Entrevista com o fã e coleccionador: Carlos Henrique Mercio

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Carlos Henrique Mercio: Bom, nasci em Bagé, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul em 10 de Julho de 1962. Trabalho como secretário em uma Universidade desta cidade.

Quando nasceu o seu interesse pela Banda Desenhada?
Carlos Henrique Mercio: É paixão antiga, vem dos sete anos, oito anos, quando ainda não era muito habilidoso nas artes da leitura.

Quando descobriu Tex?
Carlos Henrique Mercio: Conheci Tex Willer em 1972, através da edição O Massacre dos Búfalos/O Mistério do Vale da Lua.

Porquê esta paixão por Tex?
Carlos Henrique Mercio: Porque o personagem agrega em si a coragem, a auto-determinação, o ímpeto. Ele é a típica pessoa que diante de um problema, não fica questionando: ele age.

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
Carlos Henrique Mercio: Ele é o último de sua “espécie”: o cowboy. Anos atrás, encontrávamos muitos tipos como ele, o sujeito montado, percorrendo a pradaria e rápido no gatilho. Actualmente, Tex, é o único. Tamanha longevidade e consolidação o indica como um guerreiro puro.

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Carlos Henrique Mercio: Agora vem o complicado. Não sou um coleccionador, mas sempre acompanhei Tex de alguma forma, seja através do empréstimo de exemplares dos amigos ou da própria Web. A memória faz o resto, é difícil esquecer as aventuras de um personagem importante.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
Carlos Henrique Mercio: Os grandes ilustradores de Tex. Fusco, Letteri, Ticci, Galep ou Claudio Villa. Gosto de reunir os seus trabalhos em arquivos.

Qual o objecto Tex que mais gostava de possuir?
Carlos Henrique Mercio: Estou cobiçando as figuras coleccionáveis de Tex e outros personagens do seu mundo.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Carlos Henrique Mercio: A história favorita é “O Mistério do Vale da Lua”. Um grande mistério, um inimigo sorrateiro e desconhecido, um toque de sobrenatural. Desenhador, Ferdinando Fusco. Argumentista, G. L. Bonelli.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Carlos Henrique Mercio:
Acho que o que mais agrada é sua capacidade de essencialmente, quase não ter mudado em todos esses anos e sempre fazer sucesso. O que desagrada é o herói nunca ter vivido uma aventura no Brasil. Já esteve tão perto (na Patagónia).

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Carlos Henrique Mercio: Fundamentalmente, Tex bate-se por tudo aquilo que qualquer um de nós valoriza: a justiça, a verdade e a honestidade. Ele é portanto, próximo a todos nós.

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Carlos Henrique Mercio: Converso com grandes amigos como o Alvaro Barreto, amigo e irmão desde sempre e com o Luiz Cesar Jr, que reside na mesma cidade que eu. Pela Web, converso com o Dary Pereira. Todos grandes coleccionadores.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Carlos Henrique Mercio: A perda de Sergio Bonelli chegou a preocupar, mas vemos que o legado de Tex prosseguirá, conduzido por outros profissionais, que compreendem a sua importância para tantos em tantos países.

Prezado pard Carlos Henrique Mercio, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

5 Comentários

  1. Grande Henrique:
    Contribuição inestimável para que eu seja um fã de Tex, desde mais de 30 anos. Um leitor atento, preocupado com os detalhes (aquelas informações que quase ninguém nota e que fazem a diferença na leitura). Além, é claro, de um amigo daqueles precioso, verdadeiro presente que a vida nos agraciou, e uma pessoa espetacular, generosa e dedicada aos que lhe são próximos.

  2. Carlos Henrique Mercio é um profundo conhecedor de tudo, pensa e escreve muito bem, conhece a fundo o personagem e fala com maestria sobre o assunto, um grande legado bageense e texiano.

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