Paolo Eleuteri Serpieri dará INÍCIO (em 2015) a uma NOVA colecção de Tex!

Por José Carlos Francisco

Ilustração de Paolo Eleuteri Serpieri para capa da nova colecção de Tex

O álbum de Tex com a história de Paolo Eleuteri Serpieri será publicado, na Itália, em Fevereiro e terá o que poderemos chamar de “formato francês”: capa cartonada, papel de alta qualidade e a cores, com o tamanho 24x31cm, contendo 48 páginas, 38 das quais  da história em si (as restantes serão ocupadas por páginas redaccionais entre as quais um prefácio de Mauro Boselli), ou seja, uma verdadeira edição de luxo que dará azo a uma nova colecção com periodicidade anual e na qual serão dadas aos autores seleccionados total liberdade gráfica.

Antiga interpretação de Kit Willer, Kit Carson e Tex realizada por Serpieri

Da história sabemos que é violenta mas também romântica. Será uma aventura de um Tex jovem, ocorrida antes da Guerra Civil, mais precisamente em 1850 (e não 1813 como constava neste mesmo texto inicial) e narrará uma história que no ponto de vista da continuidade provavelmente nunca teria acontecido. É uma lenda, um mito sobre Tex, mas que será muito precisa do ponto de vista histórico no que diz respeito a armas e vestuário. O jovem Tex usará uma  Colt Walker de 1847 e na história comparecerão os Comanches e os Kiowas.

Serpieri pediu desculpas, mas justificou o contexto para tomar certas liberdades, inclusive na indumentária de Tex:  “É uma história que eu tinha em mente há muito tempo e que inclusive tinha proposto a Sergio [Bonelli] mas sobre a qual ele tinha sempre rejeitado. Eu fiz um trabalho de pesquisa e de documentação muito apurado. Tex é muito mais jovem, tem cabelos longos, parecendo essencialmente um trapper, com a casaca em pele, mas inconfundivelmente amarela. O álbum sairá em Fevereiro e agradeço à Sergio Bonelli Editore pela grande liberdade artística dada nesta minha história“.

Página de Eleuteri Serpieri para a edição especial de Tex

(Para aproveitar a extensão completa  das imagens acima, clique nas mesmas)

37 Comentários

  1. Poderia ser mais um álbum de Tex mas, quando do ranger se trata, jamais será mais um, mas eternamente UM! Cada um será sempre especial. Venha ele 🙂

  2. Maravilha de notícia, um grande acerto da SBE. Capa cartonada é o que chamamos aqui de capa dura, não é isso, Zeca?

  3. Desculpem-me, mas se a figura de blusa amarela e lenço vermelho é Tex, tenho o direito de dizer: não gostei. Descaracterizou o personagem. Está mais para Kit Carson!

    • Sim, pard Jário, é capa dura como se diz no Brasil 😉

      Pard Rouxinol, na página divulgada neste texto é mesmo Kit Carson que vemos 😉

  4. Um fumetto texiano em estilo bande dessinée pelas mãos de um mestre da HQ mundial: Paolo Eleuteri Serpieri, autor de muitas histórias em quadrinhos western e também de diversas eróticas.
    A coleção vale tanto pela arte dos desenhistas selecionados como pelos artigos das edições em mais uma iniciativa promissora da SBE.

  5. Se for pra levar em conta a idade que o Tex tinha na guerra civil nem era pra ele ter nascido ainda em 1813.

    • É por isso mesmo, Guilherme, que o texto diz “…uma história que no ponto de vista da continuidade provavelmente nunca teria acontecido.” e o próprio Serpieri pede desculpas (agradecendo à SBE) pela grande liberdade desta história, mas haverá outras surpresas inusitadas nesta história relativamente à (não) cronologia de Tex…

  6. Que Grande notícia, mais uma novidade, algo muito diferente, com as mudanças que há sempre na banda desenhada atualmente, já era de esperar. Temos provavelmente muitas ter muitas mudanças no universo Bonelli no futuro.
    Um abraço amigo
    Marco Avelar

  7. Cá para mim ele tinha uma BD ambientada nesse período com outra personagem e decidiu dizer à SBE que era o Tex para poder publicar…

  8. Se a história se passa em 1813, como é que a arma é modelo 1847? Há incongruência nas datas.
    Independente disso, ainda não vou soltar rojões. É provável que seja uma bela obra, mas me parece que não seja o nosso TEX.
    Acho que o Pedro matou a charada.

  9. Eu não compreendi uma coisa: Se o “fato” se passa em 1813, como Tex poderia usar uma Colt 1847? Foi isso mesmo o que entendi, ou me equivoquei?

    Abraços,

    Sílvio Introvabili

  10. A boa, confiável e longa história de Tex precisa ser preservada a qualquer preço. Se o Sergio Bonelli nunca quis, porque agora passa?
    Mauro Boselli precisa ficar atento ao que avaliza. Ele como curador de Tex é o responsável.
    Adoro as boas inovações e tomara que somente estas tomem forma.
    E já iniciamos com uma baita polêmica. Ugh!
    Vida longa a TEX.

  11. A pergunta que ia fazer o nosso grande Dorival já o fez. Não entendi essas datas… se passa em 1813 mas a arma é de 1843?

    Essa coleção “alimenta” o desejo de muitos, de ver um Tex “reinventado”, com outras ambientações…

    Aguardemos 😉

  12. Isso está me cheirando a super-heróis.
    Daqui a pouco voltam as revistas para o número 1, recontam a origem, mudam o personagem, trocam os parceiros, a ambientação, recontam as histórias, os inimigos, as vendas caem, e pra tentar recuperar eles começam tudo de novo.

    O que tinha de bom na SBE era a continuidade, mas pelo visto já não tem mais isso, tanto que Dylan Dog já recomeçou, Tex vai fazer o mesmo, assim como Mister No e Martin Mistery.

  13. Não entendo as pessoas falam que o personagem precisa evoluir mas quando surge ideias novas e diferentes do habitual começam a reclamar e a SBE não falou em nada de recomeçar Tex não vejo por que tanto alarde por uma história que nem se quer vai fazer parte da cronologia oficial de Tex, não vejo problema nenhum em fazer algumas histórias experimentais com Tex isso só atrai leitores e contribui com a vida editorial do nosso querido Ranger.

  14. Vai começar com histórias alternativas, universsos paralelos, eu penso como o Pard Daniel Ianegitz Vieira, cheira a Super-Heróis, mas vamos esperar pra ver se é bom.

  15. Acho uma grande pretensão dizer que pra um personagem “evoluir” tem que se parecer com os “super-heróis”.

    Não quero pre-julgar, mas pra mim essa série parece contar a história de outro personagem, homônimo ao nosso Ranger 🙂

  16. Gostei do guapo (versão animal), gosto de Serpieri, mas bem como dito por Grilho: histórias alternativas, universos paralelos, e o que virá depois? Pela primeira vez (C. Nizzi nem me assustou tanto) temo pelo granítico Tex. Espero estar com impressões redondamente equivocadas!

    • Realmente há incongruência (que vinham de Itália) nas datas e a informação inicial foi rectificada, o início da história passa-se na New York de 1913 (e não em 1983 como vinha no texto inicial) com a participação de um velho Kit Carson que parece falar do mito Tex (já falecido?) contando (em flashback) as proezas do Ranger numa acção passada por volta de 1850 (daí o Colt Walker de 1847) com um Tex com cerca de 20 anos de idade e ainda fora-da-lei…

      Entretanto Mauro Boselli já tranquilizou os texianos dizendo que no que depender dele não haverá outra história de Tex nestes moldes, trata-se apenas da excepção que confirma toda a regra 🙂

  17. Meus caros, ao que parece as datas foram consertadas tendo o Zeca atualizado o texto do post. A Guerra de Secessão (1861 – 1865) foi tema ambiental para diversas aventuras texianas (Entre duas bandeiras é clássica). Posicionar antes da guerra, um Tex mais “jovem”, cronologicamente, é colocar o dedo no calendário da década de 50 do século XIX, portando é crível a utilização do Colt Walker. A narrativa em flashback a partir dos primeiros anos do século XX, confesso que me agrada. “Os Profissionais” e “The Wild Brunch” que o digam em ambientação de uma época pós western, além de enriquecer, a princípio a narrativa. A experiência com o formato francês também é bem vinda. E o Serpieri dispensa apresentações… portanto, a ansiedade bateu na porta deste escriba e velho leitor. E veio com uma baita curiosidade a tiracolo.

  18. Então, até essa idéia de um Carson Velho, falando de um Tex já morto, não tem sentido cronológico, no livro “A história da minha vida” Jack Cranger, vai até a sepultura de Kit Carson… próximo da de Lilyth, e o Tex tá bem vivo… e é o ano de 1899, e neste álbum seria 1913, Carson já teria batido as botas a 14 anos… eu gosto do Serpieri… achei que ele faria um Tex Gigante, mas esse formato Francês promete… só que pelo que vejo Serpieri só desenha colorido certo… e a Mythos… pretende publicar essa edição aqui… podiam aproveitar por ser uma HQ, curta de 48 páginas, do tamanho das do Asterix… e enfiar a do Zagor Color #1 junto… e fazer um combo monstro tipo o Especial Bonelli… por uns 50 ou 60 Reais.

  19. Bom dia, Duque de Anadia:

    Este álbum terá o formato “francês” tipo Blueberry?

    Espero que seja possível a Mythos publicá-lo no Brasil …

  20. Que alívio, agora espero a edição com curiosidade também, pois dessa forma faz mais sentido, quanto ao Livro, aquela sim foi só uma história alternativa, não se sabe o Verdadeiro futuro dos Pards.

  21. Eita que essa edição nem foi lançada ainda e vocês já estão fazendo uma tempestade num copo d’água que não tem tamanho!! Essas novas aventuras com Tex mais jovem, com certeza vai atrair muitos novos leitores!! E a tendência é o nosso querido Tex se firmar cada vez mais… e as novas gerações agradecem!!

  22. Sobre tudo o que disseram; Mythos publique, eu compro. Não critiquem sem ler primeiro. Acredito que será uma boa história.
    O Tex também tem de evoluir, gráficamente e temáticamente.

  23. O bom dessa confusão toda foi a aparição do Dorival por aqui.
    É ao Dorival que devemos a existência (ainda) do Tex no Brasil, sem ele estaríamos relendo “ad eterno” as edições antigas.

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