As exposições (e a programação paralela) do VII Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja (que conta com uma exposição – e a presença – de Ivo Milazzo)

Este ano, entre os dias 28 de Maio e 12 de Junho, Beja volta a transformar-se num ponto de encontro obrigatório para todos os que gostam de histórias em imagens (e não só).

São 17, as exposições de banda desenhada patentes ao público, mais de 60 autores de países como a Espanha, a França, a Itália, o Reino Unido e a Sérvia (além de Portugal, naturalmente), cerca de 70 editores representados no Mercado do Livro, e 15 dias de Programação Paralela a pensar em todos os gostos, com apresentação de projectos, cinema, conferências, cosplay, desenho ao vivo, lançamentos, maratona de desenho, oficinas, portfolio reviews, sessões de autógrafos, visitas guiadas, workshops, etc.

Como já é habitual o Festival estende-se por todo o centro histórico, partindo da Casa da Cultura (o núcleo central), para se estender até à Biblioteca Municipal, à Galeria do Desassossego, ao Museu Jorge Vieira – Casa das Artes, ao Museu Regional de Beja, e ao Pax Julia – Teatro Municipal.

15 dias de Festival, 15 dias sem descansar…


EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

IVO MILAZZO (ITÁLIA)

ALEXSANDAR ZOGRAF (SÉRVIA)

ANDREA BRUNO (ITÁLIA)

FERNANDO RELVAS (PORTUGAL)

JOÃO MASCARENHAS (PORTUGAL)

LIAM SHARP (REINO UNIDO)

LOUSTAL (FRANÇA)

PABLO AULADELL (ESPANHA)

RICARDO CABRAL (PORTUGAL)

RUI LACAS (PORTUGAL)

BERNARDO CARVALHO (PORTUGAL)

INÊS FREITAS (PORTUGAL)

CARLOS RICO (PORTUGAL)

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS

FUTURO PRIMITIVO (PORTUGAL)

PORTUGUESES NA MARVEL (PORTUGAL)

À VOLTA DO MUNDO (PORTUGAL)

VENHAM +5 (PORTUGAL)

OUTRO AUTOR PRESENTE

VICTOR MESQUITA (PORTUGAL)

PROGRAMAÇÃO PARALELA

BEJA: CIDADE COM 2500 ANOS DE HISTÓRIA.

Beja é uma das mais antigas cidades portuguesas. O primeiro povoamento data de cerca de 500 A.C., como mostra a recente descoberta de uma muralha da Idade do Ferro, no centro histórico da cidade.

Fundada com o nome de Pax Julia, no século I A.C., pelo Imperador Júlio César, foi uma das mais importantes cidades da Península Ibérica, como mostram ainda hoje os achados arqueológicos.

No século VI, já com a presença visigótica a fazer-se sentir, mudou de nome para Paca. A rica herança visigótica fez de Beja a “Capital Portuguesa da Arte Visigótica”…

A presença muçulmana, a partir do inicio do século VIII, levou a outra mudança de nome; Beja passou então a chamar-se Baja. A cultura muçulmana continua, ainda hoje, a fazer-se sentir, no branco das casas, na poesia tradicional e na própria língua portuguesa, que adoptou muitas palavras árabes…

Durante a Idade Média, já com o nome da Beja, a cidade foi palco de inúmeras batalhas entre portugueses e muçulmanos, até integrar o Reino de Portugal. Desses tempos chegaram até nós, entre vários monumentos, o Castelo (que chegou a ter 40 torres). A Torre de Menagem do Castelo é a mais alta da Península Ibérica e uma das mais altas da Europa, o que atesta a sua imponência. Parte do centro histórico data desse período. Nos séculos XV e XVI a cidade enriqueceu com os Descobrimentos e, já nos séculos XVII e XVIII, com o ouro do Brasil, expresso no Barroco das suas igrejas e conventos.

Rodeada pela planície alentejana, a cidade tem uma personalidade muito própria, marcada pela arquitectura, pela gastronomia e pelo artesanato, mas, essencialmente, pela maneira de ser dos seus habitantes, amáveis e hospitaleiros. Hoje em dia é uma cidade que tenta encontrar o equilíbrio entre a modernidade e o seu rico passado histórico, investindo na qualidade de vida dos cidadãos e na preservação do seu património e cultura, em campos tão distintos como o cante ou a banda desenhada.

Localizada no coração do Alentejo, uma região que ocupa um terço do continente, Beja é uma das cidades mais genuínas do país, com os seus cafés, museus Jardins, e com os seus homens reunidos ao Sol, à volta de uma boa conversa…

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

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