Antevisão Albo Speciale nº 22 (Tex Gigante 2008), escrito por Gino D’Antonio e desenhado por Lucio Filippucci

O blogue português do Tex, divulga em mais uma antestreia, 2 páginas de uma história de Tex, intitulada “Seminoles“, integrada no Speciale Tex (Texone) nº 22, a ser lançado pela Sergio Bonelli Editore no próximo mês de Junho.

Argumento e roteiro do mítico Gino D’Antonio baseado, ao menos em parte, numa ideia de Sergio Bonelli/Guido Nolitta, concebida no distante ano de 1993, com desenhos de Lucio Filippucci, que se estreia no mundo de Tex Willer.

Tex deve impedir que o sangue seminole tinja de vermelho as águas dos pântanos das Everglades!

A acção inicia-se num forte na fronteira entre a Louisiana e a Florida, para depois deslocar para outros cenários, mais precisamente nos pântanos das Everglades…

Seminoles - Página ASeminoles - Página B
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Seguem-se mais duas páginas deste Tex Gigante de 2008, estas divulgadas pela própria Sergio Bonelli Editore, no seu site:

Seminoles - Página CSeminoles - Página D
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(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

Gino D’Antonio, o extraordinário desenhador/escritor que infelizmente nos deixou em 24 de Dezembro de 2006, brindou-nos ainda antes da sua partida com a estreia no mundo de Águia da Noite, em concreto com o argumento deste Texone (Tex Gigante), que tem como tema central os pântanos da Florida, onde vivem os índios Seminoles e que acabou de ser desenhado por Lucio Filippucci.

É justamente a este desenhador, assim como à sua primeira prova texiana, mas já bem conhecido por quem segue as outras séries da Sergio Bonelli Editore, que dedicamos o espaço abaixo.

Lucio FilippucciNascido em 1955, na bela cidade de Bolonha, Filippucci – vêem-no num auto-retrato aqui do lado esquerdo – estreia-se aos vinte anos, graças à editora “Edifumetto” de Renzo Barbieri; em 1979, substitui Milo Manara na série “Chris Lean” na revista “Corrier Boy”, para a qual ilustra também numerosas histórias breves.
Em colaboração com o colega e amigo Giovanni Romanini, trabalha também para o mercado francês. Paralelamente ilustra numerosas campanhas publicitárias para o Município de Bolonha e Região Emília Romana, e livros como “O manual de autodefesa televisiva” de Patrizio Roversi (Sperling & Kupfer) e “O manual da top-model” de Syusy Blady (Longanesi).
Colabora por algum tempo com a Panini e com as editoras de livros de infância “Piccoli” e “Juvenilia”, e, em 1992, junto com Alberto Savini vence o Prémio Lunigiana com o volume “Quel tunnel Sotto la scuola”; em 2001 o Museu de Arte moderna de Prato dedica-lhe uma exposição pessoal. Nesse mesmo período, entra no staff de Martin Mystère, do qual se torna rapidamente um dos esteios principais.

O Tex de Lucio FilippucciDesde há um par de anos, que aceitou submeter-se à prova com o nosso Ranger, do qual vos mostramos aqui do lado direito um belo primeiro plano, distinto do inconfundível estilo gráfico de Filippucci, que nos confessou: “Ao início, passar do traço sintético e moderno de Martin Mystère àquele mais clássico e realista de Tex, foi difícil, quase traumático. Depois, lentamente consegui adaptar-me, entrando em sintonia com o seu particular ritmo narrativo, e superando as dificuldades maiores, entre as quais, por exemplo, representar de modo credível os cavalos. Quem nunca os desenhou não pode aprender de um dia para o outro. Neste sentido, mais que abarcar repertórios fotográficos ou livros ilustrados, preferi ver o trabalho de dois grandes autores western, Jean Giraud de Blueberry e o inolvidável Rino Albertarelli. A eles, segundo a minha opinião, se devem os cavalos mais belos, aqueles que se movem com um movimento mais fluído. No futuro, antes de passar a uma nova história, procurarei documentar-me melhor…
O facto é que enfrentei este Texone como se enfrenta uma onda que te cai em cima ao improviso. Foi emocionante, mas tive pouco tempo para programar o trabalho
”.

E com respeito à ambientação? “Neste caso”, responde Filippucci, “baseei-me por certo na minha importante experiência pessoal. Para desenhar as ilhotas, as palmeiras, as magnólias, as canas que infestam os pântanos da Flórida, ajudou-me bastante o facto de ter ilustrado “I giardini venuti dal vento”, um livro escrito pela minha esposa, Maria Gabriella Buccioli (que recebeu o prémio “Giardini botanici Hanbury”) que contou, em forma romanceada, como conseguiu transformar um velho quintal nas colinas bolonhesas, num maravilhoso jardim botânico, aberto ao público. E estamos já a trabalhar num segundo livro…”.

Arte de Lucio Filippucci

Antes de terminar, uma pergunta inevitável ao vencedor do Prémio ANAFI como melhor desenhador em 2005: Não tem nostalgia de Martin Mystère? “Bem”, diz Filippucci sorrindo, “admito que do Detective do Impossível, com as suas viagens aos universos mais fantásticos, sinto um pouco a falta. Mas não o perdi de todo: com Alfredo Castelli estou, com efeito, readaptando em edições ampliadas e coloridas para o mercado internacional algumas histórias do Docteur Mystère publicadas em anos anteriores nos Almanacchi del Mistero”.

Agradecemos à organização do XVI Salão Internacional de Moura, o MouraBD2007, por ter permitido a obtenção das fotografias, durante a exposição dedicada à nova vaga dos desenhadores de Tex Willer.

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