Portugal está DEFINITIVAMENTE na HISTÓRIA de TEX

Por José Carlos Francisco

Apesar de Portugal nunca ter publicado regularmente histórias de Tex Willer (há quatro excepções: 1 – Tex contra Mefisto de G. L . Bonelli e Aurelio Galleppini, 2005, da série Clássicos da Banda Desenhada, Série Ouro, publicado a cores pelo jornal “Correio da Manhã” em associação conjunta com a Panini; 2 – “Uma tarde quente…” de Guido Nolitta e Giovanni Ticci, 2008, publicada no BD Jornal #24; 3 – “A presa” de Mauro Boselli e Fabio Civitelli, 2012, publicada no BD Jornal #29; 4 –Patagónia, de Mauro Boselli e Pasquale Frisenda, 2015, publicada pela Polvo Editora), já há alguns anos que faz parte da História do mítico Ranger criado em 1948 por G. L. Bonelli e Aurelio Galleppini.

“Fieramente Tex”, os volumes que confirmam Portugal na História de Tex

Várias têm sido as referências a Portugal em editoriais das revistas italianas de Tex, assim como brasileiras através da Mythos Editora e até mesmo numa publicação finlandesa, mas também tem havido várias menções a Portugal e aos fãs e coleccionadores portugueses no próprio sítio Internet da Sergio Bonelli Editore, tal como inclusive em livros temáticos dedicados a Tex onde a paixão pelo Ranger em Portugal tem sido alvo de inúmeras referências e até a capítulos especiais, não esquecendo que Portugal tem aquele que é considerado unanimemente na actualidade, como o mais conceituado e completo espaço dedicado a Tex na Internet mundial, com destaque para as grandes entrevistas com muitos dos grandes mestres dos fumetti, mas também com notícias exclusivas e novidades em primeiríssima mão, o Tex Willer Blog, com milhares de visitantes diários espalhados pelo mundo!

As belas lombadas de “Fieramente Tex”

Há ainda que destacar a criação do Clube Tex Portugal, que conta com mais de uma centena de sócios de vários países, com relevo para muitos sócios honorários entre os grandes nomes do staff do Ranger que inclusive têm colaborado com a revista do Clube, tornando-a muito cobiçada, mas o que provavelmente tem catapultado Portugal para a História de Tex, tem sido a constante presença de autores de Tex desde 2007 até aos nossos dias (Fabio Civitelli – 5 vezes, Marco Bianchini, Ivo Milazzo, Andrea Venturi, Pasquale Del Vecchio, Pasquale Frisenda e Stefano Biglia), autores que por norma fazem ilustrações com o Ranger nas cidades portuguesas, ilustrações essas bastante cobiçadas não somente pelos fãs portugueses, mas também por fãs de todo o mundo, com predominância no Brasil e na Itália e prova disso mesmo é que essas ilustrações começam inclusive a aparecer em edições temáticas dedicadas a Tex e oriundas da Itália como aconteceu recentemente no volume 2 de “Fieramente Tex“, com o selo da Linea Chiara e onde podemos apreciar em todo o seu esplendor as artes de Fabio Civitelli com o nosso Tex nas cidades de Moura e Porto, com a respectiva alusão ao facto de serem paisagens portuguesas.

“Fieramente Tex”, volume 1, capa de Fabio Civitelli

Fieramente Tex” são dois volumes luxuosos contendo mais de duas centenas de ilustrações de Tex feitas pelos mais consagrados desenhadores de Tex reunidas pela primeira vez em livro:
Fieramente Tex 1989-2004 é o volume de 13,95 € que recolhe todas as ilustrações dos grandes desenhadores da Sergio Bonelli Editore dedicadas ao Ranger mais famoso do mundo da banda desenhada… e não só! É um volume, cartonado de 112 páginas, em formato grande (22×28 cm), com papel de altíssima qualidade e enriquecido com imensos textos redaccionais de Gianni Brunoro, que percorre a história editorial desta mítica personagem estando ainda disponível numa versão limitada na fórmula White Edition! Trata-se de uma capa alternativa quase totalmente branca em que cada leitor pode personalizá-la com um desenho de um autor à sua escolha.

“Fieramente Tex”, volume 2, capa de Claudio Villa

Fieramente Tex 02: 2005 – 2014 onde se conclui neste segundo volume a colecção de ilustrações dedicadas à mais icónica personagem italiana dos fumetti: Tex Willer! 
Contém artes de autores como Civitelli, Villa, os irmãos Cestaro, Mastantuono e tantos, tantos outros publicadas num elegante volume que permite ao leitor uma viagem pelo universo texiano através do qual será possível conhecer os mil mundos de uma personagem que desde 1948 conquistou o afecto de centenas de milhares de leitores espalhados pelo mundo! Também neste volume com as mesmas dimensões, mas com mais páginas (136) e com um preço de 14,95 € existem textos do mesmo autor que aprofundam as características e as dinâmicas das histórias de Águia da Noite, nome indígena de Tex! E também para este segundo número existe a White Edition, a capa inteiramente branca que pode ser ilustrada pelo seu desenhador preferido!

“Fieramente Tex”, volume 1, capa White Edition

E é precisamente neste segundo volume que encontramos as belas artes de Fabio Civitelli, realizadas em 2007 onde pela primeira vez, um desenhador de Tex desenhou Tex Willer em Portugal, mais precisamente em Moura… Tex cavalgando de arma na mão, com a Torre do Relógio no Castelo de Moura ao fundo e em 2012 em Vila Nova de Gaia, tendo como pano de fundo, a bela e invicta cidade do Porto, numa das zonas mais emblemáticas, a zona ribeirinha, onde Fabio Civitelli idealizou um duelo do Tex, não numa main street, mas sim diante do porto da bela cidade capital do norte de Portugal, tornando assim a presença do Ranger na cidade do Porto muito mais original, respeitando a verdadeira alma portuense.

Tex em Moura, por Fabio Civitelli

Tex no Porto, por Fabio Civitelli

A histórica primeira aparição de Tex em Portugal, numa belíssima arte de Fabio Civitelli

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

2 Comentários

  1. Portugal ficará para sempre na História de Tex porque existe o blogue português do Tex! Eu diria que, excetuando a Itália, ninguém trabalha tanto em defesa de Tex Willer. Por isso envio os meus parabéns ao amigo José Carlos Francisco. Um grande abraço!

    • Obrigado pelos parabéns, pard Emanuel, mas o mérito é de todos nós texianos portugueses, porque já diz o velho provérbio que “Uma andorinha só não faz a Primavera” 😉

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