Entrevista com o fã e coleccionador: Vilmar Wiedergrun

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Eu e os TexPara começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Vilmar Wiedergrun: Nasci em Porto Lucena, Rio Grande do Sul, cidade brasileira que faz fronteira com a Argentina, mas moro em Santa Rosa desde pequeno. Sou Funcionário Público federal. Trabalho na Funasa no combate a doença de chagas, dengue e outras doenças endémicas.

Quando nasceu o seu interesse pela Banda Desenhada?
Vilmar Wiedergrun: Logo que comecei a ler, aos 7 anos de idade.

Quando descobriu Tex?
Vilmar Wiedergrun: A gente tinha um grupo de amigos e era costume jogar “PIFE”, um jogo de baralho, por revistas em quadradinhos. Era Tarzan, Homem-Aranha, Batman, nisso veio um amigo e bancou um TEX, mas disse para nós: – Este vale duas… – Ficamos admirados e após olhar TEX por dentro aceitamos na hora.

Os TexPorquê esta paixão por Tex?
Vilmar Wiedergrun: Na época que eu era menino era diferente de agora. A gente tinha que aguardar o mês inteiro por uma nova história, e era só uma por mês, hoje em dia não, você vai nas bancas e compra quantos TEX quiser e pode escolher as aventuras. Talvez por isso, essa ânsia de ver qual aventura chegaria naquele mês.

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
Vilmar Wiedergrun: Ele não tem super-poderes, pela sua inteligência é que ele sai das enrascadas. Ele envolve-nos nas suas aventuras.

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Vilmar Wiedergrun: Tive uma época de “vacas magras” e tive que vender a minha colecção, aquela que começou com a nº1 “O SIGNO DA SERPENTE“, lembram? A mais importante é “EL MUERTO“.

Meus TexColecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
Vilmar Wiedergrun: Apenas revistas.

Qual o objecto Tex que mais gostava de possuir?
Vilmar Wiedergrun: Talvez as edições originais em italiano.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Vilmar Wiedergrun: Com certeza as histórias de “MEFISTO”. A primeira aventura foi magnífica, quando Mefisto apanhou Kit Carson e Kit Willer e tirou fora de combate temporariamente Jack Tigre, matando todos os Navajos que seguiam com TEX. Pensei que o nosso herói não sairia bem daquela história, mas no fim deu tudo certo. Desenhador eu sempre gostei de Galep e das suas incríveis capas. Já Civitelli faz quase obras primas, não é? Como argumentista G. L. Bonelli é insuperável.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Vilmar Wiedergrun: Todo o desenrolar da aventura é  importante, o texto, os desenhos, o local da aventura…
O que me agrada menos são aquelas histórias que poderiam ser contadas em 115 páginas, são espichadas para 300. Tira o brilho das aventuras.

Tex até no trabalhoEm sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Vilmar Wiedergrun: Ele é do bem, respeita todos, seja qual for sua raça ou cor. É um justiceiro, coisa que todos queremos ser.

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Vilmar Wiedergrun: Infelizmente nunca participei, mas estou curioso. Gostaria de ver uma colecção completa, nem que não fosse minha.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Vilmar Wiedergrun: Cada vez maior, com esse monte de material dele na mídia, qualquer um que for ler uma aventura será fisgado como eu, não importa a idade. Tudo de bom aos fã do “TEX” e muita aventura.

Prezado pard Vilmar Wiedergrun, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.
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7 Comentários

  1. Êta Rio Grande vélho, sempre nos apresentando novos (as vezes nem tanto) colecionadores. Parabéns ao Zeca por nos brindar com essas belas entrevistas, e parabéns ao Vilmar pela coleção. Um abraço!!!

  2. Buenas…
    Que alegria. Estou muito feliz hoje. Meu Amigo e Colega de tantas jornadas também lê as aventuras de nosso Grande Herói. Meu abraço do tamanho do Rio Grande ao Amigo Vilmar. Continue lendo e colecionando TEX. Se precisar de alguma coisa “prende o grito“. Estou com saudades dos tempos em que campereamos juntos nos campos do Noroeste.

  3. Belas palavras, Bruder Vilmar!
    Concordo contigo que começar a ler histórias em quadrinhos quando criança é diferente, tem outro sabor de quando a gente fica adulto… e te digo “mein alt” aquela sensação gostosa de ler um fumetto que a gente sentia quando guri, não volta nunca mais, infelizmente. É coisa que só permanece na nossa lembrança e também o fato de que antigamente tinha pouco material publicado por mês, diferente de hoje, contribuia para nos dar aquela sensação de espera angustiante pelo próoximo número, que nos fazia roer as unhas pelo mês inteiro!
    Eine starke Umarmung für Sie“, indio véio!

  4. Parabéns pai pela entrevista…. belas palavras, as quais me deixa muito curiosa para ler essas histórias.

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