Tex Série Normal: O Clã dos Cubanos

Tex 147 - O Clã dos CubanosArgumento de Gianluigi Bonelli, desenhos de Fernando Fusco e capas de Aurelio Galleppini.
Com o título original Il clan dei Cubani, a história foi publicada em Itália nos números 230 a 232 em 1979 e 1980 e no Brasil, pela Editora Vecchi, nos números 147 a 149.

Os quatro pards são chamados a Nova Orleães por Nat Mac Kennet, com o objectivo de ajudar o xerife a resolver o caso do Clã dos Cubanos, um grupo que domina as salas de jogo da cidade e chantageia a seu bel prazer alguns dos homens de negócios.
No cume da organização encontra-se uma personagem misteriosa, que se esconde debaixo de uma inquietante máscara de ferro.

Depois dos chineses em São Francisco, agora os negros em Nova Orleães. A receita é a mesma e parece que autor e herói estão sempre em perfeita sintonia.
Tex 148 - A Ilha dos MortosDe novo um inimigo mascarado, de novo Tex e os pards sucessivamente a liquidarem os membros da organização, de novo muita acção, muito disparo e muita destruição. É um herói que utiliza a mesma receita, algo que já comprovou ter êxito, não só perante os seus inimigos, mas sobretudo perante os leitores. Esta é novamente uma aventura que prende e ao mesmo tempo não deixa de divertir, com Bonelli a exaltar ao máximo as características do ranger, que vai quebrando regras e dizimando tudo e todos. Mas esta aventura tem algo mais, tem o elemento feminino, tem a sensualidade e a beleza de Lola Fuentes, uma personagem que o autor apresenta apenas por duas vezes durante toda a aventura, mas que domina tudo e todos. Elegante e extremamente inteligente, Lola é o protótipo da mulher fatal, alguém que Tex nunca poderá enfrentar do mesmo modo que enfrenta os seus inimigos, qual serpente astuta, mas ao mesmo tempo fascinante. Como ela bem diz, a verdade é que a vida é uma imensa mesa de jogo, e depois de lançados os dados há que aguardar de que lado eles caiem.

Tex 149 - A Máscara de FerroA aventura vale também pelo excelente trabalho de Fusco, aqui já deambulando entre o seu Tex original e o outro que veio compor posteriormente. O primeiro mais clássico e irreverente, o outro mais altivo e experiente.

O seu trabalho é sempre muito dinâmico, porque o autor sabe conferir movimento de quadrado em quadrado, mesmo nas cenas com menos acção e onde o diálogo se sobrepõe. Porque de um desenho para outro, Fusco varia o ângulo das personagens, deixando sempre ao leitor uma sensação de movimento, permitindo assim que a aventura nunca tenha tempos mortos.

Texto de Mário João Marques

Um comentário

  1. Faroeste, urbanismo e magia ao mesmo tempo. “A Máscara de Ferro” é realmente das cinco melhores histórias do ranger Tex Willer. Na verdade só a comparo à história “A Seita do Dragão“. Ambas com roteiros impagáveis de G. L. Bonelli, e ambas mostrando realmente a coragem, a astúcia e a temível periculosidade do quarteto bonelliano (Tex Willer e seus pards Kit Carson, Jack Tigre e Kit Willer) em combater o crime, doa a quem doer.

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