deles tendo realizado três álbuns completos, ou seja 282 páginas.


No seu décimo sétimo ano de vida editorial Dampyr coroa uma vez mais Mauro Boselli como  o mais prolífico escritor, este ano com 846 páginas,  nenhum outro escritor de Harlan Draka jamais conseguiu no final do ano ficar á sua frente. Um pouco mais variado o álbum de ouro dos ilustradores; este ano o nome vencedor é o de Nicola Genzianella, que salta para o comando com o número de Dezembro, elevando o seu “butim” de páginas publicadas no ano para 220. É o segundo “scudetto” para Genzianella, o primeiro isolado, depois daquele ganho ex-aequo com Dotti, conquistado no longíquo 2002.

Na série de Dragonero, prestes a “explodir” nos próximos anos com duas colecções paralelas, é novamente Stefano Vietti, com a terceira vitória em quatro anos, o escritor mais publicado, neste caso com 720 páginas. Entre os desenhadores é, pela primeira vez, Salvatore Porcaro com 140 páginas, a ser o mais prolífico dos últimos doze meses.


Em mais um ano recorde para Dylan Dog, o escritor mais publicado foi Giovanni Di Gregorio, que conquista assim o seu terceiro “scudetto” do Investigador de Pesadelos após os ganhos em 2010 e 2014, curiosamente as  470 páginas que lhe permitiram vencer foram todas publicadas na colecção Maxi; é a primeira vez que um argumentista vence a classificação anual da série para a qual trabalha sem jamais aparecer na série regular. Era inevitável que antes ou depois acontecesse, visto que desde o início da década são mais as páginas “especiais” de Dylan Dog do que as da série regular. Esta curiosa evidência, aconteceu, por sua vez, várias vezes com os desenhadores, de modo particular com Montanari & Grassani,- por vários anos únicos titulares dos Maxi –  e repete-se novamente este ano com a dupla a vencer com 306 páginas, a sua décima terceira vitória, a terceira consecutiva- esta por sua vez é uma novidade: nunca nenhum desenhador foi por três anos consecutivos o mais prolífico da personagem sclaviano.


Como de costume o escritor mais publicado em Julia foi Giancarlo Berardi, que assina a 4 mãos todos os roteiros, enquanto entre os ilustradores, ex-aequo com 252 páginas, venceram este ano Steve Boraley (a sua terceira) e Antonio Marinetti (na sua segunda afirmação).

Se Lilith (é escusado recordar que todos os scudetti foram por “estatuto” ganhos por Luca Enoch), se prepara para nos deixar em 2017, Lukas já concluiu a sua trajectória em 2016, com o terceiro inevitável sucesso de Michele Medda, devido ao facto de ser o único escritor da série, e, entre os desenhadores, o segundo scudetto ex-aequo por Andrea Borgioli e Michele Benevento após aquele ganho em 2014. O ilustrador mais prolífico da inteira série foi por sua vez Luca Casalanguida com 470 páginas das 2256 necessárias para narrar as duas estações que compõe a saga.


Neste ano de “renascimento” para Martin Mystère, continua a ser sempre Alfredo Castelli o mais publicado entre os escritores. O criador do personagem vence pela vigésima sexta, a segunda vitória consecutiva, com o resultado mais baixo de sempre desta série, apenas 335 páginas, enquanto com 308 páginas os Esposito Bros conquistaram o seu quinto “scudetto del mystero”.

No segundo ano de Morgan Lost, Claudio Chiaverotti assina todas as 1128 páginas publicadas, enquanto entre os desenhadores os vencedores são: Max Bertolini, Valentina Romeo e Cristiano Spadavecchia, autores cada um de 188 páginas.


A redacção de Nathan Never desenformou 3433 páginas de banda desenhada inéditas neste ano de 2016 (incluindo os vários spin-off): uma quantidade recorde para o personagem e até para a própria editora; destas 1033 tiveram a assinatura de Bepi Vigna, que pela quinta vez na sua carreira, a segunda consecutiva, o que o torna o mais prolífico escritor do Agente Especial Alfa. Após os distantes sucessos datados de 1992 e 1995, Roberto De Angelis, com 658 páginas, regressa pela terceira vez ao degrau mais alto do pódio dos desenhadores neveriani. De assinalar que com a história publicada no número 304, Germano Bonazzi torna-se o ilustrador mais prolífico da série, destronando Paolo Di Clemente.


Roberto Recchioni é o escritor mais publicado em Orfani pelo quarto ano consecutivo, a sua contribuição em 2016 à série, da qual foi co-criador, foi de 545 páginas; 227 por sua vez foram as páginas desenhadas por Luca Casalanguida de modo a ser o ilustrador principal da colecção nestes últimos doze meses.

Em Le Storie as primeiras vitórias para Fabrizio Accatino e Corrado Mastantuono, o primeiro com 220 páginas escritas, o segundo por ter desenhado as 126 do especial deste ano.

Com 714 páginas Tito Faraci consegue pela segunda vez, após tê-lo já feito em 2012, escrever o próprio nome entre os escritores mais produtivos de Tex. Entre os desenhadores vence pela primeira vez Stefano Biglia com as 330 páginas da sua aventura, vencendo inclusive sozinho já que a história igualmente longa de Civitelli, actualmente em curso, tem o seu último terço publicada apenas em 2017.


O alfabeto bonelliano conclui-se com o Z de Zagor, série na qual prevalece entre os escritores, Moreno Burattini com 814 páginas, que lhe valeram o 19° “scudetto” consecutivo, 24° no geral; entre os ilustradores vencem com 410 páginas os irmãos Domenico e Stefano Di Vitto, o seu segundo sucesso após o de 2012.

8 – Os volumes

Vejamos agora alguns dados relativos à linha para livrarias da SBE, neste primeiro ano completo de publicações: 30 foram os volumes publicados, 9917 as páginas republicadas, 108 as inéditas, ou seja todas as publicadas em Monolith e as 24 da história breve de Dylan Dog publicadas no volume Dylan Dog Diary. Não entram no número de páginas inéditas as da história de Greystorm publicada no terceiro e conclusivo volume da reedição, dado que já tinha aparecido num álbum realizado para a mostra “Discovery on film” de Rovereto em 2010. Um pouco acima falamos das 20 capas inéditas realizadas para os volumes de livraria, às quais devemos juntar as inéditas cores realizadas em 532 páginas das 10025 integralmente publicadas. Os personagens que tiveram a honra de ter mais volumes, 4 cada um, foram Tex e Dylan Dog; Águia da Noite continua a ser o personagem mais reeditado com 1396 páginas, seguido de dois outsider, Cassidy com 1128 e Caravan com 1034.


9 – Classificações “especiais”

Ano recorde, sob todos os pontos de vista, para os especiais, a começar pela quantidade dos fora de série inéditos produzidos, precisos 49, quase um por semana; para um total de 7493 páginas (outro recorde). Os fora de série mais publicados foram os Maxi: em 2016 foram publicados 12, contendo 3398 páginas. O personagem mais “especial” é, pelo décimo ano consecutivo Dylan Dog, do qual foram publicadas neste ano, a quantidade recorde de 1476 páginas fora de série inéditas, atrás de si Zagor com 1142 e Nathan Never com 1007. Dylan e Nathan festejam também o novo recorde de fora de série anuais, 9 para ambos. O pódio dos escritores “especiais” tem no seu degrau mais alto Bepi Vigna com 939 páginas, seguido por Alessandro Russo (539 páginas) e Moreno Burattini (478 páginas). Para Vigna é o segundo “scudetto especial”. Entre os desenhadores vence Roberto De Angelis com 564 páginas, seguido pelos irmãos Di Vitto com 410 páginas, e pela dupla Giuseppe Prisco e Ugolino Cossu ex-aequo com 286 páginas. Para De Angelis é a primeira vitória neste particular categoria transversal com o pequeno recorde da quantidade mais alta de páginas fora de série desenhadas num só ano por um desenhador. Além disso o próprio De Angelis é pelo décimo ano consecutivo o capista mais produtivo dos fora de série bonellianos, tendo desenhado neste ano exactas 11 capas para álbuns não regulares.


10 – Classificações históricas

Poucas trocas nas classificações de todos os tempos da SBE, com as páginas publicadas neste ano de 2016: entre os primeiros vinte escritores somente Vigna sobe um posto, o 17°, ultrapassando Lavezzolo, enquanto entre os ilustradores Chiarolla destrona Sartoris e Buffolente, ascendendo à décima sexta posição.

11 – Os anos Dez

Continuamos no tema das classificações “históricas”, terminando, como sempre, dando uma olhada àquela da década em curso: as páginas publicadas em 2016, produziram movimentos diferentes no top ten das duas categorias principais, como mostramos de seguida:

Entre os escritores é praticamente certa a vitória pela segunda década consecutiva para Mauro Boselli, visto que após sete décimos do percurso publicou praticamente o dobro de qualquer outro escritor; atrás de si, graças às páginas dos últimos doze meses, Burattini ganha duas posições e coloca-se, se bem que a uma distância sideral, às costas de Boselli; a vantagem relativamente aos mais imediatos perseguidores, Vietti e Ruju, é mínima; provavelmente no próximo triénio será uma luta a três para conseguir os outros dois lugares do pódio, visto que Manfredi, que este ano ganhou uma posição ficou órfão do seu Adam Wild.

Entre os desenhadores Corrado Roi consolida o primeiro lugar relativamente a Freghieri, mas sendo ambos muito produtivos a decisão para o desnehador mais prolífico da década continua aberta. Com a regularidade da publicação nas páginas de Lilith, Enoch alcança o terceiro posto destronando Mangiantini, do quinto lugar para baixo encontramos uma situação muito fluída onde as posições podem mudar álbum a álbum.


Dado os numerosos recordes históricos superados este ano vamos resumí-los antes de terminarmos o balanço do ano:
– Maor número de páginas inéditas num ano:23093
– Maior número de álbuns inéditos num ano: 200
– Maior número de escritores num ano: 73
– Maior número de capistas num ano: 54
– Maior número de capas inéditas num ano: 243
– Maior número de autores publicados num ano: 273
– Maior número de páginas a cores num ano: 5294
– Maior número de álbuns fora de série num ano: 49
– Maior número de páginas fora de série num ano: 7493

Acima de tudo realço as  2628 páginas inéditas publicadas apenas em Dylan Dog, recorde que pode ser batido já daqui a doze meses. Não me ocorre nenhum outro  personagem no mundo da banda desenhada, produzido por um único editor, a nível planetário, que seja mais publicado: talvez apenas o Rato Mickey Mouse ou o Pato Donald, somando o produto das várias editoras em todo o mundo autorizadas a realizar as suas aventuras, sejam mais publicados que o Investigador de Pesadelos.

À espera que alguém consiga dissipar essa dúvida, desejamos a todos os leitores um bom 2017.

Saverio Ceri

Material apresentado no blogue Dime Web em 29/12/2016; Tradução e adaptação (com a devida autorização): José Carlos Francisco.
Copyright: © 2016, Saverio Ceri

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

3 Comentários

    • Para já não há indícios de uma eventual continuação de “Le grandi storie di Tex“, pard Emanuel Neto!

  1. Uau, fico sem palavras. Um monte de material bom, que jamais será publicado no Brasil/Portugal, infelizmente. Talvez o ideal seria a publicação em português via “formato digital”, as séries mais badaladas teriam mais tarde a chance de publicação em papel. Mas é um sonho distante.

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