Uma viagem relâmpago ao Fest Comix

Por Valdivino Otilio de Almeida

Sinto-me um privilegiado por ter conhecido pessoalmente no 17º Fest Comix de São Paulo, o grande mestre italiano chamado Fabio Civitelli, embora um pouco desapontado pois o tempo foi curto para sequer pedir um desenho exclusivo de sua autoria, já que apenas cheguei ao evento quando os ponteiros do relógio já passavam das 12 horas, isto porque a minha presença aconteceu no decurso de um verdadeira maratona em tão pouco tempo e que passo a descrever.

Inicialmente iria eu e o meu filho John Lucas, mas no último instante a minha esposa Célia resolveu ir também connosco. Apesar de ela ser casada com um fanático da banda desenhada, especialmente pela personagem TEX, a Célia não gosta muito de quadradinhos. No sábado, dia 16, trabalhei até às 23 horas e devido à entrada do horário de Verão no Brasil, ao levantar-me às 6 horas, na realidade estava a levantar-me às 5 da madrugada apesar do relógio indicar 6 horas. No espaço de uma hora tomei um banho, preparei o café da manhã (em Portugal, pequeno almoço) e acertei os últimos detalhes.

Entre 7 e as 8 horas deslocamo-nos para o aeroporto de Curitiba, tendo chegado por volta das 7 e 45, indo fazer de imediato o check-in, porque o avião levantava voo pelas 9 e 10, tendo chegado a São Paulo às 10 e 15. Ao sair do aeroporto, sentamo-nos num banco para estudar, com a ajuda de um mapa detalhado cedido pelo amigo João Rios, que rumo tomar para chegar a tempo de conhecer Fabio Civitelli, que sabia de antemão teria que abandonar o evento por volta das 13 horas para rumar a Itália.

Depois de avaliada a situação, apanhamos um ónibus (em Portugal, autocarro) intermunicipal com destino à estação metropolitana de Tatuapé, onde chegamos às 11 e 30 e a maratona ainda estava longe do seu término, pois havia ainda que apanhar mais quatro outras linhas metropolitanas diferentes, saindo numa para entrar de imediato noutra numa sucessão contínua até finalmente chegarmos pelas 12 e 25 à estação Consolação. Com tudo isto, o tempo voava, mas 5 minutos mais tarde chegamos ao nosso destino, se bem que ainda havia a fila para comprar as entradas.

O passo seguinte já dentro do Fest Comix foi procurar de imediato a família Texiana. Se não me falha a memória foi o José Ricardo que me chamou e só tive tempo para cumprimentar os amigos que estavam presentes já que o amigo Júlio Schneider, tradutor de Tex no Brasil, diz para eu ir a correr comprar as revista dedicadas ao Fabio Civitelli porque o autor italiano está prestes a abandonar o local para regressar à sua saudosa Itália.

Numa correria entro no espaço comercial acompanhado do John, indo ele em busca dos mangás indo eu directamente ao local onde estavam à venda as revistas da Mythos, adquirindo de imediato as duas edições e saindo rapidamente para as entregar a Civitelli para que ainda as pudesse autografar. Enquanto ele assina e faz as dedicatórias, troco algumas poucas palavras com o amigo português, José Carlos Francisco, o Zeca, falando ainda rapidamente enquanto tirávamos algumas fotos, com o Gervásio, Júlio Schneider e com o editor Dorival, já que os quatro estavam já a abandonar o recinto da maior feira de quadradinhos do Brasil.

Depois da saída destes 4 pards, converso então mais calmamente com o José Ricardo, o Vander Dissenha e o G. G. Carsan. Gostaria de ter mais tempo disponível e de ter interagido mais, mas o relógio não pára e às 15 horas abandono o local do evento, fazendo desta vez o mesmo trajecto, embora de modo inverso rumando ao lar em Curitiba.

Não dá para citar todos, somente alguns: Zeca, José Ricardo, Gervásio, Neimar, o irreverente G. G. Carsan, Vander e sua namorada Andrea, Júlio Schneider, Dorival, Fabio Civitelli, mas ver e/ou rever todos estes amigos fez valer bem a pena esta viagem relâmpago e espero ter nova oportunidade no futuro em um novo evento programado com mais antecedência e que tenha todo o programa dos acontecimentos bem definido a tempo e horas, porque o que me deixou mais triste foi o facto de não ter ido na sexta-feira ou no sábado, mas no fim de contas posso dizer que valeu a pena todo este sacrifício aqui descrito.

É isso aí pards, e antes de encerrar, como alguns já disseram, mas vale a pena repetir, Fabio Civitelli é uma grande pessoa e um autor muito humilde e dedicado a Tex e ao seus fãs, como facilmente constatei apesar do contacto ter sido bem pouco…

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