OS TRÊS PATETAS
Afinal ainda continuamos com mais alguns artistas.O Cinema iniciou-se, de uma maneira geral e no tempo dos filmes mudos, como uma forma de arte cómica, do mesmo modo que a própria Banda Desenhada, razão do seu nome nos Estados Unidos da América, “Comics”.
As realizações dessa época, andavam quase sempre à volta de cenas engraçadas e até bastante cómicas, que tinham o acolhimento do público, enquanto os filmes dramáticos que se seguiriam mais tarde, ainda que conseguissem uma admiração geral em alguns espectadores, não teriam uma aceitação favorável na sua maioria.
O género que praticamente nasceu em França, com Max Linder, a partir de 1914, durante a Primeira Grande Guerra, acabaria por aparecer também nos Estados Unidos da América, nos Estúdios de Mack Sennett, fazendo igualmente sucesso essa escola, onde apareceriam Charles Chaplin (Charlot), Harold lloyd, Buster Keaton (Pamplinas), Harry Landgon, W. C. Fields, Irmãos Marx, etc..
Evidentemente que o “western” não escaparia a esta linguagem, sendo parodiado de todas as formas e feitios. Moe Howard, Larry Fine e Jerome “Curly” Howard, mais conhecidos como “Os Três Patetas”, seriam algumas das estrelas nesse campo. Apalermados e de visual ridículo, Moe (o chefe), de franjinha, Curly, o careca gordo e Larry, com um enchumaço de cabelo em cada orelha, cedo granjearam grande simpatia entre os mais jovens espectadores. Quando se iniciaram no Cinema em 1930, eles eram quatro, Ted Healy (um amigo) e mais os três irmãos, incluindo Shemp Howard (o terceiro irmão), que acabaria por se afastar do grupo para trabalhar sozinho. É então substituído por Curly. Também Healy se afastaria mais tarde, restando os três atrás indicados. Entre 1934 a 1957, entrariam em cerca de 200 comédias. Shemp Howard voltaria ao trio, para substituir Curly, que tinha entretanto morrido em 1952. Três anos depois morre Shemp, com 64 anos, entrando Joe Besser, seguido de Joe de Rita.
Moe e Larry morrem em 1975, Joe Besser em 1988 e Joe de Rita, dois anos depois.
Embora nunca levados muito a sério pela crítica, os seus créditos manter-se-iam, já que nunca apareceria nenhum grupo idêntico ao seu, com excepção, talvez, dos irmãos Marx e que divertisse o público da mesma forma como eles o fizeram.
Indicamos a seguir alguns dos seus filmes, ligados ao “western”: “Whoops, I’m An Indian” (1936), “Yes, We Have No Bonanza” (1939), “Phony Express” (1943), “Pal And Gals” (1954), “Shot In The Frontier” (1954), “The Outlaw Is Coming” (1965), etc..
TEX RITTER
O nome de baptismo deste artista era Woodward Maurice Ritter e nasceu em Murvaul, no Texas, a 12 de Janeiro de 1905. Algumas enciclopédias indicam 1907. A data da sua morte é 1974.
Actor e cantor, seria um dos poucos artistas a ser escolhido para o “Cow-Boy Hall of Fame” e para o “Country Music Hall of Fame”. Interessou-se pelas baladas dos vaqueiros e pelo folclore do sudoeste norte-americano, quando estudava ciências políticas na Universidade do Texas e largou os estudos de Direito, na Northwestern University, para começar uma carreira de cantor popular na rádio e no palco.
Em 1930 trabalhou pela primeira vez na Broadway e, em 1936, apareceu em filmes. A partir daqui o seu êxito foi garantido, do mesmo modo que Gene Autry, o mais popular cantor “cow-boy” da época. No princípio da década de 40, chamavam-lhe “o mais querido cow-boy da América”. Nessa mesma década e no auge da sua popularidade, Ritter fez vários espectáculos ao vivo, com o seu cavalo “White Flash”, em todo o território norte-americano. Um rosto redondo e com cara de bebé, olhar duro e um pouco convincente, conseguiram-no levar ao estrelato, com a ajuda da sua voz.
Gravou vários discos, incluindo a música “High Noon”, célebre na altura. Em 1970 candidatou-se a Senador republicano pelo Estado de Tennessee, mas não foi eleito. Casado com a actriz Dorothy Fay, tiveram um filho, John, que trabalhou igualmente em filmes e estreou-se na série da TV, “Three’s Company”. Alguns dos seus filmes foram: “Arizona Days” (1937), “Riders of The Rockies” e “Mystery of The Hooded Horsemen” (ambos de 1937), “The Devil Trail” (1941), etc.. Seu último filme data de 1961.
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