Entrevista com o fã e coleccionador: João Maria Chaves de Souza

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
João Maria Chaves de Souza: Nasci em Lages, município do estado de Santa Catarina, na região sul do Brasil, em 1958. Fiz Administração de empresas e  actualmente sou gerente de uma empresa de Tratamento de Madeira em Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul.

Quando nasceu o seu interesse pela Banda Desenhada?
João Maria Chaves de Souza: Desde que aprendi a ler eu gostava de História em Quadrinhos, as primeiras que eu li foram as da Disney.

Quando descobriu Tex?
João Maria Chaves de Souza: Eu morava em uma Fazenda no Município de Mirador no Paraná, foi onde eu passei a minha infância. Como sempre fui fã de filmes de faroeste, e como o meu pai comprava revistas de foto-novelas da Editora Vecchi, eu folheava e via os anúncios da revista Tex e quando o meu pai ia à cidade eu fazia um lista e dentro desta estava Tex. Lembro que uma das primeiras histórias que li foi Drama na Pradaria, Tex nº 7 da Editora Vecchi.

Porquê esta paixão por Tex?
João Maria Chaves de Souza: Tex é justo e a sua justiça não é influenciada pelo poder, tanto económico ou politico.

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
João Maria Chaves de Souza: A maneira como ele trata as pessoas, sendo de classes diferentes ele sempre está do lado do injustiçado.

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
João Maria Chaves de Souza: Eu comecei a comprar Tex todo mês a partir do nº 65, A Flor da Morte, era o ano de 1976, pois já morava na cidade de Paranavaí no Paraná. Para minha felicidade em 1977 a Vecchi lançou Tex 2ª Edição. Todas são importantes. Eu tenho a revista Tex do nº 65 a 445, dei uma pausa e recomecei do nº 500 ao 517. Aí fiz uma nova pausa e nos últimos dois anos voltei a adquirir mensalmente. Tenho também Tex 2ª Edição do número 1 a 100. Tex Coleção possuo do número 1 a 238, do número 252 a 276 e do número 381 a 392, o mais recente.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
João Maria Chaves de Souza: De 1976 a 2006 eu comprei praticamente tudo que era lançado e que aparecia na cidade onde eu estava. Tenho também Zagor de todas as editoras, Mister No, Dylan Dog, Chacal, Chet, Martin Mystère, História do Oeste da Editora Globo e outras ainda como as da Marvel, DC, etc…

Qual o objecto Tex que mais gostava de possuir?
João Maria Chaves de Souza: O coldre e o revólver.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
João Maria Chaves de Souza: A saga da Terra Prometida e a da Policia Montada. Sou fã do Giovanni Ticci e dos eternos Aurelio Galleppini e Erio Nicolò. Argumentista fico com imortal G. L. Bonelli. Quantos aos novos eu não tenho uma opinião formada.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
João Maria Chaves de Souza: A sua justiça é o que mais me agrada e o que menos me agrada é que eu não posso ser igual a ele.

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
João Maria Chaves de Souza: A genialidade de seus criadores.

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
João Maria Chaves de Souza: Não…

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
João Maria Chaves de Souza: Já foi melhor, mas pelo que eu vejo tem muitos jovens que estão nas graças do Ranger e que garantirão longas cavalgadas pelas pradarias, só que nem sempre passa de pai para filho, como é o meu caso. O meu pai não lia e os meus filhos também não. Quem sabe os meus futuros netos…

Prezado pard João Maria Chaves de Souza, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

4 Comentários

  1. Belo acervo! A cada dia grandes colecionadores vão surgindo. Parabéns João Maria por tão grandioso apego ao Tex. Pertinho de você haverá o III Encontro do Clube do Tex (em Tangará), mês de janeiro. Deveria ir conhecer os pards e se divertir com quem fala a mesma língua – a texiana.

  2. Olá João! Sou de Deodápolis-MS, não muito longe de Nova Andradina. Também leio e coleciono Tex, o primeiro que comprei e li foi Drama na Pradaria, nº 7, segunda edição. Abraço.

  3. Parabéns, pard, pela coleção. Eu tenho uma coleção de mais de 1.500 itens de nosso herói, e também em minha casa somente eu leio.

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