O Alfabeto do Velho Oeste – Letra R

Wilson Vieira:

Desenhador e Argumentista Brasileiro de Banda Desenhada, com mais de 36 anos de experiência, dos quais 7 deles (1973/80), participando como colaborador do estúdio Staff di IF em Génova/Itália, ilustrando também alguns episódios de Il Piccolo Ranger para a Sergio Bonelli Editore, Diabolik, Tarzan e o Homem-Aranha (Octopus desafia o Homem-Aranha). É também o autor da saga Nordestina: Cangaceiros – Homens de Couro e da série western – Gringo, assim como autor de vários outros roteiros. E escreve, escreve…

É também autor do seguinte blogue na Internet:
http://brawvhqs.blogspot.com/

Caros LeitoresGeograficamente falando, como sabem o território dos Estados Unidos da América pode ser dividido em três zonas:
1 O Leste, ou seja, a faixa costeira Atlântica delimitada a ocidente pelas cadeias montanhosas de Allegheny e Apalaches.
2 O Oeste, ou seja, o planalto central ocupado inteiramente pela bacia hidrográfica do Mississipi-Missouri e caracterizado, principalmente em sua parte ocidental, pela imensa vastidão de planícies.
3 E o Far West, ou seja, a região que compreende as Montanhas Rochosas e suas vertentes ocidentais que deslizam para o Oceano Pacífico. Tais configurações geográficas são importantes, para compreendermos bem o desenvolvimento histórico da colonização da América do Norte; a faixa costeira Atlântica foi logicamente a primeira a ser dominada pelos Europeus e por ela surgiram os primeiros vilarejos e as primeiras cidades (1600 e 1700), depois, (início de 1800), o grande planalto central foi, não só atravessado, como colonizado, enquanto que os pioneiros erroneamente o consideraram inapto para a cultivação e preferiram seguir para o Far West, ou seja, o Oregon e a Califórnia. Na segunda metade do século, finalmente também foi retomado o imenso planalto, deixado por tanto tempo antes aos índios e bisontes, transformando-se em objectivo de emigrantes, que lá se estabeleceram e colonizaram. Isso deverá ser recordado, para estabelecer dois conceitos, geralmente confusos. 1 Aquele de “fronteira”. 2 Aquele de “conquista” do West. De facto, desde que núcleos de colonizadores ingleses estabeleceram-se na Virgínia em 1620, a vida dura de fronteira, foi para os predecessores brancos uma realidade quotidiana, com todos os percalços e perigos que ela representava; principalmente a hostilidade natural dos índios nativos diante dos cruéis invasores. Ao contrário, com a expressão “conquista” do West, entende-se somente aquele movimento de massa humana, que teve início nos primeiros anos de 1800 e avançou além das fronteiras, pelas cadeias de montanhas, até o vale do Mississipi e depois, foi até à costa do Pacífico; nesse sentido a “conquista” do West não é mais que, o último período da história da fronteira americana. Sendo assim, para esmiuçar o passado americano, que tanto nos fascina, apresento com imensa satisfação O ALFABETO DO VELHO OESTE propondo esse database western básico, narrado a verbetes, em ordem alfabética, os pormenores sobre tal época. Projecto online penso, pioneiro tanto em Portugal, quanto no Brasil, estimulado a publicá-lo, através do amigo entusiasta José Carlos Francisco (Zeca), o qual me ofereceu generosamente o espaço, neste já renomado Blogue e aceitei. Será um trabalho longo e árduo admito, porém prazeroso, onde a cada letra específica, o amigo leitor encontrará uma variedade de descrições relativas a ela, num período onde homens, mulheres, animais, geografia e clima, entrelaçavam-se na batalha árdua do quotidiano em busca da sonhada sobrevivência o Velho Oeste. Espero que aprovem o conteúdo sugerido e me acompanhem, nessa aventura extraordinária, agora com a letra…

R

Raças equinas – A mais antiga raça equina Norte-americana da idade moderna é o puro-sangue Moro-Árabe dos Espanhóis do qual, através de sucessivos cruzamentos com as variedades equinas em estado selvagem, derivou o forte esqueleto do cavalo Mexicano. As raças Asiáticas muito provavelmente foram importadas para a América pelos colonizadores Russos, da antiga Califórnia. Através de cruzamentos, os Índios da tribo dos “Narizes Furados”, do Oregon, conseguiram criar a raça “Appalousa”, que era originária da China, enquanto que os Índios “Cayuse” produziram a primeira raça americana, o forte e arisco “Cayuse”. Uma raça que se desenvolveu em modo autónomo e em estado selvagem, foi o “Mustang”, constituindo uma raça inferior e foi em grande parte abatida seja pelos Índios que pelos cowboys. O “Cavalo Selvagem” americano é uma raça à parte e não deve ser trocada com o “Mustang”. Possui pernas longas, velozes e surgiu na História como o “Pony Indígena”. Entre as raças criadas pelos Americanos, através de cruzamentos, ocorre mencionar, sobretudo: o “Standard”, que surgiu por volta de 1780, como resultado de cruzamento entre o cavalo Mexicano e o puro-sangue Inglês. Ensinado a levar tilburis leves, tornou-se mais tarde o “Correio” da América. Por volta de 1800, de um cruzamento entre um puro-sangue Anglo-Árabe, com a raça Árabe, derivou o cavalo “Morgan”. Foi apreciado por sua velocidade e resistência. O puro-sangue Americano, foi conseguido através do cruzamento do puro-sangue de corrida Inglês com o cavalo Selvagem Americano. Era um cavalo grande, esqueleto potente, veloz, resistente e particularmente adaptado para saltos e corridas de longas distâncias. O cavalo preferido para trabalhos quotidianos dos cowboys era o chamado “Quarter Horse”, que era o melhor para o recolhimento e a condução das boiadas e também nos Rodeios. A raça pesada e resistente ao frio, chamada “Percheron” e apelidada de “Urso com cascos” era a preferida particularmente nas zonas frias do noroeste.

Rain-in-the-face – Esse cacique “Sioux”, nascido às margens do Cheyenne River em Dakota do Sul, pertencia ao Clã dos “Hunkpapas” e devia o seu nome “Chuva-no-Rosto” ao facto de ter combatido um dia inteiro debaixo de uma chuva torrencial. Ele tinha o hábito de pintar o seu rosto de uma parte em vermelho e a outra em negro, simbolizando o sol e a noite, mas a chuva, dissolvendo a pintura, deixou somente inúmeras linhas. “Rain-in-the-face” participou de incontáveis combates e adquiriu grande experiência em combates; foi para o Fort Phil Kearny, Wyoming, em Dezembro de 1866, quando o capitão William Fetterman e seus 80 soldados foram mortos. Certo dia ele foi preso pelo coronel Tom Custer, irmão de Custer, mas conseguiu escapar, jurando vingança, de arrancar-lhe o coração e de comê-lo. Após ter combatido ao lado de “Sitting Bull” na batalha de “Little Big Horn”, afirmou que ele mesmo tinha matado o general Custer e seu irmão. Alguns anos após, porém, em Coney Island, onde se encontrava de passagem, negou de ter matado George Armstrong Custer, mas confirmou ter matado Tom Custer e de ter-lhe arrancado o coração. “Rain-in-the-face” acompanhou o cacique “Sitting Bull” ao Canadá e participou de tantos outros combates. Entregou-se para as tropas Americanas em 1880 e viveu o resto de sua vida solitário. Ignora-se a data exacta de sua morte.

Ranch – Forma Americanizada da palavra Mexicana que significava “Pequena Criação” em confronto a “Hacienda” que em ordem de grandeza do México, correspondia mais ou menos a um pequeno “Principado” Europeu. Nos primeiros anos da Colonização Espanhola da Califórnia, Arizona, New Mexico e Texas, “Rancho” podia também indicar uma Missão Franciscana que criava animais. Após as lutas de Independência dessa Província Espanhola, a palavra, modificada em “Ranch”, entrou em uso comum dos colonizadores Americanos, que continuaram as criações dos Espanhóis e das Missões Espanholas. Após a adesão desses Estados aos EUA, os “Ranches” foram constituídos, por uma parte, de pequenos criadores perto de uma minúscula e rústica habitação, comandados por uma só família; geralmente com um homem, por outra parte a denominação de “Rancher” significou rapidamente para designar também a actividade nómada daqueles que, a princípio, não faziam nada mais que recolher o gado solto, marcá-lo, formar as boiadas, levando-as de pasto em pasto. Tais “Ranches” consistiam, em sua maioria, unicamente de cabanas provisórias, ou tendas, que podiam ser abandonadas em qualquer momento e reconstituídas ou remontadas em qualquer outro lugar. Nos anos imediatamente precedentes à Guerra Civil Americana, isto é entre 1850 e 1861, um número sempre maior desses criadores nómadas, que se mudavam constantemente para o ocidente, mudaram de hábito, fixando as suas residências. Geralmente escolhia-se um lugar bem alto, do qual se podia observar tudo em volta e principalmente lugares com água o suficiente para durar o ano inteiro, portanto perto de rios ou lagos. Eram preferidos também lugares em grandes vales ou em Canyons. Esses primeiros “Ranches” eram constituídos de um grande salão, construídos em madeira ou “Adobe”, no sudoeste ou com troncos de árvores no noroeste, ou nas planícies, também com fibras vegetais. Essas casas serviam principalmente como reparo aos homens e como depósito para seus objectos de trabalho. Mais tarde, após a Guerra, quando as grandes boiadas eram conduzidas ao norte, a partir de 1865, muitos dos “Ranchers”, fixaram-se na terra, construindo grandes e cómodas habitações. Elas consistiam geralmente numa casa principal (Ranch House), com um grande terraço, uma antessala, uma sala de jantar, escritório, sala de armas, alguns quartos para os visitantes, e a cozinha (Mess ou Kitchen House), que continha uma grande cozinha, o depósito de mercadorias e uma sala de jantar para os dependentes; o dormitório (Bunk House), capaz de hospedar de 9 a 40 pessoas, enfim depois vinham as oficinas, currais, o depósito para o feno, etc. Quase todas essas casas possuíam uma grande varanda coberta, o dormitório possuía um grande quintal coberto, que dava sombra para as horas de repouso. No grande salão o pavimento era coberto por peles de bisonte e as paredes eram ornamentadas com troféus de caça; peles de puma, ursos, antílopes, lobos, ou então com armas; carabinas, rifles, revólveres. As cadeiras eram recobertas por um couro macio, existiam as lareiras e lampiões a petróleo. A casa para dormir constituía, de regra, espaços elevados, onde os leitos eram dispostos e diante deles, cadeiras e no centro uma imensa mesa. Na sala de estar imensa, estava uma mesa redonda ao centro, bancos perto das paredes com armários e locais para selas, arreios, etc. A oficina quase sempre possuía uma marcenaria e espaço para ferramentas. A estalagem possuía os boxes e seu próprio curral e bebedouro. Com a introdução dos assim chamados “Poços a Vento”, que forneciam sempre água fresca, e que eram construções com vinte metros e que traziam água da profundidade de 200 metros e a jogava num imenso reservatório, tornaram-se indispensáveis nas fazendas do sudoeste. Outros currais que eram construídos em forma circular, em volta do “Ranch”, serviam para a domesticação, ou treinamento dos cavalos “Broncos” e para a separação dos garanhões e touros reprodutivos. Antes do arame farpado, faziam parte do “Ranch”, pequenas cabanas, os assim chamados “Camps”, de fronteira, localizados ao fim dos pastos, eram móveis a uma distância não longa entre eles; eram habitadas por cowboys que tinham a função de impedir que o gado fugisse e procurar alguma rês perdida, marcar o gado, lutar contra ladrões de gado, e Índios, durante o Inverno, de manter os poços abertos.

Ranch Boss – O director de um “Ranch”. Correspondia mais ou menos a um gerente administrativo actual.

Ranch del Nord – Criação de bovinos e o trabalho relativos às boiadas eram diferentes entre as regiões setentrionais da América e as meridionais e do sudoeste. A diferença é explicada pelo clima mais rígido e com mais chuva. Também o feno era mais abundante.

Rancher – Possuidor. Nem sempre era o proprietário de um Ranch, podia ser também um administrador ou um inquilino. A palavra é a forma “Americanizada” da palavra Mexicana “Ranchero”. No Texas, até nos últimos anos dos “Reinos dos Bovinos”, indicava-se o nome “Ranchero” também para o possuidor de um pequeno “Ranch”, que dispunha relativamente somente de algumas reses e pouco terreno. No noroeste chamava-se invés de “Small Rancher”; geralmente era também uma espécie de colono, o proprietário de uma casa colonial, que possuía campo cultivável, criava porcos e galinhas e cultivava hortaliças; ou seja, tudo o que um “Rancher” desprezava, e, além disso, possuía uma pequena boiada e seus pastos que muitas vezes eram alugados. O “Grande Rancher” era possuidor e proprietário de vários “Ranches”, interligados por pastos, numa comunidade; que por sua vez, era cuidada por administradores.

Range – Era uma palavra dos Cowboys, de muito difícil explicação, porque sugeria significados diversos. “Range” indicava a imensidão dos territórios, dimensões totais da sua amplidão; com “Long Range” indicava a impressão de uma solidão infinita, causada pela imensa extensão. “Long Range” significava (grandes distâncias) e o “Ranger” era o homem “que só e podendo acreditar somente em si, cobre enormes distâncias”. “Range”, porém significava também “Territórios não delimitados”, sem demarcações, ou seja, eram livres.

Reata – Palavra muito usada na América, para indicar a corda para lançamentos, que na Europa era chamada erroneamente de “Lazo”.

Reavis – James Addison.   Ocupou-se por vários anos, como simples empregado, nos arquivos da velha cidade de Santa Fé. Durante o exercício de sua profissão, encontrou antigos documentos Espanhóis e Mexicanos, quando lhe veio em mente uma ideia grandiosa. Falsificando alguns documentos da época da Conquista Espanhola, transformara-se em o “Barão – Miguel Silva de Peralta de la Cordoba”, um descendente que por tais méritos, de tudo inventado, o Rei da Espanha lhe tinha dado imensas concessões de terras no Arizona. Em base ao acordo existente entre os EUA e o México, foi chamado de “Gadsen Porchase”, em virtude do qual os EUA e o México, reconheciam as doações feitas pelo Rei da Espanha, Reavis reclamou uma vastíssima região do Arizona e México. Faltou pouco para que o Governo Americano, caísse vítima desse engodo, fazendo de Reavis o maior proprietário de terras da América. Nesse ínterim o “Barão de Arizona” vivia como um nababo; cobrava taxas, fazia-se servir-se por Apaches, em uniformes, possuía casas em New York, Londres e Madrid e finalmente, exigiu da “Southern Pacific”, os direitos de portagem que eram cifras imensas. Mas, tudo foi descoberto antes que o Congresso reconhecesse tais direitos. Em 1895 Reavis, foi “desmascarado” e condenado a 2 anos de prisão. Quando foi libertado, não era mais que um mero e mísero vagabundo, em meio a tantos outros da época.

Rebelde – Depois que os Estados do Sul tinham perdido a Guerra Civil, esse apelido era dado ao Norte e pelos Nortistas que chegavam ao Sul, por negócios, a todos aqueles cowboys do Texas que cantavam canções sarcásticas, zombando os burgueses da cidade, por sua concessão hipócrita da moral. O rancher Wilson S. Marshal sustentava a esse propósito em 1868: “Esses não têm o direito de chamar de Rebelde, qualquer cidadão dos Estados do Sul, porque os Estados do Sul não se rebelaram à União, mas valeram-se do direito reconhecido a cada Estado, ao acto de sua entrada na União, de poder retroceder a qualquer momento dela. Foi exactamente isso que fizeram os Estados do Sul, mas os Estados do Norte ignoraram por completo tal direito há seu tempo reconhecido. Diante do mundo, ficaram entrincheirados atrás da questão moral da Escravidão e obrigaram-nos com a força e com as armas a tornarmos membros da União. A guerra era então ilegal e contra o direito. Se nós somos Rebeldes, o somos contra a violação de tratamento, interferidos entre os Estados, segundo o direito das pessoas. Isso os Nortistas não deveriam esquecer, jamais”.

Red Cloud – Foi o cacique mais famoso dos “Ogalas Tetons Sioux”, um dos principais Clãs de Dakota. Nasceu em 1822 e o seu nome queria dizer: “Nuvem Vermelha”. Em 1835 ele protestou contra a construção, iniciada pelos Americanos, de uma estrada que partia do Fort Laramie, Wyoming, em direcção das minas de ouro da região de Bonanza, em território de Montana. Notando que os brancos instalavam-se nas pradarias mais férteis, onde pastavam as grandes manadas de bisontes, ele reuniu 2.000 guerreiros e derrotou um Destacamento de soldados com 80 militares diante do Fort Phil Kaerny, em Dezembro de 1866. Teve então lugar para a batalha contra Fetterman e a Segunda batalha de Wagon Box. O governo decidiu então abandonar a construção da tal estrada e “Red Cloud”, então “devolveu” as Montanhas “Black Hills” em 1870, durante a guerra dos “Sioux”, onde tinham já descoberto o metal dourado. “Red Cloud” foi um grande condutor, um cacique militar, um homem de Estado, um orador e um grande patriota que lutou só pelo bem de sua tribo. Morreu em 1909.

Red Jacket – Foi um orador de grande talento da tribo dos “Wolf” dos Índios “Senecas”. Nasceu por volta de 1756 em Canoga, no futuro Estado de New York. O seu nome Indígena era “Sagoyewatha”, que significava: “Aquele que fala para que os demais fiquem acordados”. Recebeu o nome de “Red Jacket” durante a Revolução quando um oficial Britânico, maravilhado com a sua autoridade e seu valor, ofereceu-lhe uma jaqueta vermelha. O grande cacique “Iroquês” “Cornplanter”, porém, considerava-o um velhaco e obrigou a sua esposa a deixá-lo. Quando “Red Jacket” fez a paz com os Americanos, desprezou o modo de vida dos brancos, que considerava nefasto para os Índios. Em 1792, quando visitava um conhecido em Filadélfia, foi apresentado a George Washington, que lhe condecorou com uma medalha, que hoje se encontra no Museu de “Buffalo Historical Society”. Um pouco antes da guerra de 1812, os Canadianos tentaram convencer “Red Jacket” a unir-se aos “Algonquins” para ajudar os Ingleses a conquistarem o território do vale de Ohio, mas ele negou tal apoio. Quando surgiram as hostilidades, ficou do lado dos Americanos. “Red Jacket” morreu em 20 de Janeiro de 1830 e foi sepultado no cemitério de Forrest Land em Buffalo, onde em 22 de Junho de 1891, foi erguido um monumento em sua memória.

Reed – 1. James Frazier possuía em Illinois um moinho e uma fábrica de móveis e era um imigrado Polaco, cujo nome era Reedowski. Descendente de uma tradicional família de oficiais e em 1846, juntamente com a família de seu vizinho George Donner e a um grupo de imigrantes Alemães, iniciaram a trágica viagem para a Califórnia, que passou para a História com o nome de “Donner Party”. Ao início essas famílias queriam ir para o Oregon, mas antes da travessia de Serra Nevada, Donner, Reed e outros decidiram tentar a sorte nas minas auríferas da Califórnia. Donner possuía um mapa do general Fremont, no qual o caminho parecia fácil. Rapidamente, porém, descobriram que o mapa não era o correcto e que o caminho sinalizado nele, na realidade, não existia. A expedição foi surpreendida pelo intenso Inverno, enquanto se encontrava no meio das montanhas, e perto de “Sabe Tahoe”, começou a catástrofe. Os carroções não puderam prosseguir por causa do acúmulo de neve. Derrubaram então árvores e construíram cabanas como abrigo. Mas logo a fome consumiu uma família atrás da outra. Alguns tentaram chegar ao Suter’s Fort, do outro lado do Passo Donner. Durante o trajecto maldito, os mais fortes alimentaram-se com os mais fracos. Somente uma parte, exausta, chegou finalmente ao moinho de August Suter. Entre eles estava Patty Reed. Para trás entre tantos, tinha ficado o Alemão Lewis Keseberg, que foi encontrado mais tarde e sobreviveu. Tinha se alimentado dos mortos e tinha perdido a sua memória. Mais tarde foi processado por canibalismo, mas foi multado somente com a multa de 1 dólar. 2. James Warren, nasceu em 9 de Dezembro de 1849 em Parkersburg, Virgínia Ocidental e morreu em 8 de Setembro de 1912; estudou Direito e com a idade de 30 anos, em 1879, estabeleceu-se em Wood County, como advogado. Foi depois para Ohio, conseguindo a fama de “Conseguir vencer qualquer processo”. Em 1886 foi admitido como advogado junto ao Tribunal Supremo de Virgínia Ocidental e ao Tribunal Distrital. Ainda no mesmo ano foi para a Califórnia, San Francisco. Com seu primo, o ex Juiz Ira H. Reed, de San Andrea, resolveu a favor de seus clientes muitos e complicados processos, referentes ao Direito Minerário e Fundiário. Em 1889 apresentou-se ao Fort Smith e obteve a autorização para ser advogado junto ao Tribunal de Parker. Ele defendeu mais de 1.000 malfeitores e 134 acusados de assassinatos; somente dois destes foram sentenciados. Esposado desde 1877 com a professora Viola C. Sheppard, a sua “guerra” contra o Juiz Parker, geralmente conduzida com todos os meios à sua disposição, deu-lhe sua fama lendária. Em Janeiro de 1897, após a extinção do Tribunal Federal do Fort Smith, estabeleceu-se em Muskogee; em 1898 foi para Chicago onde foi vítima do alcoolismo. Tornando ao Oklahoma, terminou os seus dias, como um mero vagabundo.

Rei dos bovinos – (Cattleman). O criador de gado (Pecuarista) considera-se e eram considerados, como um aristocrático na Sociedade Americana, com o qual não se pode nem paragonar com os maiores milionários, porque o ser do criador não é somente uma função, mas sim uma profissão, uma actividade, mas também uma ética. Nenhuma outra personagem do Novo Mundo encarnou, na medida exacta, aquele ideal democrático com inteligente harmonia entre a liberdade sem limites e autodisciplina ao respeito recíproco, como o criador de bovinos, o qual foi sempre alheio ao despotismo, típico de certos “Conquistadores Industriais”, que nada reconheciam senão a superioridade do dinheiro. Para o pecuarista, o respeito de si mesmo, sua honra e aquilo que qualquer outro, mesmo do negro, contava mais que outra coisa qualquer. O seu Reino estava baseado no constante plebiscito de seus membros. Para ele o cowboy não era um mero submisso trabalhador, mas um colaborador com os mesmos direitos, independente e responsável somente diante de si próprio, o qual atribuía à idêntica consideração que a si mesmo. Por esse motivo, no “Reino dos Bovinos”, não existiam nem problemas raciais. Cada homem que fosse capaz de cavalgar e conhecer o seu trabalho, era um cowboy, sendo branco, negro, mulato, chinês, índio, mestiço, ou qualquer diferença que determinasse a cor de sua pele ou nascimento. Para o criador a palavra data era sagrada, os ideais Cristãos e Cavalheirescos do ocidente eram óbvios, a tolerância um traço natural de seu carácter. O criador antigo não existe mais, assim bem como o “Reino dos Bovinos”, mas a Sociedade Americana ainda guarda, essa figura como uma elite Humana solitária da Nação. A propriedade dos “Reis dos Bovinos” era extensa tanto quanto Principados, Ducados ou Reinos Europeus; a “Santa Gertrudis Ranch” de Richard King, no sudoeste do Texas, compreendia 1.250.000 acres de pasto. Ainda hoje é tão grande que somente se pode atravessá-lo com avião em horas de voo. John W. Iliff, com o seu enorme “Ranch”, tornou-se “Rei dos Bovinos” do Colorado, Miller & Lux possuíam um Império que ia da costa ocidental do Oregon, ao norte, até à Califórnia do Sul e algo em Nevada. O “Reino” de John S. Chisum compreendia a metade das “Staked Pains” em New Mexico, Charles Goodnight e George W. Littlefield dividiram entre si o resto do deserto. O Marquês Des Mores possuía em Dakota uma zona de criação, semelhante em tamanho a um Principado. O Alemão Conrad Kohrs fundou em Montana, um “Reino” de imensa proporção. Assim como outros tantos. Raramente os fundadores nasceram onde deixaram o testemunho de suas actividades. Muitos vinham dos Estados Atlânticos; Richard King de New York, Dan Casement da Pennsylvania, Charles Goodnight de Illinois, B. Farnell de New York, J. S. Chisum do Tennessee, alguns de outros Países, como: Conrad Kohrs, Henry Miller e o Barão Richthofen da Alemanha, Henry Turnstall da Inglaterra, o Barão de Bonnemais e o Marquês Des Mores da França, Yun-Ting da China, Kwamoto do Japão, Patrick Driscill da Irlanda, John McGregor da Escócia, etc. A natureza Cosmopolita da criação de gado, foi ainda mais acentuada pela pluralidade das classes sociais de proveniência. Teddy Roosevelt, por exemplo, provinha de uma riquíssima família do Oeste, George Littlefield da aristocracia de plantadores do sul, Richard King nasceu numa favela de New York, Gregor Lang e M. McKenzie representavam a burguesia Britânica, Pierre Wibaux era descendente de uma família burguesa Francesa, Korhrs e Miller eram da classe de assalariados Alemães, Richthofen da Aristocracia Prussiana, Choteau da pobreza de Paris e tantos outros socialmente diferentes. A maioria dos “Ranchers” estava assim convicta da validade absoluta de seu Código de Honra que até não portavam armas. Chissum disse: “A maior garantia dos “Ranchers” de não se envolverem num tiroteio é não portando armas”. Eles geralmente não prometiam, cumpriam tudo o mais rápido possível. Assim por exemplo, desprezavam cheques, letras cambiais e cédulas, pois tudo isso representavam promessas de pagamento. Os “Ranchers” pagavam sempre com ouro à vista, um hábito curioso que induziu o Texano Abel “Shangai” Pierce, de ser acompanhado sempre por um imenso cowboy negro que, num saco de pele, levava quase sempre consigo a quantia de 100.000 dólares em moedas de ouro. Ninguém jamais tentou roubar Pierce que dizia: “Cada criminoso sabe exactamente que milhares de cowboys recuperariam o dinheiro, restituindo-o para mim e que ele ficaria pendurado enforcado, no ramo de uma árvore qualquer, para toda a Eternidade”.

Reincidente – Bovino selvagem, capturado e cortado seus chifres, o qual, volta novamente para a vegetação espinhosa da “Brasada”, onde torna a comportar-se mais selvaticamente que antes.

Reino dos bovinos – (Cattle Kingdom). Foi o período compreendendo os anos de 1865 a 1890, no qual os cowboys Americanos e o “Rei dos Bovinos” fundaram seus reinos, tomando posse de toda a faixa com planícies dos EUA e deixando a sua marca no território e nas pessoas. O “Reino dos Bovinos” pode ser considerado em sua totalidade o primeiro acto da nova indústria Americana de gado. O elemento característico de tal Reino foi o facto de que todos os homens que faziam parte dele se unificaram exclusivamente ao código de honra, não escrito dos cowboys. Porém, milhões de novos colonizadores que optaram pelo arame farpado, delimitando assim o pasto livre, depois a vitória sobre o tempo e espaço pela Ferrovia, a fundação de milhares de cidadelas e o estabelecimento da Autoridade Estatal, puseram um fim, ao final do XIX século, o decantado “Reino dos Bovinos”, cujo lugar foi substituído por uma indústria racionalizada de criação de gado, com uma produção em alta escala agrícola-industrial de carne e couro, que não tinha nada em comum com o romantismo aventuroso dos anos precedentes e suas principais personagens; os cowboys.

Remington – 1. Frederick Sackrider, nascido em 1 de Outubro de 1861, morto em 25 de Dezembro de 1909, pintor, desenhador, ilustrador, escultor e escritor excelente Artista Gráfico em representar as paisagens do Velho Oeste, representando-as com o seu próprio ponto de vista em incontáveis desenhos. Os cavalos indígenas e os soldados eram a sua especialidade pictórica. Com 19 anos emigrou para o Oeste, através do Dakota, Montana, Kansas e Oklahoma, vindo a consciencializar-se dos Índios, soldados e cowboys no momento culminante de sua recíproca hostilidade; comprou e revendeu um Ranch em Kansas, atravessou o sudoeste e publicou no “Harpers Weekly” as suas ilustrações que lhe deram fama mundial. 2. Fábrica de armas nos EUA, conhecida por seus modelos “Remington Rolling Block” e “Remington Revolving Carbine”, rifles e por inúmeros tipos de revólver. Remington fabricou também numerosos rifles para o Exército dos EUA e também o tipo “Remington Zuave Rifle”, calibre .54 muito popular no Velho Oeste.

Remuda – Da voz Espanhola “Remuda” de “Caballos”, que quer dizer cavalos de reserva. Os cowboys nominaram com esse nome os seus cavalos de reserva, cuidada e guiada por um ou mais guardiães, que durante os transferimentos de bovinos, ou o recolhimento deles, eram sempre mantidos prontos, à disposição dos cowboys.

Renegat – Touro, que por muitas batalhas perdidas, contra outros durante o cio das vacas, era separado da boiada e vivia solitário. Esses touros, chamados também de “Fora-da-lei”, podiam atacar inesperadamente outros bois e novilhos, incluindo também cavalos e homens, com ferocidade, matando tudo à sua frente com os seus chifres longos e pisoteando a sua vítima até torná-la irreconhecível. Eram executados em qualquer lugar, onde estivessem.

Rep – Abreviação dos cowboys para o termo “Representante”. Esses “Reps” representavam os Ranchs próximos, quando se procedia ao recolhimento geral dos bovinos e depois eram separados, segundo os seus proprietários. Essa separação de animais era chamada também de “Repping”.

Revolta del Pueblo – Em 30 de Junho de 1846, o coronel Stephen Watts Kearny, com 6 Companhias de Dragões, 2 Baterias de Artilharia (16 canhões), 2 Companhias de Infantaria e 1 Regimento de Cavalaria, totalizando 1658 soldados, marchou de Fort Leavenworth, Kansas para o Novo México, do qual tomou posse em nome dos EUA, sem encontrar resistência. O general Mexicano Armijo, retirou-se com os seus 5.000 soldados e a Província Mexicana “New Mexico” passou aos EUA. Esses nominaram como Governador o “Trapper” Charles Bent, que por vinte anos tinha comercializado pela pista denominada “Taos”, de Santa Fé, e conhecia muito bem a região e os Índios. Inicialmente os ”Pueblos”, que no passado tinham combatido com muito sangue os “Conquistadores” e se encontravam em constante guerra contra os “Navajos” e os “Apaches”, mantinham-se leais diante dos Americanos. Quando, porém esses últimos negaram de confiar postos de responsabilidades aos Mexicanos, como Diego Archuleta e os padres; Antonio José Martinez, J. F. Leyba e Felipe Juan Ortiz, elegendo somente Americanos, os Mexicanos que durante o tempo da Emancipação Mexicana da Espanha, eram amigos dos Índios, fomentaram o ódio neles, contra os novos “Patrões”, de tal modo que em Dezembro de 1846 os Índios, comandados pelo cacique “Pablo Montoya” e “Tomasito”, decidiram uma revolta e caça aberta aos “Gringos”. O coronel Kearny tinha deixado o Novo México, aparentemente pacífico, ficando somente o coronel Sterling Price com algumas centenas de Dragões e 1 Bateria de Artilharia, tendo partido para a Califórnia, para a futura inclusão desse Estado aos EUA. Quando o governador Charles Bent, que com sua mulher, a Mexicana Rosita, viviam em Taos, recebeu a notícia em Santa Fé, dos planos de revolta dos “Pueblos”, limitou-se em 5 de Janeiro de 1847 a lançar um proclama à população, no qual vinha reafirmada a confiança na lealdade dos “Pueblos”. Quando a revolta explodiu, em 19 de Janeiro de 1847, os Americanos não esperavam. Na manhã daquele dia, os Índios compareceram diante ao “Calabozo” (Prisão) e pediram ao xerife Stephen Lee a libertação de 3 Índios presos por furto de cavalos. O que foi prontamente negado, eles capturaram o prefeito da cidade, Cornelio Vigel fazendo-o simplesmente em pedaços. Morto depois o xerife, dirigiram-se para a casa do governador Bent, o assassinaram e levaram o seu escalpe para a sua esposa, depois mataram o representante do Ministério Público, James W. Leal, jogando o seu cadáver aos porcos. Narcissus Beaubien, o filho do Primeiro Juiz, Pablo Harmiveah e todos os demais Americanos que caíram ainda vivos nas mãos dos Índios, foram também vítimas dessa primeira acção de revolta. A população foi incitada a revoltar contra os Americanos. Em Mora foram mortos 8 Americanos. Em Rio Colorado 2 Americanos, em Mulino Turley 8 Americanos, em Arroyo Hondo foram mortos 4 cowboys e a sua boiada. O coronel Price recebeu em 20 de Janeiro, a notícia referente a tais acontecimentos. Colocou então em marcha as Tropas de Albuquerque comandadas pelo major Edmonson e as Tropas de Santa Fé, comandadas pelo capitão Burgwin, e dirigiu-se com 2 Companhias de Dragões para Taos. Formaram uma barricada em Embudo Canyon, os Americanos conquistaram Embudo e através das montanhas recobertas com neve, dirigiram-se para Trampas. Em 3 de Fevereiro de 1847, chegaram, atravessando Taos, a vizinha Pueblo. Segundo as regras do Estado Maior, Prince atacou com grupos de soldados, Artilharia e bombas de mão. Após a queda de 150 Índios do total de 650, eles se entregaram. Foram processados em 7 de Março de 1847, em Taos, 14 foram condenados à morte e enforcados no local. Os ”Pueblos” entenderam que era insensato revoltar-se contra os Americanos, “aconselhados” por padres e políticos. A revolta de 1847 foi a sua última tentativa de reconquistar a Independência que tinham perdido antes contra os Espanhóis, depois contra os Mexicanos e finalmente contra os Americanos.

Rhodes, Cuffey & Sheehan – Durante o atravessamento dos túneis das Montanhas Rochosas, acontecia com certa frequência, que o maquinista e o foguista de um trem fossem atingidos pelo vapor com fagulhas sendo queimados, ou senão envenenados, especialmente quando, antes do carvão, usavam-se lenha de pinho. Geralmente os homens ficavam mortos na locomotiva, quando o trem saía do túnel assassino. A Empresa “Rhodes, Cuffey & Sheehan” construiu diversos modelos das chamadas “Máscaras de Túneis”, em material resistente, através dos quais o oxigénio era fornecido aos trabalhadores por cilindros.

Richthofen – Barão Walter.  Nasceu em 1848, morreu em 8 de Maio de 1898, aristocrático da Silésia Prussiana, originário de Kreisenitz, Guarda do Corpo do Kaiser Guilherme I, emigrou para a América em1870, desembarcou em New York e com uma diligência postal foi para Denver, Colorado, resumindo com estas palavras, a impressão que teve da pradaria: “Eu sei que há uns 20 anos atrás, muitos Americanos importantes e sérios estavam avisados que o assim chamado “Grande Deserto Americano”, não seria jamais habitado e seria economicamente inútil. Hoje estou convencido que essas pradarias do Oeste se transformarão no centro da produção mundial de carne”. Richthofen comprou o Ranch “Karlowitz” perto de Denver, criava cavalos puro-sangue da raça Kentucky, organizou corridas de trotes, comprou e vendeu terras, fundou a “Denver Circle Railroad”, a cidade de Montclair perto de Denver e a fábrica de cerveja “Sans-Souci”. Criou gado, imprimiu mapas, abriu uma leitaria e construiu um castelo em estilo antigo dos nobres Alemães com várias torres. Em 1885 chamou para si a atenção de toda a América e Europa com o seu Livro Estudo de Economia relativo ao “Criadouro de Bovinos nas planícies Americanas”, no qual com documentada precisão tipicamente Prussiana, demonstrava que nos EUA, não existia negócio mais seguro que a criação de gado. Morreu durante uma operação de apendicite, deixando além da fama eterna de ter sido um “Nobre homem do Oeste”, seu Ranch, seu castelo, o “Richthofen Place”, o chafariz “Richthofen” em Denver e o “Mount Richthofen”, no Parque Nacional das Montanhas Rochosas. A Baronesa morreu em 1934 em Denver; duas de suas filhas viviam ainda em 1960 na Alemanha, 3 netos morreram como soldados Alemães na Segunda Guerra Mundial e uma neta, seu marido e três crianças suicidaram-se quando da entrada dos Russos na Alemanha. Ramon F. Adams, o melhor bibliógrafo do Oeste Americano, escreveu: “O libro de Richthofen teve parte importantíssima no “Boom” do gado que se verificou nos anos 1880”.

Ringgold – (Ringo) Johnny. Nascido em 1848, filho do pastor Baptista Humphrey Terril Ringgold, no sudoeste do Texas. Após ter participado na Guerra Civil no bando de guerrilheiros de William Clark Quantrill ao lado dos irmãos Jesse e Frank James, Cole e Bob Younger, exerceu a função de cowboy até 1871. Em 1872 reaparece como “Pistolero”, um mercenário na famigerada guerra “Hoodoo”, ao lado de Scott Cooley, que combateu uma luta feroz contra os Ranchers Alemães da Mason County. Os Alemães venceram essa guerra e a carreira de Jonny Ringgold, como homem do revólver fácil, acabou na prisão, onde foi preso pelos Texas Rangers. Evadiu em 1876 e fundou a “Williams County”, no Texas, uma quadrilha de ladrões de bovinos, que aterrorizou todo o Condado. Em 1877 foi novamente preso pelos Texas Rangers e preso na penitenciária de Austin. De lá escapou em 1880 e no mesmo ano, apareceu no Arizona, na região de Tombstone, como subchefe do bando de Curly Bill Graham. Existem certas evidências que supostamente indicam que os irmãos Earp e Doc Holliday, após terem aparecido em Tombstone, fizeram concorrência ao bando de Curly Bill, pois eles também começaram a assaltar as diligências postais. No primeiro assalto, o cocheiro Bud Philpot foi morto por Doc Holliday e este acusou Jonny Ringgold pelo acto, uma inimizade mortal estabeleceu-se entre o dentista e Jonny Ringgold. A guerra de Tombstone acabou com a fuga dos irmãos Earp diante dos mandados de prisão. Certo dia, o 13 de Julho de 1882, encontrou-se o cadáver descalço de Johnny Ringo, debaixo de uma árvore, ao ingresso do Canyon de Truthahn. Tinha nas mãos o seu leal revólver e uma bala na cabeça. Dias depois, foi encontrado o seu cavalo, e suas botas, a 40 milhas a leste dali, em meio a um grupo de cavalos da “Chiricahua Cattle Company Ranch”. Pensa-se que Ringo foi dormir, quando o seu cavalo acabou escapando e que ele, louco de sede e pelo intenso calor, tenha se suicidado. Acreditam nisso, caro leitores, após sua vida turbulenta? Suas amizades dúbias? Mistérios insolúveis, do Velho Oeste, que jamais serão solucionados.

Rio Bravo – Velha denominação Mexicana para indicar o Rio Grande do Norte, que marcava a fronteira entre o México e o Texas.

Ritos e Crenças – Os Índios não adoravam Deuses diferentes, como se poderia crer, mas um somente, e, com diferentes aspectos. Esse Deus era “Wanka Tonka”, que os “Algonquins”, chamavam de “Gutche Manitoo” (O Grande Manitu), os “Sioux” de “Wacondah” e os “Apaches” de “Yastasinane” (O Capitão do Céu) ou também de “Usen” (O Criador). “Wanka Tanka” não era somente um Deus, ou seja, Senhor e Criador, mas, era a Essência Impessoal. O seu nome significava para alguns: “Grande Espírito”, para outros: “Grande Mistério”, “Grande Poder”, ou ainda “Grande Mágico”.

Ritos Quotidianos – Os Índios foram sempre religiosos; hoje adeptos a diversas igrejas dos Estados Unidos. Mas, no passado, sejam os Índios das florestas, dos lagos, das planícies. Da Costa Atlântica ou do Pacífico, sempre tiveram a sua própria religião e uma concessão muito bem definida do Bem e do Mal, geralmente bem mais detalhada e venerada que muitos brancos. Vivendo em espaços imensos, penetrando em florestas profundas, enfrentando os elementos, eles adoravam a Natureza e os seres viventes, dos quais eram circundados.

Road Agent – (Assaltante de Estrada). Expressão ícone na História do Velho Oeste Americano, para indicar um homem que, numa estrada deserta, sem correr o mínimo risco, agredia e roubava pessoas ou diligências postais.

Road Agent’s Tick – (Truque do Assaltante de Estrada). Truque esperto que acontecia no curso, aparentemente inocente, ao entregar um revólver. Poucos no Velho Oeste usavam ao entregar a sua arma a um Agente Policial, com a empunhadura para frente, com esse “Truque Estratégico” a arma era entregue na mão aberta, enquanto que o indicador permanecia sobre o cão do gatilho. Se o Agente quisesse tomar posse da arma, bastava um leve movimento da mão para a frente, bastava um centímetro, e a arma estava já em mão, pronta para disparar. O jornal “Arizona State Guide” escreveu em Outubro de 1880: “Curly Bill Brocius, um gigante de cor brônzea e olhos celestes, cabelo escuro e encaracolado, matou ontem, com a mais subtil perfídia, o “City Marshal” de Tombstone, Fred White. Tinha prontamente entregue ao “Marshal”, que o estava prendendo, a sua arma com a empunhadura para a frente. Sem levantar suspeita, White alongou a sua mão; no milésimo instante em que disparava. O moribundo mantinha ainda a mão em torno ao cano do revólver, com o qual Brocius o tinha atingido no coração. O Tribunal absolveu-o, porque não foi possível demonstrar que o facto não foi por acidente. O Juiz Spicer, teve que aprender depois como tudo acontecia, para entender como podia acontecer e julgar aqueles incidentes”.

Road Brand – Era uma marca de reconhecimento feito à brasa, marcada levemente em cada animal antes de sua partida, quando as boiadas eram transferidas. O objectivo era o de reconhecer o próprio bovino durante tais transferimentos. Já que tais caminhos pelas próprias terras, em grandes propriedades, duravam até um mês. Durante o trajecto, podiam associar-se com boiadas estranhas, de propriedades desconhecidas, e cuja marca permitia individuar logo o bovino e separá-lo novamente. A marca de reconhecimento servia também quando a boiada em movimento era composta por animais de diversos proprietários. A marca permitia de reconhecer logo o seu proprietário.

Roan – Um cavalo cuja cor principal era o amarelo-escuro ou a cor da raposa vermelha, com manchas cinza ou brancas. Com vários cruzamentos obtinham-se as cores: azul escura, avermelhada clara e vermelha.

Rockintraw Mountain – Na Primavera de 1880, Georg Rudolph Roggenstroh emigrou da Alemanha para o distante Arizona. Em 18 de Setembro de 1882 foi naturalizado como cidadão Americano em Globe. Em 1891 fundou aos pés de uma montanha, um pequeno Ranch, tentando viver bem ou mal, com sua criação. Um dia Georg encontrou na montanha um excelente mineral de cobre. Mandou analisar no Instituto de Pesquisas em Phoenix e junto com a resposta, chegou também um aventureiro, que queria comprar toda a montanha. Contudo Georg não se interessou, surgindo um tiroteio, durante o qual Georg mesmo ferido numa das mãos, matou o aventureiro. Logo após, apareceu por lá, o seu vizinho John McComb, que levou o Rancher à cidade mais próxima, onde lhe foi amputada a mão. Daquele momento em seguida, a montanha ficou sendo chamada de: “Rockinstraw Mountain”, uma corruptela de “Monte de Roggenstroh”.

Rodeo – Exibição de habilidade a cavalo, termo originário do Espanhol “Rodeo = recinto, circuito”. Na origem, tais exibições a cavalo (Jeripeos) em volta a um circuito, aconteciam no México. Dessas hoje violentas, simples e desenfreadas manifestações viris, sofreu uma transformação radical, tornando-se meras competições do tipo Olímpico, sujeitas a uma infinidade de regras. O “Rodeo” Americano actual, inicia com um desfile com todos os participantes, vestidos a carácter dos cowboys. Depois surgem os habituais discursos, onde são apresentados os vencedores das várias categorias do ano precedente, são saudados os convidados de honra, e brinca-se por alguns instantes. A competição verdadeira é aberta pela “Cavalgada em potros selvagens” (Bronc Riding), da qual existem duas categorias distintas; a primeira é a cavalgada sem sela (Bareback Bronco Riding). Em volta ao corpo do animal são colocadas duas tiras de couro; a primeira logo atrás das pernas anteriores, na parte de cima tem um apoiador ao qual o cavaleiro pode agarrar-se; a segunda logo antes das pernas inferiores serve somente para deixar o cavalo nervoso. Com uma mão o cavaleiro agarra-se ao apoiador, a outra deve ser mantida ao alto, sem jamais tocar o animal. A cavalgada “maluca” é limitada a 8 segundos. Os juízes da competição analisam separadamente os cavaleiros e cavalos. Se o cavalo pular modestamente, ele obtém poucos pontos, e o cavaleiro muitos; se invés o cavalo pular muito, ambos recebem muitos pontos. A segunda categoria é mais, digamos “civilizada”. A batalha entre o cavalo e seu cavaleiro é a mesma, mas o animal tem uma sela leve, que é fixada com duas cintas de couro, com estribos e envolta a cabeça do cavalo e amarrada uma corda, que é a substituta das rédeas. A cavalgada dura 10 segundos no curso da qual, o cavaleiro deve permanecer na sela atento a diversas regras da competição. A prova termina com o assobio do juiz. Também aqui o cavalo e cavaleiro são avaliados separadamente. Após as exibições sobre os cavalos, inicia-se a competição do lançamento de laços. A um sinal, sai de um cercado um boi em plena velocidade e o cavaleiro montando seu cavalo, devidamente treinado, deve lançar o laço no pescoço do animal no espaço de um décimo de segundo. Se conseguir, o cavaleiro deve saltar do cavalo, segurando sempre as suas rédeas, derrubar o boi de lado e amarrar-lhe as patas. Nesse ínterim, o cavalo deve continuar a manter esticada a corda com a qual o bovino tinha sido capturado e toda a acção não pode durar mais de 20 segundos. O recorde é de 12 segundos. Existe uma variante também chamada de Single Steer Tying, mais difícil, porque o bovino é substituído por um touro adulto, que, como um raio inesperado surge na arena; com a máxima rapidez deve ser laçado, derrubado ao chão e permanecer naquela posição, pelo cavalo, então o cavaleiro saltando, deve amarrar-lhe as patas. Outra variante é a chamada Steer Team Tying, competição da qual participam dois cavaleiros. Um laça os chifres do touro e o outro laça as suas patas posteriores. O touro é depois jogado ao chão e amarrado. No Dally Team Roping, os cavaleiros, invés de cordas, usam cordas feitas em couro cru. O objectivo não é laçar e amarrar o touro, mas, de reduzir, mediante as cordas elásticas de couro, a total mobilidade do touro, em pé. O Steer Wrestiling ou também Bull Dogging isto é a luta com o touro, é um exercício para cowboys realmente fortes; pois o cavaleiro espera o touro, que a um sinal era libertado, entrando na arena bufando, o cavaleiro fica em sua lateral esquerda e depois, segurando com ambas as mãos os chifres do animal, parando-o ao chão. Depois derruba o animal somente usando as suas mãos. No Bull Riding, usa-se somente touros adultos mais selvagens da raça “Texas-Brahma”. O touro fica num recinto estreito ao lado da arena. Uma corda é amarrada em volta de seu corpanzil, depois as patas anteriores; outra amarrada antes das patas posteriores. O cavaleiro monta em seu corpo imediatamente antes do sinal, agarrando as duas cordas com as mãos. Quando é dado o sinal, o touro precipita-se como um raio na arena. O cavaleiro deve permanecer em seu lombo durante 8 intermináveis segundos. Dan Crosby, em 1954, afirmava: “Quando se tem sorte, consegue-se, mas, quem se esqueceu de contar antes os ossos, deve recolhê-los novamente para remonta-los”. Após a cavalgada dos touros, é feita uma pausa, que é preenchida por palhaços do “Rodeo”, cujas exibições com cavalos, novilhos e touros, demonstram uma habilidade artística e uma segurança instintiva tal, que maravilha a plateia. As competições que se seguem, constituem num grande espectáculo barulhento e começa geralmente com a ordenha das vacas selvagens. A dificuldade está justamente que tal animal não está acostumado a ser ordenhado. Uma vaca que, possui leite e ainda um novilho para amamentar, era deixada livre e dois homens a pegavam laçando-a. Enquanto um a mantinha parada, o outro tenta ordenhá-la. Vence quem ordenha a maior quantidade de leite, entre os mugidos infernais tanto da mãe quanto do novilho, para o delírio dos espectadores. Na competição Chuck Wagon Race, que compreende qualquer tipo de carroção ou carroça, num desafio mortal para qualquer que seja o seu cocheiro e seus veículos em corridas. Depois tem a Jousting Tournaments, que são exibições a cavalo que se assemelhavam muito ao jogo de enfiar anéis, com lanças, com a diferença que geralmente, ao lugar do anel de ferro, é colocado um lenço da “Rainha do Rodeo”. Após tais competições espectaculares, surgem os cavaleiros acrobáticos, que têm um cronograma especial de exibições de habilidade. A maioria dessas exibições não se assemelha nada com o “Rodeo” genuíno; servem só como atracção para os seus lucros fáceis. Nos Estados ocidentais dos EUA, existem 500 rodeios ao ano. Tal entretenimento homem/animal espalhou-se (modificado do Americano, ou não) pelo mundo rapidamente, tornando-se um verdadeiro negócio milionário.

Romal – Palavra de origem Mexicana que servia para indicar um chicote feito com corda, que era fixado ao fim das rédeas, que tinha um comprimento de 1 metro e 20 cm. E que servia para bater nos animais em seus flancos.

Roman Nose – Nascido sem uma data precisa e morto em 1868. Foi um dos caciques de guerra do Clã “Himoiyoqis” dos “Cheyennes” e um dos membros da “Pointed Lance Men Society”, que reunia homens de grande valor guerreiro que os Índios chamavam de “Sauts o Bats”. O seu nome, que na Língua Indígena era “Woquini”, significava “Nariz Adunco”. Ele comandou o ataque a Beecher’s Island em 1868, quando o general George Alexander Forsyth, comandando 52 homens, enfrentou-o nas proximidades de Arikaree Fork. “Roman Nose” foi morto, logo ao início do combate.

Rosadero – Termo usado pelos “Vaqueros” para indicar a protecção de couro fixada na parte superior dos estribos, para proteger as pernas dos cowboys, do suor dos cavalos.

Rosette – Ornamento entrelaçado e esvoaçante de couro, que juntamente com as “Conchas”, eram fixados nas selas, ou nos “Chaps” dos cowboys.

Rotear – Rolling”. Rotear um revólver para a frente e para trás, no dedo indicador estendido de uma das mãos. Era pouco usado pelos cowboys, mas tornou-se “moda” em Hollywood e no mundo de seus imaginários super-heróis de celulóide.

Round Up – (Recolhimento). O recolhimento de uma ou mais boiadas em campo aberto e suas concentrações num ponto determinado. Os objectivos podiam ser variados; queria-se ter uma visão exacta da consistência total da boiada, para fazer uma comparação com o ano precedente e estabelecer o quanto tinha crescido em reses. Cabeça por cabeça contava-se o crescimento dos touros, novilhos e a proporção de touros a respeito das vacas mães, observavam-se também os “Mavericks”, ou seja, os animais ainda não marcados, levando-os para a marcação. Separavam-se os bovinos agregados à própria boiada e os restituíam ao verdadeiro proprietário, separavam as reses que deveriam ser transportadas para o norte, para venda e aquelas vendidas que deveriam ser retiradas. Ao mesmo tempo o recolhimento tinha o objectivo de encontrar aqueles grupos de animais que durante o ano, tinham se afastado da boiada principal, e também recolhidos. O recolhimento servia também para individualizar os pastos que eram ameaçados por animais ferozes, para protegê-los de roubos de gado seja de ladrões como de Índios ou para a nova demarcação dos pastos vizinhos. Após a marcação e a separação dos animais destinados a venda, as boiadas principais eram levadas para pastagens que geograficamente e economicamente melhor respondiam na exigência de manter as reses no local, evitando assim que se dispersassem. Tais recolhimentos eram feitos geralmente, seja no sudoeste quer no nordeste, duas vezes ao ano; na Primavera entre Março e Abril e no Outono entre Setembro e Outubro. A duração do recolhimento dependia do número de bovinos e da configuração geográfica do terreno. Os primeiros recolhimentos foram feitos no Texas, onde a criação livre tinha acontecido antes. Eles eram feitos conforme a praxe superficial dos “Hacendados” Mexicanos e dos “Vaqueros” e eram chamados, em sua origem de “Caça ao Gado” (Cow Hunt), porque se tratava principalmente de reconduzir para o pasto livre, os bovinos que tinham se afastado emigrando em zonas denominadas de “Chaparral”, da “Brasada” ou em regiões de fronteira, no curso setentrional do Rio Grande do Norte (confinando com o México). Para isso ser feito, servia-se muito da ajuda de cães. Uma vez recuperados esses animais dispersos, naquelas terras, dava-se fogo aos arbustos espinhosos. Essa “Caça” aos bovinos, mais ou menos organizada, veio mais tarde, por volta de 1867, transformada num recolhimento regular, depois que foi descoberto que o gado podia ser colocado no norte dos EUA, com um notável proveito económico. No sudoeste o recolhimento de boiadas na Primavera para o norte servia principalmente para colocar juntas as boiadas em função de suas transferências. Escolhiam-se touros e bois crescidos, separavam os animais conforme seus proprietários e marcavam-se aqueles animais vagabundos. No noroeste, onde não se devia ter em conta a transferência de gado com a duração de 4 a 5 meses, o objectivo principal do recolhimento primaveril era o de dividir os animais segundo os seus proprietários, recolher as reses dispersas, marcar os animais ainda não marcados e castrar os bois. No recolhimento outonal no sudoeste, que geralmente acontecia somente quando os cowboys tinham voltado das transferências primaveris ao norte. As reses dispersas vinham reunidas à boiada principal que era concentrada num pasto livre; marcava-se, dividiam-se as reses, segundo os proprietários e as restituíam. Ao norte, no Outono, formavam-se boiadas destinadas à venda, que estavam saudáveis após a estação do Verão. As boiadas destinadas à venda deveriam ser conduzidas somente em pequenos percursos, até a mais próxima Ferrovia. Providenciava-se também a marcação de reses que durante o recolhimento primaveril foram esquecidas. A esquadra de cowboys hábeis ao recolhimento era comandada por um chefe, o “Round Up Boss”, que dividia os seus cowboys em dois grupos principais; “Os Cavaleiros em Círculos”, que tinham o dever de recolher os bovinos em círculos, para o local escolhido, onde seriam marcados. O segundo grupo era aquele que devia cumprir a marcação a fogo. A esse grupo, pertenciam também os chamados “Ropers”, ou seja, cowboys que pegavam os bovinos a laço, levando-os ao local da marcação. Os marcadores tinham também a missão de fazer eventualmente as marcas de reconhecimento, a talhos, nas orelhas ou na pele e de providenciar eventuais castrações. Depois de marcado, o animal era enviado novamente para a boiada, passando através de um cercado humano, que providenciavam a contagem dos bovinos, que preenchiam relatórios. Completava o recolhimento, uma imponente cozinha, com vários cozinheiros e um grupo de cavalos de reserva. Ao norte, onde o clima era mais rígido, possuíam também uma reserva de tendas e cobertores para a noite, enquanto ao sul, onde o clima era menos rígido, isso não existia.

Rusties – Bovinos não desenvolvidos e chamados também de pequenos, pobres ou “Dogies”. Eram geralmente separados das boiadas e deixados para trás, durante os grandes transferimentos de bovinos.

Rutheford – B. Hayes. Presidente dos EUA, de 1877 a 1881. Lutou desesperadamente, contra a corrupção avassaladora e dominante em seu País.

* Caricatura: Fred Macêdo
* Edição, revisão e adaptação portuguesa: José Carlos Francisco

7 Comentários

  1. Caro Wilson, realmente tinhas razão: essa letra R é imperdível !!!!
    Novamente PARABÉNS pelo magnífico trabalho e por gentilmente dividir com nós, fãs do velho-oeste.
    Grande abraço.

  2. Olá,Wilson, eu não sabia que existiu de verdade um pistoleiro que se chamava Ringo, pensava que esse nome só existia nos filmes de bang bang italiano, agora que eu fiquei sabendo que ele era o Johnny Ringo do filme Tombstone, caramba ele foi preso duas vezes pelos rangers, pena que Tex não estava lá para mandar seu cérebro pro espaço.
    Porque os mustangs eram tão odiados? Porque eles eram muitos (como os corinthianos, desculpe se você e corinthiano), os apallosas, cayuses eram selvagens, porque só eles eram odiados? 🙁

  3. Caro Pedro, tudo bem? Veja os mustangs não eram bem aceitos pelos cowboys, diferentemente do cavalo selvagen (Wild Horse), geralmente eles eram mortos, pois acabavam com as pastagens do gado, nas grandes planícies, bebiam sua água e deixavam nervosos tanto os bovinos quanto os demais cavalos, onde apareciam, portanto eram considerados uma verdadeira praga, daquela época.

    Gde.abção.

    Wilson

  4. Oi Wilson, puxa, mas sem querer te incomodar, quem protege os mustangs hoje nos Estados Unidos?

  5. Bem, imagino que hoje eles sejam protegidos pelo próprio governo Americano, o resto já é passado…

    Grande abração.

    Wilson

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