Entrevista com o fã e coleccionador: Gervásio Santana de Freitas

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Gervásio Santana de Freitas: Primeiramente digo que me senti enormemente honrado em ser convidado pelo Blogue de Tex para responder a esta entrevista. Não gosto de legislar em causa própria e por isso no Portal TexBR talvez nunca abrisse o verbo com tanta sinceridade para falar sobre o saudável hábito de coleccionar Tex. Eu nasci em Tenente Portela, no interior do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. O ano era 1970, o mês era Novembro, o dia era 22. De como e porquê meus pais deixaram para trás a vida dura na agricultura e mudaram-se de lá para a grande Porto Alegre quando eu tinha  7  anos não vem ao caso, mas o facto é que esta mudança implicou numa abertura de horizontes  (também quadrinhísticos)  que  talvez eu não tivesse se continuasse morando naquele ambiente geográfico. E mais, foi na cidade de Sapucaia do Sul (para onde viemos) que, anos mais tarde, conheci o Tex e os outros personagens Bonelli.
O que faço profissionalmente? Eu sempre tive uma natural habilidade para desempenhar multi-tarefas, por conta disso, sempre tive uma disposição muito grande em aprender e praticar coisas novas, sempre pelo caminho do bem, obviamente. Profissionalmente,  a  primeira coisa que tenho de destacar é o Portal TexBR – www.texbr.com e tudo o que está dentro da estrutura deste site. Cito o TexBR como mote profissional porque sou um  grande  teimoso.  Vou abrir aqui um parêntese para explicar: o Portal TexBR nasceu como um hobby, deu os primeiros passos como um hobby, e mesmo contando com a colaboração de diversas pessoas, continua até hoje como um hobby gostoso,  um  espaço  no qual depois da nossa correria diária na pradaria da existência, podemos descansar à sombra e acessar com um clique de mouse as novidades desse mundo maravilhoso dos quadradinhos. Entretanto, administrativamente, eu sou teimoso e insisto em querer coordenar o mesmo como se fosse  uma  estrutura profissional, como se fosse um site jornalístico profissional, insisto em querer dar sempre o melhor, em investir neste filho amado muito mais do meu tempo do que deveria, até em detrimento de outras actividades…
Com relação ao TexBR, sou meticuloso ao extremo, detalhista de olho clínico, um pouco ranzinza até, ao ponto de, se não for para fazer algo bem feito no site, então eu não faço. Fechado este parêntese inicial, o que pouca gente sabe é que eu trabalho fora oito horas por dia, um sábado sim e outro não e que, depois do expediente, ao invés de ir descansar, ainda parto para outros afazeres. Realizo as tarefas administrativas do Fórum (www.texbr.com/forum), quais sejam revisão, optimização e sincronização das tabelas do banco de dados; ajudo minha esposa no atendimento  aos  clientes na TexBR Revistaria e Sebo;  e  respondo e-mails  do Portal TexBR e da loja virtual.
Não tenho vida mansa nem sou um idealista como talvez alguns supunham por ser eu o manager de um site considerado pelos especialistas em quadradinhos italianos, como uma autêntica enciclopédia Bonelli…, bem ao contrário, eu sou empregado e, como a maioria dos brasileiros, tenho de cumprir minha jornada diária, porque é daí que vem o sustento da família e, por muitas vezes,  o  sustento  do próprio Portal TexBR. Embora as vendas da loja virtual ajudem a cobrir as despesas de manutenção do site, frequentemente é preciso tirar algum do próprio bolso para cobrir as despesas mensais desse monstro (no sentido tamanho) que se tornou o Portal TexBR,  site  que,  como escrevi no início da resposta, teimo em querer gerir profissionalmente, muito embora o meu ganha pão venha de actividades relacionadas  à  informática,  visto que trabalho numa rede de lojas que actua na grande Porto Alegre.

Quando é que teve início esta paixão pela Banda Desenhada, em especial pelo Tex?
Gervásio Santana de Freitas: Esta questão é bem mais complexa do que aparenta ser e para dar a resposta exacta da mesma, torna-se necessário fechar as pálpebras e rememorar o passado com os olhos da mente. Meu primeiro contacto com histórias em quadradinhos deu-se quando ainda era bem garoto, por volta de 1975, ainda no interior do Estado. Uma tia minha tinha ido passar uns tempos em Santa Maria e, na volta, trouxe algumas revistas Disney. Eu estava aprendendo a ler em livros naquela altura (texto e poucas imagens) e a possibilidade de “ler” através dos desenhos (imagens em sequência) fascinou-me de imediato. Foi paixão  à  primeira vista.  Hoje não sou capaz de lembrar quais eram exactamente aquelas revistas, mas o que sei é que o que mais me atraiu era um do Mickey, na qual tinha uma história que o Mancha Negra aprontava, aprontava e, no final, era vencido e ia parar na cadeia graças às acções do camundongo. Tenho plena convicção de que foi aí neste momento que plantou-se, em minha subjectividade, a sementinha que, anos mais tarde, me faria gostar das histórias  do  Tex,  qual seja, transcendendo o personagem Mickey e o Mancha Negra, o conceito do bem e a justiça vencendo o mal e as injustiças. De 1977 a 1983, já em Sapucaia do Sul, li pouco de quadradinhos, entrementes, li tudo o que podia ler, dentre o que me era emprestado por amigos, primeiro porque meus pais na época consideravam nocivo  o  contacto  com este género de leitura e também porque tínhamos uma condição financeira que só permitia a sobrevivência.
O Tex só fui conhecer por volta de 1983, com 13 anos,  num final de tarde,  depois de uma partida de futebol. O responsável por eu me tornar um texmaníaco chama-se Paulo Kuhn, um amigo que me emprestou não uma, mas depois da primeira, várias revistas de Tex. O Paulo teve um cuidado extremo e perspicaz de me emprestar primeiro somente as histórias completas  que  ele considerava as melhores, para que eu gostasse também. A primeira que  ele  me  emprestou foi “O Vale do Terror”, que saiu em Tex-006 da Vecchi. De como o cortador de cabeças era atormentado, de como vagava pela noite atrás de vítimas e de como Tex astutamente resolveu o mistério naquele ambiente mítico do velho oeste, foram questões que aguçaram minha curiosidade para ler  mais  do  personagem. Depois do Tex 006 li muitas outras do arco de histórias da série brasileira abaixo do número 120, série chamada no Portal TexBR como “Tex normal” (alguém um dia por causa disso me perguntou, por e-mail, se existia alguma série dita “anormal” de Tex… Hehehe!). O género western, o estilo narrativo, os desenhos, as atitudes e ética do ranger me cativaram desde cedo. Então, depois de um tempo, o Paulo passou a me emprestar também as histórias incompletas que ele possuía e então ambos, quando falávamos de quadradinhos, nos púnhamos a imaginar como seria o desfecho da aventura tal que tínhamos lido apenas o início, ou ainda, como seria o início de outra aventura que tínhamos lido o final, ou ainda, como seria o início e o fim de outras que tínhamos lido apenas o meio…
Em outros momentos, após a leitura ou releitura de algum TEX, antes de dormir, eu ficava a imaginar como seria a história daqueles títulos que ainda não tinha lido, porque a Vecchi trazia nas revistas a relação dos títulos das histórias, e então eu criava argumentos imaginários e fantásticos a partir do título, nas quais o mocinho Tex saia ileso dos mais terríveis perigos e fazia sempre o bem triunfar no final. Qual não era minha surpresa, anos depois, ao conseguir as revistas e ler as aventuras cujo argumento eu havia imaginado, que a minha história era bem melhor, na minha opinião, da que o que G.L.Bonelli havia escrito (que pretensão, né?)… Já em outras, G.L.Bonelli me surpreendia e levava a história por trilhas que eu jamais teria suposto… Que tempo bom este no qual não se tinha acesso a colecção de Tex completa… Voltando ao Paulo,  por  força  dos desdobramentos da vida, mantenho com ele pouco contacto, mas, na visita que o José Carlos Francisco (Zeca) fez a Sapucaia do Sul, e especialmente por ser o Zeca outro grande expoente do coleccionismo de Tex no mundo, fiz questão de apresentar o Zeca ao Paulo e dizer, de viva voz: “Eis aí o culpado por eu gostar das aventuras de Tex!”. Rimos bastante! Que dia maravilhoso e histórico aquele!

Porquê o Tex e não outra personagem?
Gervásio Santana de Freitas: Como eu gostava de desenhar e de fazer fanzines (publiquei na década de  80,  oito  números do fanzine Estilo e 3 números da Revista Quadrante Sul, inclusive com um personagem criado por mim, o Aproveitador – bem, mas isso é outro assunto…),  o  Tex  estava sempre por perto,  sempre  junto  da prancheta, porque os livros  do  ranger  eram em preto e branco  e  era-me  mais fácil estudar e perceber o traço dos desenhadores no claro e escuro da revista Tex do que escondido debaixo das estampas multi-coloridas dos heróis da DC, Marvel e outras. E foi graças a este estudo de desenho, que aprendi a reconhecer de quem era o traço na revista Tex só olhando os desenhos, sem precisar ler os créditos…  Depois  que  comecei a trabalhar e a ter remuneração, foi-me mais fácil ter acesso às revistas aos quadradinhos. Ajudava em casa na parte que me tocava e, o que sobrava, gastava tudo em revistas, fanzines e selos. Por muito tempo eu li a revista Tex dividindo o prazer da leitura das aventuras de western com outros títulos, com o Batman e com diversos outros, dos quais cito os seguintes (a ordem não é a de preferência, é aleatória): Heróis em Acção, Super-Homem, Homem-Aranha, Heróis da TV, Capitão América, Superamigos, Conan…
Até que chegou um dia em que, com tempo mais escasso, com outras prioridades pessoais e estudantis, passei a ser mais selectivo e, dentre todos os quadradinhos que lia, escolhi o Tex para ser meu companheiro de jornada. Por que fiz esta escolha dentre tantos personagens, dentre tantos heróis? Primeiro porque já me entalava na garganta os heróis com super-poderes. Os alardeados, grandes, portentosos e miraculosos eventos (lembro-me de Crise nas Infinitas Terras naquela época) também me enojaram; dos super-heróis que lia restava-me alguma alegria no  universo  do  Batman, o qual não tinha super poderes e tinha uma faceta  mais  humana,   mas  até mesmo  o mundo  deste herói para mim já estava um tanto quanto insosso, sem encantos…  E  o  Tex para mim representava um porto seguro no ambiente da nona arte, ele permanecia vivo em cada página em preto e branco, em cada tomada dos desenhadores, em cada roteiro magnífico de G.L.Bonelli… A forma segura na condução dos textos e roteiros dava-me a certeza de que com Tex haveria uma linha firme de argumentação na construção das histórias que nunca seria quebrada.

O que Tex representa para si?
Gervásio Santana de Freitas: Tex  para  mim representa em primeira mão um entretenimento agradabilíssimo, uma leitura lúdica que ajuda a deixarmos a mente solta e leve depois da correria do dia-a-dia. Tex é um herói que me agrada por não ser um super-herói, por não ter super poderes, por ser humano como todos nós somos. O ranger para mim representa os ideais de ética, de justiça e de carácter correcto. É um personagem que sabe valorizar a honra, a honestidade, a integridade moral e via de regra utiliza-se de todos os recursos disponíveis para que a justiça  triunfe  sempre,  mesmo que muitas vezes tenha de caminhar à margem da lei… Além disso, Tex é audaz, destemido, corajoso, valente, habilidoso… E é acompanhado sempre por sua boa estrela,  não falo da estrela de ranger, mas a estrela da sorte.  Tex  para  mim representa o ponto de partida que fez com que eu plantasse uma pequena sementinha (site) na Internet e dela germinasse o  Portal  TexBR  e a Revistaria e Sebo TexBR; Tex representa ainda – e especialmente – uma ponte sólida de amizades com diversos coleccionadores do Rio Grande do Sul, do Brasil e de outros países…, com quem troco e-mails afins, ideias afins, sonhos afins…

Qual o total de revistas de Tex que tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Gervásio Santana de Freitas: Essa é a conta que eu hoje menos me preocupo em fazer. A da quantidade. Quando a minha colecção estava iniciando e até um certo ponto, eu me preocupava em manter a contabilidade da colecção em dia, quantos exemplares no total, quantos desta série, quantos daquela, quantos repetidos… Quando se conhece e colecciona algo há 25 anos, que é o meu caso com Tex, a gente não se preocupa muito em saber minúcias se o número exacto de exemplares da colecção é “x” ou “y”. Ao menos eu sou assim. Possuo na minha colecção tudo o que de Tex foi publicado no Brasil a partir de Fevereiro de 1971, inclusive o filme em VHS e uma cópia do mesmo em DVD. Para não dizer que tenho absolutamente tudo, as duas únicas excepções são um marcador de páginas com a capa da história “Além da Fronteira” e o álbum de figurinhas completo, mas para este item faço uma ressalva: eu tenho um álbum de figurinhas original na colecção de Tex (e também uma cópia em cores de um álbum completo), não é que me falte o álbum, não falta, porque tenho este item na colecção, mas a verdade é que no original faltam alguns cromos para o álbum estar completo, por isso que ainda o procuro.
Tenho a primeira edição de Tex completa, do primeiro ao último número em banca (com todo o brilho daqueles 37 números em formato italiano  e  de  onde compartilho com os amigos uma curiosidade que poucos texianos sabem:  Tex  foi  pela  Vecchi inicialmente chamado de Tex Taylor (sabiam disso?). Não bastasse ter todos os números da primeira edição, tenho na colecção todos os 150 exemplares da segunda edição, os quais apresentam exactamente as mesmas histórias, mas com diferenças importantes de encaixe e alinhamento de numeração, especialmente na história Pacto de Sangue e entre as edições 135 a 150… Tenho também todos os Tex Coleção, todos os Tex Edição Históricas, todos os especiais e coloridos, todos os Clássicos, Ouros, minisséries, todos os Almanaques (inclusive o raro Almanaque do Faroeste de capa  verde  da  Globo), e todos os gigantes, inclusive o fabuloso Ídolo de Cristal,  o  livro  Tex 50 Anos, escrito por Gonçalo Júnior e a edição Fumetti, o melhor dos quadrinhos italianos, que trouxe uma BD em cores do Tex. Falando em gigantes, tenho com selo da Globo duas vezes as histórias: Tex, o Grande e A Marca da Serpente, porque estas histórias saíram pela Globo em duas ocasiões (e ainda tenho estas mesmas histórias na série da Mythos, que as republicou…).
Tenho ainda uma preciosidade de pouca tiragem: o cobiçadíssimo álbum “A Balada de Tex” com dedicatória de Sergio Bonelli, álbum que foi distribuído em São Paulo por ocasião da exposição “O Mundo de Tex”, que ocorreu no SESC Pompeia. Da actual fase Mythos, tenho absolutamente tudo de Tex, até o póster gigante em cores do lançamento de Tex-400, evento especialíssimo que tive a grata alegria de participar com minha esposa em São Paulo, junto a feras como Dorival Vitor Lopes, Hélcio de Carvalho, Paulo Guanaes, Júlio Schneider, Nilson Farinha, Marcos e Dolores Maldonado, Hermes Tadeu (já falecido), Giovani Voltolini e outros.  Falando  em  póster, tenho na colecção os pósteres que saíram na edição TEX-078 e em TEX-160, além da Revista Póster que saiu publicada com o selo da Mythos e o famoso póster apelidado de “O Precioso“,  o qual mede 150  x  105 centímetros, confeccionado em 2003 pelo amigo G.G.Carsan e de quem adquiri um exemplar, póster que traz as capas de Tex de 1 a 400. Tenho também alguns ímãs de geladeira que o amigo Jesus Nabor me presenteou no encontro de coleccionadores realizado em Erechim/RS.  Não  sou  fumante, nem dado a vício de qualquer natureza, mas como curiosidade revelo que tenho na colecção até os famosos cigarros do Tex, que saíram no Brasil com o nome de Palheiros de Piracanjuba…  Tenho  a  embalagem original, com a estampa de Tex Willer, a qual motivou toda uma questão judicial de direitos autorais (e que hoje deve valer uma fortuna!), e tenho a embalagem do mesmo cigarro depois da acção vencida pela Sergio Bonelli Editore, já sem o Tex estampado na caixinha…
Da colecção brasileira, não posso deixar de citar que ostento orgulhosamente o exemplar original da Revista Júnior 028,  da  década  de 50 do século passado (nossa, estamos ficando velhos!),  que  foi a primeiríssima aparição de Tex no meio editorial brasileiro, edição que recebi de presente de outro grande amigo, o Nilson Farinha, edição que não empresto, não dou, não vendo por dinheiro algum, além de diversos outros números salteados da Revista Júnior,  tanto  no  formato de altura de um talão de cheques como no formato de altura duplo talão de cheques. Além das edições nacionais, como bom coleccionador, sempre imaginei que um dia pudesse ter também a colecção italiana de Tex.  E  este  sonho começou cedo, quando no início do ano 2000 ganhei três edições italianas de Júlio  Schneider,  numa  época em que ainda não nos conhecíamos pessoalmente e que o Portal TexBR era ainda um mero projecto no papel, encaminhado à Itália pelo Júlio e aguardando aprovação da Sergio Bonelli Editore para nascer na Internet em idioma português! Estas três edições primevas foram o ponto de partida para que eu iniciasse a colecção da série italiana. Eu ainda não tenho esta colecção completa, porque a minha prioridade é manter o Portal TexBR funcionando e na activa (como detalharei mais na próxima questão), por isso não compro exemplares italianos regularmente, mas somente na medida que me sobram uns cobres.
Outrossim, me conto imensamente feliz, porque já tenho o arco inteiro de histórias italianas dos números 1 ao 434, sem faltar nenhuma edição. E feliz também porque, acima do número 435 e até os mais recentes, já tenho cerca de 80 exemplares de numeração salteada, o que me deixa muito próximo de ter a colecção italiana completa talvez já numa próxima compra… Para além da série regular de Tex italiana, tenho na colecção diversos outros, entre Almanaccos, Gigantes, Maxis e alguns fora de série, bem como um original a nanquim de Guglielmo Lettèri e artes de Galep e Miguel Angel Repetto. Tenho também cinco bonecos da Hachette: Tex, Kit Carson, Kit Willer, Jack Tigre e Mefisto, o arqui-inimigo, bem como um boneco de biscuí feito por G.G.Carsan. Também debuta na minha colecção um Tex Gigante italiano autografado pela alta cúpula da SBE, exemplar gentilmente oferecido pelo José Carlos Francisco quando da sua primeira visita à SBE. Mais recentemente iniciei a aquisição da Collezione Storica a Colori, através do amigo José Ricardo. Já tenho uns 15 exemplares desta série, mas desta colecção, até pelo elevado custo da mesma, pretendo adquirir somente até a edição 20 (gostaria de continuar a adquirir a série, porque ela continua, mas não posso. Além de Brasil e Itália, tenho revistas do ranger de quase todos os países onde o mesmo foi publicado.
Tenho exemplares de Tex da França, da Holanda, da Espanha, de Portugal, da Finlândia, da Croácia e Eslovénia, da Sérvia, Macedónia e Albânia, da Jugoslávia, da Turquia, da Argentina, da Alemanha, da Índia e dos Estados Unidos da América (falo aqui do The Lonesome Rider, único Tex já publicado nos EUA e com o belíssimo traço de Joe Kubert).
Mas não tenho na colecção nenhum exemplar de Tex da Inglaterra, da Suécia, da Dinamarca, da República Checa, da Noruega e da Grécia. Mas não tenho pressa, sei que um dia terei pelo menos um exemplar desses países que ainda não possuo. Aliás, se alguma alma caridosa tiver mais de um exemplar desses países citados e quiser ajudar este pobre amigo, entre em contacto, agradeço de coração! Concluindo a questão, não sei quantos itens de Tex eu tenho hoje na colecção, acho que devam passar de dois mil, mas não tenho certeza. E também não saberia dizer qual deles é o mais importante, porque absolutamente todos para mim  são  importantes,  desde o mais antigo, nacional ou importado, ao mais recente.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem?
Gervásio Santana de Freitas: Não tenho poder aquisitivo para ter na minha colecção tudo o que gostaria de ter de Tex (falo especialmente do que de belo se publica de Tex na Itália). Se eu não tivesse de administrar e conduzir financeiramente o Portal TexBR, posso dizer que me sobraria mais para gastar com Tex, então talvez eu comprasse mais exemplares importados, teria na minha colecção mais dessas edições esplendorosas que fazem babar qualquer coleccionador texiano, mas não posso alçar voos muito altos porque senão corro o risco de não poder cobrir os custos de manutenção mensal do Portal TexBR, coisa que quase ocorreu em 2007. Aqueles amigos que me são mais próximos sabem que a paralisação do Portal TexBR esteve muito próxima de ocorrer no ano passado, mas, graças a DEUS,  dei  a  volta por cima e o Portal TexBR segue agora mais forte do  que  nunca,  atravessando um momento especial com actualizações diárias de alto quilate e que, de acordo com apurações  das  últimas  enquetes, muito tem agradado aos bonellianos. Voltando à pergunta, colecciono tudo o que sai de Tex no Brasil, livros, calendários, adesivos, marcadores de páginas, calendários, pósteres…  E  arriscaria  dizer que, se Tex Willer fosse aqui no Brasil estampado em cadernos,  agendas e  outros produtos,  compraria também, com certeza.
Mas uma ressalva: não adquiro itens para a minha colecção só porque tais itens têm as três letras formando a palavra Tex, como já vi alguns dizerem que fazem. Se a palavra TEX no item não for alusivo ao mundo de Águia  da  Noite,  para mim passa despercebido, seja cuecas, camisas, papel higiénico ou outro item qualquer. Disseco aqui uma outra perspectiva do meu coleccionismo de Tex:  tenho  diversas  publicações na colecção texiana que não são Tex, mas que falam de Tex, como por exemplo o  Livrão  Comemorativo  da  Turma da Mônica que trouxe dentro um belíssimo desenho de Tex by Claudio Villa, algumas revistas Herói, revistas Superinteressantes que em algum ponto citaram textualmente ou graficamente o ranger, algumas revistas Wizard (hoje Wizmania), e diversos fanzines que deram espaço ao ranger mais temido do oeste em algum momento de sua caminhada. Sou o que se pode chamar de um leitor / coleccionador fiel à marca, fiel ao Tex, gosto de saber e de ter tudo o que em português sai do personagem,  até  para  poder compartilhar estas informações no Portal TexBR aos demais  navegantes  e  amigos que diariamente acorrem ao site em busca de novidades. Então, sim, a resposta é positiva, colecciono além de livros tudo o que diga respeito ao Tex.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Gervásio Santana de Freitas: Embora de algumas histórias eu goste mais e de outras goste menos, na verdade gosto de todas as aventuras. Dentre aquelas que considero inesquecíveis, por diversas razões, destacaria El Muerto, Flechas Pretas Assassinas, O Vale do Terror (a de Galep e a de Magnus), todas as com Mefisto e Yama, O Passado de Kit Carson, A Flor da Morte, Caçada Humana, O Grande Rei, Aventura em Utah!, O Navio do Deserto, Thonga, o Tirano… e muitas outras. Já desenhador e argumentista, considero que melhores são os que consolidaram Tex:  Galep  e  G.L.Bonelli. Deixando estes num degrau acima, por terem sido os criadores do personagem, gosto muito dos desenhos de Villa, que é o capista oficial da série, Civitelli, Ticci, Andrea Venturi e Irmãos Cestaro e aprecio os roteiros de Nizzi, seguido por Mauro Boselli e por Guido Nolitta, que também escreveu excelentes roteiros para Tex,  como  El Muerto e Caçada Humana.

Os herdeiros na revistariaO que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Gervásio Santana de Freitas: O que mais me agrada em Tex é que ele tem sido meu companheiro fiel há 25 anos, o ranger sabe mesmo como consolidar uma amizade  duradoura.  Entretanto,  já não me agrada que seja Tex um tirador de vidas, isso vai de contra a minha ética pessoal, mas considerando o ambiente selvagem,  hostil  e  perigoso do velho oeste onde Tex está inserido, há que conceder uma certa licença poética para que o personagem defenda sua vida e faça valer a justiça a qualquer preço. Isso faz de Tex um  herói,  evidentemente,  mas o assim proceder também faz de Tex um grande ceifador de vidas, tema que já foi até motivo de extensos trabalhos e pesquisas na Itália e do qual até publicamos as conclusões no Portal TexBR. Também não me agrada que Tex fume. Embora ultimamente seja raro vermos Tex fumando nas aventuras, ainda assim o fumo está na raiz do personagem, e isso não me agrada.

EJesus Nabor, Dorival, Gervásio e Júlio Schneiderm sua opinião o que faz de Tex o ícone que ele é?
Gervásio Santana de Freitas: Vendo como o personagem Tex se envolve no modus operandi de vida de dezenas, centenas, milhares de coleccionadores, eu diria que a personalidade de Tex cativa a qualquer um que goste de boas histórias e que tenha, como última instância, o desejo de ver o bem triunfar sobre o mal. O estilo de vida aventuresco do ranger, a disposição de estar sempre de alto astral ao ar livre junto à natureza, de dormir ao relento tendo a abóbada celeste como tecto, as cavalgadas pelo oeste interminável, a  lealdade  para com seus amigos, os valores éticos de defesa do bem e da justiça a qualquer custo, não importando a quem nem a ninguém, o faro certeiro de justiceiro experimentado nos perigos de bala, faca e inúmeras outras armas fazem de Tex o ícone que ele é. Tex é mais que um personagem de tradição.  Passados mais de  25  anos que leio Tex e 60 anos de vida editorial do ranger completadas em Setembro de 2008, posso afirmar que Águia da Noite, mais que tradicional, é um clássico dos quadradinhos mundiais. Aliás, mais que clássico, um super clássico.

Bons amigosPara concluir, como vê o futuro do Ranger?
Gervásio Santana de Freitas: Em minhas andanças por aí, em encontros de coleccionadores, via e-mail, fóruns ou listas de discussão, tenho visto alguns afirmarem que Tex acabou, que já não é mais como era  antes,  que  perdeu muito do encanto… A estes, meu mais profundo respeito, mas também minha completa contrariedade,  porque  fomos  nós mesmos que mudamos. O Tex continua o mesmo, com a mesma e simples fórmula de sucesso criada por G.L.Bonelli, fórmula regida com punho de ferro por Sergio Bonelli e Cia., com os mesmos valores, com a mesma ética, com o mesmo mote de vida… Nós é que mudamos, nós é que passamos por uma enorme transformação, antes eu era criança, depois adolescente, depois adulto, depois casado, hoje pai de  dois  filhos…  Mantive a essência e os valores cernes da minha personalidade, mas mudei muito, em cada fase da vida mudei um pouco, em cada fase melhorei um pouco, em cada fase evoluí um pouco, para hoje ser o somatório de todas as fases que já vivi. Hoje estou mais completo, mais maduro, mais exigente… Respeito os saudosistas que dizem que a Vecchi foi a melhor editora que já publicou o ranger, mas são estes mesmos leitores saudosistas que não querem abrir os horizontes e ler o Tex de hoje, que preferem ficar rememorando de lembrança as antigas e clássicas histórias a ler o novo material produzido hoje.
Com Vander Dissenha no QG TEXAqui faço um comentário oportuno: sem sombra alguma de dúvida a Mythos é a melhor editora no Brasil que já teve os direitos de publicação de Tex. A Mythos deu um tratamento VIP a todas as séries, manteve a numeração herdada das outras editoras, criou novas séries, atendeu (e atende) pedido dos leitores (como a revista póster e o calendário), trouxe novos personagens (embora tendo de cancelar alguns por baixa vendagem), enfim, o trabalho da Mythos não é perfeito, mas superou em muito o trabalho da Editora Vecchi (mesmo com todos os méritos por ter consolidado  o  ranger  no Brasil), como também da Rio Gráfica e mesmo da Editora Globo.
Se por um lado esses leitores saudosistas argumentam que Nizzi perdeu um pouco da veia criativa e que não produz só material de altíssima qualidade, a estes respondo que G.L.Bonelli também alternava histórias excelentes com histórias fraquinhas… O Tex segue e seguirá firme sempre. Nós teremos ido embora deste mundo e Tex ainda estará por aqui. Reconheço que diversas novas mídias de entretenimento ganharam espaço nos últimos 10/20 anos e sei que isso preocupa não só a Sergio Bonelli Editore, como a todas as outras grandes editoras de banda desenhada. Sei que com estas novas mídias as crianças e adolescentes têm cada vez menos tempo para a leitura tradicional (literatura e quadradinhos),  mas  a  minha maior alegria é saber que ainda assim uma legião de novos leitores apreciadores da nona arte está sendo formada,  uma nova legião de  fãs  está surgindo e serão eles que trarão um novo gás ao coleccionismo de Tex.
A arte de Gervásio Santana de FreitasAliás,  são  estes  novos leitores, da geração high-tech, que, ao invés de fanzines impressos, estão dedicando tempo a criar e gerenciar blogs, fóruns, listas de discussão e espaços na Internet sobre os heróis que apreciam. Aliado a isso, o trabalho com o Portal TexBR tem revelado um levante muito grande de antigos leitores que liam Tex e hoje,  já  com  a vida estabelecida, redescobrem o prazer da leitura de Tex, e voltam a coleccionar. Estes geralmente são coleccionadores com mais de 40 anos, pais de família, aposentados, até mesmo avôs, que buscam um pouco daquela nostalgia dos tempos idos e, por que não dizer, de qualidade de vida. Destaco ainda que na Itália está sendo feito um grande trabalho de colorização das histórias de Tex (falo da série Collezione Storica a Colori) com vistas a ter em Tex uma opção em cores de todas as histórias publicadas, o que, inevitavelmente, vai atrair um novo leque de leitores, uma nova fatia de público  que não  é  muito chegado no preto e branco. No Brasil isso talvez ainda demore um pouco a chegar, mas chegará também.
Há espaço para o preto e branco clássico e há espaço para o colorido, talvez haja espaço até para um Tex mangá, e, sendo assim, então é porque há novos leitores; então é porque Tex, mesmo sendo um sexagenário nascido no longínquo 1948, tem ainda um longo e promissor futuro pela frente! Longa vida, Tex! Hasta la vista!

Prezado  pard Gervásio Santana de Freitas,  agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das  fotografias  acima,  clique nas mesmas)

25 Comentários

  1. Sincero e comovente o depoimento de Gervasio mostra que ele é um grande texiano .Mais uma vez o blog está de parabéns pela excelente entrevista. Obrigado Zeca por nos dar a conhecer um pouco deste grande incentivador da marca TEX no Brasil . Parabéns Gervasio por seres a pessoa que és. Um forte abraço e mais uma vez parabéns pela bela entrevista.

    Jesus Nabor Ferreira

  2. Brilhante entrevista com o nosso timoneiro-mor!
    Quase não consegui ler toda de uma vez, o chefe não economizou palavras nem elogios… cheguei ao fim. Contente até de ter sido lembrado e relembrado do boneco de biscuit que ele citou, de ver seus filhos crescendo rodeados de hqs e por conhecer, enfim, um bocado desse pard também ‘precioso’ que é o Gervásio, pois como ele mesmo disse, fala pouco de si e só numa entrevista para além-mar ficamos a saber mais.
    Parabéns pard pela sua história, sem dúvida, a mais bela que já conheci e por manter obstinadamente o Portal TexBr em atividade.
    Forte abraço,

  3. Gervásio! Meus parabens pelo seu fanatismo por Tex, infelizmente não tenho tudo o que você tem, mas me orgulho do pouco que tenho. Um Abraço do seu pard Lucílio Valério – Nordestino(PE)

  4. Li a entrevista toda de um fôlego, por ser tão interessante! Parabéns ao Blogue e ao entrevistado. Eu nasci 1 mês depois (30 Dezembro 1970, em Lisboa) e identifico-me com várias coisas. Fiquei deslumbrado com a colecção, os conhecimentos, as imagens da biblioTex e as várias recordações que ficamos a conhecer. Um abraço.
    Orlando Santos Silva

  5. Nesta entrevista do Gervasio lendo o inicio é parecida com a minha história. Eu comecei a ler com uns 4 ou 5 anos Tio Patinhas, aí meu pai que tinha as coleções de Tex nem deixava eu tocar, acho eu porque era muito pequeno e poderia estragar, ai um dia na casa do meu avô estava no sotão quando mexia em um armario eis que encontro o Tex n° 06 da Vecchi “O Vale do Terror”, olhei e via que era igual a que meu pai tinha, sentei e li toda ela…? E pronto mais um texiano, pois aí voltei para casa. O resto não lembro como fiz, mas a partir dali li todas que meu pai tinha. E nunca estraguei nenhuma, ou melhor cuidava mais que o meu pai.

  6. OS MEUS MAIS SINCEROS PARABENS PARD GERVÁSIO POR SEU SALUTAR FANATISMO PELO NOSSO RANGER E TAMBEM POR ESSA FANTÁSTICA ENTREVISTA QUE NOS DEU A CONHECER UM POUCO DE SI.
    UM GRANDE ABRAÇO.
    CARLOS MOREIRA

  7. Fiquei contente em conhecer um pouco do Gervásio que realiza um trabalho hercúleo no enciclopédico Portal do Tex.

    O seu conhecimento sobre o personagem e a qualidade (e quantidade) de suas coleções são incríveis.

    Parabéns ao Blog do Tex e ao caro Gervásio!

    Abraços!

    Fred Macêdo

  8. Ótima a entrevista,
    É exemplar o modo que você vê e leva a vida junto com o Tex, já passo a te admirar como pessoa a colecionador.
    Ainda estou muito no começo, mas sonho em poder ser um colecionador como você, que respira e vive Tex 24 horas por dia. Já estou trilhando este caminho e espero chegar lá.
    E parabéns pelo portal, foi por causa dele que comecei a colecionar o Tex, antes apenas comprava nas bancas, agora procuro tudo que posso referente a ele.
    Parabéns pela entrevista e pelo seu modo de vida.
    Do pard Thiago Kremer

  9. Sensacional entrevista.O Gervásio, juntamente com o GG, são na minha opinião os expoentes máximos de TEX em nosso país, superam em muito os próprios editores, pois esses hajem visando o lucro. Ao contrário deles que divulgam e cultuam o personagem por pura paixão.
    Um abraço pard, e qualquer dia bato os costados por aí!!

  10. Grande Gerva, acabei de acabar de ler a tua entrevista! Fiquei aqui na sala, comendo coxinhas e tomando Todynho, só para lê-la, mas valeu à pena!
    Irmão, parabéns pelo belo depoimento, parabéns pela tua luta com o TexBR., parabéns pelo volume de Texs que tens nas tuas estanTEXs!

    Forte abraço a você!!

    Sílvio Introvabili.

  11. Que maravilha Gervásio, só tu pra me fazer ler tanto, hehe, tem bons argumentos, pulei pra trás qdo descreveu toda tua coleção, se fosse um inimigo vc seria um TERRÍVEL INIMIGO, hehe, é MELHOR ter vc como PARCEIRO nesta arte de colecionar, até pq vc me supera em pequenos detalhes, a começar pelo MALDITO Álbum de Tex, que é difíííícil de encontrar, q saudaaaaaaades daquelas figurinhas, bons tempos aqueles, mas assino embaixo quando fala sobre Tex HOJE na Mythos, são histórias nota mil, sem dúvida eu e tu seremos 2 velhos que vão morrer lendo Tex, hehe!

    Mirson Roth

  12. Agradeço de coração a todas as manifestações de carinho e apreço por minha pessoa e pelos Tex que estão guardados a sete chaves na minha coleção.

    Agradeço também a Gilberto José Troyack, colecionador de Tex de Petrópolis, RJ, que depois de ler a entrevista imediatamente me escreveu dizendo que vai me conseguir o marcador de páginas com a capa da aventura “Além da Fronteira”.

    Aproveito o espaço para convidar os amigos – aqueles que puderem – a comparecerem no encontro de Santa Maria, que ocorrerá no dia 27 próximo. Se não der nenhum atrapalho, estarei lá confraternizando com os texianos! E comemorando em grande estilo os 60 anos do TEX!

    Meu muito obrigado a todos,

    Gervásio Santana de Freitas
    Portal TexBR – http://www.texbr.com

  13. O que dizer desta entrevista? Referencial. Outro grande pard, daqueles que merecia ter o rosto retratado numa história do Tex, com absoluta certeza, junto de outros grandes editores e colecionadores-incentivadores luso-brasileiros que tem muita importância na vida editorial do Ranger em língua portuguesa.

  14. Obrigado, João Adolfo Guerreiro, por seu depoimento. Tive a alegria de transcender o papel de simples fã (embora ainda continue sendo fã, leitor e colecionador) para ser também o gestor do maior site sobre cultura Bonelli em língua portuguesa no mundo! É grande a responsabilidade, mas o prazer em fazer cada página do site TexBR supera! Hasta la vista!

  15. É por essa e outras belíssimas entrevistas que defendo a idéia de ver essas entrevistas publicadas nas edições de Tex em cores. Seria um prêmio para todos os abnegados fâs e leitores como o grande Gervásio e tantos outros. E por outro lado, Deus iluminou o Zeca quando teve essa iniciativa de entrevistar os leitores…

  16. Quem sabe um livro/revista especial com as entrevistas dos grandes colecionadores e de desenhistas e editores italianos e brasileiros que tem aqui no blog, feito sob encomenda, pré-vendido para fãs e demais colecionadores, né Neimar? Se é algo viável editorialmente em termos de custo para venda, seria uma boa, um artigo raro, pertinente, interessante e bem diferente. Mas sei que uma coisa é a idéia, outra a sua viabilização e concretização e, ademais, esse material já está todo aqui a disposição da gente.

  17. Que bela entrevista Gervasio. Vc realmente engrandece e cultua o nosso personagem. Nascemos em cidades vizinhas amigo. Sou natural de Três Passos, vizinha da sua Cidade de origem Tenente Portela.
    Um grande abraço e parabéns.
    Carlos

  18. Concordo com você, Gervasio, tenho saudade dos tempos da Vecchi e do velho G. L. Bonelli, mas todos nós mudamos e devemos evoluir com o passar do tempo. Os tempos são outros e Tex vem se adaptando soberbamente aos novos tempos. Vejo um futuro colorido para Tex. Abraços.

  19. Opa, conheço tua cidade de origem, Carlos R. Machado de Souza, já estive em Três Passos, há quatro anos atrás, visitando uma prima minha que, na altura, morava nesta bela e tranquila cidade!

    Com relação aos Tex da Vecchi, Alberto Nonato Andrade, era fácil gostar de praticamente todas aquelas aventuras, a Vecchi só publicava as melhores… deixava as aventuras consideradas “ruins” para trás… Mas embora continue apreciando muito aquela fase, concordo consigo, Tex evoluiu muito, tanto que depois de Bonelli tivemos Claudio Nizzi nos roteiros por anos e anos, sem decair a qualidade… Até que agora nem Nizzi temos mais… Estamos entrando em outra fase de Tex… Nizzi já está fora do time dos roteiristas de Tex, dedicando-se a escrever livros, tarefa na qual também tem se revelado um exímio, respeitado e cultuado escritor! E, por último, sim, também vejo que Tex tem um futuro “colorido” pela frente! É a modernização! E a busca incansável por novos leitores!

  20. Parabéns pela coleção, amigos e maravilhosa família, meu caro Gervásio! Ressaltando também a sua dedicação em divulgar personagens de histórias em quadrinhos. Abraços fraternos desde de Selva Cruel do seu pard e companheiro no TexBr. 🙂

  21. Valeu pela entrevista bacana, viu?
    Também sou locutor de rádio…
    Amei sua coleção de Tex…
    E eu achando que tenho muita revista kkkkk
    Abraços

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