O Alfabeto do Velho Oeste – Letra P

Wilson Vieira:

Desenhador e Argumentista Brasileiro de Banda Desenhada, com mais de 36 anos de experiência, dos quais 7 deles (1973/80), participando como colaborador do estúdio Staff di IF em Génova/Itália, ilustrando também alguns episódios de Il Piccolo Ranger para a Sergio Bonelli Editore, Diabolik, Tarzan e o Homem-Aranha (Octopus desafia o Homem-Aranha). É também o autor da saga Nordestina: Cangaceiros – Homens de Couro e da série western – Gringo, assim como autor de vários outros roteiros. E escreve, escreve…

É também autor do seguinte blogue na Internet:
http://brawvhqs.blogspot.com/

Caros LeitoresGeograficamente falando, como sabem o território dos Estados Unidos da América pode ser dividido em três zonas:
1 O Leste, ou seja, a faixa costeira Atlântica delimitada a ocidente pelas cadeias montanhosas de Allegheny e Apalaches.
2 O Oeste, ou seja, o planalto central ocupado inteiramente pela bacia hidrográfica do Mississipi-Missouri e caracterizado, principalmente em sua parte ocidental, pela imensa vastidão de planícies.
3 E o Far West, ou seja, a região que compreende as Montanhas Rochosas e suas vertentes ocidentais que deslizam para o Oceano Pacífico. Tais configurações geográficas são importantes, para compreendermos bem o desenvolvimento histórico da colonização da América do Norte; a faixa costeira Atlântica foi logicamente a primeira a ser dominada pelos Europeus e por ela surgiram os primeiros vilarejos e as primeiras cidades (1600 e 1700), depois, (início de 1800), o grande planalto central foi, não só atravessado, como colonizado, enquanto que os pioneiros erroneamente o consideraram inapto para a cultivação e preferiram seguir para o Far West, ou seja, o Oregon e a Califórnia. Na segunda metade do século, finalmente também foi retomado o imenso planalto, deixado por tanto tempo antes aos índios e bisontes, transformando-se em objectivo de emigrantes, que lá se estabeleceram e colonizaram. Isso deverá ser recordado, para estabelecer dois conceitos, geralmente confusos. 1 Aquele de “fronteira”. 2 Aquele de “conquista” do West. De facto, desde que núcleos de colonizadores ingleses estabeleceram-se na Virgínia em 1620, a vida dura de fronteira, foi para os predecessores brancos uma realidade quotidiana, com todos os percalços e perigos que ela representava; principalmente a hostilidade natural dos índios nativos diante dos cruéis invasores. Ao contrário, com a expressão “conquista” do West, entende-se somente aquele movimento de massa humana, que teve início nos primeiros anos de 1800 e avançou além das fronteiras, pelas cadeias de montanhas, até o vale do Mississipi e depois, foi até à costa do Pacífico; nesse sentido a “conquista” do West não é mais que, o último período da história da fronteira americana. Sendo assim, para esmiuçar o passado americano, que tanto nos fascina, apresento com imensa satisfação O ALFABETO DO VELHO OESTE propondo esse database western básico, narrado a verbetes, em ordem alfabética, os pormenores sobre tal época. Projecto online penso, pioneiro tanto em Portugal, quanto no Brasil, estimulado a publicá-lo, através do amigo entusiasta José Carlos Francisco (Zeca), o qual me ofereceu generosamente o espaço, neste já renomado Blogue e aceitei. Será um trabalho longo e árduo admito, porém prazeroso, onde a cada letra específica, o amigo leitor encontrará uma variedade de descrições relativas a ela, num período onde homens, mulheres, animais, geografia e clima, entrelaçavam-se na batalha árdua do quotidiano em busca da sonhada sobrevivência o Velho Oeste. Espero que aprovem o conteúdo sugerido e me acompanhem, nessa aventura extraordinária, agora com a letra…

P

Pack – Peso Inglês para a lã: um Pack=12 score=240 Pound=108,8622 kg. Era também um sistema de conta para fiação.

Palomino – Cavalo de cor creme, com reflexo dourado, também conhecido como o “Cavalo Dourado”, na Califórnia de “Raposa Vermelha”. O cavalo possui uma crina completamente branca e é descrito pela “Palomino Horse Association” como: “O cavalo que possui uma pelagem da cor de uma moeda de ouro Americana, cunhada recentemente e cuja crina e rabo são de uma cor branca imaculada. Possui uma cabeça bonita e pequena, pernas proporcionais, uma costa curta e recta. Não deve ser mais alto e completamente desenvolvido não deve pesar mais que 1.100 libras. São admitidas também faixas brancas em sua pelagem”. O Palomino não é considerado uma raça por si, mas, como uma variedade no âmbito das raças diversas. Era já criado antes de 1848 na Califórnia e existem inúmeras versões que se referem à sua origem. Como por exemplo, em volta de 1800 um criador de uma Missão teria destinado um prémio para o melhor cavalo de criação do local e teria premiado um cavalo de um ano, cor canela e com a crina branca e esse cavalo seria o primeiro de todos os Palominos. Outros afirmam que seja originário de cavalos Espanhóis, Árabes ou Mouros. A princípio pagava-se um preço bem elevado por eles e os nobres Espanhóis consideravam-se felizardos se quando esposassem suas filhas, incluísse em seus dotes um cavalo Palomino. Hoje são principalmente os cavalos de puro-sangue Árabes, que “tomaram” a herança dos cavalos Palominos.

Palouse – Também “Pelus”, “Pelouse” e “Palus”. Subgrupo dos Índios “Wallawalla”, que viviam nas Montanhas Rochosas norte-ocidentais. Esse grupo, da família linguística “Sahaptin” compreendia também os subgrupos: “Klickitats” ou “Tlickitacs”, “Des Chutes” e “Yakimas”. Tal grupo tornou-se famoso pela criação dos fantásticos cavalos “Appalousa”.

Pancho Villa – O lendário general, e revolucionário Mexicano, em 1916, época na qual o general Americano Pershing tentou inutilmente pegá-lo vivo ou morto. A política Americana em relação ao México é de 1913 até 1921 a política do presidente Wilson, tendendo a melhorar a todo o custo as relações de boa vizinhança, e por isso mesmo criticada por muitos, especialmente daqueles que nos poços petrolíferos Mexicanos tinham relevantes interesses. Em 1916, após uma incursão de Villa em Novo México, Wilson envia o general Pershing com 6.000 homens. O presidente Mexicano Carranza protestou; mas, Wilson conseguiu mais uma vez manter a Paz, não obstante o parecer contrário dos nacionalistas Americanos. Nos anos seguintes, a política de Wilson, demonstrar-se-ia frutífera: as relações entre os dois povos, tornaram-se sempre mais amigáveis. Villa morreu assassinato em 1923.

Panola – (Do Mexicano=pinoles). Milho moído, cozido, aromatizado e adoçado, que o cowboy das regiões desérticas usava, para combater a sede.

Pants – Termo usado pelos cowboys para indicar as suas calças.

Papago – Composição das palavras da Língua Papago: Pahpah=feijão e ootam=Povo. Tribo de agricultores e do grupo Linguístico Uto-Asteca e viviam na parte meridional do vale do Gila River, Arizona e tinham uma parentela Linguística e Cultural com os Índios “Pimas”, que viviam na parte setentrional, do mesmo rio. Os Papagos possuíam um grande espírito de adaptação; durante o período da dominação Espanhola, adoptaram selectamente a religião Cristã, as usanças e as formas sociais, colaborando em seguida activamente com os Mexicanos e finalmente com os Americanos. Em 1865, por exemplo, formaram um grupo permanente de polícia, com 150 homens, que estava à disposição dos Americanos em luta com os Apaches. Em 1871 foram os Índios Papagos, juntamente com os colonos de Tucson, que no “Massacre de Camp Grant”, do San Pedro River, infligiram aos “Apaches Aravaipa”, consideráveis perdas. Em 1874 foram para a Reserva San Xavier, na qual foi também incorporada em 1884 a Reserva Gila Bend. Por volta de 1890 muitos Papagos eram já “Ranchers” e cowboys. Em 1960 o sistema da Reserva foi anulado para os Papagos, porque, como assalariados, tinham completamente se integrado na vida quotidiana Americana.

Parada – Palavra que os cowboys da Califórnia “recavaram” da língua Mexicana, para indicar a parte principal de uma boiada e que geralmente chamavam também de: “Peratha”.

Particular linguagem das mulheres – Supõe-se que também as mulheres tivessem um modo particular de pronunciar as palavras, deformando-as ligeiramente. O certo é que em algumas tribos da Califórnia homens e mulheres falavam dialectos diferentes e que os primeiros usavam a “Linguagem das mulheres” para conversarem com as suas companheiras. A diferença era insignificante, mínima. As mulheres usavam palavras mais curtas, diziam “Ya”, enquanto que seus homens diziam “Yana”. Os homens chamavam a água de “Hana” e as mulheres de “Há”. A maioria das tribos Indígenas não tinha nenhuma palavra para indicar as coisas abstractas como o amor, a verdade, o espírito ou a alma. Diziam que “O coração ficava quente”, para dizer que estavam contentes; um homem “Do coração grande” era um guerreiro corajoso. O branco que soubesse escrever era o “homem que sente com os olhos”, ou o “Discurso pintado” ou ainda a “Carta que fala”. Actualmente os Índios falam ainda 250 Linguagens diferentes. Os Sioux e os Navajos possuem o seu Alfabeto próprio e sua própria Escritura, como os Cherokees no tempo de “Sequoya”.

Parfleche – Objectos, receptáculos dobráveis, de pele crua (pintado ou não) e com várias formas e tamanhos; também chamados de “Valises da Pradaria”.

Parker – Isaac, Charles. Famoso juiz Federal do Oeste Americano, que de 1875 a 1896, como juiz da US-District Criminal Court, no distrito ocidental de Arkansas, cuja jurisdição comandava também todo o território de Oklahoma, exercitou um poder ilimitado conseguindo a má fama por suas várias condenações à morte e das incontáveis execuções em Fort Smith. Parker dispunha de uma força policial superior a 200 homens, que davam caça a todos os criminosos do Oeste e que, também em condições perigosas, executavam os mandatos de captura. Os perseguidos eram transportados num carroção enjaulado, mais conhecido por “Tumbleweed”. O fanático Parker, um Metodista muito fervoroso, era conhecido como um homem honesto, mas muito cuidadoso, que aplicava as Leis com todas as suas carências. Nasceu em 15 de Outubro de 1838, filho do Pastor Metodista Joseph Parker, originário de Maryland e de sua esposa a fanática Metodista Jane Shannon, de Ohio, nasceu numa cabana de madeira em Vinegar Valley, Ohio. Estudou Direito e Literatura Inglesa. Em 1859 era já advogado em Ohio, em 1860 em St. Joseph no Missouri e em 12 de Dezembro de 1861, esposou Mary O’Toole. De Abril de 1861 até Abril de 1864 foi Defensor do Ministério Público e Provost-Marshal da Milícia do Estado. Durante a Guerra Civil, empenhou-se com paixão na luta contra a Escravidão. Em 1864 foi Procurador do Estado na Décima Segunda Circunscrição Jurídica de Missouri e a partir de Novembro de 1868 foi juiz no mesmo distrito. Em 1870 foi deputado do Sexto distrito do Missouri no Congresso, onde defendeu os direitos dos Índios. Ele influiu significativamente na lei promulgada em 1872 e chamada por “Indian Appropriation Bill”. Em 1874 perdeu o cargo de senador por causa de sua simpatia com os Índios. Em 1875 foi juiz chefe em Utah e no mesmo ano juiz Federal para o território Indígena de Oklahoma. Por décadas após a morte de Parker, todos silenciarem-se por certa vergonha. Principalmente sobre certas particularidades das actividades desse Tribunal; os edifícios já decadentes foram usados como uma prisão, que os contemporâneos e os populares chamavam de: “Buraco Negro de Calcutá”, ou então de: “Forca para seis pessoas”, foram depois destruídos e suas recordações foram confinadas no silêncio absoluto. Mas, o juiz Parker não foi nenhum “Santo com sua espada flamejante”, como recordavam alguns fanáticos, nem um homem sem escrúpulos ou sentimentos, como mais tarde definiriam alguns Historiadores. Na realidade ele, foi um homem que tentou travar a violência e o arbítrio com a perfeita mecânica da Lei. Todavia, mesmo impondo medo e terror, não atingiu um “sucesso” esperado naquele período, pois a criminalidade não diminuiu durante os vinte e um anos que permaneceu no cargo, mas aumentou. Sobre sua existência, foi jogado o véu do esquecimento, apesar de que alguns escritores e cineastas tenham feito dele uma personagem terrível, consultando seus julgamentos e escritos; podíamos considerar o oposto disso tudo. O filme Americano western de 1968, estrelado por Clint Eastwood intitulado: A Marca da Forca (Hang’ em High) retrata ficcionalmente, o juiz Parker; a personagem principal dessa película. Totalmente obcecado pela Lei, suas regras, e cumprindo-as fervorosamente.

Pat – Murphy.  Foi um dos maiores jogadores de basebol, Americano, em 1880. Nos Estados Unidos da América era o grande momento desse jogo, que num breve período tornou-se um desporto nacional; jogado por campeões idolatrados e por jovens pelas estradas.

Paul Kane – Pintor Canadiano que em 1845 foi visitar um acampamento dos Índios “Menominee”, pintando naquela ocasião vários quadros excepcionais, inspirados pela tribo e a natureza a sua volta.

Pawnees – (Pariki=Tufo de cabelo, para o alto da cabeça raspada). Eram aparentados com os Índios “Iroqueses”. Constituíam num Povo altamente civilizado, no coração de Nebraska, caçadores de bisontes, viviam em casas sólidas com tectos arredondados, em comunidades fortificadas; possuíam um calendário e uma Mitologia, semelhante aquela dos Gregos e dos Egípcios. Seu cacique mais famoso foi “Petelasharo”, nascido em 1797, que aboliu os sacrifícios humanos e o canibalismo e actuou activamente para a pacífica convivência com os Americanos. Por esse motivo, os Pawnees não somente serviram ao Exército Americano, como guias durante as Guerras contra os Índios, e formaram também, em 1864, comandados pelo “Captain Frank”, o famoso Batalhão “Pawnee”, com 100 homens, e que por decénios tomaram parte activa na Guerra contra os seus inimigos mortais; os Sioux e o Cheyennes. Após a vitória sobre essas tribos, os Pawnees, estavam certos do reconhecimento por parte dos Americanos, mas foram forçados a se afastarem de sua terra natal e foram trancafiados numa Reserva. Como prémio de consolação, eles receberam, em 1892 o direito de Cidadania Americana.

Peacemaker – No Outono de 1873 a fábrica de armas Colt apresentou ao mercado Americano o seu primeiro modelo de revólver, que disparava cartuchos metálicos. Os modelos de revólver Colt eram então as chamadas armas a percussão. Esse novo modelo “P” foi apresentado primeiramente com o calibre .44 (percussão anular) e a partir de Janeiro de 1874 em sua versão “Long Colt”, com calibre .45 (percussão central). No selvagem Oeste, os astutos mercadores de armas B. Kittredge & Co., deram ao tipo longo o nome de “Peacemaker”, que todavia veio a designar até os nossos dias, somente um determinado modelo, o modelo “Long Colt” calibre .45, de cano longo 19 cm. (7,5 polegadas). Em 1878 após a introdução do cartucho .44-40, que se adaptava também aos rifles Winchesters, a denominação oficial foi modificada em “Frontier Six Shooter” e por volta de 1885, após grandes fornecimentos ao Exército Americano, recebeu a designação de “SAA” (Single Action Army). Os cowboys preferiram sempre o modelo com o cano de 19 cm., porque com o cano mais longo, podiam-se dar tiros mais seguros e em distâncias maiores, do que o modelo com cano curto. O “Peacemaker” foi grande sucesso entre os cowboys já antes do início de 1875; todavia, quando em 1878, foi comercializado o mesmo modelo na versão .44-40 do Winchester, o modelo precedente foi abandonado, porque para o cowboy tornava-se muito mais prático possuir um revólver e rifle com o mesmo tipo de munição. Para esse Colt .44-40 foram dados alguns apelidos; tais como: “Enganador do polegar”, “Criador de viúvas”, “Ferro que dispara”, “Pé de porco”, “Equalizador”, “Seis Tiros”, “Joga Chumbo” ou “Cospe Chamas”. De 1873 a 1941 foram fabricados 356.629 revólveres do tipo “SAA”. Como a demanda não acenava diminuir, também porque no âmbito da produção moderna não existissem revólveres que fossem melhores ou mais eficazes, a fábrica Colt recomeçou em 1955 a produção desse veterano, entre os revólveres. Ainda hoje, essa arma é perfeitamente idêntica a aquela que existia no mercado, no distante ano de 1873.

Peitoral – (Breast Collar). Tira larga de couro no arreio que circundava o peito do cavalo, para evitar um deslizamento da sela. Tal tira era geralmente ornamentada ricamente e desenhada.

Pelado – Termo depreciativo Mexicano usado para indicar o: “Preguiçoso, ignorante, ordinário e sujo” Mexicano de origem Indígena.

Pele crua – Com esse termo, os cowboys do noroeste definiam os seus colegas do Texas, porque estes, com tiras de couro cru, usavam para ajustarem tudo; de uma rédea a um tirante até um timão de carroção.

Pelon – Do Mexicano “Pilon”. No selvagem Oeste, os negociantes dos assim chamados “Stores” (Lojas/Armazéns), no caso de aquisição de maior identidade, presenteavam aos meninos e meninas, um doce, e aos cowboys um charuto, para assenhoras uma lembrança qualquer. O cowboy estava muito atento para que o seu “Pelon” não lhe fosse negado.

Pemmican – Massa de carne, secada ao sol, moída e misturada com sebo, que era conservada em saquinhos de couro cru ou em pequenos recipientes e serviam aos Índios e aos “Trappers” como alimento para o Inverno, ou como o que chamavam de, uma “Ração de ferro”. Também os cowboys algumas vezes apreciavam esse alimento, quando eram produzidos por Índios mestiços, que residiam nas regiões do Red River, ao norte do Texas. Geralmente, porém, os cowboys preferiam, porque mais saboroso, o bife na chapa e recoberto pela própria gordura.

Pequena Tartaruga – Cacique da tribo “Miami” fez parte de uma Confederação Indígena que, em 1780, derrotou o general Americano Harmar no Miami River. Cinco anos após, “Pequena Tartaruga” foi por sua vez, derrotado pelo Exército Americano, comandado então pelo general Wayne.

Percheron – Raça de cavalos com forte estrutura óssea, pernas longas e robustas, preferidos principalmente pelos cowboys do noroeste.

Percursos Transcontinentais – Eram estradas e seus traçados que percorriam as caravanas de carroções dos colonizadores, que iam em direcção ao Ocidente, partindo da Linha Mississippi/Missouri para Santa Fé, Califórnia, Oregon, Utah, Wyoming e Montana.

Percussão – É o acendimento de uma carga de pólvora, nas armas de fogo, mediante batimentos ou choques. O dispositivo de percussão nas armas de carregamento pelo cano funcionava seguindo o determinado princípio: o cano era fechado (a pólvora e o projéctil eram introduzidos e empurrados até o fundo). No cano existia um furo e nele era aplicado um pistão cilíndrico. Nele era colocada uma cápsula fulminante, que, percorrendo o cão da arma, acendia-se. A centelha passava através o interior do pistão e do furo, acendendo a carga de pólvora. Nos primeiros revólveres Colt a percussão (Army, Dragoon, Navy, Peterson, Walker, Wells Fargo), a câmara de explosão era fechada até o cão e ali se encontrava o pistão, ao qual era aplicada a escorva a percussão.

Peregrino – Um novo recém-chegado ao Oeste. Os primeiros homens que chegaram da Inglaterra com o navio “Mayflower” desembarcaram inicialmente em New England. Todos os bovinos importados também eram “Bovinos Peregrinos”. Mais tarde o cowboy chamou de “Pilgrim Sodbuster” cada pessoa, que pela primeira vez penetrava no Velho Oeste, construindo a sua casa.

Período de calor das vacas – Apresentava-se pela primeira vez quando a vaca jovem entrava no cio, repetindo-se a cada 3 ou 4 semanas, até serem fecundadas.

Pérolas de vidro – Desconhecidas pelos Índios da América do Norte, elas foram introduzidas somente pelos brancos e os Índios usaram-nas depois, para seus conhecidos recames em pérolas.

Pés Pretos – O nome é derivado provavelmente da tinta negra de seus “Mocassins”, que eram enegrecidos pelas queimadas das pradarias, ou eram pintados assim. Tribo “Algonkin”, cujos subgrupos: “Pés Pretos” (Siksika), “Blood” (Kainah), e “Piegans” ocupavam toda a parte norte ocidental das grandes planícies a oeste das Montanhas Rochosas, até o coração de Alberta no Canadá, defendendo-se com todas as forças, da imigração branca. Historicamente as Confederações dos “Pés Pretos” só tinham os bisontes e antílopes para a sua caça. Esses Índios não conheciam uma habitação fixa, nem a agricultura (somente cultivavam o tabaco para as suas Cerimónias). Seu modo de vida era igual quando moravam entre as duas nascentes do Saskatchewan River, sem possuir canoas, nem cavalos e caçando simplesmente com armas primitivas. Os cavalos receberam somente por volta de 1730, por parte dos “Shoshones”, quando esses atacaram os “Piegans”. Roubando esses animais, tornaram-se rapidamente famosos pela criação deles, que chamavam de “Alces”. Povo de cavaleiros sem escrúpulos penetravam ao norte e sul até os confins com o México, e ao mesmo tempo estavam sempre em guerra com os Ingleses, Franceses e Americanos além dos “Crees”, “Sioux”, “Assiboines”, Cheyennes e “Shoshones”. Combateram também os “Kutenais” e “Flatheads”, nas Montanhas Rochosas, contra os “Trappers” da “Hudson’s Bay Company”, da “Northwest Company”, da “American Fur Company”; ou seja, praticamente tudo aquilo que encontravam em seu caminho. “Onde pudessem encontrar um branco, matavam-nos no modo mais cruel”, escreveu em 1829 o padre Franciscano “De Semet”. O etnólogo Alemão Maximilian em 1833 declarou: “Os Pés Pretos são conhecidos como os Índios mais perigosos e mais sanguinários”. “Todavia, quando alguns brancos conseguiram viver juntos a eles, reconheceram que os Pés Pretos eram muito gentis, possuíam um grande coração e cuidavam da casa do hóspede como os 100 olhos de Argos”, diria John Stanley em 1853. Os guerreiros eram atléticos, estatura mediana, grandes olhos e longos cabelos negros. Trajavam indumentos de pele macia. Cada tribo era formada por diversas sub-tribos e cada uma delas, escolhia um cacique e um “Sacerdote do Sol”. Cada sub-tribo era seguidora de uma Assembleia, que se reunia uma vez ao ano, durante as Cerimónias Religiosas da “Dança do Sol”. Toda a população era dividida segundo uma classificação em sete graus. Somente o sétimo grau permitia o acesso à reunião do Conselho. Os caciques e sub-caciques formavam o sexto grau, que detinha o “Poder de Policia”, com valores executivos para o cumprimento dos decretos do Conselho. O quinto grau era responsável pela caça, da escolha e das mudanças das aldeias. Os últimos quatro graus eram compostos por guerreiros segundo as suas façanhas e capacidade. Cada membro da tribo devia pelo menos estar por quatro anos em cada grau, para poder passar a outro sucessivo. Os caciques e os membros do Conselho eram escolhidos pelo sistema electivo. Os “Pés Pretos” adoravam a luz solar (Napea), ao qual em tempos pré-colombianos eram feitos sacrifícios, uma vez ao ano, com uma Índia virgem. Esse uso, porém foi substituído pelo Culto Ritual da “Dança do Sol”, que se manteve até o século XX. Em 1832 os “Pés Pretos” atacaram a grande concentração dos “Trappers”, em Pierre’s Hole, porém os brancos, hábeis atiradores, derrotaram-nos. Após os sobreviventes contarem o triste acontecimento, os “Pés Pretos” por longos 20 anos, não atacaram os brancos. Em 1855 assinaram junto aos “Gros Ventres”, “Flatheads”, “Pend d’Oreilles”, “Kutenais”, “Nez Percé” e ao Governador Stevens de Montana, um pacto de Paz, que foi violado somente em 1864, por uma simples briga, pelo facto que alguns brancos tinham vendido aos seus guerreiros Whisky em troca de peles e dinheiro. Em 23 de Janeiro de 1870 o coronel E. M. Baker atacou-os com o seu Segundo Regimento de Cavalaria de Fort Ellis; 37 tendas dos “Piegans” dos caciques “Bear Chief” e “Red Horn” no Vale Maria caíram sob o tiroteio. Somente 9 pessoas escaparam ao massacre. 173 homens, velhos, mulheres e crianças foram barbaramente massacrados. Após esse facto terrível, quase todos os “Pés Pretos” emigraram para o Canadá, aqueles que permaneceram nos EUA, foram mandados para a Reserva dos “Piegans” em Montana. Em 1937, viviam no Canadá (no Estado de Alberta) 2.236 e em Montana ainda 2.242 “Pés Pretos”.

Petróleo – A corrida ao “Ouro Negro”, iniciada em 1859 na Pennsylvania, foi recheada por episódios dramáticos e pitorescos, recordando por alguns de seus aspectos a “Febre do Ouro”, da Califórnia.

Philip – H. Sheridan.  O general Nortista Philip H. Sheridan foi o mais famoso, entre os comandantes de Cavalaria da Armada do Potomac. Após ter participado do desastroso embate de Cold Harbor, uma das etapas da Campanha em Virgínia; derrotou definitivamente a Cavalaria Sulista com um ataque surpresa, em Outubro de 1864, em Cedar Creek. Em 1863 com uma série de ataques nas costas das tropas inimiga em retirada, apressou a rendição de Lee.

Phillips – William, L.  Foi justiçado em 17 de Abril de 1885 em Fort Smith, Arkansas, porque das provas comprovadas pela acusação, parecia o culpado pela morte de um homem. O dia precedente Phillips tinha escrito uma carta a seu companheiro McMurry, na qual confirmava a sua inocência: “Amanhã é o dia, no qual deverei morrer e abandonar os meus filhos inocentes, por um delito que não cometi. Imploro-te a transportar o meu cadáver para casa e de sepultá-lo perto da minha querida esposa. Agora despeço-me, esperando encontrá-lo num local que não seja assim tão cruel. Digo novamente: sou inocente, como um bebé recém-nascido. Adeus”. Três meses após, o verdadeiro assassino foi preso e fez uma confissão na hora de sua morte. Phillips foi inocentado “post-mortem”. O juiz I. C. Parker tinha se enganado.

Piebald – Um cavalo, que possuía uma pelagem, por pequenas manchas brancas e negras.

Piegans – A Parte de uma tribo dos Índios “Pés Negros”, no Algonkin, assim chamada segundo o cacique “Piegan” dos “Pés Negros”. Esse cacique destacou-se, com seus seguidores, da tribo principal e estabeleceu-se entre o Milk River e o Missouri, em Marias e Teton River. Em 1855 os “Piegans” selaram a Paz com os Americanos e a mantiveram, até quando a descoberta do ouro trouxe uma imigração branca, que não conseguiram conter e que acabou por causar revoltas e Expedições punitivas.

Piloto do céu – Expressão dos cowboys para indicar o “Padre com a mochila”, ou seja, os Pregadores que, de fazendas em fazendas, de regiões a regiões, cavalgavam ou percorriam as distâncias com a sua “Igreja móvel”; carroção coberto, pintado de negro, com cruzes pintadas externamente e em seu interior encontrava-se de tudo para a Liturgia. Saiam rezando para os homens duros do Oeste, ou melhor, “Agitando o Cristianismo, em volta de suas orelhas, como se fossem um pano molhado”. Esses Pregadores eram também homens brutos, armados até os dentes, e não certamente medrosos em mostrar a todos o que eles entendiam e acreditavam por Cristianismo. No selvagem Oeste eram frequentes as funções Religiosas celebradas a céu aberto, ou em saloons, onde as imagens de mulheres nuas, penduradas em paredes esburacadas por armas de fogo, eram pudicamente encobertas. Esses Pregadores celebravam matrimónios, baptismos, vendiam amuletos Sacros, imagens de Santos e benziam tudo o que se queria e rezavam. Usando suas armas, atravessavam os locais atirando, para que sentissem o “Cheiro acre do Inferno (no caso da pólvora) – o enxofre de Satanás – e notassem a sua presença e a cada vez, que os ouvissem rezar para as almas em perdição”.

Pima – Palavra “Papago=A-kimel-o’otam=Povo do Rio”. Agricultores da família linguística Uto-Azteca, cuja sub-tribo os “Pima Superiores” viviam no Arizona do Sul e aquela dos “Pima Inferiores” viviam na província Mexicana de Sonora. Como os “Pueblos” usavam a irrigação artificial. Do ponto de vista social, a tribo era dividida em dois clãs denominados: o “Bussard Clan” e os “Coyote Clan”. Os Pima mantiveram com os Americanos, salvo alguns incidentes de pouco valor, relações amigáveis, constituindo assim um apoio contra os Apaches. Seus guerreiros comandados pelo cacique “Antonio Azul”, prestaram serviços de qualidade como soldados no Batalhão do Arizona.

Pinkerton – O Velho e selvagem Oeste dos fora-da-lei foi desaparecendo e agonizando lentamente, vencido pelo telégrafo e dos homens temidos, da Agência Investigativa Pinkerton a famosa e temida “We Never Sleep” (Os que nunca dormem). Nome esse dado justamente por sua obstinação em capturar o que ele dizia ser o “Lixo da Sociedade”; referindo-se aos bandidos os quais dava caça, capturando-os vivos ou mortos. Allan Pinkerton, o famoso detective Americano, foi quem fundou uma das primeiras Agências Investigativas, que demonstrou uma função determinante na repressão do banditismo após a Guerra de Secessão.

Pinto – Cavalo de pelo ouriçado e de várias cores; geralmente amarelados, branco e negro, mas também avermelhado e castanho com branco. No Texas o cavalo “Pinto” era chamado de “Paint Horse”, ou simplesmente “Paint”.

Pinturas – Os Índios descobriram na natureza que lhes circundava, tantos produtos que permitiram a eles de obter substâncias colorantes. Eles encontraram a argila, contendo óxido de ferro e a misturaram com gordura ou sebo de bisonte, criando assim uma pomada da qual se serviam para pintar o próprio rosto e corpo com diversos sinais. Os Sioux usavam para o mesmo uso, uma substância amarelada e dura, conseguida da vesícula biliar do bisonte que era considerada uma pintura medicinal. Geralmente eles usavam um fruto chamado “Bulberru” e outras plantas entre as quais o “Sumac”. Flores, favas, cortiças e outros vegetais moídos em pilões e empastados serviam para fazer ou dar a cor em substâncias usadas para as pinturas. Quase sempre os Índios aplicavam a tinta no rosto ou em diversas partes do corpo, servindo-se dos dedos, ou com escovas e pequenos bastões rudimentares, que depois os destruíam. Os Índios das Planícies utilizavam um osso esponjoso da rótula do bisonte, que conservava a pintura exactamente como as nossas canetas conservam o nanquim. Os Índios pintavam os seus corpos para serem admirados, para meter medo a seus inimigos durante as batalhas. Também o faziam por puro divertimento ou para protegerem-se do vento, insectos e das queimaduras do sol. Pintavam-se também para participar em certas cerimónias ou para executar danças.

Pioneiro – (Pioneer). Que inicia o descobrimento de um novo território ou abre uma nova passagem, uma nova estrada ao atravessar o Continente; que os outros seguirão. Os pioneiros do Oeste foram todos aqueles que desbravaram com suas próprias forças, os territórios bem distantes das comunidades civis; todos aqueles que descobriram novas técnicas para a agricultura, criação, transportes, fundações de cidadelas, o desfrute da terra e que, com o seu suor, indicaram novos caminhos para outros homens.

Pistoleiro – O tipo de homem do revólver fácil, que os produtores de Hollywood nos proporcionam há décadas, não possui o menor traço com aquele pistoleiro histórico, que foi personificado pela primeira vez por “Wild Bill Hickok”. A Historiografia faz uma atenta divisão entre dois tipos de homens que, por assim dizer, consideravam o revólver como ocupação principal. Antes de tudo, temos o pistoleiro que disparava para satisfazer as suas “obscuras” exigências, ou por vingança, como o Texano “Gregorio Cortez”, ou para empatar, como o famoso “Revólver Pete Frank Eaton”, ou pelos simples gosto de matar como “Kit Curry Harvey Logan” e “Harry Tracy”; ou então para exercitar a profissão de caçador de recompensas, como “Tap Dimajo” e “Happy Joe Longview”. Existiam também os bandidos frios como “Bem Thompson” e “King Fisher”, ou como o dentista tuberculoso “Doc Henry Holliday” e o ambicioso “Wyatt Earp”. Tinham sem dúvidas alguns policiais como “Wild Bill Hickok” e “John Selman”, verdadeiros bandidos como os “James Brothers”, os “Younger Brothers”, os “Irmãos de Domingo”, os “Daltons” e “Bill Doolin”. Todos esses homens, que encarnaram a realidade Histórica do pistoleiro, foram atiradores no sentido pior da palavra, enquanto que a segunda categoria, aquela dos “Combatentes com revólveres”, pertenciam a aquele tipo de pessoa que não tinha nenhum interesse pessoal em disparar ou matar, mas que agia pelo direito e ordem, para o bem da sociedade, ou segundo um Código de Honra jamais escrito. Nessa categoria, podemos citar alguns funcionários da polícia como “Bill Tilghman”, “Heck Thomas”, “Chris Madsen”, “Bud Ledbetter” ou “Frank Canton” e também alguns Rangers do Texas como “Ira Aten” e “Jack Hays”, “John Jones e Frank Jones”. Podem-se incluir alguns funcionários como “Bat Masterson”, “Jim Cartwright” e “Elfego Baca”. Também alguns “Desperados” geralmente mal afamados como “Billy The Kid” e “John W. Hardin” combatiam pela ordem. Podem-se incluir também os detectives das pradarias “Charles A. Siringo” e “John Poe”, o construtor de Ferrovias “Jim Kyner”, o rancheiro “Robert Lee” e os rebeldes, como os “Irmãos Horred” e os “Irmãos Marlow”. Os exímios atiradores, por sua vez, representavam tecnicamente, duas categorias diferentes: a primeira eram “Atiradores Velozes” que extraiam a arma com uma rapidez fenomenal e contemporaneamente disparavam e acertavam; a segunda categoria eram os “Atiradores Lentos” que sacavam suas armas com menor velocidade, miravam muito bem e depois atiravam. O atirador veloz era um Artista, um atirador de Arte adaptado ao circo, que devia treinar quotidianamente com pelo menos 100 disparos, para ficar em forma, um passatempo fatigoso e custoso. A essa categoria pertencia: “Wild Bill”, “Billy The Kidd” e “Bem Thompson”, homens que sacavam suas armas com incrível velocidade e disparando, acertavam. Para os duelos preferiam distâncias aproximadas de 6 a 10 metros e atingiam o adversário sempre no tronco. Aos atiradores lentos, pertencia a maioria dos funcionários que representavam a Lei. Eles preferiam maiores distâncias entre 20 a 30 metros. Nessa distância não era importante o tiro rápido, mas sim a sua precisão. Um tiro rápido podia acertar somente por acaso. Portanto, homens como “Bat Masterson”, “Wyatt Earp”, “Tilghman”, “Thomas” e “Madson”, deixavam que seus adversários disparassem primeiro. Eles miravam bem e acertavam no primeiro disparo, quando puxavam seus gatilhos. Os cowboys geralmente eram maus atiradores com revólveres. Relatos da época dizem que também em distâncias aproximadas, como por exemplo, o comprimento de um normal “Saloon”, os cowboys disparavam um número incrível de vezes, sem acertar nada. O cowboy não tinha o tempo suficiente para exercitar o saque e o disparo; simples assim. Andy S. Jeoffrey, assim dizia em 1938: “Quando vejo nos filmes os cowboys, com a arma sacada da coxa, acertam uma mosca pousada no nariz de alguém, parece que estou enlouquecendo. Nunca encontrei um cowboy que mantendo sua arma na coxa, fosse o suficientemente capaz de sacar e acertar um maldito tatu na distância de 10 jardas. Mas mirar e depois na distância de 10 passos, acertar uma rolha enfiada numa garrafa, sem acertar no vidro, possivelmente, alguns faziam”. Em todo caso, um homem que tivesse treinado, mesmo com o tiro lento, mas preciso, estaria sempre em vantagem, contra qualquer adversário, mesmo se deixasse seu adversário sacar primeiro. “John W. Hardin” disse em 1881: “Quando um homem treinou seus disparos velozes e desafia outro que não o fez, em duelo, ele é um covarde e tal permanecerá, qualquer que seja o motivo, que o moveu para essa inominável covardia”.

Plummer – Henry.  Chegou em 1852 de Boston e abriu em Nevada City, juntamente com Henry Hyer, a panificadora “Empire”. Em 1856 foi eleito “Marshal” de Nevada City. E após ter matado um Alemão, de nome Vetter, por ter tido uma relação com ela, foi condenado a dez anos de prisão. Mas, o Governador concedeu-lhe o perdão, após poucos meses. Em Nevada City associou-se à panificadora “Lafayette”. Num bordel de San Juan quebrou a cabeça de um homem, mas foi somente preso após ter matado outro, em outro bordel. Escapou da prisão, escondendo-se por algum tempo, e depois libertou da prisão um assassino que tinha já matado um xerife. Escaparam para o Oregon e de lá para o Idaho, onde em 1861, foi um dos fundadores de Lewiston. Em 1862 foi eleito xerife e automaticamente foi estendida a sua jurisdição, até Virginia City, em Montana. Ali ele fundou, juntamente com os seus ajudantes, a mais temível quadrilha de bandidos na região do ouro, vítimas da qual, mais de cinquenta garimpeiros, foram sumariamente executados. O Comité de Vigilância de Virginia City colocou um fim a esse terror. No espaço de seis semanas os Vigilantes lincharam, não somente o xerife e os seus três ajudantes, mas também outros 18 bandidos. Henry Plummer e seus ajudantes Ned Ray e Buck Stinson foram enforcados em Bannack, em 10 de Janeiro de 1864. O professor Thomas J. Dimsdale, um cronista da época, escreveu: “Plummer exauriu todos os argumentos e todas as rezas que o medo da morte, lhe fez vir em mente, implorando a seus carrascos de poupar-lhes a vida. Ele prometeu de deixar a região, pediu o tempo necessário para ajeitar seus afazeres, quis ver mais uma vez a sua cunhada e ajoelhando-se, chorou desesperadamente e clamou pela presença de um padre. Admitiu a sua culpa, de todos os crimes elencados e assassinatos, totalmente fora de si; finalmente foi enforcado implacavelmente”.

Pobre homem – Típico prato dos cowboys. Um bife imenso de um quilo era cortado levemente aos dois lados com uma faca e nesses talhos inseria-se alho esmagado e uma colher de café com pimenta do reino moída rusticamente e um pouco de pimenta “Chili”. Espalmava-se com sal e deixado assim coberto por um dia inteiro. Depois emergia a carne durante quatro horas em vinho tinto Mexicano; então era passada na farinha, tostando-se muito bem. Colocava-se depois o vinho usado, louro, cravos e casca de limão e zimbro, fazendo-se cozer, tudo em fogo baixo. As fatias de carne eram servidas juntamente com omeletas de sálvia, pão de alho e salada verde. Provérbio da época: “Um pobre homem comerá isso certamente, lambendo os devidos dedos e será grato, a si mesmo para todo o sempre”.

Poder das mulheres – Em muitas tribos as mulheres representavam o núcleo que assegurava o bom andamento da vida quotidiana. Junto aos Iroqueses eram as mulheres que possuíam e cultivavam a terra, e também as tendas e, a colheita era tudo de sua propriedade. Os homens, invés, contentavam-se em fazer a guerra ou ir à caça. Nessas tribos as mulheres, mesmo sendo mães, continuavam a viver em sua tenda natal e constituíam no seio da família um sólido grupo, cuja influência na vida comum aumentava constantemente e do qual os maridos não faziam parte. As decisões importantes eram tomadas nessas tendas. As moças deviam, como os jovens, casar-se fora do próprio clã. Quando os Índios encontraram os brancos pela primeira vez, acolheram-nos com franca cordialidade. Para eles tratavam-se de criaturas vindas de outro mundo. Quando Merriwether Lewis e William Clark fizeram, em 1805, sua primeira viagem de exploração ao Oeste, eles foram bem acolhidos pelos “Mandans” que viviam nas margens do Missouri River. Após terem passado o Inverno com eles em Fort Mandan, com a Primavera voltaram a explorar, guiados por uma Índia Shoshone, “Sacajawea” (Mulher Pássaro), que os apresentou às tribos vizinhas. Com algumas raras excepções, os contactos com os Índios foram sempre amigáveis, mas em seguida e geralmente por culpa dos novos recém-chegados, as relações gastaram-se e degenerou-se em brigas e guerras. Algumas tribos, até então aliadas dos Franceses e dos Ingleses e depois dos Americanos, rebelaram-se contra seus antigos aliados.

Poker Chip – 1- Pequenas peças (fichas) coloridas arredondadas, feitas com chifres ou plástico, que no jogo de póquer eram usadas como dinheiro, durante o jogo. Ao início dele, convertia-se o dinheiro nessas fichas e ao fim dele, fazia-se a operação contrária. 2 – “Tiro do Póquer”; um modo de treinamento para o tiro livre, a introdução do qual, é atribuído ao renomado “Billy The Kidd”. O atirador colocava no dorso da mão que dispararia uma dessas fichas, alongando seu braço horizontalmente para frente e disparando velozmente. Para um bom atirador, o disparo devia partir antes que a ficha caísse ao chão. Uma variante era colocar um chapéu no lugar da ficha. O atirador devia agarrar o seu chapéu, que caía com o cano de seu revólver. Se conseguisse, ganhava como prémio um décimo de segundo à sua disposição, em outro desafio competitivo.

Poncho – Agasalho de lã ou pedaço rústico de tecido grosso (oleados ou não), com um talho ao centro, para passar a cabeça. Era um indumento muito prático e os cowboys usaram-no por décadas; aqueles do sudoeste contra as tempestades de poeira e aqueles do noroeste contra a chuva. Seu uso foi paulatinamente diminuindo com a chegada de novos produtos industriais, justamente para abrigar o cowboy de tais ameaças da natureza. O Mexicano chamava-o também de “Sarape” ou “Jorongo”. Foi inclusive conhecido com o nome de: “Manga de Hule”.

Pony – Com essa palavra, o cowboy referia-se a qualquer cavalo adestrado para sela, e não somente um cavalo “pequeno”.

Pony Express – Em 3 de Abril de 1860 a grande Empresa de Expedições Russel, Majors & Waddell, inaugurou o serviço de Mensageiros Velozes a cavalo, o mais espectacular de todos, que coligava a extrema fronteira ocidental do Velho Oeste com a costa Californiana e que fazia o correio de pronta entrega. A distância de St. Joseph em Missouri, extremo limite ocidental, até Sacramento, em Califórnia eram de 3.120 km (1.950 milhas). 156 jovens, cavaleiros audazes tinham à disposição 500 dos melhores cavalos para os percursos de grandes distâncias. 156 estações intermediárias para trocas nas pradarias, montanhas, desertos e nas alturas da Sierra Nevada. O pagamento para esses obstáculos era entre os 1.000 e 125 dólares ao mês. O titular de uma Estação Intermediária ficava com 100 dólares e seus ajudantes 50 dólares ao mês. A sela especial para esse encargo, a “Mochila”, podia carregar mais de 20 libras de correspondência. A taxa de 5 dólares por uma carta de 14 gramas era cara, mas em compensação, os cavaleiros, faziam com que um percurso de 320 km., levavam ela em 10 dias do Missouri à Califórnia e vice-versa. O jornal “St. Joseph Weekly West” publicou em 3 de Abril de 1860 o seguinte programa:
Pony Express – Russel, Majors & Waddell – Sua correspondência entregue em: St. Joseph a Marysville – 12 horas, Fort Kearney – 34 horas, Fort Laramie – 80 horas, Fort Bridger – 108 horas, Great Salt Lake – 124 horas, Camp Floyd – 128 horas, Carson City – 188 horas, Placerville – 226 horas, Sacramento – 234 horas, San Francisco – 240 horas.
Geralmente os cavaleiros não percorriam as distâncias em menos de 10 dias. Em 21 de Outubro de 1861, quando a “Western Union Telegraph Company” estabeleceu a primeira conexão telegráfica entre o Missouri e a Califórnia, o serviço a cavalo não tinha mais razão de ser e, portanto cessou. Ao jovem então Buffalo Bill Cody foram atribuídas grandes aventuras durante a sua permanência como Mensageiro. Em realidade, o jovem Bill Cody não fez mais que poucas e tranquilas cavalgadas, mas, outros cavaleiros, tiveram realmente algumas aventuras aterrorizadoras. Mark Twain descreveu assim a impressão provada, quando estava numa diligência Postal, vendo um desses Mensageiros Velozes: “Eis que chega! Gritou o cocheiro e cada cabeça se alongou e cada olho se fez atento. No horizonte daquela imensa pradaria, surgiu um pequeno ponto negro. Em poucos segundos reconhecia-se o cavaleiro e seu cavalo no mar de capim alto, que se levantavam e abaixavam, surgindo e desaparecendo, sempre mais próximos, sempre maiores, sempre mais reconhecíveis. Ouviu-se então o bater dos cascos, sempre mais fortes, sempre mais próximos. Notou-se então, o rosto duro e jovem, dos olhos selvagens, celestes, num instante estava aqui; um grito, uma saudação, ecoou selvagem e alegre, uma resposta do cocheiro; e o Mensageiro passou. O rumor dos cascos diminuiu, cessou, o cavaleiro tornou-se pequeno, surgindo em cima do mar de capim, torna-se cada vez menor, um pontinho negro e desapareceu, como uma folha perdida e levada pelo vento para o ocidente”.

Pradaria – Toda a parte central do Continente Americano, por volta da linha de Mississippi-Missouri a leste até a linha das Montanhas Rochosa a oeste, é ocupada por uma pradaria imensa, pobre de árvores. Chamada nos EUA de pradaria ou planície, trata-se sempre da mesma coisa, ou seja, das terras mais altas ao norte, chamadas de “High Plains”, e aquelas mais baixas chamadas de “Plains”, hoje nos Estados do Nebraska e Kansas, ricas em trigo e as planícies baixas “Staked Plains”, do sul. Do oeste ao leste, distinguem-se três zonas: a primeira estende-se aos “Highlands” que estão giradas para as encostas orientais das Montanhas Rochosas; a segunda adjacente a elas é a pradaria verdadeira, com poucos desníveis e com terreno arenoso; depois vem a terceira zona com planaltos mais altos, interrompidos por vales. O céu encobre tudo, como uma enorme cúpula esse verdadeiro oceano de grama, com suas cadeias de colinas. Os pioneiros que se encaminhavam para o oeste como também os cowboys, que tangiam as suas boiadas para o norte, serviam-se como orientação das estrelas, como em pleno mar. Os pioneiros com o subir e descer do terreno sentiam náuseas, como no balanço dos navios. O clima; as precipitações anuais bem escassas fazem um clima seco, que durante o Verão a grama secava regularmente, tornando-se uma imensidão da cor castanha. E exactamente por esse motivo, que geralmente fala-se dessa região como “Terra Queimada”, com especial referência às zonas meridionais e sul-ocidentais. No Outono chegavam as chuvas, imprevistas e violentas, como as tropicais, que transformam as torrentes em rios imensos e simples riachos em rios tortuosos. Os vales transformam-se em lagos, toda a vida parece ser afogada pela água. Mas, logo após esse breve “Verão Indígena”, a pradaria cobre-se por completo por uma floração e o clima seco restabelece-se. No Inverno existem precipitações de neve, somente ao norte, que transformam a superfície do terreno numa camada dura de gelo. Ao início da Primavera, descongela-se o gelo e neve das Montanhas Rochosas e geram cursos d’água ocasionais, que, todavia rapidamente perdem-se no terreno. O Verão, com sua aridez, tinge a grama novamente de castanho e entre Agosto e Outubro, acontecem os incêndios, que deixam a terra negra e carbonizada. A flora da pradaria é principalmente determinada por vários tipos de grama, capim e flores. Encontram-se a erva daninha diversos tipos de ervilhas, de trevos, bem como o astrágalo de flores vermelhas, cujas vagens carnudas, são extraídas pelos “Cães da Pradaria”, para sua dispensa invernal. Encontram-se girassóis, com imensas flores redondas, amarelo avermelhadas, as conhecidas “Velas”, e muitas outras. A fauna, bem antes da chegada dos brancos, era extraordinariamente rica, com muitos bisontes, “Mustangs”, antílopes, cervos, alces, ursos, pumas, panteras, jaguares, lobos, coiotes, gatos selvagens, javalis e muitos animais pequenos, e também galináceos e uma imensidão de pássaros, batráquios e répteis. Nos rios viviam uma grande quantidade e variedade de peixes. Donald T. McIntosh escreveu em 1867: “Permaneci por 30 anos no mar e conto entre eles, os 10 anos que transcorri na pradaria. Somente com o sextante se pode determinar, onde um homem se encontra. O mesmo e forte vento do noroeste, como no mar; a mesma imensidão de horizonte, a mesma ondulação da grama ao vento, e o mesmo silêncio absoluto”.

Praying John – John Horrigan estava viajando para o Oeste, com a sua esposa num carroção. Um dia, foram atacados pelos Índios Comanches. Defenderam-se durante três dias e três noites. Depois, quando John não tinha mais que alguns cartuchos de munição, matou a sua mulher. No momento em que, girava sua arma contra si mesmo, os Índios fugiram e apareceu então um Destacamento da Cavalaria Americana. O homem estava salvo. Mas ficou com um sentimento de culpa, pela morte de sua esposa. Atravessando a pradaria, descalço, ajoelhava-se de manhã, à tarde e a noite, para rezar para a alma de sua mulher e para pedir a Deus perdão, pelo que tinha cometido. Com os anos tornou-se simplesmente o andarilho “Praying John” (John Rezador), perambulando pelo Kansas. Até os Índios ficavam a certa distância dele e nunca lhe fizeram mal. Os cowboys que geralmente não tinham respeito com ninguém respeitavam-no quando o viam. Por mais de 18 longos anos viu-se John Horrigan vagando pelo Selvagem Oeste. Quando era a hora, tirava seu chapéu surrado, ajoelhava-se, colocava acuradamente o seu chapéu diante de si e juntando suas mãos, rezava com fervor. Muitas estações e tempestades passaram sobre o seu corpo sofrido. Um dia, foi encontrado morto, com as mãos juntas; nem mesmo os animais o haviam tocado, naquele local ermo. Finalmente a sua viagem pessoal, tinha enfim, terminada.

Presa lateral – (Franking). Método com o qual se agarrava um novilho pelo lado e o jogava ao chão lateralmente.

Prisão naval – Um antigo veleiro em desuso no porto de San Francisco foi a primeira prisão flutuante da Califórnia. Testemunhas descreveram-na como o “Inferno na terra”. Um jornalista enfatizava que dependia unicamente do saber nadar, se um prisioneiro ficasse trancafiado ou não. Um perigoso assassino tinha mergulhado e nunca mais foi encontrado. O veleiro foi realmente um terror único. Mesmo em seus tempos de glória, os marinheiros lamentavam-se de não poderem se livrar dos insectos sobre a nave e que estavam presentes também os “Espíritos Diabólicos”, que após algum tempo, faziam com que os marinheiros morressem. Somente após uma análise química detalhada dos destroços, feita por um museu, onde eles foram conservados, pode-se descobrir que a madeira do veleiro, tinha sido tratada com líquidos altamente venenosos e que sob o efeito do calor do sol, emanava vários vapores silenciosos e mortais.

Promontory Point – Utah. Nesse local encontraram-se duas locomotivas provenientes de direcções opostas; o “Velho Sonho” Americano de unir a costa do Atlântico a aquela do Pacífico com uma linha Ferroviária longa 1.700 milhas, estava realmente e finalmente realizado. A notícia da junção das secções Ferroviárias com um cravo de ouro foi telegrafada para toda a América.

Proprietários de terras – (Homestead). As terras compreendiam um fundo de 160 acres, eram, portanto imensos terrenos, que o Governo vendia a preços módicos, aos seus cidadãos que se tornavam colonos ou a aqueles que solicitaram a cidadania Americana. Tornavam-se propriedades dos colonos após eles terem cultivado a terra pelo menos 5 anos. Essas propriedades eram protegidas por uma Lei específica a “Homestead Act”) de 1862 sobre a “Venda de terrenos públicos aos colonos”, a qual proibia sua venda em leilões, impedindo assim, que os credores as possuíssem.

Publicidade – Quando no Texas, durante os primeiros anos da colonização, houve um período que tudo se estabeleceu, e essa não acompanhou as construções das Ferrovias, e essas entraram em crise e algumas Companhias arriscavam a falência. Então a William C. Crush teve uma ideia brilhante, mesmo se discutível. Ela anunciou que numa determinada parte da pradaria, ela faria acontecer o impacto de dois trens em plena velocidade. Isso realmente aconteceu em 14 de Setembro de 1896. Vindo das duas partes do Oeste estavam lá, mais de 140.000 pessoas. No local onde aconteceria o fenomenal espectáculo, durante a noite foi construída uma cidadela fictícia chamada “Crush”, com tribuna para a imprensa, restaurantes, postos médicos, escritórios que vendiam acções, e até um posto policial. Em toda velocidade os dois trens vinham um em direcção ao outro; depois os maquinistas e foguistas saltaram deles. O fotógrafo James C. Deane conseguiu fixar a imagem. Quando aconteceu o impacto, ouviu-se um tremendo rumor, pedaços de locomotivas voaram e os vagões foram para o ar, levantando uma coluna de poeira e fumaça, centenas de pessoas foram atingidas por peças ou pedaços de aço e caíram numa imensa poça de sangue. O fotógrafo Deane caiu ao chão atingido na cabeça, por um fragmento metálico. Mas a sensação foi perfeita e a Ferrovia, acreditem, estava salva. As caixas encheram-se de dinheiro, as acções foram todas vendidas. Todos queriam viajar por Ferrovias. A publicidade com emoção, as explosões e os “matadores técnicos” tinham nascido.

Pueblos – Nome comum dado a todos os índios, da família linguística Uto-Asteca, que viviam no Arizona e no Novo México como cidadãos agricultores de milho ou nas cidades-Pueblos. A palavra Espanhola “Pueblo” significava vilarejo, de modo que o nome de Pueblo dado ao Povo pode ser traduzido normalmente como os “Habitantes do Vilarejo”. As casas eram construídas em lances de degraus feitos com pedras, e nos andares superiores ia-se com escadas apoiadas externamente. Para os inimigos eram como fortalezas inexpugnáveis. Os Pueblos foram mestres na arte do artesanato em tecidos, e na feitura de cerâmicas. Seu elevado grau de Cultura manifestava-se também em complexas Cerimonias Mitológicas e em danças. Eles se subdividiam em clãs, com o Matriarcado. Substancialmente distinguiam-se os “Povos Pueblo Oriental” dos “Tiwas e “Tewas” ao norte, os “Towas Ocidentais”, os “Towas Orientais, os “Keres”, os “Tanos”, ao sul, não que os “Towas e os “Piros” que juntos viviam no Vale do Rio Grande em 50 cidades e enfim, os “Povos Pueblo Ocidental”, que com os “Hopis” viviam entre San Juan River e o Little Colorado River, em 17 cidades, enquanto que os “Zuni” habitaram no Vale do Zuni River em 6 cidades. A maioria desses Pueblos foi conservada e vivem neles, ainda hoje.

Puncher – Forma abreviada da palavra sarcástica Americana para designar o cowboy. “Cow-Puncher”; ou seja, um aguilhoador de bovinos.

Puro-sangue – Cavalo de Raça, que era criado principalmente para corridas. Para o Americano, nesse caso, o Puro-sangue, não tinha o mesmo significado que tinha para o Europeu; ou seja, a Raça Pura. O cavalo de Raça era chamado de “Purbred”. O termo “Thoroughbred” significava um cavalo de Raça, criado para uma determinada função. Podia ser, portanto, um cruzamento de duas Raças. Quando, desse cruzamento resultava um animal de melhor qualidade e melhor características corporais, então era chamado de Cavalo de Criação.

* Caricatura: Fred Macêdo
* Edição, revisão e adaptação portuguesa: José Carlos Francisco

15 Comentários

  1. Gostei muito dessa matéria, e já vi ela em alguma revista que não lembro agora. Aonde foi publicado?

  2. Olá caro amigo Pedro, tudo bem? Inicialmente muito obrigado por nos seguir trilhando, os caminhos do Velho Oeste, aqui no conceituado Tex Willer Blog. Esse Alfabeto do Velho Oeste é inédito, tanto no Brasil, quanto em Portugal; sendo publicado exclusivamente nesse Blog, do amigo José Carlos Francisco. Será, que viu as primeiras letras dele, em meu Blog pessoal? É bem possível, pois o iniciei lá. Espero contar contigo, nas demais letras que ainda faltam; juntamente comigo, nosso grande amigo Zeca e os demais seguidores do fantástico Old Wild West e do Tex, naturalmente.

    Gde abço.

    Wilson

  3. Oi Wilson. Pode ser que vi lá então e não em revista. Vou acessar lá de novo. Obrigado pela resposta.

  4. Eu já havia lido outras letras, mas me faltou tempo para escrever um comentário; tempo que ainda me falta, mas tenho que falar algo, pois esse trabalho do Wilson Vieira é simplesmente FANTÁSTICO. Todos os apreciadores do velho-oeste deveriam APLAUDIR de pé esse monumental trabalho (e ainda por cima disponibilizado de graça para todos). Esse material merecia ser publicado, e em edição capa-dura. PARABÉNS Wilson !!!!! MAGNÏFICO esse alfabeto.

  5. Olá caro Ezequiel, muito obrigado por seu elogio, fico realmente orgulhoso. Sabe, essa minha idéia do Alfabeto era antiga e o amigo Zeca cedeu-me o espaço que tanto aguardava e mais, juntamente com o Tex e seus pards. Sendo assim, tudo se encaixou a perfeição. O western é um de meus temas favoritos; daí juntamos o útil ao agradável. Sou eu e o Zeca que agradecemos por seguir o nosso trabalho, acredite.

    Gde. abço.

    Wilson

  6. Gostaria de saber em que ano(s) se passa(m) as histórias de Tex.
    E gostaria de saber também qual é o modelo das locomotivas (acho que é a American), pois faço maquetes e gostaria de reproduzir algumas histórias em minha maquete.
    Obrigado, Yago.

  7. Olá caro Yago,
    o personagem Tex Willer, é um Ranger do Texas, da força policial (Texas Ranger Division). Os historiadores divergem quanto a sua criação, alguns dizem que foi criada em 1823 por Stephen F. Austin em maneira não oficial e somente em 1835, a tal Divisão foi declarada oficialmente operante. Ela foi dissolvida logo após a Guerra Civil Americana, pela Autoridade Federal de então, mas foi prontamente reorganizada, após voltar a normalidade ao Governo do Texas e continuou atuando, aliás existe até hoje. Tornando-se um ícone do Velho Oeste. Quanto aos modelos de locomotivas são várias, pois o período é muito abrangente. Espero ter ajudado. Obrigado por nos acompanhar.
    Grande abraço.
    Wilson

  8. Obrigado caro Yago, agradeço em nome dos administradores do Blog: Mário João Marques e José Carlos Pereira, que idealizaram esse fabuloso espaço.
    Abraços
    Wilson

  9. Olá Wilson,

    Muito bom o seu post. Navegando pelo mundo web, a procura de pesquisas sobre esse tema (western) para o meu livro, gostei bastante e está me ajudando imensamente.

    Parabéns.
    Abraços.

  10. Olá caro Jhonnatan, fico feliz por isso, pois significa que o nosso trabalho, valeu a pena e será divulgado.

    Gde abção.

    Wilson

  11. Wilson, eu não entendi uma coisa, Jack Hays, o ranger que Tex foi inspirado fazia parte da categoria dos atiradores rápidos e imortais, ou dos lentos e mortais?

  12. Caro Pedro, pelo personagem marcante que o Tex é, certamente ele foi inspirado na categoria dos atiradores rápidos e imortais, não acha?

    Grande abração.

    Wilson

  13. Olá,Wilson. Eu não sei se você assistiu o filme A Revolta dos Sete Homens, que os rurales usavam um rifle que eu nunca vi, geralmente eles usam o rifle Spencer, você poderia me dizer que rifle era aquele? Obrigado.
    Grande Abraço.

  14. Caro Pedro eu não assisti o filme A Revolta dos Sete Homens, mas o que tenho a dizer, é que um filme tem muito de ficção, portanto possuem uma liberdade sem fim, ou seja, é o mais puro entretenimento daí…

    Grande abração

    Wilson

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