Tex: Os Predadores do Deserto – Claudio Nizzi e Bruno Brindisi na visão de Cristina Alves

Por Cristina Alves[*]

Este volume de Tex, publicado em Portugal pela Polvo, leva-nos por uma peculiar aventura, mais centrada no filho de Tex do que no usual herói. A história começa quando um grupo de homens encontra Kit no meio do deserto, inanimado e desidratado, levando-o consigo. As intenções deste grupo não são, no entanto boas, atacando, de seguida uma caravana. Do ataque sobrevive uma rapariga que o chefe pretende guardar para si. Prisioneiros, Kit e a jovem tornam-se amigos, percebendo que, no grupo, nem todos são assassinos duros e impiedosos.

Paralelamente, Tex e o seu parceiro Carson são encarregues de investigar os recentes ataques a caravanas: os bandidos atacam sem deixar rasto e parecem saber sempre quando alguém vai atravessar o deserto. A dupla começa por tentar localizar um sobrevivente de um desses ataques, mas quando finalmente chegam a sua casa encontram-no morto.

A narrativa prossegue, intercalando várias personagens: o índio parceiro de Kit que o procura, a dupla Tex e Carson, Kit e a jovem enquanto prisioneiros, ou até, alguns dos bandidos. Esta abordagem dá-nos uma perspectiva mais abrangente dos acontecimentos, prosseguindo até ao final em que as coincidências fazem parte do destino das personagens.

A história é envolvente e interessante, sem se tornar excepcional, mas tornando-se numa boa história de Tex. O desenho é detalhado e um dos pontos altos deste volume, focando-se ora em expressões, ora em paisagens. O resultado é uma boa leitura, mais complexa do que algumas outras obras Tex pela forma como se foca em diferentes pontos de vista.
Este Tex foi publicado em Portugal pela Polvo.

[1] (Texto publicado originalmente no Blogue “Rascunhos, em 24 de Março de 2021)
Copyright: © 2021; Cristina Alves

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