Entrevista com o fã e coleccionador: João Paulo Hildebrandt da Rosa

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: Chamo-me João Paulo Hildebrandt da Rosa, nasci no dia 21 de Fevereiro de 2004, na cidade de Ijuí, noroeste do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Apesar de ter nascido em Ijuí, desde que nasci, vivo em Catuípe, uma pequena cidade vizinha de Ijuí. Moro com os meus pais, e a nossa principal actividade económica é a agropecuária. Eu estudo na Escola Estadual Técnica Guaramano, onde curso o ensino médio e o curso Técnico em Agropecuária.

Quando nasceu o seu interesse pela banda desenhada?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: Antes mesmo de aprender a ler. O meu pai lia para mim, e eu repetia as histórias para os meus familiares. A minha primeira revista em quadrinhos, eu ganhei em 2010, era um Tio Patinhas, com apenas 48 páginas. Nesse tempo já havia aprendido a ler, e logo peguei o gosto por revistas em quadrinhos.

Quando descobriu Tex?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: Foi em 2011, quando o meu pai me presenteou com o Tex Anual número 11, que trazia a história Nas Trilhas do Oeste, da dupla Segura & Ortiz. Confesso que inicialmente não gostei muito. Eu havia aprendido a gostar de revistas coloridos, mais simples. Li umas 40 páginas parei. Até que tempos depois, resolvi completar a leitura das 324 páginas daquele volume. Aí a paixão não teve fim.

Porquê esta paixão por Tex?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: Obviamente porque o carácter de Tex é invejável, todos querem ser tais como eles. Ele não faz distinção entre ninguém. Ele é um personagem que carrega todas as qualidades morais de uma pessoa.

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: Ele é forte e corajoso, mas acima de tudo é humano. Suas histórias não precisam de nada sobrenatural, para serem espectaculares. Também o capricho, com histórias bem feitas, e desenhos incríveis.

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: Tenho 151 revistas. Tenho 3 que são importantes. O Tex Anual 11, pois foi minha primeira revista, o Tex 8, pois é a mais antiga, é de 1977, e o Tex Edição Gigante “Patagônia, pois considero sua melhor história.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: Praticamente apenas livros. Tenho, fora eles apenas um póster e um marca-páginas.

Qual o objecto Tex que mais gostaria de possuir?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: O Tex Gigante desenhado por Galep.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: A minha história preferida, é “Patagônia”. O meu desenhador favorito é Fabio Civitelli e o argumentista que mais me agrada é Claudio Nizzi.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: O que mais me agrada é o seu empenho, para que o certo seja feito. Além disso, há todas as suas qualidades, como força, valentia, etc. Também há, por trás disso, o capricho de seus roteiristas e ilustradores. Não me agrada histórias, onde o fim é vazio. Quando ficam pontas soltas, ou o vilão não paga a sua culpa.

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: O capricho e empenho de seus idealizadores. Sente-se, que cada história, é feita, para agradar mesmo, para divertir, fazer pensar, enfim, os autores, realmente pensam em nós, leitores.

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: Muito pouco. Conheço apenas dois, aqui em minha cidade.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
João Paulo Hildebrandt da Rosa: Menos glorioso que o passado. Infelizmente, uma grande maioria encara a leitura como algo sem-valor, e passam essa cultura a seus descendentes. Vejo o futuro menos glorioso, pois os principais roteiristas e ilustradores, ou faleceram, ou não estão mais na activa. Não que eu esteja desmerecendo os autores actuais, só acho que eles não conseguem, e não conseguiram contar histórias como Bonelli, Nizzi e Segura conseguiram. Talvez, porque Tex já viveu histórias nos mais diferentes cenários.

Prezado pard João Paulo Hildebrandt da Rosa, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

3 Comentários

  1. Achei muito bacana a resposta dele em relação a paixão por Tex, usou bem as palavras. Se assemelha bastante ao que penso sobre nosso herói.

  2. Eu leio Tex desde os quinze anos e agora com 62 todo feliz com coleções de Tex completas e apaixonado pelos Tex em cores das coleções existentes e agora vem outra da Panini.

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