Art portfolio “Omaggio al West di Ivo Milazzo”

Por Afrânio Braga, criador do blogue Blueberry, Uma Lenda do Oeste: https://blueberrybr.blogspot.com

Art portfolio “Omaggio al West di Ivo Milazzo” em dois volumes – não vendíveis separadamente:

  • Volume I: 15 ilustrações em preto e branco em formato 29,0×41,0 cm + uma ilustração (Giorgio Cavazzano) em formato 18×22,5 cm + uma carta de apresentação de Ivo Milazzo em formato 29,0×41,0 cm + uma ilustração a cores de Ivo Milazzo (desenho original para a capa de “Tex Albo Speciale” n. 13 “Sangue sul Colorado”, versão não censurada com Tex que fuma);
  • Volume II: 18 ilustrações a cores formato 29,0×41,0 cm – incluso o desenho original de Ivo Milazzo para a capa de “Ken Parker” n. 54 “Boston”.

Assinaturas: os dois estojos que contém as estampas são autografados pelo Mestre Ivo Milazzo; as estampas de Ivo Milazzo, Pasquale Frisenda, Stefano Biglia e Maurizio Dotti são assinadas pelos autores.

Tiragem: 229 cópias.

Custo do portfólio duplo, volume I e volume II: 82 euros mais despesas de expedição (7 euros para a Itália).

Impressão com tecnologia Offset sobre papel de alta qualidade Fedrigoni Constellation Cauntry de 280 g/m2

Ivo Milazzo é o autor gráfico de Ken Parker, enquanto Giancarlo Berardi é o autor literário do personagem.

A editora Sergio Bonelli Editore me concebeu os direitos de publicação de Tex – ele é visto na capa de Ivo Milazzo e na ilustração de Alessandro Poli.

Ivo Milazzo me concebeu os direitos ao desfrute da imagem das suas personagens criadas graficamente – Ken Parker, Tex, Tom e Marvin, o detetive.

A iniciativa tem um tríplice escopo:

  • Homenagear a arte de várias décadas de Ivo Milazzo;
  • Recolher fundos (ao líquido das despesas sustentadas) para a associação Mana Uona com o objetivo de realizar um poço no nome de Ivo Milazzo no sul de Madagascar, onde a seca e a água poluída têm dizimado uma população já ao extremo;
  • Fazer felizes centenas de colecionadores!

Eu considero que Ken Parker representa um fundamento do género western em banda desenhada pela qualidade narrativa, que antecipou, por décadas, temas ofensivos como a homofobia, o racismo, a prevaricação sobre o mais fraco (os índios).

A síntese expressionista do traço de Ivo Milazzo tornou mágicas as atmosferas e as ambientações western, ensinando à nova geração de autores a eficácia da síntese e o preciso uso do branco e preto no dar profundidade de campo. 

Eu agradeço de coração ao Mestre Ivo Milazzo. Com o seu participativo suporte, ele permitiu essa nossa obra de ver a luz!

Davide Curlante, curador da obra, engenheiro de materiais e engenheiro mecânico, apaixonado pela Nona Arte e amante do gênero western.

O Oeste foi o mundo que preencheu o meu tempo de menino através das tantas aventuras de histórias ilustradas, cinema e banda desenhada que eu devorava quotidianamente.

A mente galopava livre repropondo, na brincadeira, acontecimentos interpretados por mim mesmo em uma récita fantasiosa, graças ao vestuário lúdico composto por cinturão, pistola, chapéu de cowboy e estrela de xerife ou das plumas de chefe da tribo, faca e tomahawk.

Nesse modo eu podia ser de vez em vez pistoleiro, homem da lei ou índio em narrativas excêntricas onde eu vivia cada papel, correndo pelo grande terraço que circundava o sótão genovês em cujo eu habitava com os meus genitores e dois irmãos maiores.

De outra forma, nas frias jornadas invernais, eu podia aprontar o corredor da casa de soldadinhos para disputar imaginativas batalhas entre peles-vermelhas e brancos, em um cenário enriquecido de tipis indígenas e de fortim militar em madeira – construído com o entalhamento do irmão engenhoso…! – com relativos adornos.

A brincadeira física foi muitas vezes substituída pela realização de pequenas histórias que eu desenvolvia através do inato estro do desenho me transmitido por papai, para revocar sobre papel os acontecimentos que me encheram olhos e mente com mil situações épicas.

Tramas ingênuas, cujos intérpretes eram mesmo os meus irmãos nas aventuras dos três Milas! E alguém, com cabelos brancos e boa memória, pode facilmente distinguir nesses intrépidos protagonistas a banda desenhada em tira de “I tre Bill”, publicada nos anos 50 por Tea Bonelli.

Naquele tempo, quando eu sonhava em me tornar, ao crescer, o piloto daqueles aviões reluzentes que eu olhava voar longíssimos, eu não teria certamente podido imaginar o autor de banda desenhada de agora propriamente graças àquele microcosmo que preencheu a minha infância, mas que tem ajudado – por muitos anos do pós-guerra – a distrair a mente de tantos adultos em um gênero narrativo amplamente tratado por cada forma midiática.

Uma tipologia de narrativa que eu percorri, em modo aprofundado, por trinta anos, junto aos escritores que me acompanharam no ofício em fases alternadas.

A criatividade é algo que pertence ao gênero humano e é um presente insubstituível por entrever incrivelmente também as imagens do futuro, apesar de vir demais frequentemente dominado por racionalidade e incônscio. 

Mas, como afirma, com sapiente conhecimento de causa, o notório arquiteto Renzo Piano, a criatividade é “como uma partida de tênis de mesa” que permite ao homem de estar em empatia com o próximo de maneira compartilhada para render uma ideia real e desenvolvida em cada aspecto seu. De facto, privada de retroinformação, a frágil centelha concebida arrisca de esvair-se no nada, enquanto, embora a brotar talvez do conhecimento pregresso do imaginário coletivo, pode se tornar original através de outra sensível contribuição do momento.

A música, o cinema e a banda desenhada fundam a própria construção midiática e emocional exatamente sobre a contribuição de mais “mentes” que arriscam tais formas artísticas de capacidades individuais únicas e irrepetíveis.

Esse compartilhamento hoje está presente sobre as folhas de estojos especiais, reunidos para homenagear o imaginário western por mim visualizado em “Ken Parker”, “Tex” e “Mágico Vento”, na tentativa de portar recursos econômicos aos povos de Madagascar em graves dificuldades de sobrevivência.

Graças ao coração de Davide Curlante que os tem pensado, dos colegas que os tornaram concretos com as suas obras e das pessoas generosas que, os aquisitando, tornam completa a idéia projectual com um benéfico contributo a favor de quem é depredado por além de cinco séculos dos próprios recursos, da liberdade e – demais frequentemente – da própria vida.

Obrigado a todos!

Ivo Milazzo.

Ivo Milazzo, “Sangue sul Colorado”

Stefano Andreucci

Andrea Borgioli

Enrique Breccia

Enrique Breccia

Giampiero Casertano

Giorgio Cavazzano

Gianluca Cestaro

Raul Cestaro

Pasquale Frisenda

Alessandro Giordano

Alessandro Giordano

Stefano Landini

Helena Masellis

Alessandro Poli

Fernando Proietti

Michele Rubini

Ivo Milazzo, “Boston”

Giancarlo Alessandrini

Stefano Biglia

Fernando Caretta

Stefano Casini

Andrea Cucchi

Aldo Di Gennaro

Francesco Dossena

Maurizio Dotti

Davide Furnò

Paolo Grella

Corrado Mastantuono

Pedro Mauro

Leo Ortolani – Cores de Alberto Madrigal

Maurizio Rosenzweig

Giorgio Trevisan

Luca Vannini

Luca Vannini

PORTFÓLIO COM ESCOPO BENÉFICO para realizar um poço no sul de Madagascar, onde a seca e a água poluída têm dizimado uma população já ao extremo. À obra concluída será afixada uma placa para honrar o Mestre Ivo Milazzo.

Associazione Mana Uona Calimera
Organizzazione per la cooperazione e la solidarietà Internazionale

Via 13 Giugno, 26
73021 Calimera (FE)
Italia
CF. 93148930758

Capa do estojo do volume I em preto e branco.

Capa do estojo do volume II a cores.

Maurizio Dotti, em seu estúdio com a sua ilustração para o portfólio, e Davide Curlante.

Ivo Milazzo, em seu estúdio,…

…a assinar os estojos dos dois volumes do art portfólio.

…a assinar sem dedicatória, conforme a sua solicitação, “Texone” e “Boston” e Stefano Biglia a assinar as suas 239 cópias e a dedicar a quem expressamente pediu.

…a desenhar “Tina o Maria – Riflessi di una vita”, o sexto volume da coleção “Ivo Milazzo” da editora Edizioni NPE, com lançamento previsto para o fim de 2021, dedicado à figura de Tina Modotti, fotógrafa, ativista e atriz italiana.

Agradecimento a Davide Curlante da Associação Mana Uona, uma organização para a cooperação e a solidariedade internacional.

Afrânio Braga

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

5 Comentários

  1. Lindo, fantástico, maravilhoso trabalho, faltam adjetivos pra qualificar essa obra. Como faço pra adquirir?

  2. Sem palavras para expressar a excelência desta verdadeira Obra de Arte.
    Parabéns aos Autores e Artistas envolvidos neste lindo empreendimento!

    • Em existindo a possibilidade de adquirir os dois Portfólios, favor contatar via e-mail, ok? Forte abraço e sucesso a todos!
      Att,
      FSPinheiro

  3. Linda e merecida homenagem ao artista, sobretudo porque ele ainda está vivo e pode, assim, desfrutar. Em uma espécie de memorial (ou carta biográfica no português lusitano), escrito pelo próprio Milazzo, encontramos as pistas da sua formação artística lá na infância e, assim, de onde brotam os desenhos cinematográficos, de características expressionistas (que retratam a vida e as pessoas tais quais elas são), deste desenhista genial que deu vida e cara a Ken Parker.
    Uma iniciativa que diz muito sobre o caráter e a sensibilidade social de Milazzo, já que a obra tem finalidades humanitárias com parcela do povo de Madagascar.

Responder a Alci Morais Silveira Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *