A mais longa história de Tex, ainda com mais páginas (inéditas), pela Mythos Editora num exclusivo mundial sem precedentes

Superalmanaque Tex é uma série relativamente recente da Mythos Editora que se estreou em Dezembro de 2019 com uma periodicidade anual, mas que devido ao sucesso de vendas passou a ser bianual. Trata-se de uma colecção que intercala uma aventura longa de cerca de várias centenas de páginas com uma colectânea de um grande autor.

A edição de estreia do Superalmanaque Tex, trouxe o título EM NOME DA LEI, uma extensa aventura escrita por  G. L. Bonelli e desenhada por Erio Nicolò, que para além de ser uma das maiores histórias de Tex (mais de meio milhar de pranchas, inclusive aquando da publicação original, a história prolongou-se por cinco números do título mensal do Ranger) é também uma das histórias mais apreciadas pelos fãs.

Por sua vez o Superalmanaque Tex número 2 foi publicado em Dezembro de 2020 e trouxe então uma colectânea de um dos mais afamados e apreciados desenhadores de Tex: Giovanni Ticci. Vingança de índia, O massacre de Goldena e Assalto ao trem.
Pela primeira vez num único volume, algumas das primeiras histórias de um dos maiores intérpretes de Tex, Giovanni Ticci. Os trabalhos iniciais do mestre que influenciou mais de uma dezena de desenhadores do Ranger em três histórias escritas por Gianluigi Bonelli, nas quais encontramos as suas inspirações nos clássicos americanos da era de ouro, as homenagens a Galep e o seu amor sem fim pela aventura. Três histórias de Fronteira, três histórias de vingança, de tenacidade, de caçada humana, de espírito de revanche. A alma do oeste em seu mais resplandecente esplendor.

Por sua vez o Superalmanaque Tex número 3 foi publicado em Dezembro de 2021, tendo sido uma edição verdadeiramente épica que teve 516 páginas… com uma história de 504 páginas do trio Nizzi/FuscoCivitelli: “O Homem do Chicote” (no original italiano “L’ uomo con la frusta“; Tex 365 a 369) e com a particularidade de ter tido uma capa inédita da autoria de Claudio Villa que desse modo se estreou como capista nesta série da Mythos Editora.

Este ano, mais precisamente em Abril, a Mythos Editora já nos brindou com o Superalmanque Tex número 4, composto por duas histórias, a primeira escrita por G. L. Bonelli e a segunda por Claudio Nizzi, mas ambas desenhadas pelo consagrado e amado Fernando Fusco, respectivamente “Os Encapuzados” (Tex italiano 217 a 219) e “A Volta do Carniceiro” (Tex italiano 279 a 281), totalizando 480 páginas.

E no próximo mês de Setembro teremos o já tão aguardado Superalmanaque Tex número 5, que trará apenas uma história, uma longa história, a mais longa de toda a saga do Ranger: “Retorno a Pilares” (Tex italiano 387 a 392); 584 páginas escritas por Sergio Bonelli nas “vestes” de Guido Nolitta e desenhadas por Guglielmo Letteri. Mas a edição da Mythos Editora entra na História da saga do Ranger, porque às 584 páginas desta história, publicada e republicada em vários países do mundo, a Mythos acrescenta, num feito jamais visto sequer em Itália, país onde a aventura foi publicada, mais 38 páginas que originalmente foram cortadas por Sergio Bonelli e que nunca foram publicadas integradas na aventura, seja na Itália ou em outro país onde Tex foi ou é publicado.

Superalmanaque Tex #5

Originalmente estas páginas “cortadas” que a Mythos publica agora deveriam fazer parte da mais longa história de Tex, Gli Uomini Giaguaro (Tex italiano 387/392), mas relendo-as aquando da publicação, Sergio Bonelli aceitou a sugestão do então director Decio Canzio e decidiu “cortá-las”, para não tornar a trama ainda mais longa e sobretudo complicada (era difícil de explicar aos leitores uma emboscada apache em plenos confins mexicanos).

Tratam-se de 38 paginas (que o falecido autor e editor considerava estarem “entre as melhores de toda a minha carreira“) de Tex permanecidas numa gaveta da secretária de Sergio Bonelli por cerca de 20 anos (foram reveladas pela primeira vez ao mundo aquando da publicação do livro Gli Archivi BonelliOs Arquivos Bonelli, em 2012, pela Rizzoli Lizard que numa homenagem um ano após a morte de Sergio Bonelli publicou o volume que reuniu três das mais belas histórias de Tex (El Muerto), Zagor (Il re delle aquile) e Mister No (L’uomo della Guyana) e as  38 páginas inéditas assinadas por Nolitta e desenhadas por Letteri.

Página inédita (original) de Guido Nolitta e Guglielmo Letteri

Trata-se de um feito verdadeiramente incrível este realizado pela Mythos, porque são então páginas assinadas por Nolitta e desenhadas por Letteri que deveriam fazer parte, em 1993, da história intitulada Gli uomini giaguaro (no Brasil: Retorno a Pilares), fazendo com que na edição brasileira “Retorno a Pilares” passe agora a ter 622 páginas! SEndo agora por uma margem maior a mais longa história de Tex publicada até hoje (em Itália está a ser publicada a saga de Mefisto que terá 786 páginas, desenhada por três desenhadores, mas que ainda não se encontra publicada na íntegra). 

RETORNO A PILARES
Texto:  Guido Nolitta * Desenhos: G. Letteri
De volta de El Paso, Tex passa por Pilares, cidade mexicana onde mora o seu grande amigo El Morisco e onde o seu filho Kit espera-o. Mas uma grave notícia aguarda-o: a casa de Morisco foi incendiada e Kit foi sequestrado por misteriosos homens-onça. Seguindo as poucas pistas que encontram, Tex e Morisco avançam pelo deserto e vão encontrando rastos dos brutais assassinatos cometidos pelos homens-onça. Na cidade de Casas Grandes, após uma feroz batalha com um grupo de soldados mexicanos, eles são presos e só a chegada de um inesperado amigo de Tex pode salvá-lo do pelotão de fuzilamento. Mas a maior angústia de Tex é não saber onde o filho está…

(Para aproveitar a extensão completa da capa de Superalmanaque Tex #5, clique na mesma)

16 Comentários

  1. Aventura sensacional, e com o acréscimo das páginas inéditas ficará uma edição imperdível (a segunda maior edição em número de páginas já publicada, ficando atrás apenas do Tex Omnibus!)

  2. Uma hora publicam com a capa original e clássica, outra hora com capas genéricas e assim a Mythos vai fazendo aquela velha salada de sempre.

  3. Gosto muito dessas republicações mas, a Mythos Editora deveria ter mais cuidado com suas publicações, pois vejo casos em que são utilizados arquivos de baixa qualidade, já usados anteriormente, em publicações “formato italiano com papel bom”. Mágico Vento vento ficou ruim. O Superalamanque 3 parece xerox. De que adianta investir em produtos caros, se a qualidade dos desenhos é prejudicada?

  4. Pard Zeca, já sabes algo de bastidores acerca da numeração do Tex mensal? A Mythos fez toda aquela pompa de pesquisa, e depois simplesmente não falou mais no assunto…

    • Ainda não ouvi o menor indício da solução que será tomada no quesito numeração. Temos de aguardar mais um pouco pelo veredicto da Mythos 🙂

      • Certo, obrigado pela resposta! Nos deixaram na expectativa e sumiram, hahaha. Vou continuar comprando independentemente do que façam, mas a curiosidade está grande

  5. Corrijam a informação “bianual”. O correto é semestral. Bianual significa a cada 2 anos. Forte abraço e parabéns pelo blog

    • Obrigado pelo alerta prezado Marco, mas em Portugal ‘bianual’ é aquilo que acontece duas vezes ao ano, que é o caso do Superalmanaque Tex. Já o que é publicado a cada dois anos diz-me que é ‘bienal’. Mas recordo que me refiro a Portugal. No Brasil não sei se as definições são as mesmas.

  6. Bianual – 2 por ano ( está correto).
    Bienal – de 2 em 2 anos.
    No Brasil o mais comum é usar semestral, por isso a confusão de alguns.

    • Obrigado pelo comentário Pard Rodinério. Em Portugal também usamos a palavra ‘semestral’ quando nos referimos a algo que ocorre a cada 6 meses, mas a periodicidade do Superalmanaque Tex não foi semestral já que o número 3 foi publicado em Dezembro de 2021 e o número 4 em Abril de 2022 e o número 5 será neste mês de Setembro, ou seja 4 e 5 meses depois do anterior, daí o termo mais correcto penso ser ‘bianual’, porque semestral no caso em questão não está correcto.

  7. Caro Zeca,
    Diante do irregularidade da periocidade da publicação da Mythos, talvez o melhor seja utilizado o termo SDS no lugar de bianual.
    SDS = Só Deus Sabe.

    Grande abraço

    • Prezado pard Alvarez, há uma regularidade na periodicidade do SuperAlmanaque Tex… inicialmente era anual, depois, com as boas vendas dos três primeiros anos, este ano passou a ser bianual, tal como ocorerá também no próximo ano onde teremos os números 6 e 7 🙂

  8. JOSÉ CARLOS FRANCISCO.
    Eu sei que o espaço aqui é do TEX, mas eu gostaria de te pedir um favor.
    Se for possível me informe se a MYTHOS ou qualquer outra editora tem intenção de lançar algum OMNIBUS do ZAGOR?!!
    Obrigado,tenha uma boa semana.
    Givaldo Dias.

    • O espaço é prioritariamente do Tex, mas também damos espaço aos outros fumetti 🙂
      Quanto à pergunta em concreto, não temos nenhum indício de que a Mythos (e muito menos outra editora) esteja a cogitar a publicação de um Omnibus do Zagor nos próximos tempos…

  9. JOSÉ CARLOS FRANCISCO.

    Passando aqui só para te agradecer.
    Muito obrigado por sua gentileza em ter respondido a minha pergunta.
    Abraço!!
    Givaldo Dias.

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